Série de sermões expositivos sobre O Céu. Sermão Nº 68–  O sexto dia da criação: a criação do homem (Parte 46).  Gn 1:27: a Bíblia X o racismo – parte 6. Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 18/01/2023.

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INTRODUÇÃO:

Ideias são como sementes. Elas podem parecer pequenas; elas podem parecer insignificantes; elas podem até passar despercebidas por todos. Mas que não haja dúvidas: tanto as ideias quanto as sementes são incrivelmente poderosas.

Das sementes lançadas em solo fértil crescem os poderosos carvalhos que ancoram a terra, alterando o curso dos rios e do vento.

E das ideias plantadas no solo fértil da mente humana crescem os pensamentos e as convicções da humanidade, alterando o curso da história para o mundo e para o indivíduo.

Em meados de 1800, enquanto o veleiro Beagle cortava os oceanos, um teólogo e biólogo amador estava formulando uma ideia.

Sem o insight da genética moderna e apoiado em observações superficiais, suas ideias começaram a se solidificar em uma hipótese: a crença na evolução.

Em seu livro A Origem das Espécies, que mudou a história, Charles Darwin conceituou um mundo onde a vida surgiu espontaneamente e depois mudou ao longo do tempo pelas forças da natureza na complexidade fenomenal e diversidade da vida incluindo a vida humana.

Não demorou muito para que os frutos desse jardim começassem a amadurecer. E em nenhum lugar, isso foi mais óbvio do que na área do racismo.

Embora o próprio Darwin provavelmente nunca tenha imaginado o impacto que sua ideia teria sobre os povos culturalmente diversos da Terra, a história nos mostrou como o pensamento evolutivo alimenta o racismo e como os racistas usam a evolução para justificar seu ódio por aqueles que são diferentes deles.

Como uma semente, a ideia foi plantada firmemente na mente de Charles, onde começou a crescer e amadurecer. Por meio de seus escritos e palestras, a semente foi plantada na mente de outras pessoas.

Logo a ideia se enraizou nos jardins da comunidade científica. Soprada pelos ventos da sociedade, a ideia de evolução encontrou seu caminho nos campos dos sistemas de educação dos jovens.

Suas sementes se espalharam nas leis do governo. Logo, suas raízes começaram a se infiltrar na mente da Igreja, onde começou a sufocar a fé que muitos tinham na Palavra de Deus.

Com o tempo, essa única ideia ultrapassou quase todo o jardim do pensamento ocidental.

Todos esses problemas e muitos outros relativos ao racismo e ao preconceito poderiam ser facilmente resolvidos se novas sementes da verdade da Palavra de Deus corretamente interpretadas ao lado de fatos científicos fossem plantadas e cultivadas em nossas mentes.

No capítulo “O Jardim de Darwin”, o fruto da evolução, que foi mais cobiçado diz respeito ao racismo e preconceito.

O fruto do racismo mostrou sua face feia ao longo dos tempos como uma consequência do pecado e da Queda.

De continente a continente, vemos exemplos sangrentos do que acontece quando o pensamento do homem substitui a verdade bíblica e como o racismo foi fertilizado pela crença na evolução.

  1. A semente racista das ideias de Darwin.

Muitos intelectuais ateístas gostam de se apresentar ao público como modelos de pensamento racional — observadores e analisadores frios, desapegados e cuidadosos dos sistemas e processos da natureza.

Já os cristãos, por outro lado, são retratados como religiosos ignorantes e fanáticos, empenhados em destruir a ciência em favor da mitologia antiga.

O escritor humanista Rob Wipond faz o seguinte comentário:

Os “pensadores racionais” nem sempre foram as pessoas mais perspicazes e de mente aberta. Ao longo da história, “pensar racionalmente” muitas vezes se tornou um disfarce para atitudes repressivas em relação ao novo ou não convencional[1].

Ele ilustra o tipo de irracionalidade da ciência histórica nos nossos dias, que desprezam os valores das Escrituras. Os intelectuais preferem debater filosofias ideológicas do que dados e evidências científicas.

Outro comentário de Rob Wipond é apropriado neste ponto.

Em última análise, o que chamamos de pensamento racional pode ser apenas um método altamente sofisticado e poderoso de autoilusão[2].

No que diz respeito à sociologia, a “ciência” evolutiva tem sido aplicada para justificar todos os tipos de males sociais, desde a promiscuidade sexual e o aborto até o comunismo, o racismo e o nazismo, todos os quais são reivindicados por seus praticantes como “científicos” porque baseiam-se na evolução.

Desde a morte de Darwin, nem tudo foram flores no jardim evolutivo. As teorias de Darwin foram tomadas emprestadas por excêntricos, políticos, reformadores sociais – e cientistas – para apoiar visões racistas e intolerantes.

A linguagem darwiniana, a luta pela existência, a sobrevivência do mais apto tornou-se parte integrante de toda essa visão de mundo e, nesse sentido, o darwinismo alimenta diretamente essa maneira de pensar.

Existe uma linha direta que vai de Darwin. . . aos campos de extermínio da Europa nazista e o racismo moderno[3]. O darwinismo é a lenha que mantém a chama do racismo moderno.

Charles Darwin pode não ter aprovado algumas das frutas cultivadas na árvore que plantou. Mas, como disse o Senhor Jesus: ” Pelos seus frutos os conhecereis… Não pode a árvore boa dar frutos maus, nem a árvore má dar frutos bons ” (Mateus 7:16,18).

Embora o racismo certamente não tenha começado com Darwin, suas crenças contribuíram mais para alimentar o racismo do que as ideias de qualquer outro indivíduo.

Darwin contribuiu, fornecendo uma explicação biológica para esses ‘dados’: alegando que algumas populações evoluem mais rapidamente do que outras e, portanto, superam outras populações.

Transpondo isso para as raças humanas, é fácil pensar que a evolução demonstrou que a supremacia cultural dos “brancos” europeus tinha uma base biológica – os “brancos” evoluíram mais rapidamente do que os “não-brancos”.

Cientistas evolucionistas do final do século 19 e início do século 20 então procuraram os traços específicos que marcaram a raça ‘branca’ como superior.

Claro, todos nós sabemos que eles não encontraram nenhum traço de diferenciação. Mas como o racismo evolutivo nunca se baseou na descoberta de tais características, não foi fortemente prejudicado por não encontrar tais características.

A tese de dois biógrafos de Darwim[4], Adrian Desmond e James Moore de que Darwin foi inspirado por sua oposição ao racismo e à escravidão, e que essa aversão o levou a compreensão da teoria da evolução, não parece razoável, pois a abolição não foi uma luta dele[5].

Em seus dois livros, em nem uma vez Darwin menciona a abolição da escravidão em relação à seleção natural, ou como um motivo para desenvolver sua teoria da evolução, ou para escrever essas duas obras, seja a “Origem das Espécies (1859), ou a “Descendência do Homem” (1871), ou qualquer outra coisa.

Por outro lado, temos a citação de Darwin, que mostra o elo entre a teoria da evolução e o problema insolúvel do racismo, como uma questão da seleção natural:

Essa citação está em seu livro “A descendência do Homem”:

“Em algum período futuro, não muito distante medido em séculos, as raças civilizadas do homem quase certamente exterminarão e substituirão as raças selvagens em todo o mundo”. “Ao mesmo tempo, os macacos antropomorfos … sem dúvida serão exterminados”.

Então ele mostra um racismo continuado:

“A ruptura entre o homem e seus aliados mais próximos será então mais ampla, pois intervirá entre o homem em um estado mais civilizado, como podemos esperar, até mesmo do que o caucasiano, e algum macaco tão baixo quanto um babuíno, em vez de como agora entre o negro ou australiano [ou seja, aborígine] e o gorila”[6].

Em outro momento ele menciona a escravidão[7], e diz que ela já foi benéfica e inclusive mostra o “INSTINTO ESCRAVISTA” da seleção natural, na comparação que faz das formigas[8] marrons claras que escravizam outras formigas negras.

A verdadeira luta abolicionista, foi feita por seu avô materno, que era um crente piedoso e um rico empresário do ramo da cerâmica Josiah Wedgwood (1730–1795), ajudou a financiar a causa abolicionista, junto com John Wesley, e com Granville Sharp[9] (1735 – 1813).

Eles formaram um grupo 12 homens piedosos (nove quakers e três anglicanos) antiescravagistas em apoio ao trabalho do cristão evangélico William Wilberforce no parlamento inglês.

Esse esforço resultou na aprovação da Lei do Comércio de Escravos de 1807 (que tornou ilegal o transporte de escravos pelos navios britânicos) e da Lei de Abolição da Escravatura de 1833 (que tornou a escravidão ilegal em todo o Império Britânico) e obrigou os países que faziam comercio com a Inglaterra que libertassem seus escravos.

O subtítulo da Origem das Espécies de Darwin (1859) é “A Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida”.

O próprio Darwin escreve em seu outro livro “A Descendência do Homem” (1871) que preferia ser descendente de um macaco do que de um “selvagem”.

O coração humano é uma fábrica de todos os tipos de mal, incluindo o mal do racismo (ver Jeremias 17:9 e Mateus 15:18–19).

Embora Darwin certamente não aceitava o racismo e nem a escravidão humana, mas sua “teoria da evolução” foi a base cientifica para fomentar todo tipo de males sociais”.

O racismo moderno é uma consequência do pecado em um mundo caído infundido com o pensamento evolucionário.

Isso foi evidenciado no caso de Ota Benga — um pigmeu da África Central, que em 1906 foi enjaulado no Zoológico do Bronx com um orangotango.

E nos milhões de judeus e ciganos; mortos nas câmaras de gás planejadas por Hitler para promover a raça ariana[10], como a “raça superior”. E de tantos males que o mundo moderno conheceu.

  1. O próprio conceito de raça é racista.

O termo Raça se tornou racista desde o seu surgimento no Século XVIII. Ele implica numa diferença radical na natureza das pessoas. Veja essa ilustração sobre os tipos de “humanidades” datada de 1893.

Naquela época, a ideia de diferenças raciais fazia parte da racionalização da escravidão. Foi assim que os colonizadores britânicos se convenceram de que era apropriado explorar os povos indígenas de outros países.

Nativos americanos, povos aborígines australianos e africanos eram caracterizados como biologicamente tão diferentes, na verdade inferiores, da raça “branca” dominante que podiam ser abusados ​​e, em muitos casos, massacrados sem sentir nenhum remorso.

A ideia de que grupos de seres humanos eram biologicamente distintos uns dos outros ganhou força com uma compreensão simplista do darwinismo.

Se a humanidade descendia de animais mais primitivos, certamente, argumentava-se, alguns seres humanos estavam mais adiantados na cadeia evolutiva do que outros.

Este argumento nunca precisou de qualquer apoio factual porque alimentava a crença daqueles que o sustentavam, de que eles eram o topo da árvore evolutiva.

Não demorou muito para que os nazistas agarrassem essa ideia e proclamassem a existência de uma ‘raça’ ariana, juntamente com a determinação de livrar o mundo da ‘raça’ judaica.

  1. O fruto do Jardim de Darwin: O racismo aborígene.

O fruto do racismo construiu a ideia de que os aborígenes da Australia fossem uma raça inferior, produziu os horrores modernos de milhares deles serem caçados por evolucionistas como animais[11].

Um livro incomum foi publicado em 1974[12] com alguns comentários introdutórios/editoriais, consiste quase inteiramente em trechos substanciais de documentos.

São transcrições parlamentares, registros judiciais, cartas a editores, relatórios antropológicos e assim por diante. Mostrando os maus tratos dos colonos para com os aborígenes.

E relatando nitidamente uma mudança para pior depois de 1859, com um aumento acentuado de insensibilidade, maus-tratos e brutalidade para com os aborígenes sendo evidente nas atitudes oficiais.

O livro cita como as ideias de Darwin aumentou o preconceito e racismo:

“Em 1859, o livro de Charles Darwin, A Origem das Espécies, popularizou a noção de evolução biológica (e, portanto, social).

Os estudiosos começaram a discutir a civilização como um processo unilinear com raças capazes de ascender ou descer uma escala graduada.

O europeu era… o ‘mais apto para sobreviver’… [O aborígine] estava condenado a morrer de acordo com uma ‘lei natural’, como o dodô e o dinossauro.

Esta teoria, apoiada pelos fatos em questão  (ou seja, que o povo aborígine estava morrendo de maus-tratos e doenças) continuou a ser citada até o século XX, quando se notou que a raça de pele escura estava se multiplicando.

Até aquele momento, poderia ser usado para justificar negligência e assassinato.

Consagrando a política da ‘Austrália Branca’ e efetivamente negando o voto aos aborígines, poucas vozes se levantaram em protesto.

Progressistas e conservadores viam a preservação da raça branca mais evoluída como central para a identidade nacional.

  1. a) O horror do comercio racista.

Eles foram considerados o “elo perdido”, uma espécie mais próxima dos macacos, então eram caçados e mortos deliberadamente para fornecer ‘espécimes (amostras)’ para pesquisas evolutivas.

Um terrível comércio de espécimes(amostras) do “elo perdido” começou com as primeiras ideias evolucionárias/racistas. Mas esse comércio realmente “decolou” com o advento do darwinismo.

Há evidências de que talvez 10.000 cadáveres de aborígines da Austrália foram enviados para museus britânicos em uma tentativa frenética de provar a crença generalizada de que eles eram o ‘elo perdido[13]‘.

Agora, um item importante em um dos principais semanários australianos, The Bulletin, revela novos fatos chocantes[14].

Alguns dos pontos abordados no artigo, escrito pelo jornalista australiano David Monaghan, incluem:

Os evolucionistas norte-americanos também estiveram fortemente envolvidos nessa florescente “indústria” de coleta de espécimes de “subumanos”. A Smithsonian Institution em Washington detém os restos mortais de 15.000 indivíduos de várias raças.

Juntamente com curadores de museus de todo o mundo, diz Monaghan, alguns dos principais nomes da ciência britânica estiveram envolvidos nesse comércio de roubo de túmulos em larga escala.

Estes incluíram o renomado anatomista Sir Richard Owen, o antropólogo Sir Arthur Keith e o próprio Charles Darwin.

Darwin [supostamente] escreveu pedindo crânios da Tasmânia quando apenas quatro aborígines da Tasmânia de sangue puro haviam sido deixados vivos, (seu pedido veio com uma ressalva; desde que isso não perturbasse seus sentimentos.)

Os museus não estavam interessados ​​apenas em ossos, mas também em peles frescas. Isso forneceria exibições evolutivas interessantes quando empalhados.

Cérebros aborígines em conserva também eram procurados, para tentar provar que eram inferiores aos dos brancos.

Afinal, foi Darwin quem escreveu que as raças civilizadas inevitavelmente acabariam com as “selvagens” menos evoluídas.

Bons preços estavam sendo oferecidos para tais espécimes. Não há dúvida de evidências escritas de que muitos dos espécimes ‘frescos’ foram obtidos simplesmente saindo e matando o povo aborígine.

A forma como os pedidos de espécimes (amostras), eram anunciados muitas vezes era um convite mal disfarçado para fazer exatamente isso.

Um livro de memórias no leito de morte de Korah Wills, que se tornou prefeito de Bowen, Queensland em 1866[15], descreve graficamente como ele matou e desmembrou um membro de uma tribo local em 1865 para fornecer um espécime científico[16].

Edward Ramsay, curador do Museu Australiano em Sydney por 20 anos a partir de 1874, esteve particularmente envolvido.

Ele publicou um livreto de museu que parecia incluir os aborígines sob a designação de ‘animais australianos’.

Também dava instruções não apenas sobre como roubar sepulturas, mas também sobre como tapar feridas de bala em ‘espécimes’ recém-mortos. Muitos colecionadores autônomos trabalharam sob sua orientação.

Quatro semanas depois de ter solicitado crânios de negros de Bungee (Russell River), um jovem estudante de ciências lhe enviou dois, anunciando que eles, os últimos de sua tribo, haviam acabado de ser baleados. 6

Na década de 1880, Ramsay reclamou que as leis recentemente aprovadas em Queensland para impedir o abate de aborígenes estavam afetando seu abastecimento.

  1. b) A desumanidade do racismo.

Uma evolucionista alemã, Amalie Dietrich (apelidada de ‘Anjo da Peste Negra’) veio à Austrália pedindo aos proprietários de estações[17] (fazendas) que aborígines fossem mortos para obter espécimes, particularmente pele para enchimento e montagem para seus empregadores de museus[18].

Embora despejada de pelo menos uma propriedade, ela logo voltou para casa com seus espécimes.

Um missionário de Nova Gales do Sul foi uma testemunha horrorizada do massacre pela polícia montada de um grupo de dezenas de homens, mulheres e crianças aborígines[19].

Quarenta e cinco cabeças foram fervidas e os 10 melhores crânios foram despachados para o exterior.

As visões darwinistas sobre a inferioridade racial dos aborígines, apoiadas por distorções tendenciosas das evidências que se mostraram falsas, influenciaram drasticamente o combate a esses crimes[20].

Em 1908, um inspetor do Departamento de Aborígines da região de West Kimberley escreveu que estava feliz por ter recebido uma ordem para transportar todos os mestiços de sua tribo para a missão.

Ele disse que era ‘dever do Estado’ dar a essas crianças que, pelo raciocínio evolutivo, seriam intelectualmente superiores uma ‘chance de levar uma vida melhor do que a de suas mães’.

Ele escreveu: ‘Eu não hesitaria por um momento em separar uma mestiça de uma mãe aborígine, não importa quão frenética seja sua dor momentânea’[21].

Tais políticas de separação continuaram até a década de 1960. A demanda não diminuiu totalmente. Ossos aborígines ainda são procurados por grandes instituições em tempos bastante modernos.

  1. c) O racismo ainda nos últimos tempos

Por mais que se queira pensar que tais atitudes já se foram, resquícios ainda perduram, inclusive na própria comunidade científica. Isso é demonstrado por um extrato revelador de um escritor secular em 2004

“Estima-se que os restos mortais de cerca de 50.000 aborígines estão alojados em instituições médicas e científicas no exterior. Os restos aborígines da Tasmânia, em particular, estão lá por dois motivos.

Primeiro, no momento da coleta, eles eram considerados o elo mais primitivo da cadeia evolutiva e, portanto, dignos de consideração científica.

Em segundo lugar, cada crânio rendeu entre cinco e dez xelins. … em termos antropológicos, enquanto os restos mortais se mantêm como peça museológica, mantém-se a noção de que são uma curiosidade científica.

Simplificando, se agora é aceito que os aborígines da Tasmânia não são o elo evolutivo mais fraco, que são simplesmente outro grupo de pessoas com direitos inerentes à dignidade e respeito, não há mais razão para manter seus restos mortais para estudo.

As instituições devem reconhecer isso devolvendo os restos mortais. Há duas razões pelas quais isso não é tão simples quanto parece.

Primeiro, a Lei do Museu Britânico de 1962 não permitia que as instituições do governo britânico desacessassem o material armazenado.

Segundo vários cientistas não aceitaram que os aborígines da Tasmânia não estão no fundo da escala do darwinismo social e, até que o façam, os pés estão sendo arrastados[22].

A questão desses restos roubados está se tornando politicamente delicada. Agora há muita pressão dos líderes aborígines e outros para que os restos mortais sejam devolvidos.

A raiva aborígine por essa profanação de seus ancestrais também seria apropriadamente dirigida aos padrões de pensamento antibíblico da evolução responsáveis ​​por esse ultraje.

Esse fenômeno, de funcionários de museus educados, cientistas respeitados e prefeitos, por exemplo, levando casualmente suas vidas diárias respeitáveis, enquanto se envolviam em atos monstruosos justificados por uma doutrina científica, não tinha paralelo na história até aquele momento.

Um horror semelhante reapareceu na década de 1930, quando as doutrinas flagrantemente evolutivas do nazismo permitiram que as consciências de centenas de médicos, cientistas, psiquiatras e outros funcionários fossem cauterizadas enquanto montavam o maquinário para ajudar a natureza a eliminar os inaptos.

Primeiro, os geneticamente “inferiores” – os deficientes físicos e mentais. Em seguida foram ciganos, judeus e outros. O resto da história é bem conhecido.

Hoje, o pensamento evolutivo permite que profissionais comuns e respeitáveis, de outra forma dedicados a salvar vidas, justifiquem seu envolvimento na matança de milhões de seres humanos ainda não nascidos (aborto), que, como os aborígines do pensamento darwiniano anterior, também são considerados “ainda não totalmente humanos.

CONCLUSÃO:

Alguém poderia perguntar por que culpar a teoria da evolução, e a violência contra os aborígenes foi praticada quando as pessoas no século XIX eram mais religiosas do que hoje?

Primeiro houve sim muitas vozes de cristãos e não cristãos que se opunham a toda essa violência. Mas eles não eram ouvidos, devido as justificativas cientificas usadas na época.

Outra verdade era que parte da igreja oficial estava comprometida com a teoria da evolução e isso comprometia a visão dela.

A Austrália foi colônia da Inglaterra de 1788 a 1986. As pregações de Wesley e os pregadores metodistas influenciaram muito a movimento de libertação dos aborígenes australianos, como foi com as 13 colônias. O arminianismo foi uma voz poderosa contra os maus tratos do povo aborígene.

Mas foi o mover do Espírito no início do século 19, trouxe para Austrália um despertamento espiritual muito grande. O derramamento do Espírito Santo sobre os negros na rua Azuza, também aconteceu sobre os aborígenes na Australia.

A primeira igreja pentecostal na Austrália foi uma congregação aborígine (negros) reunida em Queensland em 1904, uma ramificação do Reavivamento galês.

Os cultos eram frequentados por nativos e brancos, sem que isso fosse um problema social. O Movimento pentecostal é o maior equalizador racial em todo o planeta.

Ele influenciou o mundo inteiro a vencer o racismo. Os outros trabalhos, legais, políticos e sociais, só deram prosseguimento ao que o Espírito iniciou na pratica.

O mover do Espírito levantou liderança entre os próprios aborígenes e consagrando pastores e obreiros nativos. Isso fez com que o pentecostalismo crescesse entre eles isso desde 1904.

Enquanto algumas igrejas tradicionais tiveram seus primeiros lideres negos depois da década de 90.

A crença simples dos pentecostais liam de forma literal a historia da criação, como o apóstolo Paulo cria; apoiado pelos fatos da história humana revelados em Gênesis, foi que Deus “fez todos os homens de um só sangue” (Atos 17:26). Isso agora é reforçado pela biologia moderna também.

O apostolo Paulo desfaz todo o pecado de racismo em Romanos 12.

“Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu.

Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função,

assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros.

Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé.

Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine;

se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria.

O amor deve ser sincero. Odeiem o que é mau; apeguem-se ao que é bom.

Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios.

Nunca lhes falte o zelo, sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor.

Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração.

Compartilhem o que vocês têm com os santos em suas necessidades. Pratiquem a hospitalidade.

Abençoem aqueles que os perseguem; abençoem, e não os amaldiçoem.

Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram.

Tenham uma mesma atitude uns para com os outros. Não sejam orgulhosos, mas estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior. Não sejam sábios aos seus próprios olhos.

Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos.

Façam todo o possível para viver em paz com todos.

Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: “Minha é a vingança; eu retribuirei”, diz o Senhor.

Pelo contrário: “Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele”.

Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.

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[1] Rob Wipond, “O mundo é redondo (e outras mitologias da ciência moderna)”, The Humanist (março/abril de 1998), p. 9. 2 Ibidem

[2] Rob Wipond, op. cit., pág. 10.

[3] Martin Brookes, “Ripe Old Age”. New Scientist (vol. 161, 30 de janeiro de 1999), p. 41.

[4] https://creation.com/darwin-slavery-and-abolition

[5] Darwin, C., Autobiografia de Charles Darwin com omissões originais restauradas, Collins, Londres, 1958, p. 51

[6] Darwin, C., The Descent of Man , 2ª ed., John Murray, Londres, p. 156, 1887. Citado por: https://creation.com/darwin-racism-link acesso em 18/01/2023.

[7] Em Descent , que Desmond e Moore apelidam de “o ponto final da jornada de Darwin”, Darwin não diz quase nada sobre a escravidão, exceto:

“O grande pecado da escravidão foi quase universal, e os escravos muitas vezes foram tratados de maneira infame. Como os bárbaros não levam em consideração a opinião de suas mulheres, as esposas são comumente tratadas como escravas.”

Então, na 2ª edição de Descent (1874), que Darwin descreveu em sua Autobiografia como “uma edição amplamente corrigida”, 25 ele suavizou essa afirmação – a escravidão já foi ‘benéfica’! Ele escreveu:

“A escravidão, embora de certa forma benéfica durante os tempos antigos, é um grande crime; no entanto, não era considerado assim até bem recentemente, mesmo pelas nações mais civilizadas.

E este era especialmente o caso, porque os escravos pertenciam em geral a uma raça diferente da de seus senhores. Como os bárbaros não levam em consideração a opinião de suas mulheres, as esposas são comumente tratadas como escravas.

[8] Darwin, C., Origin of Species , 1ª edição, 1859, pp. 219–224 & 243–244, Darwin Online.

[9] Resumo da biografia de  Granville Sharp disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Granville_Sharp, acesso em 18/01/2023

[10] Raça ariana (a palavra ário vem do sânscrito arya, “nobre”); é um conceito de raça que teve origem no auge do século XIX numa noção inspirada pela descoberta da família de línguas indo-europeias.

Ganhou ênfase durante a Alemanha Nazista e tinha enfoque em traços faciais definidos, um queixo forte, e linhas faciais proeminentes e visíveis, a origem étnica caucasiana[1], cabelo claro, sobretudo loiro[2]e espectro de olhos azuis a verdes, onde as características eram idealisticamente representadas sobretudo pelos povos nórdico.

[11] Texto adaptado do artigo escrito por Carl Wieland, Disponível em: https://creation.com/evolutionary-racism; acesso em 18/01/2022

[12] Aborigines in White Australia: A Documentary History of the Attitudes Affecting Official Policy and the Australian Aborigine 1697–1973 .

[13] Darwin’s Bodysnatchers’, Creation 12 (3):21, junho-agosto de 1990

[14] Monaghan, D., ‘The body-snatchers’, The Bulletin, 12 de novembro de 1991, pp. 30–38. (O artigo afirma que o jornalista Monaghan passou 18 meses pesquisando esse assunto em Londres, culminando em um documentário de televisão chamado Darwin’s Body-Snatchers, que foi ao ar na Grã-Bretanha em 8 de outubro de 1990.)

[15] De acordo com os registros do Conselho de Bowen Shire.

[16] O mesmo que ref. 12. No artigo do The Bulletin, Monaghan cita dois longos parágrafos do manuscrito de cinco páginas de Korah Wills

[17] Station’ (por exemplo, estação de gado, estação de ovelhas) é a designação australiana para o que seria chamado de ‘rancho’ nos Estados Unidos. Muitos aborígines trabalhavam nas estações, muitas vezes como pastores (o equivalente a ‘cowboys’ ou ‘vaqueiros)

[18] Monaghan, pág. 33. Monaghan está citando aqui o Dr. Rae Sumner, professor da Escola de Língua e Alfabetização do Instituto de Tecnologia de Queensland.

[19] Monaghan, pág. 34. Monaghan identifica o missionário como Lancelot Threlkeld

[20] Um escritor de cartas a um jornal em 1880, indignado com o tratamento de seu semelhante, declarou:

‘Isto, em linguagem simples, é como lidamos com os aborígines: Ao ocupar um novo território, os habitantes aborígines são tratados exatamente da mesma maneira que as feras ou pássaros que os colonos podem encontrar lá. Suas vidas e suas propriedades, as redes, canoas e armas que representam tanto trabalho para eles quanto o estoque e os edifícios do colono branco, são mantidos pelos europeus como estando à sua disposição absoluta. Seus bens são levados, seus filhos roubados à força, suas mulheres levadas embora, inteiramente ao capricho dos homens brancos. A menor demonstração de resistência é respondida por uma bala de rifle … [aqueles] que gostaram da diversão assassinaram, estupraram e roubaram os negros sem deixar ou impedir. Eles não apenas não foram controlados, mas o governo da colônia sempre esteve à disposição para salvá-los das consequências de seus crimes.’

[21] Monaghan, pág. 38.

[22]Onsman, A., funeral de Truganini, Island , No. 96, 2004. Truganini foi a última sobrevivente da Tasmânia de sangue puro