Série de sermões expositivos sobre O Céu. Sermão Nº 70–  O sexto dia da criação: a criação do homem (Parte 48).  Gn 1:27: a Bíblia X o racismo – parte 8. Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 01/02/2023.

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INTRODUÇÃO:

O racismo é mais do que apenas uma questão social. Sempre que ele é tratado puramente com um mal social, o remédio se torna pior que a doença. O combate ao racismo pode acabar produzindo um monstro maior.

O problema do racismo é o pecado. O que está por traz dele é a soberba, o ódio, a maldade, a ganância, a avareza, o egoísmo, a exploração, e a hipocrisia e tantos outros pecados.

Deus fez os humanos e a criação foi boa, mas, ao mesmo tempo, a humanidade caiu e nunca escapará dos efeitos do pecado aqui.

O cerne da questão foi o abandono da lei de Deus. Quando os homens deixaram a verdade das Escrituras e tiraram Deus do seu sistema de crenças. O racismo é a consequência da conversão ao naturalismo.

Esse tipo de cosmovisão produziu a mente moderna com todos os seus horrores, que estamos assistindo todos os dias em nossa sociedade.

A história mostra como as melhores criaturas humanas são sabotadas por sua própria arrogância e as piores depredações humanas são iluminadas por feixes de luz inesperados.

Os fatos e valores da cosmovisão naturalista revelam essas contradições, antinomias e paradoxos pela falta de uma visão coesa do mundo, que não pode ser encontra, fora do evangelho.

O evangelho não é apenas a promessa de libertação. O evangelho também é a explicação para os fracassos em alcançá-lo.

A busca de um Céu, de um paraíso seja científico, ou ideológico que conserte todas as coisas têm sido o caminho que os homens tomaram. Toda a realização do pensamento humano é tentativa de volta ao jardim.

  1. A anomalia do racismo científico.

Em 2020 o maior zoológico dos EUA, Zoológico do Bronx, localizado em Nova Iorque, pede desculpas por colocar homem negro numa jaula de macaco[1].

Essa é uma das histórias mais horríveis sobre os efeitos da evolução nas relações humanas é a história de Ota Benga, um pigmeu que foi exposto no zoológico em Nova Iorque, como exemplo de uma raça evolutivamente inferior.

O incidente revela claramente o racismo da teoria da evolução e até que ponto a teoria dominou os corações e mentes dos cientistas, jornalistas e da população em geral nos anos de 1900.

Ota Benga, foi um jovem africano que foi levado do Congo em 1904 pelo notável explorador africano e comerciante de escravos, acadêmico de Princeton, o antropólogo, evolucionista racista e ex-missionário presbiteriano, Samuel Verner.

Em sua viagem inaugural ao Congo, Verner ficou surpreso ao ver que indivíduos de pele escura podiam sentar a mesa para jantar juntos com os brancos.

Em uma carta para sua mãe, ele lamentou que “o desamparo dessa raça é simplesmente terrível”.

Ota foi exibido primeira vez como um ‘selvagem emblemático’ na Feira de ciência Mundial na ala de antropologia  St Louis Missouri, de 1904 com outros pigmeus.

Ele acabou sendo apresentado por Samuel Verner ao diretor e um dos fundadores do Zoológico do Bronx, William Hornaday.

Ele era um cientista Zoologista, evolucionista e escritor prolixo, e considerado um dos grandes defensores dos animais.

William que teve a ideia de usar Ota Benga para ‘educar’ o público sobre a evolução humana. Esse foi o motivo pelo qual o zoológico foi criado, para ensinar a evolução aos visitantes.

Nessa época Ota Benga tinha apenas vinte e três anos. Sua altura era de apenas 1,5 metros e ele pesava apenas 46,7 kg.

Ota Benga, que significa ‘amigo’ em sua língua nativa, era frequentemente considerado apenas um menino, mas na verdade ele era um pai casado duas vezes.

Sua primeira esposa e dois filhos foram assassinados por colonos brancos, e sua segunda esposa morreu de uma picada de cobra venenosa.

Ota Benga se tornou uma sensação, atraindo grandes multidões ao zoológico, incluindo mais de 40.000 no domingo, em 1906. Apesar das críticas, principalmente de alguns líderes da igreja na época.

Aparentemente as pessoas viam diferença entre uma fera e o homenzinho negro; e essa era a primeira num zoológico americano, um ser humano foi exibido numa gaiola.

Benga recebeu companheiros de jaula para lhe fazer companhia em seu cativeiro – um papagaio e um macaco orangotango[2].

As ideias racistas darwinianas de Hornaday são claras em seus escritos, onde ele descreveu Ota Benga como:

“… um genuíno pigmeu africano, pertencente à sub-raça comumente chamada erroneamente de ‘os anões’[3].”

O outro fundador do Zoológico do Bronx foi Henry Osborn (1857-1935), formou na Universidade de Princeton (presbiteriana) onde formou em paleontólogo e geólogo e onde mais tarde foi professor.

Mais tarde estudou embriologia e anatomia comparada na Universidade de Cambridge, na Inglaterra com os maiores nomes da ciência da época que defendiam o evolucionismo, dentre eles, Thomas Huxley[4]

Foi o presidente do Museu Americano de História Natural por 25 anos e professor universitário de biologia e anatomia e zoologia e autor de vários livros e artigos científicos.

Henry Osborn foi considerado o principal erudito evolucionista de sua época e é famoso pela descoberta de muitos dinossauros, incluindo o T. rex.

Esses importantes eruditos e fundadores do zoológico William Hornaday, Henry Osborn e advogado e antropólogo Madison Grant (1865–1937), eram altamente racistas como resultado de sua crença na evolução e foram os fundadores a sociedade americana de eugenia em 1926.

São esses eruditos que estão por traz da ideia de colocar um negro na jaula para educar a sociedade no evolucionismo.

Madison Grant escreveu varios livros científicos e cheio de racismo, elogiados pela crítica e eram campeões de venda, vendeu mais 17.000 exemplares em um ano.

Em seu livro “A passagem da grande raça” (On the Passing of a Great Race) , Grant compartilhou sua ideia com Osborn, que fez muitas sugestões.

No prefácio da quarta edição, Osborn escreveu:

“em nenhuma outra estirpe humana que chegou a este país exibe a unanimidade de coração, mente e ação que agora está sendo exibida pelos descendentes dos povos de olhos azuis e cabelos claros do norte da Europa.

Se me perguntassem: “Qual é o maior perigo que ameaça a república americana hoje? Eu certamente responderia:

“O gradual desaparecimento em nosso povo daqueles traços hereditários através dos quais os princípios de nossas bases religiosas, políticas e sociais foram estabelecidos e sua substituição insidiosa por traços de caráter menos nobre[5].”

O livro de Grant, como sabemos, influenciou muito Adolf Hitler. Hitler escreveu pessoalmente a Grant para agradecê-lo, referindo-se ao livro como “minha Bíblia”.

O livro defendia um sistema rígido de seleção por meio da eliminação daqueles que são fracos ou inaptos.

O livro de Grant, “The Passing of the Great Race”, foi usado como defesa dos nazistas durante os julgamentos de Nuremberg em 1946.

Os advogados dos nazistas apresentaram o livro como prova de que a eugenia não se originou apenas na Alemanha, mas em vez disso, tinha raízes profundas nos Estados Unidos.

Os promotores americanos foram hipócritas ao condenar as políticas raciais da Alemanha nazista nos julgamentos de Nuremberg (1946).

Pois as políticas raciais da Alemanha nazista eram ideologicamente semelhantes às dos Estados Unidos e do Reino Unido.

A eugenia era ensinada nas escolas primarias e secundarias e nas universidades, isso era um consenso na ciência em mais de 100 anos.

Em 1927, os operadores do direito, influenciados pela ciência evolucionista e a sobrevivência do mais apto, como Darwin ensinou, eles acreditavam que poderiam ajudar a natureza, a reproduzir os mais aptos.

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, por uma votação de 8 a 1, defender o direito do estado de esterilizar à força uma pessoa considerada incapaz de procriar.

Ao todo, cerca de 70.000 americanas foram esterilizadas, ou retirado o útero à força durante o século XX.

Ainda hoje a esterilização forçada, especialmente em troca de redução da pena, ocorre com frequência no sistema jurídico criminal atual nos EUA[6].

As vítimas da esterilização obrigatória pelo estado incluíam pessoas como negros, os rotuladas de “deficientes mentais”, bem como surdas, cegas e doentes, as minorias, os pobres e as mulheres “promíscuas”.

Cerca de 60.000 cidadãos suecos foram tratados de forma semelhante entre 1935 e 1976, e houve práticas semelhantes na Noruega e no Canadá[7].

A condenação dos nazistas no julgamento de Nuremberg, só foi possível, porque os vencidos estão sendo julgados pelos aliados que ganharam a guerra, e não pelos processos jurídicos.

Embora os julgamentos foram injustos, mas o resultado foi justo, pois os crimes dos nazistas foram horrendos.

Mas a julgar pelos procedimentos injustos e parciais do julgamento de Nuremberg, todos eles seriam considerados nulos pelo devido processo legal atual, como STF fez com os condenados da lavajato.

  1. Mas era mesmo racismo?

O movimento ativista internacional (Black Lives Matter) “Vidas Negras Importam”; ganhou força em todo o mundo.

Estátuas de colonialistas e defensores da escravidão estão sendo removidas ou desfiguradas, e desculpas semelhantes abundam em todos os níveis.

No entanto, embora alguém possa alegar que as ações dos defensores da escravidão eram racistas e/ou preconceituosas contra outros humanos (a escravidão também existia em muitas culturas não-brancas e historicamente temos mais brancos sendo escravizados do que negros), sem dúvida foram as crenças evolutivas que levaram à humilhação desse jovem.

A maioria dos cientistas da época aceitava uniformemente a teoria da evolução de Darwin e a ideia popular de que os humanos evoluíram de criaturas semelhantes a macacos.

De fato, a placa de exibição na jaula dos macacos onde Ota Benga foi exibido foi chamada de “Ancestrais Antigos do Homem”.

Observe a seguinte linha do tempo antes da humilhação de Ota Benga:

1807: Foi proibido e tráfico de escravos.

1833: O Império Britânico aboliu a escravidão.

1859: Darwin escreveu A Origem das Espécies (26 anos após a abolição da escravatura).

1865: A Décima Terceira Emenda aboliu a escravidão nos EUA.

1871: Darwin escreveu The Descent of Man (38 anos após a abolição no Reino Unido e 6 anos após os EUA).

100 anos antes escravidão já estava sendo combitada até ser proibida, e por mais de quarenta anos na época da humilhação de Ota Benga em 1906.

Ou seja, a humilhação de Ota Benga tinha muito pouco a ver com a escravidão. Era algo produzido pelas ideias da seleção natural de Darwim.

  1. O pedido de desculpas vazio.

114 anos depois, o Zoológico pede desculpas, conforme relatado em julho de 2020, a The Wildlife Conservation Society (WCS, a empresa que administra o zoológico) disse:

“Lamentamos profundamente que muitas pessoas e gerações tenham sido prejudicadas por essas ações ou por nosso fracasso anterior em condená-las e denunciá-las publicamente”, escreveu o presidente e CEO da WCS, Cristián Samper.

“Reconhecemos que o racismo aberto e sistêmico persiste, e nossa instituição deve desempenhar um papel maior para enfrentá-lo”[8].

Como parte de sua missão de ser mais transparente, o zoológico disponibilizou publicamente todos os registros e arquivos relacionados a Benga[9].

Embora estejam tentando ser politicamente corretos e levados por uma maré cultural e secularista, eles na verdade falham em ser transparentes.

Embora o zoológico tenha se desculpado por essa ação racista, em nenhum lugar das desculpas ou declarações do zoológico eles mencionam o verdadeiro motivo da exibição de Ota Benga.

Eles eram influenciados pela COSMOVISÃO do naturalismo e do materialismo que produziu a crença na evolução, como bem afirmavam os próprios protagonistas da época.

William Hornaday defendeu a exibição e afirmou que ela acontecia por razões científicas. “Estou oferecendo a exibição puramente etnológica”.

Ele tinha o apoio dos cientistas da Sociedade de Zoologia, que mais tarde vai proibir o ato, devido a crescente oposição dos pastores e outros líderes religiosos da época.

Os pastores foram pedir a ao prefeito da cidade de nova Yorque para interferir, ele simplesmente não deu atenção por seu um caso irrelevante.

Todos os cinco proprietários associados à Ota Benga – Samuel Verner, William McGee, William Hornaday, Henry Osborn e Madison Grant – eram evolucionistas importantes e reconhecido como personalidades em sua época.

O Zoológico do Bronx e outras instituições jamais admitirão os verdadeiros motivos dessas atrocidades?

Eles não fornecerão uma desculpa adequada para o ensino evolutivo de que esses são sub-humanos – meras bestas a serem estudadas e exibidas para o avanço da humanidade.

Infelizmente, essas ideias ainda permeiam a literatura, com imagens (macacos parecendo homens) na comunidade evolutiva.

O racismo continuará a mostrar sua cara feia até que a filosofia subjacente seja abordada e isso dificilmente será feito.

Como disse o filósofo Santayana: “Aqueles que não conseguem se lembrar do passado estão condenados a repeti-lo”.

  1. O Cristianismo é uma religião apenas para brancos’?

Pode ser chocante para alguns perceber que existe um grupo de pessoas que se dizem cristãos, mas acreditam que apenas os brancos podem ser salvos.

Para ser mais específico, eles acreditam que os povos ‘germânicos, anglo-saxões e britânicos’ são os únicos descendentes de Adão.

Os outros consideram essas pessoas criadas antes de Adão e Eva, e sem alma. Ensinam que adão foi criado a 6000 anos atrás e que os não brancos existem a milhões de anos.

A revista The New York Times em 18 de agosto de 2012, traz uma matéria intrigante: Por que a raça ainda é um problema para os mórmons[10]?

Os mórmons embora foram abolicionistas. Mas tiveram uma história triste com o racismo.

O sucessor de Josefh Smith (o fundador da igreja em 1830), Brigham Young, chamados pelos historiadores mórmons do “Moisés norte-americano”, que conduziu os mórmons de Nauvoo, Illinois, para o estado de Utah em 1847.

Ele adotou as políticas racista que agora assombram a igreja. Ele descreveu os negros como amaldiçoados com pele escura como punição pelo assassinato de seu irmão por Caim.

“Qualquer homem que tenha uma gota da semente de Cam nele não pode possuir o sacerdócio”, declarou ele em 1852.

Young considerou o casamento entre negros e brancos tão pecaminoso que sugeriu que um homem poderia expiar isso apenas tendo “sua cabeça cortada”. ” e derramando “seu sangue no chão”.

Outros líderes mórmons se convenceram de que os espíritos preexistentes dos negros pecaram no céu ao apoiar Lúcifer em sua rebelião contra Deus.

Até há poucos anos não havia nenhum negro dentro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, considerada por eles a única igreja verdadeira.

Para eles Jesus só tinha morrido pelos brancos, para os negros não havia lugar Livro de Mórmon II Nefi 5:21, Alma 3:6).

21 E ele fez cair a a maldição sobre eles, sim, uma dolorosa maldição, por causa de sua iniquidade.

Pois eis que haviam endurecido o coração contra ele de tal modo que se tornaram como uma pedra; e como eram brancos, notavelmente formosos e agradáveis, a fim de que não fossem atraentes para meu povo o Senhor Deus fez com que sua pele se tornasse escura.

22 E assim diz o Senhor Deus: Eu farei com que sejam a repugnantes a teu povo, a menos que se arrependam de suas iniquidades.

23 E amaldiçoada será a semente daquele que se misturar com a semente deles; porque será amaldiçoada com igual maldição. E o Senhor assim disse, e assim foi.

No Livro de Mórmon, encontra-se uma estória de duas famílias de Judeus que “imigraram” para a América do Norte, oriundas de Jerusalém:

… lá pelo ano de 600 a.C., sendo uma das famílias de Leí e a outra de Ismael. Leí teve dois filhos, Nefi e Lamã, Nefi era justo, porém Lamã não, e por isso foi amaldiçoado por “Deus”. A maldição consistia em ter ficado com a pele de cor preta.

Em outro texto os mormos tentam corrigir o erro.

“Acreditamos que Deus é o Pai de toda a humanidade e que Ele “não repudia quem quer que o procure, negro e branco (…); e todos são iguais perante Deus” (2 Néfi 26:33).  Mas na pratica o racismo era praticado.

Atualmente, por causa da conveniência, do politicamente correto e do racismo ter se tornado um crime, os mórmons mudaram seus conceitos sobre os negros.

Em junho de 1978, o presidente Spencer Kimball anunciou que por divina revelação a igreja mórmon está livre para aceitar os pretos em seu sacerdócio. Entretanto por 126 anos está não era a posição oficial da igreja.

Essa nova revelação contraria, o Livro Pérolas de Grande Valor (um dos livros sagrados para os mórmons), que proibir a entrada de negros no sacerdócio.

Agora, “Deus” deu uma nova orientação e o negro até pode exercer o sacerdócio.

Essa mudança conveniente dos mórmons acerca dos negros na igreja é ainda outra contradição que enfraquece o ensino de serem a “única igreja verdadeira”.

A revista The New York Times comenta que a proibição do sacerdócio teve consequências eclesiásticas abrangentes para os mórmons negros.

“Eles não podiam participar das ordenanças sagradas, como a cerimônia de investidura (que prepara a pessoa para a vida após a morte) e os selamentos (que unem formalmente uma família), ritos que Smith e Young ensinaram serem necessários para obter a glória celestial”[11].

O escritor mórmon Arthur M. Richardson, declara: “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não foi chamada a levar o evangelho aos pretos, e não o faz.”

O ponto de vista de Richardson claramente contradiz Marcos 16:15: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”; (pretos, vermelhos, brancos ou qualquer outra cor).

O Décimo presidente da igreja mórmon Joseph Fielding (1876 – 1972), em seu livro: “A doutrina da salvação”, volume 1, pg 67 e 73 afirmou:

há uma razão para o homem nascer preto e com outras desvantagens e outro nascer branco e com grandes vantagens. A razão que nós tínhamos outro estado antes de vir para cá e se formos obedientes as leis ou não.

O argumento, de que os erros do passado não afetam o presente é algo ingênuo demais, pois como mostra a literatura mórmon “tudo o que falam é escritura” e a “vontade do Senhor”.

Se eles erraram no passado quando diziam que aquilo era a vontade do Senhor, como saberá se que o que estão pregando hoje não irá mudar igualmente no futuro?

Este é o dilema de todas as seitas, sua teologia está em constante mutação e remendos, deixando seus adeptos sem nenhuma segurança.

O presidente que sucede Joseph Smith, Brigham Young profetiza:

“Devo dizer-vos qual é a lei de Deus com relação à raça africana? Se o homem que pertence à semente escolhida [mórmon] misturar seu sangue com a semente de Caim [negros], a penalidade, sob a lei de Deus, é a morte no local. Isso sempre será assim.” (Brigham Young, Journal of Discourses [jornal de sermões], vol. 10, pág. 110).

Estas surpreendentes heresias ensinam que o casamento inter-racial é antibíblico, que a raça “branca” é superior a todas as outra é um ensino satânico.

Quando um evolucionista defende seu sistema de crenças racista ele está sendo coerente com tudo o que ele acredita ser verdade. O ensino darwinista tem uma linda direta até o nazismo.

Os nazistas estavam convictos cientificamente e filosoficamente de que estavam fazendo a coisa certa, matando quase 15 milhões de judeus, ciganos, eslavos e negros, como uma raça fraca.

Mas quando um cristão defende o racismo ele está sendo incoerente com seu sistema de crenças. Ele não terá apoio algum nas Escrituras. Ele está cheio de autoengano.

Ele precisa agir contra sua consciência e trair os princípios do evangelho. Ele age como um falso cristão. Ele está sendo incoerente com suas crenças.

Os crentes da Bíblia estão em terreno extremamente sólido ao rejeitar a sugestão de que a cor da pele de uma pessoa tenha algo a ver com sua condição social ou salvação. Jesus Cristo veio para salvar pessoas de todas as ‘raças’ sem distinção.

Afirmamos e cremos com base tanto na Bíblia quanto na ciência que todas as pessoas são descendentes de Adão e Eva, e que a genética moderna mostra que as diferenças “raciais” não são significativas.

Tão menor, de fato, que o termo ‘raça’ não é uma classificação biológica particularmente significativa.

Além disso, Jesus Cristo veio para salvar pessoas de todas as ‘raças’ sem distinção, e a Bíblia deixa claro que pessoas de todas as ‘tribos, língua e nação’ estarão no céu.

Simplesmente não há a menor justificativa bíblica para o racismo. E a melhor refutação dessas heresias racistas da supremacia branca é olhar para o próprio texto da Bíblia.

CONCLUSÃO:

Não é preciso dizer que isso é uma distorção vil do ensino da Bíblia. Em vez disso, a Bíblia ensina que todas as pessoas hoje são descendentes do primeiro casal, Adão e Eva.

O cristianismo bíblico, jamais fará quaisquer reivindicações racistas. Veja Romanos 10:12, 1 Coríntios 12:13, Gálatas 3:28, Colossenses 3:11.

A crença de que toda a humanidade descende de um casal e, portanto, está intimamente relacionada torna as afirmações racistas muito ilógicas.

Tão claro e auto-evidente é este ensino, que mesmo estudiosos seculares admitiram que ele foi uma grande barreira para o aumento do racismo que se seguiu após a ampla aceitação da evolução desde a publicação do livro de Darwin.

Uma das poucas barreiras persistentes à teoria darwinista social na Austrália era a doutrina cristã de que todos os seres humanos eram de ‘um só sangue’.

Um exemplo é a historiadora australiana Joanna Cruickshank, que não é defensora do cristianismo bíblico.

Ela estava se referindo a tempos anteriores na história colonial australiana, quando as teorias darwinistas sociais sobre as origens humanas estavam alimentando políticas prejudiciais ao povo aborígine do continente.

Eles eram considerados “menos evoluídos” do que os brancos. Ela aponta que “uma das poucas barreiras persistentes à teoria darwinista social na Austrália era a doutrina cristã de que todos os seres humanos eram de ‘um só sangue’” .

Além disso, a evidência direta da “biologia molecular” moderna confirma que todas as pessoas são surpreendentemente próximas, somos mais de 99,99% semelhantes.

Essas descobertas da ciência observacional não eram esperadas de considerações evolutivas, e as teorias da evolução humana teve que ser substancialmente “retrabalhadas” para levá-las em consideração.

Mesmo fatos simples sobre nossa anatomia e fisiologia são suficientes para refutar essa noção.

Longe de serem quaisquer diferenças fundamentais entre os grupos, quando se trata de coisas percebidas como “raças” diferenciadoras, todos nós temos “a mesma coisa” – apenas quantidades diferentes dela.

Por exemplo, o pigmento acastanhado-(marron) melanina – quantidades variáveis na pele nos dão diferentes tonalidades da mesma cor.

O mesmo pigmento, e variações na quantidade, são responsáveis tanto pelos olhos castanhos quanto pelos azuis, assim como pelos cabelos castanhos, pretos e loiros.

Esses fatos confirmam o que a Bíblia tem ensinado de forma tão evidente desde o primeiro capitulo no Genesis e continua inalterado até o Apocalipse.

No jardim do Éden estava a origem de todos os “povos” ou raças. No Jardim restaurado estará todos os povos, todas as raças.

O livro de Atos, mostra como a salvação quebrou toda possiblidade de racimo. O primeiro gentio a ser salvo foi um negro (atos 8), quando Filipe prega para o mordomo da rainha da etiópia.

Simão o cireneu, citado nos evangelhos que ajudou Jesus a carregar a cruz, era um negro da Líbia. O evangelista Marcos 15.21 diz que ele era Pai de Alexandre e Ruffo.

Paulo cita de forma dócil e respeitosa Rufos em Romanos 16.13  ““Saúdem Rufo, eleito no Senhor, e sua mãe, que tem sido mãe também para mim”.

Na cruz de Jesus Cristo o racismo cai por terra.

[1] Texto adaptado do artigo do Dr Gary Bates, disponível em: https://creation.com/bronx-zoo-apologizes acesso em 01/02/2023

[2] Sifakis, C., Benga, Ota: the zoo man, American Eccentrics , Facts on File Inc., New York, pp.252–253, 1984.

[3] An African Pigmy, Boletim da Sociedade Zoológica , publicado pela Sociedade Zoológica de Nova York, Arquivos da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem, 23 de outubro de 1906, pp. 301–2.

[4] Thomas Henry Huxley foi um biólogo e antropólogo inglês especializado em anatomia comparada. Ele se tornou conhecido como “Bulldog de Darwin” por sua defesa da teoria da evolução de Charles Darwin.

[5] Newkirk, P. , Spectacle: The Astonishing Life of Ota Benga , HarperCollins, 2015, pp. 43-44

[6] https://bpr.berkeley.edu/2020/11/04/americas-forgotten-history-of-forced-sterilization/

[7] Isherwood, J., Pagamento planejado para vítimas de esterilizações ‘bárbaras’, Sydney Morning Herald , 27 de agosto de 1997, p. 10.

[8] Disponível em: https://edition.cnn.com/2020/07/30/us/bronx-zoo-man-exhibit-apology-trnd acesso em 01/02/2023

[9] Sifakis, C., Benga, Ota: the zoo man, American Eccentrics , Facts on File Inc., Nova York, pp.252–253, 1984

[10] Disponível em: https://www.nytimes.com/2012/08/19/opinion/sunday/racism-and-the-mormon-church.html , acesso em 01/02/2023

[11] https://www.nytimes.com/2012/08/19/opinion/sunday/racism-and-the-mormon-church.html