Série de sermões expositivos sobre O Céu. Sermão Nº 76–  O sexto dia da criação: a criação do homem (Parte 53).  Gn 1:27: a Bíblia versus o Secularismo (Parte 2). Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 29/03/2023.

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INTRODUÇÃO

Paul Johnson em seu livro “Os intelectuais” diz que a obra “O contrato social” (1752) é visto como um resumo da visão politica de Rousseau, que na época em que foi escrito não fez nenhum sucesso.

Johnson diz que uma pesquisa feita em 500 livrarias da época mostrou que apenas uma tinha uma cópia.

Até 1800 quase nenhuma referência é feita a essa obra. Suas obras de maior sucesso foram romances considerados imorais em sua época.

Rousseau nutria uma rejeição às normas sociais. Ele mudou seu estilo de vestir e deixou o cabelo crescer e disse “comecei minha reforma por meu traje”.

Ele era mesquinho e queria levar vantagem em tudo, ele se desculpava, dizendo que quem o ajudasse (a quem ele enganava), na verdade estava fazendo um bem a si mesmo.

Ele era autoindulgente, e cheio de comiseração, dizia, “se você me fizer a menor contrariedade, você não me vera jamais”.

Ele estava sempre armando armadilhas para a pessoas. A arte da simulação e mentira era sua habilidade.  Nunca agradecia ou tratava bem a ninguém.

Ele brigava com todos os que viviam próximo dele e era considerado mentalmente doente. Reclama de todos e se achava certo em tudo, não importasse o quanto estivesse errado.

Ele explorava e destruía as pessoas. Brigou e destratou a todos os que o amavam e o ajudaram.  Brigou com Voltaire e David Hume a quem ele devia o sucesso literário, dos quais ele se tornou inimigo.

Ele tinha uma mente brilhante, mais perturbada e demente e sempre de achava vítimas da pessoas que eram más e ele bom. Ele tinha muitos inimigos e vivia sempre fugindo e com medo.

Ele tinha queixas contra todo mundo, ele postou em sua porta uma lista de queixas contra os intelectuais, os padres, mulheres etc… ele era profano, imoral e blasfemo.

Seus amantes dizem que Rousseau nasceu para amar. E que ele ensinou a doutrina do amor melhor que os eclesiásticos.

Que amor? Sua mãe morreu quando ele nasceu. Ele não amou seu irmão. Seu pai o batia violentamente, e o abandonou.

Quando seu pai morreu ele disse que isso era bom porque receberia a herança. Nunca demonstrou interesse ou afeição por ninguém. Ele mesmo se chama de “avarento sórdido”.

Tratava sua mulher que o ajudou em tudo, de forma detestável e opressora. Gastou todo o dinheiro dela e depois a abandonou.

Depois se casou com Tereza, e usava os termos mais indelicados para se referir a ela, nunca saiu com ela em público e não deixava ela sentar a mesa quando tinha visita.  E quando a elogiava era por falsidade e hipocrisia.

Ele escreve que ninguém amava, mas as crianças do que ele. Ele escreveu que nenhum pai seria tão afetuoso como ele.

Mas Ele teve 5 filhos com Tereza, ele não deixou dar nome aos filhos e a obrigou a entregar cada um deles para um hospital de crianças rejeitas onde morreriam de fome e de maus tratos, e nunca procurou saber se estavam bem.

Mas ele sabia tratar bem seu gato e o cachorro. Ele dizia que continuava com Tereza, porque ela podia fazer por ele o que os animais não podiam.

Voltaire o denunciou em seus escritos, mas com sua capacidade genial, convencia outros com suas autojustificativas egoístas, mentirosas e hipócritas.

A filosofia política de Rousseau foi fruto de sua vivência pessoal.

O fato de abandonar os filhos, não apenas se trata do exemplo mais impressionante de sua crueldade, mas também fazia parte organicamente, do processo que deu origem a sua teoria da política e do papel do estado.

Rousseau nunca realmente cresceu, continuou por toda a vida dependendo dos outros. David Hume, o via como uma criança, delinquente e cruel.

Sendo uma criança, algo tinha de tomar o lugar dele, e esse algo era o Estado, na forma de um orfanato.

O próprio Rousseau diz que sua relação com os filhos, o levou a formular a teoria da educação e as ideias do Contrato Social.

Graças as ideias infames de Rousseau e sua perversidade o ajudou a formulara a ideologia do estado totalitário em sua obra “O Contrato Social”.

  1. AS IDÉIAS INFAMES DE ROUSSEAU.

O contrato social de Rousseau é uma falsa doutrina que inspirou o totalitarismo moderno em todos os campos da ciência, política e da moralidade.

O que uma falsa visão de mundo dos anos 1700 tem a ver com o nazismo, comunismo moderno e com as teorias críticas que ganham força hoje?

Para descobrir, vamos examinar mais de perto as ideias políticas do filósofo do século XVIII, Jean Jacque Rousseau.

Se fizermos um Quiz: quais desses elementos são considerados características de um país livre?

(a) A censura política pode superar a liberdade de expressão

(b) A propriedade privada é, em última instância, controlada pelo estado

(c) Às vezes, um ditador pode estar no comando

(d) A dissidência política é punível com a morte

(e) Tudo o que foi proposto nas afirmativas anteriores

(f) Nenhuma das afirmativas acima.

Muitas pessoas que cresceram em “democracias liberais” marcariam a letra (f). Mas, como veremos em breve, o filósofo do século XVIII Jean-Jacque Rousseau – cujo pensamento continua a impactar fortemente a cultura ocidental – sugeriu que a resposta certa é a letra:

(e) Tudo o que foi proposto nas afirmativas anteriores

Considerando como esta resposta pinta um quadro que se parece suspeitamente com a vida sob os regimes totalitários, por exemplo os comunistas.

Não é de admirar que Rousseau tenha desempenhado um papel vital (embora às vezes indireto) em influenciar o pensamento por trás de todos os governos opressores, seja o nazismo ou marxismo.

Hoje veremos como a visão de mundo antibíblica de Rousseau deu origem às conclusões defeituosas em seu livro, O contrato social.

Vamos examinar mais de perto os escritos políticos de Rousseau para ver as ideias que eles semearam, os frutos destrutivos que colheram e as raízes que deixaram para alimentar a visão de mundo de nossa cultura hoje.

Alguém tirou uma foto da estátua de Rousseau, com um pombo pousado na cabeça, que fica propositalmente do lado de fora do Panteão de Paris, a capital do iluminismo ateísta.

Uma blasfêmia, que simula o Espírito Santo descendo como pomba e pousando sobre a cabeça de Jesus, no seu batismo, quando iniciou seu ministério. A ideia é que Rousseau seja o messias do iluminismo (Escuridão).

O messias trouxe liberdade aos cativos e a luz brilhou aos que estavam em trevas. O messias do iluminismo roubou a liberdade e tornou as pessoas cativas, e as prendeu em densas trevas.

  1. O Estado como autoridade final sobre a verdade

Os escritos de Rousseau mostram que sua visão de mundo estava longe da Palavra de Deus, que revela que os humanos são feitos à imagem de um Criador pessoal cuja Palavra é nossa autoridade.

Essa cosmovisão bíblica forneceu um fundamento consistente para verdade, lógica, moralidade, valor humano, justiça e direitos humanos que levou uma melhoria na humanidade nunca vista em toda sua história.

Mas a visão de mundo de Rousseau carecia dessa base. Acreditando que os humanos são inerentemente bons, Rousseau enfatizou os sentimentos como a autoridade que define quem somos e como devemos viver.

A Palavra de Deus revela, porém, que os humanos não são inerentemente bons, mas corrompidos pelo pecado. Jeremias 17:9; Romanos 3:23 .

Então, se pararmos para pensar sobre isso, podemos encontrar alguns cenários assustadores mais do que possamos imaginar de uma sociedade caótica onde todos realmente vivem de acordo com seus sentimentos.

Para evitar a turbulência, as sociedades que rejeitam Deus devem, portanto, colocar algo mais no lugar de Deus como a autoridade final, como observou o Dr. Joe Boot:

Quando o homem se liberta da soberania de Deus, descobre um grave problema: a autonomia absoluta, uma espécie de auto-lei, que conduz logicamente à total anarquia do pensamento e ao caos social.

Para evitar esse desastre, o indivíduo é inevitavelmente mergulhado em uma coletividade que assumirá o papel de Deus. . . . O novo homem-deus é a agência coletiva para organizar a liberdade e a salvação do homem. . . .

Como o homem é um pecador, esses esquemas utópicos sempre devem ser despóticos em seus resultados[1].

A história do nazismo e do comunismo do século XX oferece exemplos trágicos de tais despotismo, revelando o que acontece quando endeusamos os humanos como a autoridade da verdade, levantando sistemas que não são apenas perversos e autoritários, mas também totalitários.

Enquanto os regimes autoritários governam como ditaduras sobre o corpo, controlando o que as pessoas fazem, os regimes totalitários também funcionam como ditaduras sobre a mente, controlando como as pessoas pensam[2].

Como Rod Dreher explicou:

“Um estado totalitário é aquele que aspira nada menos que definir e controlar a realidade. A verdade é o que quer que os governantes decidam que seja[3].”

  1. O totalitarismo de Rousseau e o Gênesis.

Rebobine alguns séculos e encontramos sementes do totalitarismo moderno nos escritos de Rousseau.

O sociólogo Robert Nisbit concluiu no Journal of Politics em 1943:

“É na absorção de Rousseau de todas as formas de sociedade no molde unitário do estado, que podemos observar a primeira aparição inconfundível da teoria totalitária da sociedade”[4].

Ao colocar um corpo político no lugar de Deus como “supremo”, o movimento de Rousseau em direção ao totalitarismo marcou uma mudança fundamental de visão de mundo que se originou e contribuiu para a rejeição do Gênesis.

O marxista ocidental Lucio Colletti descreveu essa mudança em seu livro “From Rousseau to Lenin” (De Rousseau a Lênin), observando:

Rousseau vê a política como a resposta global aos problemas do homem. . . . Essa primazia da política decorre de uma visão particular do mal, cujas origens Rousseau atribui inteiramente à sociedade[5]. . . .

Depois do cristianismo com sua reivindicação pela supremacia do espiritual, a primazia da política de Rousseau sinaliza uma transformação profunda de toda a concepção de vida. E isso para pior…

Isso não apenas invalida o conceito cristão da queda, a ideia do pecado original, mas também subverte a própria base da cultura cristã ocidental com seus direitos e liberdades individuais.

Por exemplo, a cultura cristã ocidental ver o assassinato como um crime, quando toma emprestado esse conceito da cosmovisão bíblica que fornece uma base para moralidade, justiça e valor humano.

Mas se Rousseau estiver certo, então as pessoas são basicamente boas, mas são levadas ao assassinato devido a fatores como a desigualdade social.

Essa visão se opõe à doutrina bíblica, fundada em Gênesis, de que crimes, incluindo assassinato, refletem a condição pecaminosa da humanidade, exigindo um Salvador.

Em vez disso, a perspectiva de Rousseau sugere que a solução para o assassinato não é um coração mudado, mas uma sociedade mudada baseada na DEMOCRACIA TOTALITÁRIA (o contrato social).

Logo os conceitos de crime e punição serão radicalmente mudados. O estado definirá segundo sua vontade arbitraria o que é crime ou não.

Abandonando o atemporal fundamento bíblico da justiça, pelas areias movediças da política totalitária e abusiva.

Em outras palavras, Rousseau se opôs à revelação do Gênesis de que o pecado é a raiz dos problemas da sociedade, ao invés de acreditar que a própria sociedade e a política seja o problema, ele acredita numa espécie de totalitarismo como a solução.

O Dr. Andrew Levine, um ex-professor de filosofia americano que defendeu uma revisitação do comunismo marxista com base nas teorias políticas de Rousseau, resumiu a doutrina de Rousseau sobre o “pecado” e a salvação desta forma:

No entanto, para Rousseau, o pecado original dos primeiros homens e mulheres não foi o orgulho ou a desobediência, mas a introdução da propriedade privada em meios de produção alienáveis.

Embora Rousseau não tivesse em mente uma alternativa especificamente econômica à propriedade privada, ele pensava que os agentes econômicos racionais poderiam — e iriam — retificar os antagonismos gerados no nível político por meio de um contrato social.

Assim, a seu ver, ao contrário das Escrituras, a “salvação” é possível por meio do esforço humano – graças, ironicamente, à própria circunstância, ao predomínio da violação privada, que a torna necessária[6].

Essa é outra maneira de dizer que Rousseau acreditava que a sociedade, com suas origens na propriedade e na divisão do trabalho[7], significava a queda da humanidade e que uma nova ordem social traria a salvação.

A visão de mundo de Rousseau não apenas assume uma doutrina completamente diferente de corrupção e redenção do que a Palavra de Deus revela, mas também ensina uma salvação baseada em obras que requer submissão a um “deus” feito pelo homem.

  1. A ditadura da Vontade Geral

O “deus” no esquema de salvação de Rousseau seria um estado totalitário regido pelo consenso majoritário, ou “vontade geral” do povo[8].

Em vez de ser uma coleção de opiniões egoístas, a vontade geral refletiria (teoricamente) um acordo infalível sobre o que é “bom” para os cidadãos. Segundo Rousseau,

A vontade geral é sempre correta e tende ao benefício público; mas não se segue que as deliberações do povo sejam sempre igualmente corretas.

Nossa vontade é sempre para o nosso próprio bem, mas nem sempre vemos o que é isso; o povo nunca se corrompe, mas muitas vezes é enganado, e só nessas ocasiões parece querer o que é mau.

Basicamente, Rousseau pensava que, embora as pessoas pudessem cometer erros ou serem enganadas, seu consenso informado não poderia dar errado.

Ele esclareceu:

“Se, quando o povo, munido de informações adequadas, realizasse suas deliberações, os cidadãos não tivessem comunicação entre si, o grande total das pequenas diferenças sempre daria a vontade geral, e a decisão seria sempre boa[9]. .”

Mas espere um minuto. Como Rousseau pode garantir que uma coleção de humanos propensos a erros sempre tomará a decisão certa?

A história, a psicologia e as Escrituras e consenso comum; nos lembram que as multidões podem estar erradas e normalmente estão.

Não apenas porque as pessoas podem ser ingênuas ou desinformadas, como observou Rousseau, mas também simplesmente porque somos falíveis, decaídos e finitos.

Nenhuma “educação”, “doutrinação”; ou “campos de extermínio” fará que uma crença errada possa produzir uma crença correta, assim como mil declarações de que “1 + 1 = 3” não podem mudar a realidade da matemática.

É por isso que acreditar em uma mensagem com base apenas no número de pessoas que a defendem; é uma falácia, ou tipo de lógica defeituosa, chamada apelo à popularidade (ad populum).

Mas os problemas lógicos com o conceito de vontade geral vão muito além das falácias ad populum.

Na introdução à edição de 1913 de Rousseau’s Social Contract and Discourses , o estudioso de Oxford GH Cole observa:

É impossível absolver Rousseau em algumas das passagens em que trata da Vontade Geral, de algo pior que a obscuridade — a contradição positiva.

É provável, de fato, que ele nunca tenha conseguido ter uma visão clara em sua própria mente; quase sempre há, em seu tratamento, uma certa quantidade de confusão e flutuação[10].

Apesar das contradições do conceito, das falácias e base de visão de mundo completamente defeituosa, Rousseau ainda mantinha a ilusão da vontade geral como o “Soberano” ao qual os cidadãos se submeteriam sob os termos de um novo “contrato social”.

Ele acreditava que os legisladores poderiam guiar o “Soberano” ajudando as pessoas a entender o que é realmente “bom” para elas[11].

E às vezes o que é “bom” para o povo pode ser um ditador que administre a vontade geral[12] ou uma democracia, que sequestra silenciosamente a vontade do povo.

De qualquer maneira, o cetro da verdade sempre repousaria nas mãos humanas e o fim nunca será bom. Nenhum governo humano pode ser bom ou justo, pois o homem é inerentemente mau.

  1. As letras miúdas do contrato social

O que implica a submissão ao “Soberano” humano? Resumindo as condições do contrato social, Rousseau disse,

[As cláusulas do contrato], devidamente compreendidas, podem ser reduzidas a uma – a alienação total de cada associado, juntamente com todos os seus direitos, para toda a comunidade;

“pois em primeiro lugar, como cada um se dá absolutamente, as condições são as mesmas para todos; e, assim sendo, ninguém tem interesse em torná-los onerosos para os outros[13].

Ele continua insistindo ilusoriamente que os humanos devem se submeter sem reservas a uma comunidade governada pela vontade geral.

Renunciando a todos os seus direitos na fé de que outros cidadãos não exigirão princípios tirânicos porque eles próprios estarão sujeitos a esses mesmos princípios. Isso é um mito perverso!

O que aconteceria quando os efeitos de um princípio impactassem certas pessoas mais diretamente do que outras – digamos, princípios que conduzam a leis que censurariam os “ensinamentos bíblicos” em nome do “bem geral”.

E a intenção do diabo, atrás do “Contrato Social” é exatamente essa: silencia a voz profética da igreja.

Rousseau acrescentou:

[O contrato social] inclui tacitamente o compromisso, o único que pode dar força aos demais, de que quem se recusar a obedecer à vontade geral será compelido a fazê-lo por todo o corpo.

Isso significa nada menos que ele será forçado a ser livre; pois esta é a condição que, ao dar a cada cidadão seu país, o protege contra toda dependência pessoal[14].

Ser “forçado a ser livre” soa um pouco irônico, essa é uma ironia que Rousseau estava (mais ou menos) preparado para responder.

Ele escreveu:

Mas é perguntado como um homem pode ser livre e forçado a se conformar com vontades que não são as suas. Como os oponentes são ao mesmo tempo livres e sujeitos a leis com as quais não concordaram?

Ele tenta justificar essa demência e acaba piorando ainda mais.

O cidadão dá seu consentimento a todas as leis, inclusive aquelas que são aprovadas apesar de sua oposição, e mesmo aquelas que o punem quando ele ousa infringir alguma delas.

A vontade constante de todos os membros do Estado é a vontade geral; em virtude dela são cidadãos e livres[15].

Assim, a resposta de Rousseau às pessoas que questionam a ideia de desistir da liberdade em nome da liberdade é dizer-lhes que estão questionando da maneira errada.

Ele argumenta que a submissão à vontade geral torna as pessoas livres; portanto, as pessoas que se submetem à vontade geral são livres, não importa o quão não-livres possam parecer. Isso é muito doido.

Esse argumento não é apenas circular, mas também fundamentado em uma redefinição questionável de “liberdade[16]”. Isso nunca pode ser definido como liberdade.

Esses argumentos são completamente hipócritas e maquiando o verdadeiro sentido que é esconder o totalitarismo.

Como acontece com a Agenda 2030 da ONU[17], tem esse mesmo objetivo, e está sendo implantada no Brasil aos poucos pelo STF.

  1. A LIBERDADE DE ROUSSEAU: DIREITOS PERDIDOS

A nova versão de “liberdade” de Rousseau vem com cordões suficientes para tricotar um exército de suéteres.

O diabo não estava brincando com a mente de Rousseau, quando diz que os cidadãos devem entregar a si mesmos e todos os seus direitos à vontade geral.

Vejamos mais de perto a jogada perversa do contrato social afeta o três direitos mais importantes, para dignidade humana. Essa teoria desumaniza as pessoas, pois os direitos inalienáveis são perdidos.

  1. O direito de propriedade.

A concepção de propriedade de Rousseau não é fácil de definir.

Ele criticou a propriedade privada da terra como o início da sociedade e sua corrupção, mas também argumentou que “o direito de propriedade é o mais sagrado de todos os direitos de cidadania”.

Como todos os direitos, no entanto, o direito de propriedade se curva à vontade geral. Rousseau escreveu que sob o contrato social,

“Cada membro da comunidade se entrega ao [coletivo], no momento de sua fundação, assim como é, com todos os recursos de que dispõe, inclusive os bens que possui. . . .

Pois o Estado, em relação aos seus membros, é senhor de todos os seus bens pelo contrato social, que, dentro do Estado, é a base de todos os direitos”.

Alguns intérpretes apaixonados de Rousseau sugerem que o Estado deve devolver a propriedade aos indivíduos, solidificando os direitos de propriedade para todos[18].

Mas, embora o contrato social conceda teoricamente a uma pessoa a “propriedade de tudo o que ela possui”, o estado ainda manteria a reivindicação final dessas posses.

Nas palavras de Rousseau:

“Cada homem aliena, admite, pelo pacto social, (contrato Social) apenas a parte de seus poderes, bens e liberdade que é importante para a comunidade controlar; mas também deve ser concedido que o Soberano é o único juiz do que é importante[19] .

Em ultima instancia O estado é Senhor de todas as terras, e ninguém pode resistir a sua vontade, quando ele exigir as posses delas.

Ninguém tem direito a nada, e não pode recorrer a ninguém sobre isso. Não há recurso, não há mérito nessa reclamação. Isso é um absurdo comunista.

  1. O direito à liberdade de expressão

Assim como sua perspectiva sobre a propriedade, as opiniões de Rousseau sobre a censura nem sempre são claras[20].

No entanto, ele dedica uma seção inteira de “O contrato social” para discutir a censura, afirmando:

“A censura sustenta a moralidade, impedindo que a opinião se torne corrupta, preservando sua retidão por meio de aplicações sábias e, às vezes, até corrigindo-a quando ainda é incerto.”[21]

Sob o contrato social, então, os cidadãos devem submeter seus direitos de expressão também ao estado, permitindo que a censura mantenha a opinião pública moldada pela moral definida pela vontade geral”.

Vimos isso recentemente, onde a constituição, foi desconsiderada e o Supremo, decidiu contra a vontade da maioria, e não havia a onde recorrer. Isso torna o direito manipulável de acordo coma vontade de um grupo elitizado.

  1. O direito à vida

A liberdade de expressão e a propriedade não são os direitos mais elevados que um indivíduo deve renunciar sob o contrato social.

Uma cosmovisão bíblica revela que os humanos têm o direito fundamental à vida como portadores da imagem de Deus.

No entanto, Rousseau chegou a um entendimento muito diferente, estendendo sua visão de mundo feita pelo homem à sua conclusão lógica.  Olha a maldade desse argumento:

A própria vida [de um cidadão], que eles dedicaram ao Estado, é constantemente protegida por ele; e quando arriscam em defesa do Estado, o que mais estão fazendo do que devolver o que receberam dele? . . .

Além disso, o cidadão não é mais o juiz dos perigos a que a lei deseja que ele se exponha; e quando o príncipe lhe diz:

“É conveniente para o Estado que você morra’, ele deve morrer, porque é somente com essa condição que ele viveu em segurança até o presente e porque sua vida é não mais uma mera generosidade da natureza, mas um presente feito condicionalmente pelo Estado”[22].

  1. Lavagem cerebral.

Rousseau afirmou explicitamente que, de acordo com o contrato, um Estado coletivista possuirá os direitos à própria vida humana.

A vida de uma pessoa é um presente do Estado, e o Estado pode tirar esse presente a qualquer momento.

Esta conclusão assustadora destaca as consequências do homem assumir o lugar de Deus como autoridade para determinar a verdade, a personalidade e os direitos humanos.

Essa perspectiva acadêmica não apenas abre as portas para abusos dos direitos humanos, mas também impede que as pessoas protestem contra esses abusos, colocando uma mordaça nas pessoas.

Como observa o pastor e autor Erwin Lutzer:

“Como é o estado, e não Deus, que cria os direitos, segue-se que não se pode criticar logicamente o estado por violações dos direitos humanos”[23].

Notavelmente, a ideia de que os estados podem decidir quem conta como pessoa com direitos humanos é a marca final dos ambientes de “lavagem cerebral” (ou reforma do pensamento) que o psiquiatra Robert Lifton identificou em sua pesquisa sobre prisões comunistas[24] e hoje estão presentes nos ambientes universitários.

CONCLUSÃO: Toda a busca do homem por uma sociedade justa é uma busca pelo Céu. É uma tentativa de voltar ao paraíso, ao Jardim de Deus.  Rousseau tentou construir uma ideia de um Céu político baseado na mentira e maldade.

A ideia da Vontade Geral é um mito, que oprime e engana as nações.

Ninguém tem uma solução para a humanidade, nem os governos, nem a política, nem a ONU com sua Agenda 2030, que se chama agenda do Amor, mas trará o terror, a morte, o racismo sobre os homens.

Uma agenda que será implantada pelo Espirito do Anticristo, cujo único proposito será silenciar os crentes em Jesus Cristo.

Numa tentativa de liberar mundialmente o aborto, onde são mortos, mas de 60 milhões de crianças indefesas no ventre, vítimas de racismo e opressão totalitária de uma visão política que nasce no iluminismo (escuridão).

Uma Agenda que exalta o feminismo na destruição dos valores familiares. Numa liberação sexual e erotização das crianças e desvirtuamento dos gêneros.

Uma agenda criada para “o bem da humanidade”, mas que trará dor e morte. A bíblia diz que quando os homens disserem “Há paz. Alim haverá rancor de sofrimento”.

Só Jesus trará a resposta aos anseios da humanidade.

O apostolo Pedro disse que os salvos aguardamos a promessa do novo céu e a nova terra, onde habita a justiça (2 Pedro 3:13).

 

[1] Joe Boot, “The Makings of the Utopian Power State”, Ezra Institute, 2 de setembro de 2020, a href=”https://www.ezrainstitute.com/resource-library/articles/the-makings-of-the-utopian -power-state/”>https://www.ezrainstitute.com/resource-library/articles/the-makings-of-the-utopian-power-state/.

[2] Ver Rod Dreher, Live Not by Lies: A Manual for Christian Dissidents (Nova York: Sentinel, 2020), 7–8.

[3] Ver Rod Dreher, Live Not by Lies: A Manual for Christian Dissidents (Nova York: Sentinel, 2020), 7–8.

[4] Robert Nisbet, “Rousseau and Totalitarianism,” The Journal of Politics 5, no. 2 (1943): 93–114.

[5] Robert Nisbet, “Rousseau and Totalitarianism,” The Journal of Politics 5, no. 2 (1943): 93–114.

[6] Andrew Levine, The General Will: Rousseau, Marx, Communism (Cambridge: Cambridge University Press, 1993), 48, Google Books.

[7] A divisão do trabalho pode se referir a uma sociedade onde diferentes trabalhadores têm diferentes ocupações ou a um local de trabalho onde diferentes trabalhadores cumprem diferentes subtarefas. Isso geralmente acontece no contexto dos “meios de produção alienáveis” mencionados pelo Dr. Levine; por exemplo, fábricas e fazendas, que são meios de produção de bens de consumo, funcionam com eficiência quando diferentes trabalhadores realizam simultaneamente diferentes subtarefas. No entanto, Marx acreditava que o processo de trabalhar para os empregadores em tais ambientes “alienava” os humanos de alcançar sua plena humanidade

[8] Ver Jean-Jacques Rousseau, Social Contract and Discourses , trad. GDH Cole (Londres: JM Dent; Nova York: Dutton, 1913), 14–19 e 22–30.

[9] Ver Jean-Jacques Rousseau, Social Contract and Discourses , trad. GDH Cole (Londres: JM Dent; Nova York: Dutton, 1913), 25-26

[10] GH Cole, “Introdução”, em Rousseau, Contrato Social e Discursos (1913), xxxi.

[11] Rousseau, Contrato Social, 35-38. Veja também Alessandro Ferrara, “Rousseau and Critical Theory: An Excerpt from Alessandro Ferrara’s Latest Book,” Public Seminar, 8 de novembro de 2017, https://publicseminar.org/2017/11/rousseau-and-critical-theory/ .

[12] Rousseau, Contrato Social , 108-111. Ver também Marc de Wilde, “Silenciando as Leis para Salvar a Pátria: A Teoria da Ditadura de Rousseau Entre Bodin e Schmitt,” História das Idéias Européias 45, no. 8 (2019): 1107–1124. Edição em inglês…

[13] Rousseau, Contrato Social , 15; enfase adicionada.

[14] Ibidem, 18

[15] Ibidem, 93

[16] Robert Nisbit (1943, pp. 99) observa que a versão de liberdade de Rousseau significava liberdade de laços sociais e dependências dentro da sociedade tradicional, que Rousseau acreditava ser a fonte da corrupção da humanidade.

[17] https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/agenda-2030-da-onu?utm_source=search&utm_medium=ads&utm_campaign=trafego_portal&utm_term=00+-+%5BKW%5D+Din%C3%A2mico&utm_content=dinamico&gclid=Cj0KCQjww4-hBhCtARIsAC9gR3bt0R7yn2h63DRQKCRX2etadU7aI5TaJA_GQzMKudfaj1qeUVfwPDcaAgeUEALw_wcB

[18] David Siroky e Hans-Jörg Sigwart, “Princípio e Prudência: Rousseau sobre Propriedade Privada e Desigualdade,” Polity 46, no. 3 (2014): 381–406.

[19] Rousseau, Contrato Social , 27; enfase adicionada.

[20] Christopher Kelly, “Rousseau and the Case for (and Against) Censorship,” The Journal of Politics 59, no. 4 (1997): 1232-1251.

[21] Rousseau, Contrato Social , 112. Edição em inglês.

[22] Rousseau, Contrato Social , 29-30. Edição em inglês.

[23] Erwin Lutzer, Não Seremos Silenciados (Eugene: Harvest House Publishers, 2020), 262, Hoopla.

[24] Robert Lifton, Reforma do Pensamento e a Psicologia do Totalismo: Um Estudo da ‘Lavagem Cerebral’ na China (Nova York: Norton, 1963), 433–437.