Sermão Nº 30 – A incrível esperança. Referência: João 20:1-31
INTRODUÇÃO.
A vida é uma coisa muito emocional. Nós gastamos grandes quantidades de nossa energia apenas tentando lidar com todas as nossas emoções.
Alguém fez uma lista em ordem alfabética de cerca de 300 emoções mais comuns que todos nós experimentamos todos os dias.
Imagine ter tantas forças lutando dentro de você o tempo todo. Começando apenas com a letra “A”, já ficamos sobrecarregados só de ler.
Das vinte e seis emoções do grupo “A”, como agitado, assustado, agressivo, apavorado, angustiado, ambíguo, amoroso, amargurado, apreensivo, ansioso, apreciativo, e assim por diante.
Não é de admirar que tenhamos problemas com todas essas emoções que circulam ao nosso redor em uma infinidade de atitudes e hormônios, sentimentos e reações.
Muitos dos nossos problemas mais incômodos da vida estão relacionados às nossas emoções. Alguns de nós fomos abatidos com emoções negativas ou emoções difíceis hoje. Nós nunca sabemos o que irá desencadear alguma resposta emocional inesperada dentro de nós.
É aí que entra a ressureição. Quando deixamos cair a realidade da ressureição no conglomerado de nossas emoções, as atitudes são instantaneamente melhoradas.
Agora importa quais problemas emocionais você está tendo, a Páscoa eleva a maré de todas as emoções saudáveis e diminui a linha de água de todas as insalubres.
Quero ressureição (Páscoa) é a base – e a única base – para emoções saudáveis e autocontrole emocional.
É o que encontramos quando olhamos para a história do tumulo vazio como nos é apresentada em João 20. Hoje gostaria de dedicar toda a mensagem a uma análise muito simples deste capítulo.
Este capítulo tem 31 versos e nos conta a história do que aconteceu no túmulo vazio.
Aqui figura as emoções de quatro tipos diferente de pessoas ou grupos diferentes que tiveram uma transformação emocional por causa daquele túmulo vazio: a curiosidade dois discípulos, o choro desesperador de Maria Madalena, o medo Discípulos e a incredulidade de Tomé. E o capítulo termina com uma poderosa declaração de propósito.
- Pedro e João: da curiosidade à fé (20.1-10).
Maria Madalena é destacada no primeiro relato da ressurreição de cada um dos quatro evangelhos, mas só aqui ela aparece sozinha.
Ela foi ao sepulcro de madrugada e, ao ver a pedra removida, correu ao encontro de Pedro e do discípulo amado para dar-lhes a notícia.
Entretanto, no coração dela só havia uma possibilidade: alguém teria tirado o corpo do Senhor do sepulcro, e eles não sabiam onde o haviam colocado.
Os olhos de Maria e dos discípulos ainda não tinham sido abertos para compreenderem o fato glorioso da ressurreição.
O testemunho apresentado por uma mulher normalmente não era aceito no tribunal, por isso os dois discípulos cheios de curiosidade e espanto partem correndo.
Pedro e João correm ao sepulcro. João, o discípulo amado, por ser mais jovem, chega primeiro, mas é Pedro quem entra no túmulo primeiro.
Ali eles veem os lençóis e o lenço que cobria seu rosto. Estavam diante da mais contundente evidência da vitória de Cristo sobre a morte.
O túmulo de Jesus vazio é o berço da fé. Warren Wiersbe diz que, ao escrever esse relato, João usou três termos gregos diferentes para ver. Em João 20.5, o verbo significa apenas “espiar, olhar de relance”.
Em João 20.6, significa “olhar com cuidado, observar”. Já em João 20.8, quer dizer “perceber com uma compreensão intelectual”. Sua fé na ressurreição estava nascendo como um novo dia!’
Aquilo que seria uma mera constatação, se transformou numa fé autentica. Toda aquela euforia, que gerou uma disputa atlética, agora toca profundamente o coração deles.
A realidade da ressureição, deve influenciar profundamente nossas emoções; tanto quanto ao passado, presente, como ao futuro. O poder da ressureição é a garantia de todas as nossas vitórias.
Aquele que nem a morte pode detê-lo, tem todo o poder de comandar todas as circunstancias que afetam nossas emoções. Quando esse discípulo viu e creu, suas expectativas mudaram.
Eles entenderam que Jesus não estava nas mãos do destino cego, nem foi uma vítima das circunstâncias. Tudo aconteceu como ele mesmo havia profetizado. Deus estava controlando todos os eventos para sua glória.
- Maria Madalena: Do desespero à esperança (20.11-18).
Depois de constatarem que o túmulo estava vazio, Pedro e João voltaram para casa, mas Maria Madalena permaneceu na entrada do sepulcro. Para ela, não bastava ver as evidências da ressurreição; ela queria ver o Cristo ressurreto.
(a) A alegria da ressureição.
Maria Madalena chorando olha para dentro do túmulo e vê dois anjos vestidos de branco sentados onde estava o corpo de Jesus.
Eles perguntaram: Mulher; por que choras? Ela respondeu: Porque levaram o meu Senhor; e não sei onde o puseram. Maria chorava porque o túmulo vazio ainda não era, para ela, a evidência absoluta da ressurreição.
Ela cogitava que alguém teria levado o corpo de Jesus para outro lugar. Depois de olhar para dentro do túmulo, Maria olhou para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu (20.14-16).
Jesus lhe faz a mesma pergunta que os anjos fizeram: Mulher, por que choras? E acrescenta: A quem procuras?
Maria, ainda com os olhos da alma fechados ao maior de todos os milagres, a ressurreição de Cristo, pensou ser ele o jardineiro e respondeu: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.
Nessa hora, Jesus dirige-se a ela, chamando-a pelo nome: Maria! Ela, voltando-se, lhe diz, em hebraico: Raboni (que significa mestre)!
Há uma repreensão gentil inerente àquela pergunta feita duas vezes. Está dizendo: “Não é hora de chorar, mas de regozijo, louvor e ação de graças”. Isso implica que ela poderia e deveria ter sabido disso.
Jesus havia dito claramente várias vezes, como os Evangelhos registram, que ele ressuscitaria no terceiro dia.
Um dos fenômenos marcantes dos Evangelhos é a surdez dos discípulos às revelações consistentes de Jesus a respeito de sua ressurreição.
Ele teve grande dificuldade em convencê-los de que ele iria morrer em primeiro lugar. Foi só quando viram a oposição se aproximando dele que perceberam que suas palavras eram verdadeiras.
Mas mesmo assim, nenhum deles parecia entender que toda vez que mencionava sua morte, ele também acrescentava que ele iria ressuscitar no terceiro dia.
Mas Maria era como nós! Você já se viu em uma circunstância angustiante, quando o céu pareceu desabar sobre você, e cristão que você é, você imediatamente se esquece de todas as promessas de Deus?
Você sentiu pena de si mesmo, você ficou ansioso e chateado ou amargurado. Eu já me senti assim. Nós tão rapidamente nos esquecemos as promessas de Deus.
Martinho Lutero certa vez passou três dias em uma depressão negra sobre algo que deu errado. No terceiro dia, sua esposa desceu vestida de luto. “Quem está morto?” Ele perguntou a ela. “Deus”, ela respondeu.
Lutero a repreendeu, dizendo: “O que você quer dizer com Deus está morto? Deus não pode morrer”. “Bem”, ela respondeu, “do jeito que você está agindo, eu tinha certeza que ele tinha morrido!”
Muitos de nós foram pegos nessa armadilha. Isso também aconteceu com Maria Madalena.
Mas Jesus vai falar apenas uma palavra para ela abrir os olhos. Com uma ternura indescritível, ele simplesmente pronunciou seu nome – não Maria, como lemos no português; mas ele fala no seu idioma nativo, que era o aramaico, “Miriam”.
Maria instantaneamente reconheceu sua voz, assim como qualquer um de nós reconheceria a voz de um ente querido no telefone.
Respondendo em aramaico, Maria se lançou a seus pés e gritou: “Rabboni!” (que significa “professor”). Ela agarrou-o pelos pés e começou a chorar lágrimas de alegria.
(b) O relacionamento da ressureição.
O que Jesus quer dizer com essas palavras para Maria? “Não me apegue agora, pois ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e seu Pai, para meu Deus e seu Deus.”
Muitos notaram que ele faz uma clara distinção entre seu relacionamento com o Pai e o deles. Nem eles nem nós podemos dizer “Meu Pai” como ele poderia dizer: “Meu Pai”.
Nem eles, nem nós, poderíamos dizer “Meu Deus” como ele poderia dizer: “Meu Deus”. No entanto, foi o mesmo Deus e o mesmo pai. Seu relacionamento como Filho é diferente de nosso relacionamento como filhos, pois ele era um Filho por natureza, mas nós por adoção.
Mas por que ele não permite que Maria se apegue a ele? Ele está dizendo a ela, “Maria, um novo relacionamento surgiu. Eu não vou mais continuar com você em um relacionamento físico próximo.
Tocar em mim lhe dá conforto, mas não será mais assim. Eu vou para ascender ao Pai “. Como sabemos no discurso do Cenáculo, de lá ele enviaria o Espírito que o disponibilizaria de uma maneira mais maravilhosa e mais próxima do que antes.
O que ele está dizendo é: “Quando eu ascender ao Pai, minha proximidade a você será completa. Agora vá e diga aos meus irmãos (não aos” meus discípulos) a mesma verdade.”
Creio que esta é a primeira e a principal “boa notícia” da Páscoa. A maioria celebra a Páscoa como um lembrete de que há esperança no dia em que eles terão que deixar a terra – que a Páscoa significa que, porque ele vive, também viveremos. O hino diz:
Porque ele vive, posso crer no amanhã.
Porque ele vive temor não há.
(c) O testemunho da ressurreição (v.17, 18).
As primeiras testemunhas da ressurreição de Cristo tenham sido mulheres que creram. Isso porque, entre os judeus daquela época, o testemunho das mulheres não era tido em alta consideração.
Essas mulheres impactadas pelo túmulo vazio e pelo Cristo vivo tornam-se pregoeiras da mais gloriosa notícia que o mundo já pôde ouvir: a morte foi vencida, Cristo ressuscitou! O túmulo vazio é o berço da igreja!
Jesus ordena que Maria vá ter com seus irmãos e lhes diga: […] estou voltando para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
Com razão, diz Matthew Henry, Jesus poderia ter-lhes enviado uma mensagem zangada: “Vá àqueles desertores traiçoeiros e diga-lhes que eu nunca mais confiarei neles, nem terei nada que ver com eles”. Mas não. Ele perdoa, esquece e não lança fora.
O comissionamento de Maria Madalena, portanto, mostra a importância de transmitir a gloriosa mensagem do evangelho.
Em seu livro a igreja com propósito, Rick Warren relata em uma pesquisa que descobriu que 89% dos membros da igreja acreditam que o propósito da igreja é “cuidar de minhas necessidades e das de minha família”. Apenas 11% disseram: “O propósito de a igreja é ganhar o mundo para Jesus Cristo ”(p. 82).
De acordo com George Barna, em seu livro chamado “Evangelismo que Funciona”, a maioria das igrejas tem apenas um pequeno grupo de pessoas que têm uma paixão pelo evangelismo. Barna faz 3 perguntas investigativas as igrejas como a nossa:
- “As pessoas“ possuem ”evangelismo como o batimento cardíaco do ministério?”
- “O evangelismo é considerado a maior prioridade da igreja?”
- “As pessoas tiveram uma visão para alcançar descrentes que dá à igreja definição, energia e direção?”
Ele conclui dizendo: “Se não, a organização não é verdadeiramente uma igreja, mas é simplesmente um grupo de pessoas intrigado pela religião” (p. 129).
Em seu livro chamado “Construindo uma Igreja Contagiosa”, Mark Mittelberg aponta que o valor do evangelismo em todas as igrejas tende a se dirigir para dentro de si mesmo com o passar do tempo.
Ele a chama de “segunda lei da termodinâmica espiritual”, na qual os cristãos, se deixados para si mesmos, movem-se para o egocentrismo.
Se estamos falando sério sobre contar aos outros o evangelho, então devemos lutar contra essa atração gravitacional interior.
A fim de superar a entropia evangelística, devemos ser implacáveis em nossa busca de possuir a missão que fomos chamados a cumprir.
III. Os discípulos: do medo à alegria (20.19-23).
Jesus ressuscitou no domingo pela manhã e apareceu aos discípulos pela primeira vez, ao cair da tarde do mesmo dia.
O shabbath havia terminado quando Jesus ressuscitou (Mc 16.1). Sua ressurreição aconteceu no primeiro dia da semana (20.1; Mt 28.1; Lc 24.1).
A mudança do sétimo para o primeiro dia não se deu por algum decreto da igreja nem do imperador romano; foi, desde o princípio, decorrente da fé e do testemunho dos primeiros cristãos.
Nesse dia, os discípulos estavam com as portas trancadas, com medo dos judeus.
Vejamos coisas que podem trancam a nossa vida.
(a) Trancados pelo medo (20.19).
O medo é uma emoção muito difícil de lidar. O medo é uma força que nos paralisa, nos faz voltar atrás e o medo inibe o nosso potencial (20.19). O medo desestabiliza nossas emoções, seja a ansiedade, o pânico, ou o terror.
O medo de errar, medo de acertar. Medo de viver, medo de morrer. Medo da solidão, medo a multidão.
No dia mais feliz da história eles estão trancados. O medo pode trancar a nossa vida. O medo é solo onde nasce a ansiedade. Podemos ser impedidos de fazer tantas coisas por causa do medo.
Antes do Pentecostes, os discípulos estavam escondidos atrás de portas trancadas por causa do medo dos judeus; depois do Pentecostes, foram presos por falta de medo.
(b) Trancados pela falta de paz (20.19). Jesus disse aos discípulos: Paz seja convosco! Os discípulos não estavam apenas com medo; estavam, também, perturbados, inquietos e desassossegados.
O coração deles era um turbilhão de dúvidas, incertezas e culpa. Todos a esperança deles foi despedaçada pela pedra do tumulo. Eles esperavam que Jesus fosse o messias. Agora a decepção e a frustração tiraram a paz deles.
(c) Trancadas pela ausência de Jesus (20.19,20), Os discípulos estavam acostumados a ter Jesus por perto em todas as horas.
Mas, desde sexta-feira, quando foi pregado na cruz e depois depositado no túmulo de José de Arimateia, eles estão privados de sua presença.
Quando Jesus não está presente, nosso coração também se enche de medo. Só sua presença pode espanar a poeira da dúvida, dissipar o nevoeiro da angústia e restaurar a paz no coração aflito.
Derrepente Jesus aparece no “meio” deles. A vida deles naquele momento não tinha sua centralidade na pessoa de Jesus. O fato de Jesus não ser o centro da nossa vida, os colocou em apuros e trancados no quarto do medo.
(d) Trancados pela falta de propósito (20.21). Outro sentimento que trancou a vida dos discípulos naquele quarto do medo, foi a falta de propósito para a vida deles.
As vidas deles já não tinham nenhum sentido para viver. Não tinha algo pelo qual lutar e morrer.
Então Jesus oferece aos discípulos a paz e dá a eles um comissionamento. Assim como Jesus havia sido comissionado pelo seu Pai, ele também comissiona seus discípulos.
O mandato de Cristo não é apenas para fazer a obra, mas para fazer a obra da mesma maneira que ele havia feito. Que eles pregassem com a voz e vida a mensagem da ressureição.
Ele se fez carne, habitou entre nós e inseriu-se em nossa cultura. Tornou-se um de nós, exceto no pecado. Assim também devemos, no cumprimento da missão, aproximar-nos das pessoas para amá-las, servi-las e levar-lhes a mensagem da salvação.
Os apóstolos receberam a comissão de continuar a obra de Cristo, e não de começar outra obra.
(e) Trancados por falta de poder (20.22,23). A falta de poder é a principal causa de não fazermos a obra de Deus. É motivo pelo qual não obedecemos a grande comissão. Até queremos fazer, mas falta poder.
Jesus não apenas comissiona seus discípulos, dando-lhes uma missão, mas também sopra sobre eles o Espírito Santo, dando-lhes capacitação e poder.
Esse sopro do Espírito Santo em breve se transformaria no derramamento do Espírito, no cumprimento da promessa do Pai, na descida definitiva do Espírito para estar para sempre com a igreja.
Aqui os discípulos são “aspergidos” com a graça do Espírito, mas não “saturados” com o seu pleno revestimento de poder, o que só viria em Atos 2,12 Os discípulos seriam revestidos de poder no Pentecostes e, então, cumpririam a Grande Comissão.
Então receberiam autoridade e poder para pregar o Evangelho. Eles poderiam reter ou conceder o perdão de pecados.
Aqui está a boa nova: existe o perdão dos pecados. Todas as manhãs, todos os dias, uma dúzia de vezes por dia, você pode reivindicar novamente esse maravilhoso sentido do perdão do pecado.
Não só podemos reivindicá-lo, mas podemos oferecê-lo às pessoas. É por isso que Jesus disse a esses homens:
“Se você perdoar os pecados de alguém, eles são perdoados e, se você guardar os pecados de alguém, eles serão retidos”.
Eu fiz isso muitas vezes. Isso não significa que recebemos autoridade para dizer a um: “Você está perdoado” e para outro. Você não é.
Alguns interpretaram dessa maneira, dizendo que os padres têm o poder de perdoar ou reter pecados. Mas Jesus não está dizendo isso.
O que ele está dizendo é que temos o poder de declarar o perdão do pecado quando as pessoas crêem em Jesus.
Se algum homem, mulher ou criança consciente do pecado e do fracasso confessar e reconhecer sua necessidade diante de Jesus e recebê-lo, temos autoridade para dizer-lhes: “Seus pecados estão perdoados”.
Eu tenho feito muito isso. Eu digo as pessoas que estavam profundamente preocupadas com seu passado e que oraram e pediram ao Senhor para entrar em suas vidas: “Alegra-te, seus pecados estão perdoados”.
Por outro lado, se alguém se recusa a acreditar, ou simplesmente finge acreditar, e sua vida não mostra nenhum sinal de qualquer mudança, estamos autorizados a dizer-lhe: “Você ainda não foi perdoado de seus pecados.
Muito do problema você está enfrentando é porque você ainda está lutando com a culpa que nunca foi levantada porque você não acreditou.
IV Tomé: da incredulidade à fé (20.24-29).
Nessa primeira aparição de Jesus a seus discípulos, Tomé não estava presente. Quando foi informado do fato glorioso, duvidou fortemente.
Tomé não acreditou no relato de seus irmãos. Estava convencido de que a morte era o fim. Não havia compreendido as palavras de Cristo e, por isso, não tinha nenhuma expectativa de que ele ressuscitasse. O lema de Tomé era: “Ver para crer!”
O texto deixa Claro, que Tomé não estava lá. Nos termos de hoje, diríamos que ele ignorou a igreja. Ele estava evidentemente desanimado e desiludido e por isso não queria fazer parte da reunião.
Oito dias depois da primeira aparição, Jesus volta a se apresentar a seus discípulos.
Dessa feita, Tomé estava presente. Novamente, as portas estavam trancadas, e Jesus aparece milagrosamente entre eles.
Jesus confronta-o, dizendo-lhe: Coloca aqui o teu dedo e vê as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. Não sejas incrédulo, mas crente!
Tomé responde a Jesus: Senhor meu e Deus meu! (20.28,29). Em seguida, Jesus reafirma que ele precisou ver para crer, mas felizes são aqueles que não viram e creram. A fé não precisa ver para crer; a fé crê e, por isso, vê.
A incredulidade parece ser um dos sentimentos mais sórdidos do nosso coração. O sentimento incrédulo, impede que sejamos abençoados. Um crente cético é uma contradição da fé.
A luta para continuar a crer em Deus, é uma batalha sem trégua. Somos tentados a não confiar em Deus, quando ficamos ansiosos. A ansiedade é uma oposição a nossa fé.
Somos tentados a não confiar em Deus, quando as coisas ficam fora do controle. Quando as circunstancias parece nunca melhorar ou quando um sentimento de angustia ou tristeza tenta nos abater.
Se uma pessoa realmente cética como Tomé se convenceu da ressurreição de Jesus, ninguém ficará sem desculpas. A incredulidade de Tomé deu lugar a confiança.
Quando Tomé venceu a dúvida ele pode adorar a Jesus: “Senhor meu e Deus meu! E é isso que todos devemos dizer: Jesus Cristo é nosso Senhor e nosso Deus, e Ele provou isso ressuscitando dos mortos!
Tomé se tornou o apóstolo da Índia, levando o Evangelho ao subcontinente indiano de uma maneira que plantou as sementes para o evangelismo que está acontecendo lá até hoje.
- O propósito estabelecido (20.30,31)
O evangelista João destaca nos últimos versículos do capítulo 20, que ele não foi exaustivo no seu registro (20.30).
Por maior que seja a extensão dos sinais milagrosos operados por Jesus, João selecionou apenas alguns para atestar a verdade incontroversa de que Jesus verdadeiramente é o Filho de Deus.
João tem dois propósitos em mente ao escrever esse evangelho. O primeiro deles é apresentar Jesus como o Cristo, o Messias, o Filho de Deus. E o segundo é mostrar que a vida eterna é uma oferta dada a todos aqueles que creem em seu nome (20.31).
A vida eterna não é apenas um “tempo sem fim”, mas é a própria vida de Deus vivida a partir de agora. O cristão não precisa morrer para começar a ter vida eterna; ele já a tem em Cristo hoje.
CONCLUSÃO: Não sei que conjunto de emoções circula em seu coração hoje. Eu não sei se você está agitado, agressivo, espantado, angustiado, divertido, zangado, irritado, ansioso, agradecido, envergonhado ou o que for.
Mas eu sei disso. Sem o Jesus ressuscitado, não podemos ser verdadeiramente saudáveis em nossas emoções. A ressurreição de Jesus Cristo é o único fundamento para o verdadeiro bem-estar emocional e espiritual.
A ressurreição transforma tristeza em resolução, medo em alegria e dúvida em confiança. Ele pode transformar suas emoções, sua vida e seu destino e destino eternos hoje se você disser, como Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”