Série de sermões expositivos sobre O Céu. Sermão Nº 113 –  O sexto dia da criação: a criação do homem (Parte 90).  Gn 1:27: a Bíblia versus o Secularismo (Parte 39). Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 14/02/2024.

Acesse os sermões na categoria: Sermões Expositivos.

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INTRODUÇÃO[1]

Chegamos agora nas partes finais dos sermões sobre o marxismo[2], cuja extensão poderia dobrar, até triplicar, ao vermos o carnaval de criaturas que surgiram quando o secularismo-marxista se culturalizou e se sexualizou no século XX.

Karl Marx queria fazer a crítica radical de tudo quanto existe. Seu personagem principal era o demônio Mefistófeles, o personagem do poema de Goethe, O Fausto. Mefistófeles dizia “que tudo que existe merece morrer.”

A intenção de Karl Marx, era jogar pelos ares os valores absolutos milenares e inventar uma ordem inteiramente nova; essa leva de discípulos buscava fazer justamente isso, indo certamente mais longe do que Marx e Engels sequer podiam imaginar.

Falar sobre esse assunto é algo torturante e simplesmente pavoroso. Não é coisa para fracos, então peço a paciência dos irmãos em me ouvir.

O Paul Kengor escreve:

Explorar os pensamentos, loucos e ideológicos é uma jornada sombria a um mundo de estupidez, um exercício de auto-imolação.

É também um desperdício — uma coisa infrutífera, inútil, depressiva, prejudicial.

A quantidade de tempo e energia necessária para entender, depois explicar e expressar essas ideias imbecis, com toda a franqueza, não vale o investimento humano nem a aflição espiritual.

Mas é disso que a mente dos nossos filhos será cheia durante todo o seu tempo da escola e da universidade. Eles terão suas mentes destruídas e profundamente corrompidas por um sistema que odeia Cristo.

Os praticantes das ideias apresentadas aqui — especialmente os perversos homens da Escola de Frankfurt — eram pessoas intelectual e espiritualmente enfadonhas. Suas concepções eram, sim, tolas, mas também sombrias[3].

Na verdade, não seriam tão ruins se fossem apenas idiotas. Suas panacéias[4] ideológicas eram tóxicas, às vezes literalmente fatais e venenosas para a alma.

Ao longo da história, encontramos alguns sujeitos sórdidos que, com suas ruminações grosseiras, produziram um imenso mal — Marx, Engels, Lenin, Trotsky. Cujas ideias levaram a morte de quase meio bilhão de pessoas.

Veremos outros trabalhadores dessa vindima de procedência tão duvidosa, a seu próprio modo, foi responsável por um grande estrago[5].

Eles aparecem em quantidade infernal. E infernal foi a consequência que tiveram sobre si mesmos, sobre os jovens que deseducaram e sobre o mundo que infectaram. Seu nome é legião.[6]

O comunismo funcionou como uma gigantesca placa de Petri[7] para o cultivo deles e de suas substâncias virulentas.[8]

Alguns desses indivíduos mergulharam no ocultismo, em particular os criados na latrina intelectual que era a Alemanha [dessa época], mas também os do Reino Unido e dos Estados Unidos.

Esses abutres iniciaram sua descida no final do século XIX, a seguir do Manifesto comunista, em certos casos como alternativa ao insucesso ou abandono dos sonhos revolucionários de Marx e Engels.

“As coisas mudaram na segunda metade do século XIX, após a frustração do fracasso ”, escreve Stephen Schwartz.

“O radicalismo político e o ocultismo se entrecruzaram no Reino Unido e nos EUA durante algum tempo, como mostra o caso de Annie Besant, que começou como combatente pelos direitos das mulheres operárias e terminou na teosofia” (teosofia[9]: outra ideia absurda).[10]

Poucos hoje podem se gabar das mesmas experiências pessoais que Stephen Schwartz[11] teve com o movimento comunista.

Ele nasceu em 1948, filho de um pai judeu e de uma mãe que era filha de um ministro protestante, embora ambos fossem não-praticantes, e na verdade até anti-religiosos.

Na infância, Stephen foi batizado numa igreja presbiteriana e iniciou sua busca por um sentido espiritual e político para sua vida, busca que se prolongaria até a morte.

No início, tornou-se um comunista extremamente bem-informado, que até hoje retém uma biblioteca Inteira de conhecimentos na cabeça. Acabaria rejeitando esse deus que falhou, e hoje é um muçulmano sufi.[12]

O conhecimento íntimo que ele possui do comunismo americano — inclusive dos seus elementos mais idiotas e sombrios — é difícil de ser batido, compreendendo desde o século XIX ao século XX e ainda hoje.

Stephen Schwartz conta que:

“O PCEUA era um antro de malucos”. Ele logo chama a atenção para Herbert Aptheker como um exemplo dúbio.

Aptheker, louvado como “teórico” do Partido Comunista dos EUA, é um sujeito infame mesmo na esquerda, não apenas por defender a invasão soviética da Hungria em 1956, como por molestar a própria filha, Bettina.

Bettina Aptheker, integrante bem conhecida e declarada do PCEUA, hoje é presidente dos Women’s Studies na University of California de Santa Cruz.[13]

Divorciada e agora casada com uma mulher, ela põe em prática seu marxismo cultural e luta pelos direitos LGBT. Como tantos marxistas clássicos, seu radicalismo tornou-se cultural e sexual.

“O infame stalinista Herbert Aptheker estuprava sistematicamente a própria filha”, afirma Schwartz, “como era também o caso de outros que conheci. Eles achavam que respondiam a uma moralidade superior”.?[14]

Schwartz prossegue:

“A NAMBLA [Associação Norte-Americana do Amor entre Homens e Meninos] foi fundada por um marxista que considerava a pedofilia uma forma de rebelião antiburguesa”.

Essas pessoas passaram a defender e praticar todo tipo de comportamento que se rebelam contra o cristianismo e passaram a nutrir uma admiração idolatra por Lúcifer, por ele representar toda a rebelião contra Deus.

  1. lacaios[15], pagãos, malucos e radicais

Um espectro (fantasma) assombra a sociologia”, afirma o sociólogo Zoltan Tarr, “o espectro da Escola de Frankfurt”.[16]

A assombração da Escola de Frankfurt vai muito além da sociologia. Seus fantasmas ainda nos rondam. Isso nos leva a outra tenebrosa seleção de lacaios, pagãos, malucos e radicais marxistas.

Também nos leva a mais uma advertência necessária: tentar decifrar as ideias ocas e impenetráveis dos homens da Escola de Frankfurt é um exercício devastador de futilidade.

O Paul Kengor[17] diz:

“É algo que exige anos e mais anos vasculhando páginas e notas de rodapé em grossos volumes (a maioria num alemão intraduzível) para se tentar chegar a um vaguíssimo entendimento do que diabos esses malucos estavam falando.

Já seria terrível o bastante se fosse apenas perda de tempo – sobretudo quando sacrificamos uma leitura mais edificante em seu lugar – mas o pior é o nível de esgotamento e de intoxicação para o intelecto e a alma.

Não há como deixar de se impressionar com a capacidade que certos intelectuais sem Deus (em especial os alemães) têm de rebaixar-se a tão grosseira vacuidade, ambiguidade e estupidez.

O Paul kengor  desabafa:

Para o pesquisador, é exaustivo e frustrante quando um projeto que deveria ser uma tarefa simples, direta – desencavar certos conceitos e incorporá-los em livro – transforma-se num imenso labirinto mental, num intrincado esforço para se tentar compreender o que levou esses sujeitos sórdidos a dedicarem suas vidas miseráveis a esse tipo de iniciativa.

A obra deles era uma coisa de lunáticos. A Escola de Frankfurt foi um verdadeiro covil do diabo louco.

No início do século XX, das brasas fumegantes da teoria Marxista-leninista, surgiu um campo ardente de fanáticos que viriam a ser conhecidos coletivamente como a Escola de Frankfurt. Para esses marxistas, tudo era cultura e sexo.

Os pupilos da escola eram neo-marxistas, uma nova cepa de comunistas do século XX, menos interessados nas ideias de Marx sobre as classes e a economia do que em recriar a sociedade por meio da erradicação das normas e instituições tradicionais.

Eles trouxeram à teoria marxista um ardor novo, não dirigido, digamos, a uma política de impostos mais justa, ou à redistribuição da propriedade privada, mas aos princípios da psicologia, da sociologia e da doutrina freudiana sobre a sexualidade.

Esses homens desenvolveram um tipo de marxismo freudiano, ou “freudo-marxismo”, integrando as ideias péssimas e influentes de Sigmund Freud com as ideias péssimas e influentes de Karl Marx.

Não era bem um casamento escrito nas estrelas… O pernicioso Marx conjurou as ideias mais tóxicas do século XIX, enquanto o neurótico Freud preparou as ideias mais infantis do século XX.

Misturar as ideias insípidas desses dois fracassos ideológico-psicológicos em um caldeirão de bruxa só podia produzir um tonel de maldades.

A Escola de Frankfurt foi o laboratório e a destilaria dessa produção, e os rebentos dos anos 60 seriam seus irrequietos ratinhos de laboratório e beberrões de cara cheia.

Os hippies, os yippies,[18] a geração Woodstock, os viciados em LSD da Haight-Asbury[19] e os meninos do sex-lib (liberação sexual), todos emborcariam esse cálice mágico, intoxicados pelos sonhos grandiosos (na verdade, alucinações e bad trips[20] de ácido) de uma transformação fundamental da cultura, do país e do mundo.

E, apenas uma ou duas gerações depois, ainda se tornariam os professores doidos a preparar Kool-Aid[21] para os millenials[22] que, animados, redefiniriam de tudo, desde o matrimônio à sexualidade, conscientes ou não de que servem ao Frankenstein do marxismo cultural.

O amplo incentivo dessa cabala à libertação sexual sem amarras, sem freios, desprovida de quaisquer limites culturais ou religiosos, abriu as portas para quase tudo em sua esteira.

Quando Deus, as Escrituras, a tradição e os costumes antigos deixam de existir, tudo mais é possível.

Para esses neomarxistas, o marxismo ortodoxo era antiquado demais e limitado demais; era muito estreito, restritivo, até mesmo reacionário e totalitário.

Essa rigidez impedia que os neo-marxistas mais livres e desimpedidos iniciassem a galopante transformação cultural almejada, que incluía mudanças revolucionárias no casamento, na sexualidade, no gênero e na própria ideia de família.

Acima de tudo, os porta-vozes de Frankfurt eram acadêmicos e intelectuais esquerdistas e ateus que viam as universidades como a base para implantar suas ideias – e que, mais importante ainda, desprezavam as igrejas.

Tinham plena confiança de que os deuses Marx e Freud não os decepcionariam.

Em vez de organizar os operários e as fábricas, os camponeses e as fazendas, eles passariam agora a organizar os intelectuais e a academia, os artistas, a mídia e a indústria cinematográfica. Esses seriam os canais da transformação fundamental.

Houve muitas figuras importantes na Escola de Frankfurt[23]. A escola inaugurou em 1923 como Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt, na Alemanha.

Às vezes é chamada de Universidade de Goethe, o que é bem apropriado e um tanto quanto assustador. Karl Marx teria orgulho.

Nos anos 30, a Escola de Frankfurt fez as malas e se mudou para os Estados Unidos, enquanto seus membros (a maioria judeu) fugiam da terrível perseguição de Hitler.[24]

Revisitar toda a história de cada uma dessas figuras seria algo excessivo para nossos presentes objetivos. Vamos destacar alguns desses filósofos que se tornaram a base do pensamento dessa cultura.

  1. A revolução de Wilhelm Reich – (Guilherme Reich)

Nascido em março de 1897, na Austria-Hungria, Guilherme Reich foi o perturbado filho de pais judeus secularizados que não o criaram na fé do seu povo- nem em fé alguma.

O pai, Leon, era um homem irritadiço, que maltratava os filhos e a esposa. Wilhelm dizia ter vivido sob “grande temor das suas pancadas”.

Não tinha lembranças de seu “austero pai”, de “temperamento feroz”, ter algum dia “feito carinho ou me tratado com afeto naquela época – e não consigo lembrar de nutrir qualquer apego a ele”.[25]

O sexo se tornaria a obsessão do pequeno Wilhelm ao longo da vida, como transparece em sua autobiografia, devidamente intitulada Paixão de Juventude, um livro saturado de sexo desde as primeiras páginas.

No quinto parágrafo, em que narra suas primeiras memórias sobre sexo quando tinha quatro anos de idade. Compartilha suas “sensações eróticas de tremenda intensidade” quando era um menino de apenas quatro anos e meio[26].

Guilherme fantasiava constantemente fazer sexo com todo mundo, desde a babá até sua própria mãe.

“Como eu sempre tomei banho com mamãe”, escreve Reich, “as sensações sexuais regularmente se agitavam dentro de mim e eu costumava despi-la com os olhos”.

Ele também se comprazia nos vários dias em que se deixava consumir pela masturbação crônica – seu confesso “prazer intenso pela masturbação”.[27]

Quando tinha apenas onze anos, no início da puberdade, Reich já fazia sexo todos os dias com as serventes da família.

“A partir daí, tive relações praticamente todos os dias, por anos – era sempre à tarde, enquanto meus pais tiravam um cochilo”.[28]

E não parou por aí. Quando não havia uma mulher pela volta da casa para ele desejar loucamente, o pequeno Guilherme começou a desejar os animais de sua casa, e as éguas eram as que mais sofriam.[29]

Se Reich estivesse vivo, seus companheiros progressistas talvez mandassem prendê-lo por abuso de animais – embora certamente não por seus desejos sexuais desenfreados com outros humanos, que fariam dele um farol para a Nova Esquerda.

Eis o primeiro capítulo da autobiografia de Reich: uma imagem vívida de um menino baixando as calças com avidez, louco para praticar masturbação, penetração, bestialidade e chegando quase ao sadomasoquismo.

Em suma, uma imagem e uma metáfora perfeita da sexualidade sem freios do marxismo cultural.

  1. O Freudismo – marxismo.

Com essas predileções tão extremas desde a primeira infância, era inevitável que acabasse formando um par perfeito com os ensinamentos de Sigmund Freud, outro doente sexual e desajustado moral.

Reich conheceu Freud em 1919 e lhe pediu um tutorial e uma lista de obras sobre sexologia. Freud atendeu o pedido. Em 1922, Reich já trabalhava como “médico” na clínica de psicanálise dele.

Eram os anos 20 na Europa, o que significava que o comunismo estava a todo vapor e que os intelectuais na academia e fora dela tinham sonhos molhados com a utopia marxista.

Assim, Guilherme Reich encontraria seu segundo deus ao mergulhar nos escritos de Marx.  Tornou-se marxista e em 1929 e visitou a URSS para fazer seu juramento de fidelidade a causa.

Nessa época, Reich estava firme em sua busca por uma teoria unificadora do freudismo com o marxismo.

Acabaria chegando a ela em seu manifesto sexual revolucionário, A revolução sexual, livro que o tornou famoso. Wilhelm Reich foi quem cunhou, nessa obra, a expressão “revolução sexual”.[30]

Hoje em dia, ele é considerado como o “pai da revolução sexual”,[31] tornou-se uma leitura obrigatória para todos os marxistas nos anos 60, produzindo os filhos da revolução sexual.

O livro de Reich é uma obra doentia. Publicada pela primeira vez em alemão em 1930 e em inglês em 1945,[32] foi tirada de circulação nos EUA por uma ordem judicial em 1954 e pelo FDA em 1956, por motivos mentais, psicológicos e de saúde física, e também morais.[33]

Em seu prefácio à 4ª edição (publicada em 1949),[34] Reich começava de largada com uma vigorosa defesa dos “direitos genitais das crianças e jovens”, que, segundo ele, fora sua bandeira pioneira em 1928, a partir de uma perspectiva marxista-socialista, quando fundou em Viena sua Sociedade Socialista para Consulta Sexual e Investigação Sexológica.

Lamentava que os pais tratassem como “inadmissível tolerar as brincadeiras sexuais infantis, que dirá considerar tais manifestações como parte de um desenvolvimento natural e sadio.[35]

A simples ideia de que os jovens satisfizessem sua necessidade de amor num abraço natural era horrenda. Aqueles que sequer ousassem mencionar tais direitos eram alvo das piores calúnias”.

Reich lamentava que mesmo colegas socialistas e comunistas, sem falar dos membros de todas as denominações religiosas, resistissem a essas “tentativas de garantir a vida amorosa de crianças e adolescentes”.

Assim, ele e seu grupo “lutavam pelos direitos das crianças e adolescentes de ter uma vida amorosa natural”. Essa seria sua “grande revolução”. Ele iria lutar pela “naturalidade da autogratificação genital da criança”.[36]

No prefácio à 3ª edição (publicada em 1945), Reich também advogava a “vida amorosa” e “as livres expressões vitais dos recém-nascidos, das crianças pequenas, dos adolescentes e dos homens e mulheres adultos”. Sim, recém-nascidos.

Ele defendia que não só “a relação sexual durante a puberdade é uma necessidade natural e auto evidente” como “as necessidades sexuais de crianças e adolescentes são completamente naturais e justificadas”,[37]

Para Reich, como ele explica com todo cuidado em seu livro, isso era algo inerente ao “freudo-marxismo” no qual ele se baseava.

Ele delineou em pormenores essa “nova ideologia revolucionária” e a “valorização ideológica da gratificação sexual”.

Também identificava a Igreja como um dos seus principais oponentes – isto é, “a Igreja como uma organização sexo-política do patriarcado”.[38]

Em grande antecipação ao caos que sobreviria décadas depois na América, particularmente durante os anos 60, quando revolucionários sexuais como Kate[39] Millett[40] usariam exatamente esse tipo de linguagem na bíblia feminista.

https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/kate-millett-autora-da-biblia-feminista ( estudar esse documentário e o vídeo dessa pagina com os teens e juniores)

Reich sabia que suas ideias seriam melhor acolhidas nos Estados Unidos do que na Rússia.

Ele via a URSS como “reacionária em termos de política sexual, enquanto os EUA […] devem ser descritos como no mínimo progressistas”.

A América era um alvo mais fácil.[41] E de fato era. Mas por que se ela era uma nação cristã?

  1. Reich e seu desprezo pelos absolutos divinos.

Não podemos abstrair a perspectiva ateística de Reich – na verdade ateística-marxista – pois essa cosmovisão definiu sua espiritualidade[42].

Em 1951, para surpresa geral, escreveu um livro interessante e complicado, chamado O assassinato de Cristo: a peste emocional da humanidade.

Em que ele rejeita a divindade messiânica de Cristo e os ensinamentos dos apóstolos e do cristianismo.[43]

Segundo ele, Cristo acreditava por engano ser o Messias. Reich sentia que os simples ensinamentos de Jesus, que ele apreciava, acabaram distorcidos de maneira irremediável e equivocadamente mistificados ao longo dos séculos de hegemonia da Igreja.[44],[45].

Quando redigiu “A revolução sexual”, Guilherme Reich estava no fosso de sua visão ateístico-marxista-freudiana.

Dois especialistas em Reich, W. Edward Mann e Edward Hoffman, observam que as primeiras declarações dele sobre a religião apareceram nos anos 20, quando envolveu-se primeiro com o marxismo.

Mann e Hoffman dizem que:

“ele adotou a postura marxista convencional ante a religião: o desprezo geral. Ele acreditava que o sentimento religioso era de fato o ópio das massas e um dos principais meios pelos quais a classe dominante mantém seu poder”.

“Reich tratava a religião tradicional simplesmente como uma instituição social de peso, pela qual se reprimia a revolução política”.

Compartilhava também da visão de Freud (que se intitulava um “judeu sem Deus”) de que toda a religião se baseia numa ilusão sendo, no máximo, uma bengala psicológica (mesma opinião de Marx).[46]

Reich se questionava: “Como pessoas aparentemente inteligentes e racionais acreditam nas coisas mais ilógicas e absurdas em nome da religião?”.[47]

Ele tinha especial desgosto pelos “tabus” religiosos contra a “expressão” sexual, que ele acreditava terem sido impostos irracionalmente pelas igrejas.

Chamava isso de uma “supressão compulsória da sexualidade”, que incluía “a luta em resistir à tentação de se masturbar”, um desejo “experimentado por todos os adolescentes e crianças” (especialmente o jovem Reich).[48]

Em suma, o que temos com Wilhelm Reich, o pater famílias da revolução sexual, é uma forma de sexualidade bizarra e amoral (e obviamente imoral), em completo desacordo com os absolutos divinos.

Tratava-se de um homem totalmente desligado da tradição religiosa, fosse ela judaica ou cristã, e que decidiu inventar sua própria sexualidade e moral – suas próprias regras e verdades.

Mesmo isso não seria de todo ruim, se suas ideias se restringissem a ele e a seus animais do campo.

Infelizmente, porém, os rebentos dos anos 60 aguardavam ansiosos por suas ideias e atenderam a seus apelos pela expressão sexual irrestrita dessa geração.

Essa foi uma diabrura que tem causado grande estrago, a mistura do freudismo e o comunismo.

CONCLUSÃO: Como o marxismo não conseguiu estabelecer o paraíso comunista na área da política e da justiça social. O diabo deu a ele um novo sentido, não é mais um Paraiso social, agora é um céu de prazeres sexuais.

O Espírito Santo, descreveu perfeitamente essa cultura diabólica, que desde o começo atraiu o juízo de Deus.

2 Pedro 2:7-22

¹ E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.

² E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.

³ E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.

⁴ Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo;

⁵ E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, a oitava pessoa, o pregoeiro da justiça, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;

⁶ E condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza

⁷ E livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis

⁸ (Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, por isso via e ouvia sobre as suas obras injustas);

⁹ Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados;

¹⁰ Mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia, e desprezam as autoridades; atrevidos, obstinados, não receando blasfemar das dignidades;

¹¹ Enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor.

¹² Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção,

¹³ Recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco;

¹⁴ Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição;

¹⁵ Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça;

¹⁶ Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta.

¹⁷ Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva.

¹⁸ Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro,

¹⁹ Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.

²⁰ Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.

²¹ Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado;

²² Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.

 

[1] Sermão adaptado do capítulo 14 e 15 do livro do Paul Kengor, Karl Marx e o diabo, pg 331 a 411

[2] Adaptação do livro do Paul kengor, Karl Marx e o Diablo, capitulo 13, páginas 353-377. Editora Vide Editorial, 2022

[3] Paul kengor, Karl Marx e o Diablo, capítulo 13, pag. 353. Editora Vide Editorial, 2022.

[4] Panaceia é uma palavra com origem no grego panákeia, sendo que pan significa “todo” e ákos significa remédio”. Desta forma, a palavra indica uma substância que cura todas as doenças.

A expressão panaceia universal remete para um remédio muito procurado pelos alquimistas por ser capaz de curar todas as enfermidades.

Em sentido figurado, por vezes a palavra panacéia é usada para descrever alguma coisa que é capaz de resolver qualquer problema, como uma crise política ou financeira.

[5] Essa turma não inclui nomes como Mao, Che, Fidel e os outros suspeitos de sempre, que o mundo já conhece bem até demais, mas a gente Escola como de Frankfurt Crowley, — Duranty, alvos mais Hay, difíceis Reich, Benjamin, Alinsky, Millett, de captar pelo radar, e que o mundo deveria conhecer melhor, no mínimo por servirem como indícios sutis (ou não tão sutis assim) e mensagens de advertência quanto às conseqüências de tais idéias.

[6]  Cf. Mc 5, 9.

[7] As placas de Petri são usadas para um amplo range de aplicações em microbiologia, incluindo o cultivo bacteriano, o teste de antibióticos e a detecção de micróbios em alimentos. Elas também são úteis na preparação de meios de cultura bacteriana, que são soluções nutritivas utilizadas para cultivar bactérias in vitro.

[8]  O autor aqui faz um trocadilho entre “cultura” no sentido intelectual e “cultura” ou “cultivo” no sentido da multiplicação de microorganismos em ambiente laboratorial. os autores vinculados ao

“marxismo cultural”, portanto, se assemelham a vírus e bactérias que infectam a população ocultas — NT,

[9] Teosofia – A filosofia religiosa que lançou as bases para o atual movimento da Nova Era

[10] Troca de e-mails com Stephen Schwartz em 11 de iunho de 2()18.

[11] Também conhecido como “Lulu” Schwartz. — NT.

[12] Cf. a explicação de Stephen em “Why I Chose Islam Instead of Judaism”, Jewcy.com, 19 de fevereiro de 2007, disponível em: http://iewcy.com/post/why_i_chose_islam_instead_judaism.

[13] Para saber mais sobre Herb e Bettina Aptheker, cf. minha exposição em Dupes, pp. 306—311

[14] Bettina Aptheker se pronunciou publicamente sobre os abusos sexuais que sofreu de seu pai. Cf. Bettina Aptheker, ‘S ‘Did I ever hurt you when you were a child?”‘, Los Angeles Times, 15 de Outubro de 2006.

[15] Individuo subserviente e de  mau-caráter, conduta duvidosa.

[16] Zoltan Tarr, the Frankfurt School: The critical theories of Max Horkheimer and theodor W. Adorno. New Brunswikc, nj: Transaction Publishers, 2011 p.2

[17] Karl Marx e o Diabo, pag 379

[18] Forma como eram chamados os membros do Partido Internacional da Juventude (Youth International Party), grupo americano revolucionário e contracultural dos anos 1960 – NE

[19] Bairro hippie de San Francisco que tornou-se referência na contracultura dos anos 60 e também foi

centro difusor de drogas alucinógenas, principalmente LSD e maconha – NT

[20] ocorrência das chamadas bad trips. Esse quadro provoca ansiedade, pânico e delírios que podem gerar graves consequências, uma vez que a pessoa perde a capacidade de diferenciar o que é real do que não é.

[21] Suco em pó bastante popular nos EUA, marcado para sempre por um evento macabro: foi usado na mistura envenenada que o pastor e lider de seita Jim Jones usou para induzir o suicídio em massa dos seus seguidores em Jonestown, levando à morte mais de 900 pessoas (1978) – NT

[22] A geração Y, também chamada geração do milênio, geração da internet,[1] ou milênicos[2][3] (do inglês: Millennials[4]) é um conceito em Sociologia que se refere à corte dos nascidos após o início da década de 1980 até, aproximadamente, a primeira metade da década de 1990.

[23] figuras importantes na Escola de Frankfurt: Georg Lukács, Herbert Marcuse, Max Horkheimer, Theodor Adorno, Erich Fromm, Franz Neumann, o espião soviético Richard Sorge, Wilhelm Reich, Walter Benjamin e outros.

[24] Os dois melhores livros acadêmicos sobre a Escola de Frankfurt e sua história são The Frankfurt Scho- ol de Rolf Wiggershaus, lançado em 1994 pela MIT Press (com quase 800 páginas, incluindo traduções do alemão que nenhum outro acadêmico ainda publicou em inglês), e The Dialectical Imagination de Martin Jay, lançado em 1996 pela University of California Press.

[25] Wilhelm Reich, The Passion of Youth: An Autobiography, 1897-1922. Nova York: Farrar, Straus, and Giroux, 1988, pp. 4-5, 9. O livro foi publicado postumamente e editado por Mary Boyd Higins e Chester M. Raphael.

[26] Reich, The Passion of Youth: An Autobiography, 1897-1922, p. 6.

[27] Reich, The Passion of Youth: An Autobiography, 1897-1922, p. 13.

[28] Reich, The Passion of Youth: An Autobiography, 1897-1922, p. 25

[29] Reich, The Passion of Youth: An Autobiography, 1897-1922, pp. 21-22.

[30] Cf. o verbete em: http://www.marxists.org/glossary/people/r/e.htm#reich-wilhelm

[31] Ariel Levy, “Novelty Acts”, The New Yorker, 19 de setembro de 2011. Outro que sem dúvida merece- ria esse título é Alfred Kinsey, cuja anarquia sexual talvez estivesse à esquerda até de Reich

[32] Citarei aqui a edição americana de 1974, traduzida por Therese Pol e lançada por Farrar, Straus, and Giroux. Para a referência completa: Wilhelm Reich, The Sexual Revolution: Toward a Self-Regulating Character Structure. Nova York: Farrar, Straus, and Giroux, 1974, Este livro abre com os prefácios da segunda edição (1936), da terceira (1945) e da quarta (1949).

[33] Cf. a página bem informativa no website do Wilhelm Reich Trust: http://www.wilhelmreichtrust.org/ sexual_revolution.html, retrieved July 19, 2019.

[34] Na quarta edição, Reich observou que o livro permanecera “virtualmente o mesmo” em relação à primeira.

[35] Um desenvolvimento natural e sadio como o dele? O leitor volte alguns parágrafos atrás e releia a descrição da primeira infancia de Wilhelm Reich, para ter uma medida -NT.

[36] Reich, The Sexual Revolution, pp. 11-14.

[37] Reich, The Sexual Revolution, pp. 16-17.

[38] Essas afirmações foram tiradas do prefácio à edição alemã de 1936, escrito por Reich em novembro de 1935. Cf. Reich, The Sexual Revolution, pp. 26-28 e 30.

[39] Millett foi a primeira feminista a falar sobre a tese feminista do patriarcado e suas estruturas sociológicas. Ela foi uma das principais militantes responsáveis por levar o foco do movimento feminista para questões de liberação sexual, inclusive para legalizar práticas de pedofilia.

[40] https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/kate-millett-autora-da-biblia-feminista

[41] Ele escreveu isso no prefácio à terceira edição, em 1945: Reich, The Sexual Revolution, pp. 15-16.

[42] A melhor e mais completa análise disso consta em: W. Edward Mann e Edward Hoffman, The Man

Who Dreamed of Tomorrow: A Conceptual Biography of Wilhelm Reich. Los Angeles: J. P. Tarcher, 1980, incluindo um prefácio da filha de Reich, Eva Reich. Cf. especialmente as pp. 182-197.

[43] Cf. a exposição de Myron Sharaf, Fury on Earth: A Biography of Wilhelm Reich. Nova York: St. Martin’s Press, 1983, pp. 396-397.

[44] Mann and Hoffman, The Man Who Dreamed of Tomorrow: A Conceptual Biography of Wilhelm Reich, pp. 191-192, 194,

[45] Cf. Mann and Hoffman, The Man Who Dreamed of Tomorrow: A Conceptual Biography of Wilhelm Reich, pp. 188.

[46] Cf. capítulo 12, “The Future of an Illusion”, in: Ben Wiker, 10 Books That Screwed Up the World. Washington, D.C.: Regnery, 2008, pp. 165-176 [Cf. “O futuro de uma ilusão”, in: 10 Livros que estragaram o mundo, Campinas: Vide Editorial, 2015, pp. 161-172).

[47] Mann and Hoffman, The Man Who Dreamed of Tomorrow: A Conceptual Biography of Wilhelm Reich, pp. 182-185.

[48] Mann and Hoffman, The Man Who Dreamed of Tomorrow: A Conceptual Biography of Wilhelm Reich, pp. 186-187.