Série de sermões expositivos sobre O Céu. Sermão Nº 112 –  O sexto dia da criação: a criação do homem (Parte 89).  Gn 1:27: a Bíblia versus o Secularismo (Parte 38). Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 24/01/2024.

Acesse os sermões na categoria: Sermões Expositivos.

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INTRODUÇÃO

Não há dúvidas de que os comunistas buscavam infiltrar-se em diversas denominações católicas, protestantes e organizações intereclesiais, sobretudo grupos como o Conselho Nacional de Igrejas e o Conselho Mundial de Igrejas.

Como já destacamos, em abril de 1962 J. B. Matthews produziu o relatório “Uma compilação de registros públicos de 658 clérigos e leigos ligados ao Conselho Nacional de Igrejas”.

Um poderoso grupo ativista-esquerdista de ministros protestantes de “justiça social” na América, o CNI[1], se notabilizou por refletir a orientação dos marxistas de Moscou.[2]

Em um dos inúmeros discursos públicos de Bella Dodd, depois de uma palestra foi perguntada:

“Existem comunistas no clero do Conselho Nacional de Igrejas?”. Dodd respondeu de maneira genérica:

“Como membro do Partido Comunista, eu estava ciente de que o partido subsidiava centenas de jovens para entrar no ministério. Eles ingressavam nas igrejas mais liberais”.[3]

Muito mais do que simples tentativas de penetrar nos seminários e igrejas e influenciar o clero americano, é crucial entender que os comunistas fizeram coisa muito pior atrás da Cortina de Ferro – em países da Europa Oriental e certamente dentro da URSS.

E o que eles fizeram é ainda mais um exemplo de como ideologia de Karl Marx ultrapassava o mero ódio à religião, e inspirava seus adeptos a invadir até os locais de culto, onde os religiosos procuram, por segurança, proteção e conforto.

O desprezo absoluto dos comunistas pela religião chegava a tal ponto que eles não podiam deixar de pôr suas cobiçosas mãos sobre ela.

Queriam não apenas denunciá-la em seus escritos, mas eliminá-la para sempre da face da Terra.

  1. Espionagem contra Deus

É desnecessário avaliar em todos os pormenores o alcance das atividades comunistas nas igrejas do outro lado do Muro de Berlim, mas veremos alguns.

O livro da escritora Elisabeth Braw [Os espiões[4] de Deus: a operação de espionagem da Stasi (Polícia secreta[5]) dentro da Igreja durante a Guerra Fria].[6]

Braw mostra o nível perturbador das medidas tomadas para se controlarem as Alemanha Oriental, região que foi o berço de igrejas na Martinho Lutero.

A igreja luterana era de longe a igreja dominante em todo território da Alemanha Oriental, e foi lá que a Stasi fez suas incursões.[7]

O Paul Kengor diz que o livro de Braw destaca agentes pastores, que estavam profundamente envolvidos, espiando seus próprios irmãos em sua própria congregação.

Alguns fizeram pelo dinheiro, por uma soma “depressiva” de tão insignificante, outros eram enganados com causas pacifistas. Assim esses pastores “trairam e venderam seus amigos e irmãos”[8].

A Polícia secreta “realmente vigiava de perto” os seminários, onde recrutava “com muita astúcia” estudantes e professores.[9]

Outro historiador que deu atenção especial à Stasi e aos documentos tornados públicos na Alemanha Oriental é John Koehler[10], em sua obra: [Espiões no Vaticano: a Guerra Fria da União Soviética contra a Igreja Católica].[11]

Koehler que investigou o caso da Igreja Católica mais detidamente e examinou como se cooptaram sacerdotes e cardeais.[12]

A KGB soviética sob o comando do odiento Yuri Andropov[13], que um dia daria luz verde para o mais audacioso dos planos do Kremlin:

sua tentativa de assassinar o Papa João Paulo II em plena Praça de São Pedro, dia 13 de maio de 1981, usando búlgaros e o turco como co-conspiradores e assassinos.[14]

Bem antes desse ato notório, Yuri Andropov já arquitetava ataques contra as igrejas.

Embora liderasse a KGB na época do crime contra o Papa, a tentativa de assassinato foi apenas sua chave de ouro em uma campanha mais extensa que procurava assassinar o cristianismo como um todo.

Ainda antes dessa época, Andropov já havia participado covardemente, como lhe cabia, na morte de milhares de húngaros durante a invasão do Exército Vermelho, de outubro a novembro de 1956.

Quando Yuri Andropov tomou as rédeas do quartel-general da KGB, e ordenou uma reorganização sistemática de suas diretorias e funções, que incluía um aumento nas atividades de vigilância e controle de grupos religiosos.

Segundo o historiador John Koehler, os comunistas se infiltraram dentro do vaticano desde o início.[15]

John Koehler afirma:

“No fim das contas, cada departamento da Igreja havia sido infiltrado”.[16] A KGB teve muito sucesso na infiltração no meio dos religiosos.

Os marxistas trabalharam arduamente com seus fantoches do regime comunista para arranjar clérigos e pastores dispostos a trair a sua pátria, sua igreja e sua confissão de fé[17].

É uma triste saga de muitas traições, infiltrações, espionagem e diabruras.

  1. Jovens estudantes Marxistas?

Há relatos ainda mais chocantes de punhaladas pelas costas, infiltrações e trapaças, muitas dessas obras já foram questionadas sua credibilidade, numa tentativa de denegrir os fatos e enganar as pessoas.

Dois livros citados pelo Paul Kengor evidenciam isso claramente.

O livro editado em (1972) [AA-1025: Memórias de um anti-apóstolo[18]), da francesa Marie Carré, que alegava ter encontrado um misterioso diário de um clérigo que ela havia levado ao hospital após um acidente de carro fatal nos anos 60.

O diário dele revelava que ele era um comunista que havia entrado secretamente no sacerdócio para ajudar a destruir a Igreja desde dentro[19], [20].

Outro livro que foi best-seller italiano, publicado em inglês[21] como “Sudário do Sigilo: A História da Corrupção no Vaticano”[22].

O livro é uma alarmante denúncia de corrupção, fraude, imoralidade, e ainda outros escândalos no Vaticano[23]. Ele alertava para a sabotagem interna feita por conspiradores que iam de abuso, maçons a comunistas[24].

O capítulo 17 da obra é intitulado “O comunismo no Vaticano”. Conta a história de um Jovem chamado Sanomonte em 1956, ele era um infiltrado para o Partido Comunista.

Furtando documentos para os escritórios locais do partido, até que cometeu o erro de enviar o material sem querer a um cristão local que ele confundiu com um camarada[25].

Em 1935, o serviço secreto [italiano] indicou que, centenas estudantes comunistas haviam se infiltrado nos seminários da Europa Ocidental, onde, fingindo uma verdadeira vocação religiosa, preparavam-se para tornar-se padres e pastores.

Uma vez ordenados, o partido pretendia colocá-los nos postos mais importantes de liderança de suas respectivas igrejas nacionais.[26]

Isso resultaria num efeito multiplicador nos seminários: “Durante os anos 60 e 70, o fenômeno tornou-se tão grave que houve conflitos e protestos contra os inúmeros padres e pastores comunistas presentes em seminários”[27].

Os cristãos da Europa concluíam que Lenin, Stalin e outros de sua laia passaram a se dar conta de que o segredo para causar o maior dano possível à Igreja era corrompê-la a partir de dentro.[28]

  1. Os seminários ortodoxos russos

O maior estrago causado pelos comunistas ocorreu dentro da igreja dominante em seu próprio quintal. Isso nos leva ao elefante bolchevique na sala: a Igreja Ortodoxa Russa.

Os ortodoxos foram infiltrados, manipulados e, sob muitos aspectos, dominados pelo governo soviético.

Nos primeiros anos e décadas da ocupação bolchevique, a Igreja Ortodoxa Russa foi brutalizada pelos bandidos marxistas soltos por Lenin, Trotsky e Stalin.

São inúmeras histórias, todas elas muito tristes. A perseguição levada a cabo por esses demônios tornou-se tão insuportável que a Igreja Ortodoxa Russa acabou sucumbindo a um domínio nas mãos do regime comunista.

Essa foi uma trágica estratégia de sobrevivência, pois a submissão apenas fez com que a manipulação pudesse se aprofundar ainda mais.

Essa parecia ser a única alternativa, para igreja ortodoxa Russa, colaborar para evitar a completa destruição e extinção da igreja.

Mas havia outros motivos graves, além da necessidade de se evitar a extinção, o que recomendava uma política de colaboração com o governo”.

Dentre esses, o motivo mais incrível e totalmente ignorado no ocidente hoje é o fato de que a Igreja Ortodoxa Russa se rendeu para tornar-se um instrumento nas mãos do governo soviético “com intuito de unir todos os cristãos e tornar Moscou a Roma do século XX”[29]

Taticamente, O comunismo embarcou em duas frentes simultâneas.

Primeiro ele privilegiava cada iniciativa da Igreja Ortodoxa Russa para estabelecer sua autoridade e influência sobre todas as igrejas nacionais orientais.

E segundo ele realizava perseguições religiosas destinadas a romper a organização hierárquica da Igreja Católica e protestantes.

Ambas as ofensivas tinham como fim imediato afastar o clero católico de Roma e estabelecer igrejas católicas “nacionais” que não reconheceriam mais o Papa como sua suprema autoridade religiosa.

O objetivo geral era pôr a Igreja Católica sob o controle do Estado, assim como o Kremlin havia feito com tanto sucesso no caso da Igreja Ortodoxa Russa.

Essa mesma tática, foi usada com sucesso, nas igrejas protestantes tracionais da EUA e tiveram grande sucesso.

O penúltimo passo na realização do objetivo derradeiro de Lenin, de destruir por completo todas as religiões e garantir o triunfo do materialismo ateu.

Essa estratégia tinha a vantagem de promover o advento do comunismo em países fora da União Soviética e ajudar os planos soviéticos em prol da hegemonia política na Europa.

A Igreja Ortodoxa devia ser usada como ímã para atrair e unir todos os cristãos na Rússia e dentro da esfera de influência marxista, e assim construir uma poderosa frente “ortodoxa” controlada por Moscou que se opusesse à Igreja Católica sob a autoridade de Roma.[30]

E quanto à Igreja Ortodoxa Russa, ela acabou capitulando embora nunca de maneira tranquila ou confortável, mas cedeu à pressão SECULARISMO MARXISTA.

O Marxismo secularista deixaria que a Igreja Ortodoxa Russa seguisse existindo, contanto que pudesse ser usada para seus próprios fins.

O chefe da igreja Russa, chamado de Patriarca, era o porta voz do Marxismo e de Stalin, em vários concílios ecumênicos pelo mundo afora.

Quando o Patriarca visitou a Palestina, a Síria e o Egito em maio de 1945, deu a seguinte declaração:

“Que Deus fortaleça cada vez mais os laços que unem nossos povos. Muito me comove sua estima por nosso Exército Vermelho e nosso amado líder, Joseph Stalin, que socorre todos os necessitados”.[31]

O patriarca socorria Stalin, o menino mau que punha seu pão na mesa, e se curvava ao Exército Vermelho ateu e comunista, contanto que não passasse a sua Igreja na guilhotina[32].

A igreja católica em Roma se opôs, mas já estava toda comprometida, com os cardeais e as ordens Jesuítas e dominicanos que haviam se tornado marxistas[33]

  1. A KGB “vigiava de perto cada aluno do seminário”

Não chega a surpreender o fato de a Igreja Ortodoxa Russa estar sob o domínio dos marxistas.

Estamos falando da União Soviética, afinal de contas, uma ditadura totalitária, e um Estado policial que reprimia brutalmente a liberdade e a religião.

O que não se bania se controlava. O que se permitia se explorava. Isso valia também para os seminários ortodoxos e protestantes.

Um depoimento de uma testemunha ocular desses eventos, é o relato de Vladimir Rusak.[34],[35] que sempre foi perseguido pelo governo por causa de sua religião.

Quando frequentava o ensino fundamental e o primário, ele e outros meninos religiosos arriscavam-se a ir à igreja durante a semana.

Ele se recorda do diretor da escola de pé na entrada da igreja, dando advertência e tentando impedi-los de ir ao culto.

“Com o próprio corpo e os braços abertos, ele tentava nos impedir de passar e entrar na igreja”, conta Vladimir.

“Ficava tudo muito claro, então: você estava proibido de cultuar a Deus”. Ele lembra que itens e artigos religiosos, como o uso de crucifixo e biblias na escola, eram estritamente proibidos.

“tomavam qualquer coisa que lembrava a religião, o que era uma ocorrência comum quando se ia pra escola revistarem as mochilas a procura de algo religioso”.

Quando lhe perguntaram qual o tamanho do controle que o governo exercia sobre os seminários na União Soviética, Vladimir respondeu:

“Com certeza, a KGB tentava controlar todos os estudantes, vigiava de perto cada aluno do seminário. E às vezes os interrogava pessoalmente”.

A inquisição da KGB geralmente começava pelos estudantes: “Ora, você é um patriota, por que está aqui?”.

O que se supunha era que esses homens ou serviam ao Estado marxista ou serviam a Deus; não podiam fazer as duas coisas.

Vladimir conta: “Eles queriam escutar que o país, a Mãe Rússia, vinha em primeiro lugar, e Deus em segundo”.

Os dirigentes da KGB começavam daí e logo intensificavam a intrusão no espaço privado do seminarista e seus irmãos:

E então passavam gradualmente a questões mais sérias.

“E se você souber ou vir algo que não seja verdadeiramente soviético (marxista)? Vai nos contar?”.

Muitos estudantes diriam: “De forma alguma, não vou entregar ninguém, porque isso colocaria a vida de outra pessoa em perigo”. […]

E então, na etapa seguinte da conversa, eles tentavam convencer os estudantes a trabalhar com a KGB como agente, um agente secreto.

Vladimir não sabia em que colegas do seminário podia confiar. Ignorava quais estavam trabalhando diretamente com a KGB.

Ele sabia de ocasiões em que colegas seus chegaram a ser “dispensados” do seminário por suas “opiniões politicamente incorretas”.

A infiltração era total. Ao questionarem se ele e outros seminaristas temiam a presença de aparelhos de escuta eletrônica, Vladimir foi curto e grosso: “Claro”.

Certamente isso incluía também o monitoramento de conversas por telefone e a interceptação e leitura de correspondências. Assim, tinha sempre “muito cuidado” no que fazia.

Naturalmente, nesse processo a KGB aprendia a identificar com quais seminaristas ela podia contar como futuros informantes e servidores do governo soviético, conforme subissem na hierarquia.

Da mesma forma, também descobriam quais seminaristas eram “teimosos” e precisavam de vigilância constante ao longo de suas carreiras.

Esses continuariam a ser monitorados cada vez mais de perto conforme assumissem cargos de influência junto ao rebanho em suas igrejas ou demais lugares.

Entre esses estava Vladimir, que já fora classificado como um dos devotos e teimosos.

Vladimir formou-se em 1977 e ganhou um emprego no departamento editorial do Patriarcado de Moscou.

Ali, arriscou-se ao reunir uma coleção de documentos acerca das relações entre Igreja e Estado na Rússia após 1917 – um cenário nada cor-de-rosa. Tentou redigir uma história da Igreja Ortodoxa Russa sob o governo soviético – novamente, nada muito bonito.

O regime não ficou feliz com seus manuscritos. Parte do seu trabalho foi contra- bandeado e publicado no Ocidente. A outra parte acabou confiscada pela KGB. Até hoje, ele não sabe dizer onde foi parar.

Vladimir foi preso em abril de 1986, a despeito da inauguração da tão celebrada glasnost de Mikhail Gorbachev, com sua promessa de liberdade religiosa, que propunha:

  • Fim do sistema de partido unitário;
  • Liberdade religiosa;
  • Fim da censura aos artistas e jornais;
  • Anistia aos presos políticos;
  • Desmilitarização da política externa;

Mas mesmo assim ele foi condenado a sete anos num campo de prisioneiros soviético (isto é, no gulag).

Foi libertado em seguida, em 1988, como um genuíno sinal de tempos melhores, conforme a GLASNOST começava a dar frutos.

Após a queda do Muro de Berlim e o colapso derradeiro da URSS, Vladimir veio para os Estados Unidos.

O caso de Vladimir Rusak é apenas um entre milhares. A perseguição que enfrentou era o procedimento padrão para com pessoas religiosas na URSS.

Frequentar um seminário na União Soviética, dentro da Igreja Ortodoxa Russa, era viver sob o permanente escrutínio da vigilância da KGB. 

  1. “A fumaça de Satanás”

O Diabo pareceu ter um prato cheio ao desfilar por inúmeros bancos de igrejas e seminários, turvando a mente de tantos ministros no século XX, com efeitos que se propagam até hoje pelas igrejas.

“A fumaça de Satanás entrou na Igreja”, disse o Papa Paulo VI em junho de 1972, em tom sinistro, referindo-se à influência do Demônios em uma miríade de instâncias.

Não se referia necessariamente à infiltração de espiões no Vaticano, particularmente em relação a qualquer fumaça subindo das chamas ateadas pelo Kremlin marxista.[36]

Na verdade, a fumaça de Satanás entrara em muitos seminários e igrejas, evangélicas e católicas.

É difícil medir com precisão o tamanho do prejuízo. Porém todos sabemos o que aconteceu: o número de seminários, de pessoas frequentando a igreja e de europeus e americanos que acreditam em Deus só despencou.

No final dos anos 70, pregadores piedosos tinham todo o direito em declarar que a cultura do cristianismo no Ocidente havia morrido.

O cristianismo ainda se segurava, mas a Cristandade em si já não existia. Conforme entramos na terceira década do século XXI, esse triste fato apenas se torna mais claro.

  1. A teologia marxista.

É óbvio que colocar todas as culpas pelo desastre nas costas do marxismo-leninismo seria uma simplificação absurda seria de fato bancar o advogado do Diabo.

O pai da mentira atua em diversos níveis e com uma imensa astúcia diabólica.

Porém, embora longe de serem o único fator, os marxistas merecem o crédito por uma parcela nada insignificante do dano causado, no mínimo pelo tamanho da confusão que semearam.

Pode-se apontar a confusão criada por conceitos heréticos, como os que se encontram na chamada Teologia da Libertação, promovida sobretudo pelos jesuítas, que se tornou imensamente popular e influente na América Latina.[37]

Sabemos, é claro, que a Teologia da Libertação é impregnada de sentimento marxista[38].

O Paul Kengor diz que importantíssimas fontes privilegiadas dos bastidores dos anos 70 chegaram a alegar que a Teologia da Libertação foi criada diretamente pela KGB.

Tenente-General Ion Mihai Pacepa, o principal espião-chefe romeno que desertou para o Ocidente no final dos anos 70, chegaram a alegar que a a Teologia da Libertação foi criada diretamente pela KGB.

“O movimento nasceu na KGB”, afirma ele, sem hesitar, “e ganhou um nome inventado pela KGB: Teologia da Libertação”.

Pacepa, um oficial de inteligência do alto-comando do Bloco Comunista, fornece detalhes precisos:

O nascimento da Teologia da Libertação foi o propósito de um “Programa monopartidário de [desinformação]”.

Um programa hipersecreto de 1960, aprovado por Aleksandr Shelepin, chefe da KGB, e por Alexei Kirichenko, que coordenava as políticas internas do Partido Comunista.

Esse programa requeria que a KGB assumisse o controle secreto do Conselho Mundial de Igrejas, sediado em Geneva, na Suíça, e o utilizasse como fachada para converter a Teologia da Libertação em um instrumento revolucionário na América do Sul.[39]

O Paul Kengor adverte:

“Trata-se de um testemunho bastante polêmico, que muitos contestam, especialmente católicos e protestantes marxistas.

Está certo, embora seja bem difícil superar a experiência em primeira mão de Pacepa, que esteve envolvido pessoalmente nesses esquemas, no mais alto nível.

O que não se pode discutir é que a fumaça de Satanás, sob a forma do comunismo, infiltrou-se de fato pelas portas de muitos seminários e igrejas e infectou muitos clérigos e, pior ainda, leigos.

O nevoeiro dessa fumaça penetrou nos bancos dos fiéis e ainda se projeta sobre a Cristandade até os dias de hoje. E tem sido o maior desafio da igreja.

CONCLUSÃO:

A infiltração do Diabo na igreja tem sido uma estratégia que tem dado certo desde o início da igreja primitiva. As heresias têm um grande poder de atração, sedução e engano.

Ele infiltrou o gnosticismo que quase varreu a igreja fiel. Depois veio o arianismo, atacando a divindade de Jesus Cristo e ganhou o coração de grande parte da igreja.

Depois os credos e as tradições dos homens Tomaram o lugar da palavra de Deus.

A reforma corrige esse erro, mas depois da reforma vem o racionalismo e o materialismo, que tiraram Deus, da sociedade e que se tornaram os fundamentos da sociedade moderna.

Do racionalismo e o materialismo vem a teoria da evolução, de onde nasce marxismo que cria uma cultura secular que não tem nenhum respeito por Deus e sua Palavra.

O diabo tornou essa ideologia tão atraente a mente acadêmica que devido a sua soberba foi enganada, e infiltrou no meio da igreja, matando aqueles que resistiram as suas mentiras.

A bíblia chama de prostituta essa falsa igreja que persegue a verdadeira noiva do cordeiro e que será destruída pelo  Cordeiro. Veja Apocalipse 17:1-6:

¹ E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas;

² Com a qual fornicaram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua fornicação.

³ E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres.

⁴ E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua fornicação;

⁵ E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra.

⁶ E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração

⁷ E o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres.

⁸ A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, ainda que é.

⁹ Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada.

¹⁰ E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo.

¹¹ E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição.

¹² E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta.

¹³ Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta.

¹⁴ Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis.

¹⁵ E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas.

¹⁶ E os dez chifres que viste na besta são os que odiarào a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.

¹⁷ Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma idéia, e que dêem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus.

¹⁸ E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra.

 

Sermão adaptado do capitulo 12 do livro do Paul Kengor, Karl Marx e o diabo, pg 331-348

[1] Conselho nacional de igrejas.

[2] A introdução ao relatório da compilação “658/NCC” (escrita por M. G. Lowman) teve o cuidado de advertir: “O leitor destes registros de filiações esquerdistas deve se precaver com máxima prudência contra a suposição de que esses homens e mulheres do Conselho Nacional de Igrejas sejam comunistas, simpatizantes comunistas ou membros do Partido Comunista. Deve-se evitar qualquer suposição desse tipo acerca do grupo de 658 como um todo e acerca de cada um dos seus integrantes”. É uma advertência justa. Porém, não há dúvida de que alguns, senão muitos, desses 658 eram comunistas.

[3] A gravação em áudio desse discurso está publicada na internet, embora sem informações seguras sobre a fonte. No entanto, não há como duvidar que se trata de Dodd. Conforme revelam os detalhes da fala, o discurso foi proferido no estado de Nova York, depois que ela recebeu o batismo das mãos de Sheen e depois do seu testemunho de 1953 ao Senado. Faz-se referências também a McCarthy, com o verbo no tempo presente (e ele morreu em 1957). Esse discurso deve ter ocorrido, portanto, entre 1953 e 1957. Veja: https://www.youtube.com/watch?v=37HgRWTsGs0.

[4] Quando a presente obra estava quase concluída, Elisabeth Braw publicou God’s Spies: The Stasi’s Cold War Espionage Operation Inside the Church

[5] Ela se concentrava na antiga Alemanha Oriental, a fortaleza da infame polícia secreta, a Stasi (Ministério para a Segurança do Estado).

[6] Elisabeth Braw, God’s Spies: The Stasi’s Cold War Espionage Operation Inside the Church. Grand Rapids: Michigan, Eerdmans, 2019,

[7] Entrevista com Elisabeth Braw em “Kresta in the Afternoon”, Rádio Ave Maria, 16 de setembro de 2019.

[8] Braw em “Kresta in the Afternoon”. 169 Braw em “Kresta in the Afternoon”.

[9] Braw em “Kresta in the Afternoon”. 169 Braw em “Kresta in the Afternoon”.

[10] o ex-repórter da Associated Press que escreveu Spies in the Vatican: The Soviet Union’s Cold War Against the Catholic Church

[11] John Koehler, Spies in the Vatican: The Soviet Union’s Cold War Against the Catholic Church. Nova York: Pegasus Books, 2009.

[12] Koehler, Spies in the Vatican, pp. 153-154.

[13] Ele dirigiu a KGB de 1967 a 1982, o maior período em que alguém ocupou o cargo, chegando a superar o seu fundador, Félix Dzerjinsky e seu capanga Lavrenti Beria.

[14] Cf minha análise mais aprofundada em Kengor, A Pope and a President

[15] CL. Kengor, A Pope and a President, pp. 151-155.

[16] US Koehler, Spies in the Vatican, pp. 9, 15, 169.

[17] Cf “Vatican Informers Spied on Pope John Paul 11”, National Catholic Register, 17 a 23 de setembro de 2006

[18] Livro AA-1025: The Memoirs of an Anti-Apostle (1972) [AA-1025: Memórias de um anti-apóstolo),

[19] Como alegaria seu misterioso diário. Lançado em francês, o livro logo foi traduzido em inglês em 1973 e já teve diversas edições.

[20] Paul kengor: A que tenho comigo é uma edição de 1991 publicada pela TAN Books.

[21] Lançada na Itália em 1999, essa obra foi composta por um pequeno no grupo de prelados anônimos do Vaticano, que se auto-intitulavam “os Millenari”.

[22] Traduzido e lançado em portugués com o título O Vaticano contra Cristo – NT.

[23] E a Hierarquia do Vaticano logo se mexeu para interromper sua publicação e distribuição e identificar os seus autores, o que só fez acelerar a procura por mais exemplares, logo ultrapassando a marca de cem mil cópias vendidas.

[24] Paul kengor: A edição que tenho em mãos é a versão traduzida do italiano por lan Martin e publicada pela Key Poster Books em Torontomonios 2000. A edição original de 1999 foi lançada na Itália pela Kaos Edizio- de Milão, em fevereiro de 1999.

[25] The Millenari, Sbroud of Secrecy, pp. 168-170.

[26] The Millenari, Serond of Secrecy, p. 167.

[27] The Millenari, Shroud of Secrecy, pp. 167-171.

[28] The Millenari, Sbrond of Secrecy, p. 171.

[29] Camille M. Cianfarra, The Vatican and the Kremlin. Nova York: E. Dutton & Co., 1950 PP. 66-67. Cf. os exemplos de perseguição fornecidos por Cianfarran nas paginas 49-56 entre outros.

[30] Cianfarra, The Vatican and the Kremlin, pp. 68-69.

[31] Cianfarra, The Vatican and the Kremlin, pp. 72-73

[32] Cianfarra, The Vatican and the Kremlin, pp. 74-80.

[33] Cianfatta, The Vatican and the Kremlin p. 28.

[34] Eu entrevistei Rusak em 21 de abril de 2017  na Grove City College em Grove City, na Pensilvania.

[35] Rusak nasceu em 1949 em Baranovichi, na Bielo-Rússia. Ele ingressou no seminário a Zagorsk Theological Academy – ainda jovem, com pouco mais de 20 anos, em 1972.

[36] O Papa Paulo VI disse isso em uma homilia de 29 de junho de 1972. Cf. também a audiência geral desse poarifice proferida em (15 de novembro del 1972, “Confronting the Devil’s Power”, publicado em: https://www.papalencyclicals.net/paul06/p6devil.htm.

[37] Dean Dettloff, “The Catholic Case for Communism”, America Magazine, 23 de julho de 2019. Ainda sobre os jesuitas, cf. Malachi Martin, The Jesuits: The Society of Jesus and the Betrayal of the Roman Catholic Church. Nova York: Simon and Schuster, 1987.

[38] Importantíssimas fontes privilegiadas dos bastidores como o Tenente-General Ion Mihai Pacepa, o principal espião-chefe romeno que desertou para o Ocidente no final dos anos 70, chegaram a alegar que a a Teologia da Libertação foi criada diretamente pela KGB

[39] Former Soviet spy: We created Liberation Theology”, Catholic News Agency, 1″ de maio de 2015, publicado em: https://www.catholicnewsagency.com/news/former-soviet-spy-we-created-liberation-theology-83634.