Série de sermões expositivos sobre O Céu. Sermão Nº 77 – O sexto dia da criação: a criação do homem (Parte 54). Gn 1:27: a Bíblia versus o Secularismo (Parte 3). Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 05/04/2023.
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INTRODUÇÃO
Aqueles que usam óculos, talvez já tenham acontecido de notarem que a visão esteja ficando turva.
Limpar os óculos não faz nada para impedir que carros e casas parecessem um borrão disforme. Até que você descobre que você pegou os óculos errado, de alguém por engano. A lente diferente distorce severamente a visão da realidade
A Bíblia indica que a humanidade em geral terá uma tendência natural à visão defeituosa ao procurar respostas para o dilema humano, as grandes questões de porque estamos aqui, do que se trata, como devemos viver e para onde estamos indo.
No capítulo 1 de Romanos, lemos como as pessoas, ‘no fundo’, sabem que existe um poderoso Criador, mas tendem a suprimir a verdade ‘ em injustiça ‘, recusam-se a glorificar a Deus e trocam Sua verdade por uma mentira.
Eles adoram as coisas criadas em vez do Criador, a quem não gostam de reter em seu conhecimento, enquanto ‘ professam ser sábios ‘.
Quando começamos a olhar para o mundo através dos óculos certos, ou seja, a revelação de seu Criador, não surpreendentemente descobrimos que as coisas se encaixam e fazem sentido, em contraste com fantasias seculares disfarçadas de ‘respostas’.
Uma dessas fantasias é a ideia de que nossos problemas são causados pelo excesso de civilização, então a resposta é retornar a uma primitividade pacífica, ‘o nobre selvagem vivendo em harmonia com a natureza’.
Este conceito vem repetidamente à tona desde a época do filósofo iluminista Rousseau, que influenciou por exemplo, o movimento ‘hippie’ dos anos 60 e, mais tarde, o ambientalismo “verde brilhante[1]”, ou mais conhecido como desenvolvimento sustentável.
Na realidade, as sociedades caçadoras-coletoras, longe de serem ‘pacíficas’, têm taxas de mortalidade extremamente altas por agressão[2].
Seu histórico de destruição ambiental é comparável ao da sociedade industrial, e só não foi mais alta, devido às suas populações serem mais baixas e de menor capacidade tecnológica para causar grandes danos ao ambiente.
No outro extremo está a crença de que o avanço da ciência e da tecnologia resolverá nossos problemas.
Esse foi um conceito popular no final do século passado, e essa fantasia foi seriamente prejudicada pelo registro de carnificina inacreditável do século 20.
Com duas grandes Guerras Mundiais e milhões de pessoas mortas por seus próprios governos totalitários, que somam mais mortes registradas do que em toda a história da humanidade.
A infelicidade humana no Ocidente ‘avançado’ é maior do que nunca, com mais jovens delinquentes, doentes e se matando do que nunca houve nos tempos passados.
Olhando através dos óculos bíblicos, era óbvio que essas ‘respostas’ eram ilusões e teriam consequências caóticas para a humanidade.
Uma vez que o problema está dentro da natureza do homem, nenhuma quantidade de mudança “externa” pode resolvê-lo. Daí o previsível e total fracasso da VISÃO MARXISTA de uma sociedade perfeita.
Recentemente essa visão fantasiosa de mundo, que está varrendo o Ocidente é um renascimento sofisticado do “darwinismo social”.
segundo essa visão a solução dos problemas da humanidade se deve a percepção das “razões evolutivas” de nosso comportamento, foi programado por eras de seleção natural.
Mas a verdade é que aquilo que distorce nossas vidas é nossa natureza pecaminosa herdada que foi resultado de “uma rebelião literal” de um homem literal registrado em uma história literal no livro de Gênesis.
Se alguém rejeita a explicação bíblica para o nosso dilema, é lógico que ele vai rejeitar a resposta bíblica da Cruz.
A Cruz do mesmo Criador que foi Cristo, ele mesmo disse se você não acredita em Gênesis, você não pode acreditar em Suas palavras.
Jesus disse no evangelho de João 5:45–47;
Não pense que vou acusá-lo perante o Pai. Há quem te acusa: Moisés, em quem puseste a tua esperança.
Porque, se acreditasses em Moisés, acreditarias em mim; pois ele escreveu sobre mim. Mas, se vocês não acreditam nos seus escritos, como acreditarão nas minhas palavras?”
Se alguém não acredita na autoria Mosaica de Gênesis e nem o registro fiel e verdadeiro da criação não pode crer em Jesus.
A ideia da Evolução e das longas eras é provavelmente a principal razão dada hoje para rejeitar as reivindicações da Bíblia. Essa visão foi desenvolvida pela interpretação dos ‘fatos’ através de lentes não-bíblicas.
Já vimos o que a Palavra de Deus afirma sobre a tendência humana de distorcer a realidade à parte de Deus, destacando assim o absurdo de avaliar a Escritura em qualquer coisa que não seja em seus próprios termos.
Os sermões dessa série da nova temporada do Céu, sobre a Bíblia versus o Secularismo.
Visa ajudar a dar a nós e nossos filhos a emoção de ver o mundo como ele realmente é sem a distorção dos óculos evolucionistas, materialista e ateístas
Que esses sermões sejam uma ferramenta que Deus, em Sua graça, usará para conduzir-nos à realidade dos pecados eternamente perdoados e à paz com Cristo.
- O MITO DO NOBRE SELVAGEM.
Rousseau, em seu contrato social desenvolveu a ideia mentirosa do ‘bom selvagem’.
Nesse tipo de mito, sociedades menos avançadas tecnologicamente são mais inocentes e não corrompidas pelos vícios e tensões da ‘civilização, e essa tem sido a mentira contada por uma visão acadêmica e com a ajuda da tecnologia.
O mito do Nobre Selvagem; supõe que os povos indígenas sejam mais inocentes e puros do que os gananciosos habitantes da civilização ocidental.
Os filmes, assim como a pintura, a literatura e outras expressões da cultura popular, refletem e influenciam a visão de mundo anticristã e antiDeus da nossa época e da sociedade que os reproduz consciente ou inconscientemente.
Os filmes em particular podem ter um poder considerável para moldar ainda mais a visão de mundo de uma sociedade – um conjunto de crenças e suposições que são amplamente consideradas “dadas”, mesmo que subliminarmente.
Para ser mais eficaz nisso, um filme não deve se afastar muito do que já é feito, mas sim construir sobre as fundações já estabelecidas, reforçando, aprofundando e estendendo o paradigma dominante – para incorporar ainda mais a visão de como seus criadores pensam que o mundo deveria ser.
Essa cultura tem um único objetivo, cancelar a CONTRACULTURA CRISTÃ, estabelecendo uma visão de mundo totalitária, baseada em mitos e mentiras, por meio da “lavagem cerebral” para que a sociedade seja moldada pelo paganismo e uma cultura sem Deus.
- Rousseau em Hollywood.
Em 2006 foi lançado um filme norte-americano dirigido por Mel Gibson; Apocalypto.
Um filme violento e difícil de assistir, com brutalidade perturbadora, mostrando o declínio da civilização Maia.
A aclamada civilização mais era a mais primitiva e brutal. Eles arrancavam o coração das pessoas, praticavam o canibalismo e eram sexualmente imorais e debochados!
O Filme Apocalypto, embora não seja essa a intenção do Mel Gibson, que só quis fazer um filme de ação e cheio de drama. O filme retrata fielmente uma cultura que ignorou o verdadeiro Criador.
Embora os defensores desavisados da civilização maia, criticou a precisão histórica e acusou o filme de “racismo”.
Mas a crítica foi vencida pelos dados históricos e arqueológicos usado nas pesquisas dos produtores do filme.
No entanto, os professores de sociologia continuam dizendo aos alunos: “Se ao menos o homem moderno pudesse viver novamente como o nobre selvagem.”
Eles, como o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, imaginam que não há nada “mais gentil do que o homem em seu estado primitivo”.
Hollywood vem divulgando avidamente esse “MITO DO NOBRE SELVAGEM” em comédias como “Os Deuses Devem Estar Loucos”, em dramas como o vencedor do Oscar “Dança com Lobos” , no filme Tarzan, Pocahontas e Avatar da Disney
Esses filmes refletem as suposições de antropólogos evolucionistas, que vasculham a terra em busca de uma cultura perfeitamente primitiva que não teve contato como o cristianismo.
Por exemplo, aqueles bosquímanos africanos totalmente ingênuos em “Os Deuses Devem Estar Loucos” já foram vistos como uma sociedade ideal.
No entanto, pesquisas posteriores revelaram que eles bateram em suas esposas e assassinaram seus vizinhos e eram violentos e sanguinários.
Da mesma forma, o caráter do índio americano era tão falho quanto o do homem moderno. Os índios Huron e Iroquois praticavam tortura e canibalismo.
Os Skidi Pawnees ofereciam um sacrifício humano à estrela da manhã a cada primavera, e os índios da Califórnia pegavam escalpos inteiros – incluindo as orelhas. Viviam em constante guerra para mostrar sua crueldade.
Ainda assim, o homem moderno procura ilusoriamente por culturas primitivas que reflitam sua suposta e inerente bondade.
- Rousseau em avatar
Outro filme de sucesso de bilheteria que veio para anestesiar a consciência das pessoas foi o filme avatar[3] mostrando perfeitamente essa teoria de Rousseau.
No filme avatar o tema subjacente que poucos percebem é, obviamente, a tendência histórica das sociedades tecnologicamente avançadas, em sua busca por recursos, de usar a força para impor sua vontade às culturas indígenas, simbolizadas pelos Na’vi[4], mostrado como indígenas ingênuos e puros.
Tais culturas são, na versão atual do “mito do nobre selvagem” de Rousseau, consideradas numa maravilhosa harmonia ecológica com a natureza e com as pessoas.
A mentira do filme supõe equivocadamente que essas culturas indígenas sejam mais inocentes e puras do que as gananciosos habitantes da civilização ocidental.
Assim como no filme os terráqueos que vêm a Pandora tendo devastado e destruído seu próprio planeta. Numa versão da guerra do Vietnã.
A moral da história é uma pregação das religiões orientais: os cidadãos das culturas modernas de alta tecnologia devem se arrepender de seus maus caminhos.
Para não apenas evitar a destruição de nosso próprio mundo natural, como também seremos salvos e assim desfrutaremos da integridade espiritual, incluindo uma unidade com a natureza, com a DEUSA MÃE TERRA: EYWA.
Incoerentemente as pessoas recebem as vibrações antitecnológica dessa profunda mensagem, da espiritualidade verde (conexão com a natureza), enquanto estão sentados em cinemas com ar-condicionado, desfrutando dos gráficos de computadores de filmes de alta tecnologia.
Para aumentar a ironia, a máquina de marketing Avatar não tem escrúpulos em se associar ao McDonalds.
Essa multinacional é o alvo favorito das reivindicações ambientalistas de que faz com que os países em desenvolvimento produzam mais carne bovina, para isso precisam desmatar a florestas que são habitadas pelos povos indígenas.
Em contraste com o eixo militar-industrial e sua pilhagem desajeitada, a cientista Grace e sua equipe são vistos como os “pensadores progressistas” mais esclarecidos de seu tempo.
Eles pedem maneiras mais sutis de superar a resistência nativa à mineração – incluindo permitir mais tempo para permitir que o programa avatar atinja seus objetivos de engajamento e persuasão. Como Rousseau ensinou no contrato social.
Por meio de sua ciência, eles começaram a entender o valor da cultura Na’vi – particularmente, a maneira como esses povos da floresta se relaciona com o mundo natural. Uma clara volta ao paganismo hindu.
A implicação do filme é que os Na’vi (os indiscutíveis ‘mocinhos’) entendem a verdade sobre a vida, ou seja, que tudo tem um espírito e todos os seres vivos estão interconectados em um grande todo, que é essencialmente sua ‘deusa mãe terra’. ‘, Eywa.
A cientista Grace chega a vender a ideia absurda da religião da NOVA ERA, ao afirmar que cada árvore da floresta de Pandora tem conexões eletroquímicas com muitas outras árvores, que juntas formam uma enorme rede, como as sinapses de um enorme cérebro, que os indígenas podem acessar.
Vendendo a ideia religiosa de que somos um com a natureza.
Este impulso flagrante para um retorno ao animismo/panteísmo neopagão em Avatar é um componente comum da ‘nova religião’ de nossos tempos evoluídos.
A maioria das pessoas hoje, infelizmente, acredita que somos descendentes da natureza, uma efervescência do universo, não a criação de um Deus pessoal que opera milagres, atende orações e revela a verdade.
Vendendo a ideia da Nova era de que somos um com o universo
A conclusão lógica a tirar disso, se fosse verdade, é ser um ateu/materialista absoluto como Richard Dawkins. As noções de ‘espiritualidade’ surgem apenas de mecanismos evoluídos dentro do nosso cérebro.
Mas aqueles como Dawkins, embora muito em ascensão, ainda são relativamente incomuns. Provavelmente porque a maioria das pessoas não gosta de enfrentar a falta de sentido desse ponto de vista.
Assim, para manter um sentido do espiritual, uma vez que a Bíblia foi rejeitada, a própria criação (a natureza, o universo) deve ser imbuída de um sentido do ‘divino’.
Romanos 1 contém um lembrete solene da tendência natural da mente não regenerada de adorar as coisas criadas, ou seja, a criação em vez de seu Criador.
Isso desencadeou principalmente entre os adolescentes um grande retorno ao pensamento monista oriental no Ocidente – principalmente na forma de crenças da Nova Era.
Tais crenças casam-se naturalmente com o hiper-ambientalismo de hoje, e Avatar combina os dois com sucesso em um pacote muito atraente.
Como outros filmes ETs de ficção científica, também, infelizmente, tenderá a reforçar a crença de que ‘alienígenas’ poderiam ter evoluído em outros mundos e, portanto, o engano da Nova Era de que eles estão nos visitando com mensagens de paz e salvação.
A exuberante selva-floresta de Pandora. O nome deste planeta-lua vem do mito grego da caixa de Pandora, mostrando a entrada do mal em um mundo originalmente inocente e sem problemas.
Mas que está sendo corrompido pela sociedade com sua tecnologia e destruição.
Enquanto ele explora este paraíso biológico com a inocência de uma criança, o longo avatar azul de Jake nos faz pensar em Adão no Éden, especialmente quando ele prova um atraente pedaço de fruta oferecido a ele por sua ‘Eva’.
A floresta ainda tem sua própria árvore especial de significado espiritual, a Árvore das Almas, a onde eles oraram e se conectam com a deusa mãe terra.
Em Avatar, a estrutura de realidade da Bíblia baseada em Gênesis é um inimigo. As pessoas não foram feitas à imagem de Deus, como declara o Gênesis — elas são frutos da natureza.
Uma vez que todas as criaturas evoluíram da sopa orgânica, não são apenas os símios e os macacos que são nossos parentes, mas também gramíneas, minhocas, peixes e moscas-das-frutas – todos parte de um todo orgânico, todos derivados da “mãe Terra”.
Nesta visão, os males e as injustiças de nosso mundo não surgem do pecado e da ganância humanos, mas derivam do não reconhecimento dessa conexão biológica.
A morte não é agradável, mas não é uma intrusa na perfeição, ela sempre esteve lá por milhões de anos.
Portanto, a morte é “natural” e, quando morremos, podemos encará-la, como fazem os Na’vi, como simplesmente reciclando essa “energia emprestada” de volta à cadeia vital, ou deusa da terra, ou o que quer que se queira. chame-o.
Para os verdadeiros crentes a humanidade deveria exercer domínio (responsável) sobre a natureza para beneficiar a humanidade (Gênesis 1:26) e isso não é um mal ecológico.
Para os defensores dessa visão pagã. Os que discordam, devem ser “reeducados urgentemente”.
Para eles os crentes em Jesus, devem ser “despachados”, como os bandidos derrotados em Avatar. Essa é a cultura de cancelamento contra os cristãos verdadeiros.
- Rousseau e o Ocultismo.
Outra religião vendida pelas telas do cinema é o ocultismo influenciado pela saga do Harry Potter, equivocadamente alguns dizem que na saga os adolescentes vivem em um mundo livre de qualquer religião ou espiritualidade de qualquer tipo.
No mundo de Harry Potter, diz-se que beber sangue de um animal morto dá poder, que um sacrifício humano satânico e o sangue do poderoso Harry trazem vida nova.
Que a possessão demoníaca não é espiritualmente perigosa, e que passar através do fogo, entrar em contato com os mortos, conversar com fantasmas, com outros seres espirituais, é normal e aceitável.
A ideias dos filmes e literatura sobre o OCULTISMO é divulgar uma religião neopagã (pagã moderna).
Influenciadas por crenças pagãs antigas e práticas ritualísticas da Europa ocidental anteriores ao aparecimento do cristianismo. E afirmam que essa é a religião, mas antiga do mundo.
A ideia maldosa por traz disso está o “mito do nobre selvagem” de Rousseau. Pois também havia a religião nobre, onde as práticas da magia, bruxaria, feitiçaria e domínio do mundo espiritual era algo ingênuo, nobre e bom e que foi o cristianismo quem condenou essas práticas na idade média.
No antigo testamento Deus, proibiu essas práticas, exatamente por elas serem resultados da maldade do coração humano.
As religiões que praticavam essas artes, eram envolvidas em rituais de canibalismo e cheios de imoralidades bestiais, sacrifícios de crianças humanas e cultos a demônios.
Eram nações sem nenhum princípio moral, onde o engano, mentira, ódio, traição operavam.
Essa corrupção moral fazia esses povos se autodestruíram e viverem em grandes inimizades e opressão por meio da guerra. De nobre a bondade eles não tinham nada.
E nenhum desses povos a ciência e a literatura floresceu, e na maioria era natimorta.
A ciência só foi possível, por causa da erudição cristã, e o cristianismo se opôs foi a prática animalesca e demoníaca dessas culturas.
Eles não foram corrompidos pela sociedade ocidental, eles já eram corrompidos em seu mais baixo nível.
A própria ideia da escravidão negra mostra isso. Foram os próprios africanos que vendeu a ideia das grandes plantações de açúcar e café, com o uso da mão de obra escrava, e eles mesmos capturavam seus próprios irmãos e os vendiam aos brancos.
Eles não eram uma cultura ingênua, eles venderam a escravidão africana para o mundo. A mesma ganância e maldade que moveram os negros, também moveu os brancos.
E pior os próprios filósofos iluministas apoiavam a escravidão e ganhavam muito dinheiro com ela como foi o caso Voltaire. Eles eram hipócritas.
- ROUSSEAU E O MITO QUE DESTRUIR A CULTURA.
Uma vez que qualquer civilização abandona Deus como fonte da verdade, a humanidade pode olhar apenas para si mesma para encontrar o que é real.
No entanto, a Bíblia revela que o homem começou como um jardineiro pacífico, mas rapidamente degenerou em um assassino brutal (Gênesis 1–4).
Como confirmam as notícias diárias, as pessoas não são apenas capazes de um grande bem, mas também de um mal ainda maior.
Infelizmente, quando “o mito do nobre selvagem” chega a um fim apocalíptico, os antropólogos evolucionistas não estão prontos para desistir. Eles se apegam tenazmente aos mitos.
Em vez de olhar para sociedades primitivas e degeneradas, os cientistas sociais deveriam se voltar para a verdade da Bíblia e para a única esperança para o homem, Jesus Cristo.
Ele é o Criador que morreu para libertar todas as pessoas, independentemente de suas raízes étnicas ou geográficas.
Como sempre, a verdade perfeitamente revelada de Deus toca uma sentença de morte apocalíptica para a imaginação “perfeitamente primitiva” do homem.
Pois o que é primitivo e mente desses eruditos, que acreditam em mitos e fantasias. A história é a prova que a erudição sempre acaba em hipocrisia e destruição.
- Rousseau e o inferno totalitário.
Vemos claramente essa marca prenunciada em Rousseau. O mito do nobre selvagem, produziu a busca por uma sociedade que provasse esse mito.
Como não existe no passado, então os homens tentaram criar esse paraíso, e acabaram de criar o pior inferno da humanidade. Essa é uma tentativa de voltar a um passado que nunca existiu.
As ideias de Rousseau em O Contrato Social são as bases teóricas para se criar e os regimes posteriores de inspiração marxista que tentaram resolver os problemas e causaram os maiores danos.
- De Rousseau ao marxismo – e além
Em um nível fundamental, Marx e Rousseau basearam seu pensamento em visões de mundo igualmente defeituosas.
Ambos rejeitaram a Palavra de Deus começando em Gênesis, optando em vez disso por promover religiões feitas pelo homem que afirmavam que a fonte última dos problemas da humanidade não é o nosso pecado, mas nossas condições sociais.
Especificamente, tanto Rousseau quanto Marx enfatizaram o papel da propriedade privada, a divisão do trabalho e as condições econômicas em causar corrupção, opressão e desigualdade[5].
Uma suposição subjacente tanto no pensamento marxista quanto no pensamento rousseauniano[6] é baseado na falácia de que a vida representa um jogo de soma zero de vencedores e perdedores: a vantagem de uma pessoa é a desvantagem de outra[7].
Acreditando equivocadamente que as condições sociais resultantes escravizaram a humanidade, Rousseau e Marx permaneceram como críticos radicalizadores de suas culturas – uma postura que se espalha pelas teorias críticas neomarxistas que revolucionam a sociedade hoje.
Em resposta a suas visões de mundo semelhantes sobre o problema central da humanidade, Marx e Rousseau propuseram soluções políticas semelhantes e incorretas.
Ambos acreditavam que a chave para libertar a humanidade de suas correntes (reais ou imaginárias) reside na criação de sistemas totalitários – para Rousseau, o contrato social e para Marx, o comunismo[8].
Em ambos os sistemas, um coletivo de humanos com ideias semelhantes seria a autoridade para a verdade. Os cidadãos imporiam essa verdade uns aos outros, abandonando-se inteiramente ao coletivo.
Desta forma, a humanidade se redimiria para alcançar uma salvação baseada em obras. Resumindo os paralelos políticos entre Marx e Rousseau, Lucio Colleti concluiu:
Minha tese é que a teoria ‘política’ revolucionária, tal como se desenvolveu desde Rousseau, já está prenunciada e contida em O contrato social…
…ou, para ser mais explícito, no que diz respeito à teoria “política” em sentido estrito, Marx e Lênin não acrescentaram nada a Rousseau, exceto a análise (que é obviamente muito importante) das “bases econômicas” para o definhamento do Estado[9].
Considerando a notável conexão de Rousseau – embora originalmente desconhecida[10] – com o marxismo, não é de admirar que o rosto de Rousseau estrelou um selo na Romênia comunista, ou que o ditador comunista Fidel Castro teria chamado Rousseau de seu “professor”[11].
As consequências para os direitos humanos que se desenrolaram sob esses e outros regimes comunistas destacam um grande paralelo final entre Rousseau e Marx: seus planos só poderiam sair pela culatra.
Como nos lembra a história dos abusos dos direitos humanos em países totalitários, a humanidade caída não pode funcionar como sua própria autoridade para a verdade.
Com essa realidade em mente, vemos que os objetivos dos movimentos neomarxistas contemporâneos também devem sair pela culatra.
Como Marx e Rousseau, as teorias críticas de hoje enraizadas no neomarxismo[12] partem de uma base antibíblica para ver as condições sociais como o problema central da humanidade.
Propondo uma grande reforma social como solução. Essa reforma é uma tentativa de voltar ideário primitivo imaginário.
Quando os teóricos críticos copiaram Rousseau sugeriram que os sentimentos dos indivíduos sobre suas identidades autênticas devem ser a base para as normas políticas e morais.
Essas ideias destruíram a própria definição do direito e das liberdades e garantias individuais, antes defendidas como princípios pétreos, agora mudados simplesmente pelo sentimento humano[13].
CONCLUSÃO:
Do comunismo marxista às teorias críticas que invadem a cultura hoje, ensinadas por meio de filmes que são sucessos de bilheteira, vendendo um falso paraíso. Na busca de um céu criado pelo esforço humano.
Diante dos nossos olhos, vemos que séculos de filosofias seculares impactantes têm raízes em Rousseau.
Essas filosofias, como as propostas de Rousseau em O Contrato Social, tentam construir a liberdade e a justiça com base em uma visão de mundo antibíblica.
Mas nem mesmo o filósofo mais inteligente, persuasivo ou eloquente pode partir de uma base falha e chegar a uma estrutura funcional para a sociedade.
Sem o fundamento sólido da Palavra de Deus, os melhores planos dos filósofos falham, trazendo os resultados opostos da justiça, paz e liberdade prometidas.
A boa notícia é que, quando partimos do fundamento certo, encontramos a solução que todos esses filósofos buscavam.
À luz da Palavra infalível de Deus, vemos que a redenção para a humanidade só é possível por meio de uma aliança – não um contrato social escrito por humanos.
Mas a Nova Aliança que Jesus estabeleceu na cruz. Somente em Cristo encontramos a versão genuína da liberdade que Rousseau sempre perseguiu.
Os verdadeiros crentes esperam o verdadeiro Céu. 2 Pedro 3:1-14
Amados, escrevo-vos agora esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso ânimo sincero;
Para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas, e do nosso mandamento, como apóstolos do Senhor e Salvador.
Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências,
E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.
Eles voluntariamente ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus, e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste.
Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio,
Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios.
Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.
Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade,
Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?
Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.
Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.
[1] O ambientalismo verde brilhante é uma ideologia baseada na crença de que a convergência da mudança tecnológica e da inovação social fornece o caminho mais bem-sucedido para o desenvolvimento sustentável .
Os proponentes promovem e defendem a energia verde, automóveis elétricos , sistemas de fabricação eficientes, bio e nanotecnologias , computação onipresente , assentamentos urbanos densos , ciclos de materiais de ciclo fechado e projetos de produtos sustentáveis.
Viver em um planeta é uma frase comumente usada. Seu foco principal é a ideia de que através de uma combinação de comunidades bem construídas, novas tecnologias e práticas de vida sustentáveis, a qualidade de vida pode realmente ser melhorada mesmo enquanto as pegadas ecológicas diminuem.
[2] ‘Revisitando as loucuras românticas do passado’, The Courier Mail , Brisbane, 22 de fevereiro de 1997, p. 27.
[3] Avatar é termo antigo, de origem religiosa: nasceu no sânscrito avatara – literalmente, “descida do céu à terra” – para designar cada uma das formas humanas ou animais, assumidas pelo deus hindu Vixnu ao visitar a humanidade. Avatar era a materialização de uma força espiritual, o modo como ela se deixava ver.
Na linguagem dos jogos de computador, um avatar é um alter ego virtual , uma nova identidade que é controlada por você, mas nem precisa se parecer ou ser como você real.
[4] Talvez ‘Na’vi’ tenha sido projetado para soar semelhante a ‘nativo’ e ‘ingênuo’ (como em inocente e intocado – ou deveria ser imaculado? sorrisos). As evidências sugerem que a relativa ‘inocência’, tanto militar quanto ambientalmente, das culturas nativas de baixa tecnologia está mais provavelmente relacionada à sua menor capacidade tecnológica de guerrear e explorar o meio ambiente do que a qualquer superioridade moral.
Alguns se perguntam se há alguma conexão pretendida com a palavra hebraica nabiy, que significa profeta
[5] Marx concentrou-se diretamente nas relações trabalhistas e na propriedade privada como o problema fundamental da humanidade (ver Karl Marx, “Estranged Labour”, em Economic and Philosophic Manuscripts of 1844 , trad. Martin Milligan [New York: International Publishers, 1964], 106–119), ao passo que Rousseau via a sociedade como um todo, com sua base na propriedade e nas relações de troca, como o problema.
Propriedade, trabalho e relações de troca exacerbam o problema por serem agentes de corrupção dentro da sociedade corrupta que ajudaram a estabelecer (ver Rousseau, Social Contract and Discourses , 207–224 e Colletti, From Rousseau to Lenin, 163–171).
Notavelmente, Rousseau distinguiu entre dois tipos de desigualdade: desigualdade natural resultante de diferenças físicas entre as pessoas (por exemplo, diferenças de altura e saúde) e desigualdade política que Rousseau disse, “consiste nos diferentes privilégios, que alguns homens desfrutam em prejuízo de outros; como ser mais rico, mais honrado, mais poderoso ou mesmo em posição de exigir obediência”. (Rousseau, Social Contract, 174.)
Rousseau, razoavelmente, argumentou que as desigualdades políticas são um problema na medida em que são desproporcionais às desigualdades físicas (ver Colletti, From Rousseau to Lenin , 190-191).
Uma maneira tradicional de abordar essa discrepância em sociedades livres é promover a igualdade de oportunidades para todos, mas a solução marxista é impor resultados iguais para todos, como explica o Dr. Joe Boot no vídeo “Justiça, Raça e Revolução (Parte 1)”, disponível na Answers TV. https://www.answers.tv/
[6] Para obter referências a essa suposição no marxismo, consulte Alf Hornborg, “Cornucopia or Zero-Sum Game? The Epistemology of Sustainability,” em Globalization and the Environment , 23–35, Brill, 2006; para Rousseau, ver Alessandro Ferrara, “Rousseau and Critical Theory: An Excerpt from Alessandro Ferrara’s Latest Book,” Public Seminar, publicado em 8 de novembro de 2017, https://publicseminar.org/2017/11/rousseau-and-critical-theory/ .
[7] A experiência humana cotidiana reflete que, enquanto algumas situações na vida são situações de soma zero (ganha-perde), muitas situações têm uma variedade de outros resultados possíveis, como ganha-ganha, vários compromissos potenciais (vitórias parciais para todos) ou situações onde os resultados de uma parte têm pouco ou nenhum efeito sobre os resultados de outras partes.
Portanto, aplicar o pensamento de soma zero a casos em que existem outros resultados possíveis além de (A) a Parte 1 vence e a Parte 2 perde ou (B) A Parte 2 vence e a Parte 1 perde é um tipo de falácia ou/ou.
[8] Ver Karl Marx e Friedrich Engels, Manifesto do Partido Comunista, trad. Samuel Moore, ed. Fredrich Engels, (Chicago: Charles H. Kerr & Company, 1910).
[9] Lucio Colletti, From Rousseau to Lenin: Studies in Ideology and Society , trad. John Merrington e Judith White (Nova York: New Left Books, 1972), 185; enfase adicionada.
[10] Lucio Colletti observa que, enquanto Marx mencionou (e até citou erroneamente) Rousseau, “apesar do fato da dívida [de Marx] para com Rousseau, Marx nunca deu qualquer indicação de estar remotamente ciente disso”. (Colletti, De Rousseau a Lenin , 187).
[11] Colletti, De Rousseau a Lenin , 143.
[12] Por exemplo, a professora de sociologia Dra. Rachel Aldred observou em uma resenha de livro para a revista International Socialism, “As teorias críticas contemporâneas, sob pressão do renascimento do protesto popular, estão revivendo muitos temas estranhos ao stalinismo e à social-democracia, mas conectando-se com a tradição marxista no seu melhor.”
Rachel Aldred, “Between the No Longer and the Not Yet”, International Socialism 2:98, primavera de 2003, acessado em agosto de 2022 em Marxists.org.
[13] Comentando sobre a contribuição de Rousseau para as teorias críticas modernas, Alessandro Ferrara (que também é um teórico crítico) escreveu: “Rousseau há muito é reconhecido como um clássico em muitas disciplinas – filosofia, teoria política, teoria sociológica, educação, estudos literários e história da literatura francesa – e não se passaram mais de 50 anos desde que ele adquiriu esse status também dentro da Teoria Crítica.”
Alessandro Ferrara, “Rousseau and Critical Theory: An Excerpt from Alessandro Ferrara’s Latest Book,” Public Seminar , 8 de novembro de 2017, https://publicseminar.org/2017/11/rousseau-and-critical-theory/ .