Série de sermões expositivos sobre O Céu. Sermão Nº 115 –  O sexto dia da criação: a criação do homem (Parte 92).  Gn 1:27: a Bíblia versus o Secularismo (Parte 41). Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 28/02/2024.

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INTRODUÇÃO

Zeitgeist é um termo alemão cuja tradução significa espírito da época, espírito do tempo ou sinal dos tempos.

Significa, em suma, o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo, numa certa época, ou as características genéricas de um determinado período de tempo.

A bíblia chama de o espírito que opera nos filhos da desobediência, Efésios 2:2,3

² Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência;

³ Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.

A cosmovisão que governa essa cultura secular é o espírito do marxismo, e ele se levanta contra tudo o que se chama Deus, pois ele é o espírito do Anticristo.

E o que caracteriza essa cosmovisão cultural é a tentativa de destruir completamente as Escrituras, seja o materialismo, naturalismo, evolucionismo, ateísmo, marxismo.

E o que caracteriza essa revolução é uma oposição a todos os valores divinos. Por isso essa cultura é uma fé revolucionária tem uma predileção por Satanás.

O cientista Político e historiador, Paul kengor, em seu livro Karl Marx e o diabo, o comunismo e sua longa marcha de morte, falsidade e infiltração, trata da forma como os intelectuais têm uma predileção pelo Diabo.

Karl Marx e seus discípulos deixaram isso muito bem em seus escritos, para que não houvesse dúvida do que está por traz do secularismo.

Frase predileta de Karl Marx era dita pelo demônio Mefistófeles, (O Fausto de Goethe), que dizia: “tudo o que existe merece morrer”.

O secularismo é um espectro (espírito, fantasma, demônio) que assombrou a Europa, a América e está concluindo seu trabalho assombrando a cultura dos povos latinos.

O secularismo é um espírito contra Deus, seu Filho Jesus Cristo e as Escrituras. Ele está por traz de todas as filosofias e ideologias do mundo moderno.

A bíblia chama o diabo de “o deus desse século”, que cegou o entendimento dos incrédulos para que não lhes resplandeça a luz do evangelho (2 Coríntios 2.4).

Com o sermão de hoje concluímos nossa pesquisa da origem sombria e ocultista dos movimentos modernos.

  1. Lúcifer e Saul Alinsky[1]

Por falar em confluências perturbadoras, as inspirações por trás do famoso radical Saul Alinsky são igualmente problemáticas e difíceis de precisar.

O que não é difícil de encontrar, contudo, é a sua dedicatória a Lúcifer, que aparece logo no início de seu livro mais famoso, “Regras para Radicais”, (Rules for Radicals)

O seu livro Regras para Radicais: Uma Cartilha Pragmática para Radicais Realistas é um livro de 1971 que fala como administrar com sucesso um movimento de mudança.

Na abertura de sua obra dedicada ao radicalismo e à organização comunitária, Alinsky inseria uma curiosa dedicatória inicial:

“Antes que nos esqueçamos, devemos um agradecimento ao primeiro de todos os radicais: de todas nossas lendas, mitologia e história conhecida […] o primeiro radical conhecido pelo homem, que se rebelou contra o sistema e o fez de forma tão eficaz que pelo menos conquistou seu próprio reino Lúcifer”.

Sim, Saul Alinsky, ícone da esquerda política, que tem como admiradores Hillary Clinton e Barack Obama[2], abre sua obra-prima – aquela pela qual é louvado entre os progressistas, com um agradecimento ao Demônio.[3]

Ele desejava que os leitores contemplassem a Satanás como um glorioso “rebelde”. Evocação muito similar à de Bakunin em sua obra-prima de 1871, Deus e o Estado, que louvava Lúcifer como “o eterno revoltado, o primeiro livre-pensador e o emancipador de mundos”.

A fim de evitar exageros e hipérboles, é preciso esclarecer que não é muito exato dizer que Rules for Radicals é “dedicado” a Lúcifer, como costumam alegar os detratores de Alinsky (embora seja difícil criticá-los por acharem isso).

Olhando o livro com cuidado, ele parece dedicado a apenas uma pessoa: logo no início, há uma página que diz simplesmente: “A Irene”.

Na página anterior, consta uma lista de “Agradecimentos pessoais”, onde Alinsky cita quatro amigos: Jason Epstein, Cicely Nichols, Susan Rabiner e Georgia Harper.

Na página seguinte à de Irene, consta a controversa página, em que Alinsky traz três citações, a primeira do Rabino Hillel, a segunda de Thomas Paine e a terceira dele próprio, com seu reconhecimento a Lúcifer.

Uma página de checagem de fatos bem conhecida na internet, o Snopes.

Descreve isso como “três epígrafes[4] numa página introdutória”.[5] É um modo justo e aceitável de descrevê-lo. E a terceira das três é uma “epígrafe” (se preferir) a Satanás.

Mas não devemos livrar a barra luciferina de Alinsky.

Em outros lugares, ele tinha umas coisinhas mais favoráveis a dizer sobre o primeiro dos rebeldes e radicais, especialmente sobre o domínio de Satanás no submundo.

Questionaram-lhe sobre o tal agradecimento em uma entrevista de março de 1972 à revista americana[6], já quase no fim da vida, um canto do cisne[7] conhecido por todo fã de Alinsky.

O diálogo aparece já no finzinho da entrevista, a Revista talvez julgando que seria adequado dar esse encerramento provocativo à longuíssima discussão:

REVISTA: Tendo aceitado a sua própria mortalidade, você acredita em qualquer tipo de vida após a morte?

ALINSKY: Às vezes me parece que a verdadeira pergunta que as pessoas deveriam se fazer não é: “Existe vida após a morte?”, e sim: “Existe vida após o nascimento?”.

Não sei dizer se existe algo depois disto aqui ou não. Não encontrei evidência nem de uma coisa nem da outra, e não acho que as outras pessoas tenham encontrado também.

O que sei é que a obsessão com essa questão surge de uma teimosa recusa a encarar a sua própria mortalidade.

Digamos que, se existisse vida após a morte, e eu tivesse que dizer qualquer coisa a respeito, eu sem dúvida alguma preferiria ir para o Inferno.

REVISTA: Por quê?

ALINSKY: Para mim o Inferno seria como o Paraíso. Toda minha vida convivi com os desfavorecidos. Aqui, se você é pobre, falta pão.

Mas se você é pobre no Inferno, o que falta é virtude. Assim que eu chegar no Inferno, vou começar a organizar os desfavorecidos por lá.

REVISTA: Por que eles?

REVISTA: São o meu tipo.

“São o meu tipo”, diz Alinsky. “Para mim o Inferno seria como o Paraíso”. Ele alega que “sem dúvida alguma preferiria ir para o Inferno”.

Isso é assustador. Os pregadores geralmente consolam os pecadores penitentes que temem as chamas do Inferno assegurando-lhes que é preciso escolher deliberadamente o Inferno para acabar lá. Bem, Saul Alinsky decidiu que essa era sua escolha, sem reservas.

Como o personagem de Karl Marx em “A pálida donzela”, Alinsky estava disposto a arrancar-se dos Céus elegendo o Inferno.

Alguns acham que Alinsky estava brincando ou contando uma piada de mal gosto[8].

Outra página de checagem de fatos, o PolitiFact, acrescenta a seguinte advertência:

“O restante do livro [Rules for Radicals] não contém nenhuma discussão sobre Lúcifer ou Satã, embora trate, sim, da maneira pela qual as pessoas demonizam seus opositores políticos, para que os outros os vejam como ‘demônios”.[9]

De fato. E isso também não tem nada de divertido. Uma das regras mais infames de Alinsky consistia em isolar o alvo e vilanizá-lo.

Eis o teor da última e mais escandalosa das regras para radicais que ele lista (n° 13): “Escolha o alvo, congele-o, personalize-o e polarize-o”.

Ele aconselha cortar a rede de apoios da pessoa e isolá-la de qualquer sentimento de solidariedade.

De maneira cruel, incitava os leitores a irem atrás de pessoas e não de instituições, porque as pessoas sentem o golpe mais rápido do que as instituições. Com toda a certeza, não é algo que Jesus faria.

Era um sujeito enlouquecedor, assim como sua política, pró-comunista e, sem sombra de dúvidas, radical por excelência, mas obviamente não era um marxista-leninista de carteirinha, nem membro do Partido Comunista.

Alinsky trabalhou por anos junto ao Partido Comunista de Chicago e fez de tudo ao seu alcance para promover o programa deles. Embora nunca se filiou ao partido, embora apoiasse o dogma central da utopia do marxismo,” a propriedade coletiva dos meios de produção”[10].

Ele queria que isso acontecesse por meio de uma evolução em vez da revolução sangrenta, como foi na Rússia e na china.

Equivocadamente ele acreditava defendia todas as causas certas”, “estava do lado certo” e “fez um bem considerável”[11].

Ele referia-se ao Partido Comunista dos anos 30, no auge da era Stalin, que dizimou mais 70 milhões de pessoas na guerra e de fome.

E foi nesse tempo que grandes intelectuais fizeram juramento de lealdade a URSS e a Stalin, de que fariam de tudo para destruir a cultura ocidental e seus valores.

Na sua entrevista à Revista Americana em 1972, já quase no fim da vida, ele afirmou:

“Jamais entrei em qualquer organização nem nas que eu mesmo organizava. Prezo demais a minha independência. E, filosoficamente falando, eu jamais poderia aceitar qualquer dogma ou ideologia rígida, seja ela o cristianismo ou o marxismo”.

No caso do cristianismo, era certamente verdade. Não havia agradecimentos a Cristo no início do Rules for Radicals. Não, apenas a Lúcifer.

  1. Kate Millett: A suma sacerdotisa do feminismo

Da mesma forma, não havia nenhum motivo de riso nas palhaçadas de Kate Millett, uma das caras novas da National Organization for Women (NOW) e uma das principais feministas dos anos 60 e 70 – não apenas feminista: marxista.

Millett foi a autora do livro Política sexual, sua tese de doutorado pela Columbia University, verdadeiro antro marxista.

Publicado em 1970, foi um verdadeiro fenômeno cultural. Na obra, ela deplorava o “patriarcado” da família nuclear monogâmica.

Seu livro a colocou na capa da revista Time em 31 de agosto de 1970, que lhe deu o título de “suma sacerdotisa” e de “Mao Tse-Tung do movimento pelas mulheres”.

Seu furibundo (raivoso) livro serviu como a BÍBLIA, do manifesto feminista-marxista do movimento pelas mulheres.[12] O New York Times referiu-se à Política sexual como “a bíblia da libertação das mulheres”.[13]

Quem melhor testemunhou a longa vida, a visão de mundo, a destruição e os demônios de Millett foi sua irmã, Mallory.

Mallory também sofreu sua parcela de agito interior nas mãos do sistema universitário, antes de redescobrir sua fé e, no fim, livrar-se das garras da grande besta marxista-cultural.

Em meio à revolução dos anos 60, Kate implorou a Mallory que “fosse a Nova York”, onde ela e suas camaradas (amigas) estavam “realizando a revolução!”.[14]

Mallory foi até o encontro organizado por Kate, tornando-se testemunha ocular não apenas do grau de descontrole a que chegara a irmã, mas do que supurava(expelir pus) nas entranhas da cultura apodrecida pelo verme da ideologia marxista.

Mallory recorda:

Fiquei com Kate […] num loft caindo aos pedaços, na Bowery, enquanto ela concluía seu primeiro livro, uma tese de doutorado pela Columbia University, Política sexual.

Era o ano de 1969. Kate me convidou para ir com ela a uma reunião na casa de sua amiga, Lila Karp. Elas chamavam essa reunião de “grupo de conscientização”, uma típica atividade comunista, já praticada na China de Mao.

Reunimo-nos junto a uma grande mesa, enquanto a presidente inaugurava os trabalhos com uma recitação com respostas alternadas, como uma ladainha, (um tipo de oração praticada na Igreja Católica). Mas agora era o marxismo, a igreja da esquerda, imitando essa prática religiosa:

“Por que estamos aqui?”, ela perguntava. “Para fazer a revolução”, elas respondiam.

“Que tipo de revolução?”, replicava.

“A revolução cultural”, entoavam.

“E como fazemos a revolução cultural?”, intimava.

“Destruindo a família tradicional!”, respondiam.

“Como destruímos a família?”, insistia.

“Destruindo o patriarcado tradicional[15]“, gritavam, exultantes.

“E como destruímos o patriarcado americano?”, replicava.

“Tirando o seu poder!”.

“Como fazemos isso?”.

“Destruindo a monogamia!”, berravam.

“Como podemos destruir a monogamia?”…

“Fomentando a promiscuidade, o erotismo, a prostituição e o homossexualismo”, clamavam.[16]

Mallory diz que as irmãs camaradas então passaram para uma longa discussão sobre como alcançar esses objetivos.

“Estava claro que elas não queriam nada menos do que a completa destruição da sociedade ocidental”, ela conta. Como fariam isso?

Por meio do método criado pelos marxistas culturais, pela Escola de Frankfurt, pelo espírito de Antonio Gramsci e sua “longa marcha através das instituições” da cultura, incluindo desde a mídia até à educação.

Tomariam “de assalto cada instituição americana. Todas devem ser invadidas pela ‘Revolução”. Mallory assistiu ao desenrolar disso em primeira mão. Também viu de perto a destruição cultural.

Em tom de tragédia, hoje em dia ela narra como encontra mulheres na casa dos cinquenta e sessenta que foram vítimas desse “credo” na juventude.

Elas desatam a chorar por intermináveis noites, lamentando os filhos que jamais terão e os que “assassinaram friamente, para defender um futuro vazio como esse em que agora vivem, sem a chance de voltar atrás”.

“Cadê meus filhos?”, lamentam-se elas a Mallory, aos prantos. “Cadê meus netos?”. Essas crianças foram sacrificadas no altar feminista do aborto.

“Os livros da sua irmã destruíram a vida da minha!”, é o que Mallory já cansou de ouvir.

“Ela vivia um casamento muito feliz, tinha quatro filhos, e após ler esses livros abandonou o marido, estupefato, e jamais olhou para trás”.

Fez esse homem cair no desespero e na desgraça, retardou o desenvolvimento dos filhos e os prejudicou profundamente. A família saiu dos eixos e “já não tinha mais conserto”.

Kate Millett: marxista, feminista, defensora dos direitos sexuais, de uma nova sexualidade, de novas relações entre cônjuges etc. Ela canalizava suas energias revolucionárias a uma campanha para acabar com o matrimônio e a família, espinha dorsal da sociedade ocidental.

E praticava o que defendia. Embora fosse casada, praticou o lesbianismo, tornando-se bissexual, estilo de vida que havia inaugurado em Columbia, enquanto escrevia a Política sexual.

Como era de se prever, isso levaria ao fim do seu casamento, pois seu marido achava que ficar condenando tais normas não era uma coisa natural e prejudicava o bem-estar da relação[17].

  1. Os demônios de Kate Millett

O mais perturbador é ver o quanto ela sucumbiu às sombras. Sua irmã, Mallory, acredita que Kate estava possuída por algo muito estranho.

Obviamente, é uma acusação grave, que não se pode fazer de maneira leviana, porém Mallory, hoje em dia uma cristã devota, e que não apenas estudou Kate de perto, como dividiu com ela um quarto (beliche) quando eram menores, fez a sua própria investigação teológica.

O Paul Kengor diz que ela fez essa observação diversas vezes por e-mail e telefone, e compartilhou-a abertamente com outras pessoas em entrevistas e na internet. Não é um assunto que ela evite.

“Sempre achei e sempre disse que o caso de Kate era definitivamente de possessão”, escreveu-me num dos e-mails.

“Nossa irmã mais velha, Sally, me conta que Kate era maluca aos quatro anos, e que aos seis, quando eu nasci, ela se inclinava sobre meu berço planejando meu assassinato, e não da maneira natural de uma criança que teve sua infância roubada.

Sally disse que ela sempre foi uma verdadeira ameaça desde o começo. Não acho que algum dia esteve na fé”,[18]

A referência à “fé” alude às raízes cristãs da família. Kate frequentou a escola crista do jardim de infância a Oitava série tendo freiras como professoras durante todo esse tempo.

Também frequentou a mais renomada escola de freiras para meninas em St. Paul, a Derham Hall. Foi expulsa diversas vezes. “Não faço ideia de quando ela abandonou a Igreja”, escreve Mallory, “pois sempre desrespeitou a religião”.[19]

Quanto à questão incômoda sobre o lado diabólico de Kate, Mallory me escreveu em outra ocasião: “Ela definitivamente estava possuída, Paul. Não há o que questionar”.

Ela recorda como Kate podia sair dos trilhos e, num instante, tornar-se uma “lunática doida”.

Ela lembra das reuniões em família na casa da irmã em New England, que começariam numa quinta-feira com a Kate feminista, transformando-se de repente, para surpresa geral, numa agradável dona de casa que servia um “maravilhoso banquete”, no estilo de um lar tradicional de New England. Começava assim na quinta, com toda a família presente, e Kate “simplesmente encantadora”.

Chegava no sábado e domingo pela manhã, e já se podia sentir (literalmente) uma mudança brusca no comportamento dela e do ambiente em geral.

“No domingo pela manhã, estava toda ensimesmada”, conta Mallory, “e a gente só ficava aguardando que ela estourasse a qualquer momento”.

“À tarde, ela literalmente ficava chutando o ar, deitada de costas, gritando. Era simplesmente horrível. Minha pobre mãe… Ficava arrasadíssima todas as vezes”.[20]

O Paul Kengor diz: Ela também me disse que Kate era “louca, insana, sádica, perversa e perigosa”, e compartilhou pela primeira vez comigo um relato de sua irmã mais velha.

Ela conta que, assim que Mallory era posta no berço, Kate lhe dirigia um olhar sinistro como se quisesse estrangulá-la. “Desde o dia em que entrei no berço, ela desejou me matar”.

Ela também me ofereceu o que acreditava ser uma explicação espiritual para o comportamento dela: disse acreditar que a irmã marxista estava possuída pelo Demônio.

Mallory alega não haver outra explicação para o padrão de comportamento que acompanhou Kate a vida inteira, um comportamento absurdo, desastroso e hediondo, impossível de corrigir ou resolver. Ela tinha sempre muito medo de ficar sozinha com a irmã no quarto.

Mallory conta que Kate viveu nas trevas por décadas após a morte da mãe, cercada por suas “lacaias”, feministas – acólicas, discípulas, libertinas, todas praticamente idolatrando Kate como uma guru. Era como a líder de uma seita.

Mallory diz que a coisa que mais a desconcertava e entristecia sobre a vida em geral era observar como as ideais “lunáticas” de sua irmã “louca” puderam se espalhar tão rapidamente pela cultura e pelo país.

Ainda hoje a deixa “estupefata” o fato de que, “em pouquíssimos anos”, “cada universidade” nos EUA parecia incluir o livro doentio de sua irmã (Política sexual) como leitura obrigatória no currículo.

“Não faz sentido nenhum, Paul kengor”, ela diz a ele. “Como pode uma coisa dessas?”.

Essa é uma pergunta extremamente incômoda, mas é um triste testemunho da realidade exata do que acontece com mais de 50% dos jovens crentes que vão para o sistema educacional, nas escolas ou universidades.

É também uma questão perene e angustiosa: o que explica a inexplicável atração das ideais imbecis de tipos como Marx e Engels, Marcuse e Reich, Harry Hay e Walter Benjamin, ou como os malucos de Frankfurt e Kate Millett?

Como os seres humanos tornam-se vítimas de pensamentos tão horríveis?

  1. “O mal, puro e simples”

Além das conversas de Mallory Millet com Paul Kengor, ela ainda relata essas impressões para outros, incluindo uma notável entrevista à FrontPage Magazine em fevereiro de 2018.[21]

Mallory descreve a “maldade” de Kate, sua “escuridão”, seus ataques de fúria, “revirando os olhos e “espumando pela boca”:

Ela foi a pessoa mais perturbada, megalomaníaca, perversa e desonesta que já conheci. Ela tentou me matar tantas vezes que hoje só resta um imenso borrão de horrores traumatizantes.

Era uma sádica, uma torturadora, uma intimidadora na sua essência, que sentia imenso prazer em magoar os outros. Incorrigível, cruel, foi expulsa várias vezes de tudo quanto é escola que frequentou.

Passei minha infância com o coração na boca, andando na ponta dos pés pela casa, para que a terrível Kate não me percebesse. Nossa mãe não sabia o que fazer, paralisada de medo diante dela.

É um sofrimento excruciante falar esse tipo de coisa sobre alguém do seu próprio sangue[22]. Levei algum tempo me preparando para começar a dizer a verdade. […] Passei décadas me esforçando em convencê-la a procurar uma luz. […]

O Paul Kengor diz que, Mallory também recorda, nessa entrevista de 2018 à FrontPage Magazine, as “sessões de conscientização” em Nova York.

Ela ressalta que essas meninas queriam normalizar uma série de maldades e tabus que chegavam a incluir satanismo e bruxaria:

Em 1969 participei de sessões de conscientização em Nova York com minha irmã, Kate, onde um grupo de 10 a 15 mulheres se sentavam em torno de uma grande mesa oval e arquitetavam o novo movimento feminista e a fundação da Organização Nacional de Mulheres.

O seu modelo era a China de Mao e as confissões em grupo conduzidas em cada vila, a fim de “purificar o pensamento do povo”.

A meta urgente da “conscientização” dirigida por Kate era “a destruição da família tradicional”, pois a considerava “uma instituição patriarcal usada para a opressão e escravização de mulheres e crianças”.

Elas formaram a ONM e com essa organização conquistaram seu objetivo declarado de derrubar o patriarcado por meio da promoção maciça e coordenada de promiscuidade, erotismo, prostituição, aborto e homossexualismo.

Seu método proposto era infiltrar-se em cada instituição do país: as universidades, a mídia, as escolas primárias e secundárias, as associações de pais e professores, os sindicatos de professores, os governos municipais e estaduais, as bibliotecas, os braços executivos do governo, além do judiciário e do legislativo.

Um dos seus resultados mais almejados era esmagar todo e qualquer tabu da cultura ocidental. Imagine!

Pense só nisso! Normalizar todo tabu: poligamia, bestialismo, satanismo, pornografia, promiscuidade, bruxaria, pedofilia – todas as atividades capazes de apodrecer a alma e a sociedade humana.

Embora esse comportamento fosse “clinicamente diagnosticado como demência”, disse Mallory, “para mim sempre se tratou do mal, puro e simples”.[23]

  1. Praticando a “Política sexual” que pregava

Deixando de lado as origens sombrias do que quer que tenha se apossado de Kate Millett, o que importa é que os frutos da sua ideologia marxista eram evidentemente nocivos, não apenas ao público, mas a ela mesma.

Kate praticava a política sexual que pregava. Há muito tempo abandonara o marido sofrido e fiel, não por um homem, mas por inúmeras outras mulheres que levou para a cama, incluindo orgias em que flertava com as raias do paganismo.

Mallory descreveu à autora Carrie Gress um tenebroso episódio numa noite de Halloween, no loft de Kate. Nas palavras de Gress:

Quando entrou [no apartamento de Kate], havia uma mesa longa e baixa, com doze arranjos, e sobre cada um deles um prato, uma bacia d’água e uma faca afiada.

Em frente aos lugares, dispunham-se doze mulheres inteiramente nuas, sentadas com as pernas cruzadas sobre almofadas. A mulher nua à cabeceira da mesa estava enrolada numa jiboia de três metros e meio”[24].

A irmã ficou muito aterrorizada e saiu correndo para fora do apartamento.

Kate Millett, a ideóloga feminista, chegou a tentar levar à força para a cama a própria irmã, Mallory.

O que Mallory testemunhou na companhia de Kate e de seu bando foi uma combinação de marxismo, ateísmo, paganismo, bruxaria, ocultismo e também elementos francamente psicóticos, senão demoníacos.[25]

Então, no dia 6 de setembro de 2017, em Paris, chegou ao fim o longo flerte de Kate com o lado escuro, faltando apenas uma semana para o seu aniversário de 83 anos. Ela foi vítima de um violento ataque cardíaco.[26]

Mallory recebeu de sua irmã Sally a notícia. “Fui invadida por um alívio indescritível, pois agora ela já não poderia mais espalhar sua imundície, suas mentiras e sua miséria, nem seguir ameaçando a vida e a segurança das pessoas”, declarou.

Mallory tirou um peso das costas. Os fãs de Kate, no entanto, fizeram luto, lamentando o falecimento de sua heroína marxista-feminista.

O funeral de Kate ocorreu numa igreja cujos membros declaradamente não seguem a Jesus nem ao Pai – a Fourth Universalist Society, uma igreja unitária no bairro de Central Park West em Nova York.

O espetáculo do funeral já teria sido ruim o bastante se apenas refletisse as perversidades de Kate.

Porém, talvez, o mais triste de tudo é que a política sexual radical de Kate se tornou a política sexual do país inteiro e de sua cultura, a ponto de a autora de Política sexual.

Ela passou do marxismo clássico para o marxismo cultural, da economia para o sexo, da redistribuição de riquezas para a bandeira da causa da revolução sexual”.

A América só precisou de umas décadas, mas todo o empenho dos progressistas seculares nas escolas e universidades acabou alinhando as massas às mesmas ideais de Kate Millet que os americanos um dia tomaram por insanas e perversas.

Os lacaios de Marx podem não ter conseguido uma revolução econômica, mas triunfaram em sua revolução cultural e isso tem destruído os valores da cultura ocidental.

CONCLUSÃO:

Todos esses intelectuais estão propondo a destruição de velhos valores e a criação de um novo mundo.

Todos esses movimentos dessa cultura secularista não passam de uma tentativa fracassada de tentar criar um céu secular, uma tentativa utópica de trazer soluções definitas que possam criar um falso paraíso.

O marxismo não passa de um Monstro de Frankenstein, uma tentativa fracassada de recriar o homem a sua imagem, e acabaram criando uma criatura infernal.

As Escrituras mostram detalhadamente todos esses movimentos que se opõe aos princípios divinos.

Vejam o que Paulo diz: 2 Timóteo 3:1-17

¹ Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.

² Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,

³ Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,

⁴ Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,

⁵ Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

⁶ Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências;

⁷ Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.

⁸ E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.

⁹ Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.

¹⁰ Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência,

¹¹ Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou;

¹² E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.

¹³ Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.

¹⁴ Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,

¹⁵ E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

¹⁶ Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;

¹⁷ Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.

 

[1] Este sermão é uma adaptação do livro Karl Marx e o Diabo, de Paul Kengor, pg 396-411

[2] Um livro não apenas lido por Clinton mas usado como manual por Obama quando foi professor de organização comunitária em Chicago com um agradecimento ao Demônio

[3] Cf. Paul Kengor, “The Hillary-Alinsky-Lucifer Connection”, The American Spectator, 26 de julho de 2016

[4] O que é uma epígrafe?

A epígrafe é um pequeno texto, escrito em prosa ou em verso, em que são colocadas citações ou pensamentos que fazem sentido para o trabalho. Trata-se de um elemento opcional nos trabalhos acadêmicos. Entretanto, é um componente interessante para inserir o leitor no contexto do trabalho logo no início do texto.

[5] David “Did Saul Dedicate Rules for Radicals to Lucifer?”, Snopes.com, 20 de julho de 2016, publicado em: https://www.snopes.com/fact-check/saul-alinsky-dedicated-rules-for-radicals -to-lucifer/.

[6] Revista Playboy

[7] A expressão o Canto do Cisne é uma metáfora que se refere geralmente à última tentativa de fazer algo grandioso por parte de uma pessoa antes de sua morte. A expressão é utilizada para exprimir as grandes obras finais dos artistas, ou também alguma tentativa final de manter a grandiosidade em alguma carreira, ou em qualquer outra esfera social.

[8] Diane Vera, “Saul D. Alinsky: A role model for left-wing Satanists”, Theistic Satanism, 2005, dispo- nível em: http://www.theisticsatanism.com/politics/Alinsky.html.

[9] Angie Drobnic Holan, “What Ben Carson said about Hillary Clinton, Saul Alinsky and Lucifer”, Politi Fact, 20 de julho de 2016, publicado em: https://www.politifact.com/truth-o-meter/article/2016/ jul/20/what-ben-carson-said-about-hillary-clinton-saul-al/.

[10] Stanley Kurtz, “Why Hillary’s Alinsky Letters Matter”, National Review Online, 22 de setembro de 2014.

[11] Fala de Alinsky em sua entrevista à revista Playboy em 1972, conhecida como “The Interview with Saul Alinsky, Part Ten”, e disponível em muitas páginas progressistas admiradoras,

[12] Cf. “The Liberation of Kate Millett”, revista Time, 31 de agosto de 1970; e Lily Rothman, “Obitu- ary: Kate Millett”, revista Time, 14 de setembro de 2017.

[13] Barbara Hardy, “De Beauvoir, Lessing Now Kate Millett”, The New York Times, 6 de setembro de 1970.

[14] Mallory Millett, “Marxist Feminism’s Ruined Lives”, FrontPageMagazine.com, 1º de setembro de 2014. Miletarist ageing com/fpm/240037/marxist-feminisms-ruined-lives-mallory-mil lett.

[15] O texto original diz americando, com referencia ao modelo tradicional da cultura ocidental.

[16] Mallory Millett, “Marxist Feminism’s Ruined Lives”.

[17] Veja: http://www.glbtq.com/literature/millett_k.html, acessado em 12 de dezembro de 2014.

[18] 145 Troca de e-mails com Mallory Millett em 27 de novembro de 2017.

[19] Ibid.

[20] Conversa por telefone com Mallory Millett em 2 de fevereiro de 2019.

[21] Mark Tapwon, My Sister Kate: The Destructive Feminist Legacy of Kate Millett”, Front Page Mixerzine.com, 7 de fevereiro de 2018. Publicado em up Feminine Lesagens.com/fpm/269251/my-sister kate-destructive-feminist legacy-kate-mark-tapson.

[22] Foi assim sobretudo após o incidente em que fiquei presa com Kate num apartamento em Sacramento por uma semana; durante cinco dias, ela não me deixou dormir, porque tinha acessos de fúria e esbravejava, revirando os olhos, espumando pela boca e tendo conversas com “homenzinhos verdes”.

Sem conhecer uma viva alma em Sacramento, eu não tinha para onde correr. Aterrorizada demais para cair no sono, eu não tinha certeza se ela sequer desconfiava quem eu era, mas eu podia me imaginar levando uma facada nas costas enquanto dormia. Nossa irmã mais velha veio do Nebraska para me salvar.

Depois disso a família se empenhou bastante, e todos levamos Kate à corte para um compromisso arbitral em Minnesota. Ela contratou uma advogada bam-bam-bam de Nova York e conseguiu retornar ao convívio humano, para machucar, ameaçar e prejudicar mais e mais pessoas.

Kate teve muitas empregadas. Mallory conta que sua irmã radical tinha “facilitadoras por toda a parte”, em todos groupies, acólitas, lacaias para “cultuá-la”. os continentes – mais

[23] Millett: No Gun Ever Killed Anyone”, Truth Revolt.org, 2 de junho de 2014, disponível em: https:// www.truthrevolt.org/commentary/millett-no-gun-ever-killed-anyone.

[24] Carrie Gress, The Anti-Mary Exposed: Rescuing the Culture from Toxic Femininity. Charlotte, NC: TAN Books, 2019, p. 75.

[25] Gress, The Anti-Mary Exposed, pp. 73-74, 76.

[26] Troca de e-mails com Mallory Millett em 22 de novembro de 2017