Série de sermões expositivos sobre O Céu. Sermão Nº 139  –  O sexto dia da criação: a criação do homem (Parte 116).  Gn 1:27: a Bíblia versus o Secularismo (Parte 66). Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 09/10/2024.

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INTRODUÇÃO

Alguém já disse que o novo e o velho estão sempre se colidindo. Que eles não deixaram se existir, um sem o outro. Se tem o novo, é porque o outro ficou velho. Mas os dois tem valores iguais, pois o novo, também vai ficar velho.

Em algum momento de 1638, John Milton visitou o grande astrônomo pai do heliocentrismo, o católico Galileu Galilei em Florença na Itália.

O grande astrônomo era velho e cego e estava em prisão domiciliar, confinado por ordem da Inquisição, que o forçou a renegar sua crença de que a Terra gira em torno do Sol, conforme formulado em seu “Diálogo sobre os Dois Principais Sistemas Mundiais”.

Milton tinha trinta anos, mas ele também tinha sua própria cegueira, sua própria prisão e seu próprio épico cosmológico, “Paraíso Perdido”, estavam todos potencialmente diante dele.

Mas o encontro deixou uma marca profunda em Milton. Ele se infiltrou em “Paraíso Perdido”, mostrando a rebelião de Satanás, e seu desejo pelo poder absoluto, representado pelos reis da idade média.

O grande tema de Milton foi a livre arbítrio do homem, que usou mal sua liberdade de escolha e trouxe totó tipo de mal ao mundo. Em sua obra o Areopagitica[1], Milton defende a liberdade de expressão, coisa que foi proibida em seu tempo.

Milton relembra sua visita a Galileu e avisa que a Inglaterra cederá às forças inquisitoriais se ela se curvar à censura, “uma escravidão imerecida ao aprender”.

Além do puro prazer de imaginar o encontro — é como aqueles heróis de histórias em quadrinhos em que o Superman encontra o Batman — há algo estranho em imaginar essas duas figuras habitando a mesma era.

Um afirmando a cosmologia em que a terra gira em torno do Sol. O sol é o centro do sistema. Outro mostrando em sus cosmologia, que o universo, a existência gira em torno do trono de Deus, que governa todas as coisas.

Embora Milton fosse o homem muito mais jovem, de certa forma seu sistema mundial parece curiosamente mais antigo do que o universo empírico do astrônomo.

Milton retratou a Terra original criado por Deus para a habitação do homem e da mulher.

Ele contemplou o céu a habitação de Deus em Seu Trono. Descreveu com muita perfeição a batalha no céu do Arcanjo Miguel e seus anjos contra Satanás e seus demônios.

A sensação do novo e do velho colidindo faz parte da aura complexa de Milton.

O retrato mais conhecido de seus anos maduros faz Milton parecer o irmão do homem na caixa de aveia Quaker, mas ele é muito mais nosso contemporâneo do que Shakespeare, que morreu quando Milton tinha sete anos.

Ninguém jamais se perguntaria se Milton era realmente o autor de sua própria obra. A maior obra já escrita na língua inglesa e forjou toda a cultura de fala inglês.

Embora “Paraíso Perdido” seja descrição poética do relato da queda do livro de Gênesis ele contém passagens tão pessoais que você nem percebe que o autor é um velho cego e vive dias tão ruins e sem esperança.

Mesmo que o paraíso perdido do governo puritano, tenha sido perdido, e que as trevas parecem turvar toda esperança, e que seus inimigos festejem a vitória, ele ainda sonha e profetiza.

Milton cunhou a palavra “PANDEMÔNIO[2]” — “todos os demônios” — para o palácio que Satanás e seus demônios caídos constroem no Inferno, ele também cunhou a palavra “AUTOESTIMA”, um conceito tão contemporâneo quanto possível e que governou grande parte da vida de Milton.

A autoestima de Milton, fez ele escrever outro poema “O paraíso recuperado”. Jesus veio para tomar o poder das mãos de Satanás.

Para remir o homem. E construir o verdadeiro Paraiso. O Novo Céu e a Nova terra recriada, onde habita a justiça e a paz.

Vamos continuar a aprender sobre a vida desse grande servo de Deus.

  1. O herói da fé literária.

A Reforma Inglesa encontra em Milton sua personificação e expressão poética. Milton era um puritano dos puritanos.

Alguém disse que o puritanismo, foi a tentativa ser apenas, o protestantismo em sua forma intensa, então podemos expressar melhor o significado da obra de Milton; dizendo que assim; como Dante foi o poeta da Igreja Católica Romana, John Milton foi o poeta da Reforma Protestante nos países de língua inglesa.

Como jovem estudante, seu elevado e apurado estilo pode ser considerado apenas a realização do maior poeta renascentista (1552) Edmund Spenser[3], a quem ele vai superar em grande magnificência nas suas obras: O “Paraíso Perdido” e “Paraíso Recuperado”.

Ele faz isso com grande sabedoria trocando o “mundo ideal” (das ideias)[4] pelo “mundo real” (romantismo[5]), sendo treinado passando pela disciplina da tristeza, envolvendo-se com a realidade vivida pelas pessoas, e se deixando ser absorvido por anos em uma grande causa.

Ele viveu como o Apostolo Paulo:

“E eu de muito bom grado gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado” é uma passagem da Bíblia, em (2 Coríntios 12:15).

A sublimidade Miltoniana, como a sublimidade Dantesca, foi desenvolvida por meio de experiências de esperança exaltada e medo agonizante. Não apenas o espírito do profeta, mas também o espírito do mártir, deve entrar nisso.

Como poeta ele entrou em contato com os maiores soldados e estadistas de seu tempo — heróis da fé, mas também homens de ação, nascidos para comandar, mas prontos para morrer pela verdade.

Diferente de Goete, que distorce o conflito entre Deus e Mefisto, no seu poema “O Fausto”, e comanda o destino dos dois, por meio da sua arrogância poética.

Milton nunca pode pintar o conflito entre Deus e Satanás no mundo invisível, até que tenha tomado parte no conflito real entre Deus e Satanás no mundo do visível e presente.

E esse mergulho no meio da batalha, essa participação real nos assuntos mais importantes, foi o destino de Milton durante os vinte anos de 1640 a 1660.

Ele foi um herói literário que lutou a maior das guerras do seu tempo, a batalha das mentes, ele libertou as mentes cativas.

Esses anos viram a ascensão e o sucesso da grande Revolução puritana[6], o julgamento e a execução do Rei Carlos I (dinastia Stuart[7]), o esplêndido reinado do grande Protetor[8], Oliver Cromwell, a reunião dos Monarquistas após a morte de Cromwell e a crueldade e a vergonha da Restauração da monarquia inglesa.

  1. A guerra muda o estilo.

E sempre comum observar a possibilidade de mudanças de estilos e ênfases em todos os escritores, como acontece na hipótese de mais de um Isaias do antigo testamento.

Quando você ler um autor, suas obras da juventude, e as que foram escritas na maturidade, não parece ser a obra de um mesmo autor. Ao ponto de perguntarmos como pode alguém mudar tanto assim seu estilo.

O próprio ministério de Isaias, durante 40 anos sob os quatro reis de Judá, seu estilo mudou também, e não há necessidade de acreditar em dois Isaias.

Certa vez alguém perguntou a um dos grandes escritores americanos, George William Curtis[9]: como foi que você mudou tanto assim seu estilo em seus escritos?

Ao que curtis respondeu: ” Sabe o que foi que mudou meu estilo? Foi a Guerra Civil. Isso me fez ver que eu não tinha o direito de passar minha vida em lazer literário.

Eu senti que eu deveria me jogar na luta pela liberdade e pela União. Comecei a dar palestras e a escrever, com um propósito. O estilo cuidou de si mesmo.

Ele se tornou mais solido e pertinente, do que era a 30 anos atras. Isso acontece também conosco, mudamos em nossa piedade e teologia. Progredimos e nossa teologia e piedade são testados pelas guerras que enfrentamos.

Assim foi com John Milton. Seu país pedia seu serviço. Ele se tornou o chefe literário do partido parlamentar, assim como Cromwell se tornou seu chefe político.

Seus serviços como Secretário do Conselho e os nobres documentos de Estado que ele escreveu eram apenas a sequência natural daqueles tremendos panfletos que ele havia lançado anteriormente contra os inimigos da Reforma na Inglaterra.

Não há nada em toda sua vida, que não tenha sido tocada por essa consciência de luta, de vida e morte pela liberdade e a verdade. A guerra muda as pessoas para sempre.

  1. A piedade puritana.

Por nascimento e educação, Milton era puritano. Seu pai havia sido deserdado por seu pai católico romano por se tornar protestante e por ter em sua posse uma Bíblia em inglês.

A casa de seu pai era um lar de grande piedade puritana, de leitura religiosa e de exercícios devotos. Sua mãe, uma mulher dada à caridade e à oração, o havia destinado para a igreja.

Aos dez anos, ele foi colocado sob os cuidados de um professor puritano que cortou seu cabelo curto e o transformou em um doce e pequeno Roundhead[10] (cabeça redonda).

Mas seu pai tinha sido aluno da Christ’s  church em Oxford, e era um amante e compositor de música. Seu investiu no treinamento do jovem Milton em tudo quanto pode.

Ele se tornou um excelente espadachim, bem como um excelente tocador de órgão, e apreciava a boa música puritana.

Ele era de altura média e tinha uma grande beleza pessoal, gentileza no trato com os outros e cheio de entusiasmo e coragem.

Na sua época a igreja anglicana, havia se corrompido com seus bispos, e viviam na prática aberta do pecado. Eles estavam tentando trazer de volta os ritos e cerimonias papais para igreja.

E Milton não podia aceitar esse mundanismo, e nem compactuar com este estilo de vida pecaminoso. Então ele denunciou o pecado na vida da igreja, como fizeram os profetas do antigo testamento.

Ele decidiu se dedicar à literatura, não em um espírito secular, mas religioso. Ele usou os seus dons literários para a Gloria de Deus.

Ele escreve sobre seu dom literário:

Essas habilidades são um dom inspirado de Deus, raramente concedido, mas ainda assim concedido a alguns em todas as nações, e são um poder, além do ofício de um púlpito, para incutir e cultivar em um grande povo as sementes da virtude e da civilidade pública, para acalmar as perturbações da mente e para colocar as afeições na sintonia certa para celebrar em hinos gloriosos e elevados o trono e a equipagem do Todo-Poderoso de Deus.

Estas palavras foram escritas enquanto ele meditava sobre o plano escrever o “Paraíso Perdido”. Mas vinte anos se passaram antes que ele pudesse assumir esse trabalho efetivamente.

  1. Comprometido em uma grande causa.

Enquanto ele estava na Itália, o conflito eclodiu entre o Parlamento puritano e o Rei Charles (Carlos I). Milton escreve:

“Quando eu estava desejoso de cruzar para a Sicília e Grécia”, “as tristes notícias da guerra civil vindas da Inglaterra me chamaram de volta;

…pois eu considerava vergonhoso que, enquanto meus compatriotas estavam lutando em casa pela liberdade, eu deveria estar viajando para o exterior à vontade para propósitos intelectuais”.

Retornando à Inglaterra, ele encontrou a batalha travada. Carlos I, depois de tentar em vão governar sem um Parlamento, convocou hipocritamente um novo Parlamento e que também vai dissolvê-lo pois se opõe ao seu absolutismo.

Então um profundo fervor religioso moveu a nação ao afirmando o direito à liberdade na Igreja e no Estado.

Contra a política absolutista, que significava nada mais nada menos do que os Panfletos de Milton quebrando todos os controles constitucionais sobre o absolutismo real e a tirania.

O partido do Parlamento afirmou a doutrina da “Raiz e Ramo”, e isso significou a abolição do Episcopado e a retirada do rei de todo o controle sobre a receita e o exército.

Milton participou da luta, mas não como soldado. Ele diz:

Não recusei os perigos da guerra por nenhuma outra razão, a não ser para que eu pudesse, de outra forma, com muito mais eficácia e com não menos perigo para mim mesmo,

… prestar assistência aos meus compatriotas e descobrir uma mente que não recuasse diante da fortuna adversa, nem fosse movida por qualquer medo impróprio de calúnia ou morte.

Desde a minha infância, eu tinha me dedicado aos estudos mais avançados e sempre fui mais poderoso em meu intelecto do que em meu corpo, evitando os trabalhos pesados, nos quais qualquer soldado robusto poderia ter me superado.

Eu me dirigi àquelas armas que eu poderia empunhar com mais eficácia; e eu concebi que estava agindo sabiamente quando assim trouxe minhas melhores e mais valiosas faculdades, aquelas que constituíam minha principal força e consequência, para a assistência de meu país e sua causa honrosa.

Em 1641, ele publicou o primeiro de seus panfletos. Era intitulado “Da Reforma na Inglaterra e das Causas que Até Agora a Impediram”.

Se alguém estiver inclinado a pensar que é uma pena que alguém com tais capacidades para poesia se obrigue à prosa, precisa apenas ler este panfleto para se convencer de que a prosa de Milton, se não fosse ela própria poesia, era uma das melhores preparações para poesia.

Nesta prosa, a eloquência atinge uma tensão muito elevada. Nenhum ensaísta, orador ou pregador inglês pode se dar ao luxo de não estar familiarizado com a escrita em prosa de Milton.

Há um rolo nela, como o das ondas do oceano impulsionadas por um vento poderoso. Ela mostra o poder da linguagem para expressar as emoções mais exaltadas.

Energia moral, ódio à injustiça, devoção invencível à verdade, determinação irresistível para acabar com a opressão, elevação de toda a alma a Deus — tudo isso, além das Escrituras, nunca foi colocado em formas de expressão mais comoventes do que por John Milton.

A oração que conclui o panfleto sobre a Reforma tem uma majestade e uma ética santa, combinados com um fervor prolongado e um esplendor crescente de frase, que seriam adequados a um dos anjos do Apocalipse.

Milton era um profeta, com grande capacidade poética, assim como foi Davi. É difícil para ele, de fato, manter o poeta e profeta sob controle.

Há um fogo latente que está sempre pronto para irromper; e quando ele se apaga, temos uma grandeza de expressão que nunca foi superada por nenhum escritor não inspirado.

CONCLUSÃO:

A capacidade literária de John Milton, vinha de seu amor por Deus. ele foi abençoado por um lugar entre os maiores da literatura.

Quando dedicamos ou consagramos nossa mente a Cristo, para tudo nos conduza ao fim de todas as coisas.

Quando guardamos a nossa mente de qualquer ideia banal, mundana ou antiDeus, seremos recompensados por Deus por uma sensatez e sabedoria que o mundo nunca vai experimentar.

Daniel e seus amigos crentes, depois de encarar um curso na faculdade da Babilônia, o maior império da época.  Eles resolveram não se contaminar com os prazeres, as filosofias e crenças da babilônia.

E quando completaram acabaram o curso integral de 3 anos, com tudo pago pelo próprio rei.

Três anos mais tarde, na formatura eles fizeram um teste. (Daniel 1.18- 21)

18 Ao final do tempo estabelecido pelo rei para que os jovens fossem trazidos à sua presença, o chefe dos oficiais os apresentou a Nabucodonosor.

19 O rei conversou com eles, e não encontrou ninguém comparável a Daniel, Hananias, Misael e Azarias; de modo que eles passaram a servir o rei.

20 O rei lhes fez perguntas sobre todos os assuntos nos quais se exigia sabedoria e conhecimento, e descobriu que eram dez vezes mais sábios do que todos os magos e encantadores de todo o seu reino.

21 E Daniel permaneceu ali até o primeiro ano do rei Ciro.

[1] Areopagitica; Um discurso do Sr. John Milton pela liberdade de impressão não licenciada, para o Parlamento da Inglaterra, é uma polêmica em prosa de 1644 do poeta, estudioso e autor polêmico inglês John Milton opondo-se ao licenciamento e à censura.

[2] Confusão, desordem, grande bagunça, perdição.

[3] Edmund Spenser nasceu em 1552 na cidade de Londres e consagrou-se por suas poesias renascentistas que introduziram o bucólico às artes inglesas. Filho do consertador de relógios John Spencer, morou boa parte de sua vida em Smithfield onde em 1561 ingressou na escola dos Merchant Taylors e foi um dos alunos do escritor humanista Richard Mulcaste, com quem aprendeu latim, grego, hebreu e também o gosto pela escrita em versos.

[4] O idealismo é uma corrente filosófica que defende que a realidade é mentalmente construída ou imaterial, e que a existência das coisas depende das ideias presentes no espírito humano. Os idealistas acreditam que a realidade é conhecida por meio dessas ideias, e que a consciência é a origem dos fenômenos materiais.

[5] Romantismo foi uma arte complexa e diversificada que representou a ascensão dos valores da burguesia. Ele se opôs ao avanço da modernidade e à racionalização e mecanização. O Romantismo valorizou a liberdade e o amor como bases de vida, e enalteceu valores burgueses protestantes como fé e coragem. Valorização da subjetividade, sentimentalismo, individualismo, liberdade de pensamento, e nacionalismo.

[6] A Revolução Puritana, ocorrida na Inglaterra entre 1641 e 1649, originou pela primeira vez a constituição de uma República (1649-1658) em solo inglês. Tendo como líder mais destacado Oliver Cromwell, a Revolução Puritana inseriu-se como um dos principais momentos da Revolução Inglesa, que teve ainda a Revolução Gloriosa como desfecho. A principal consequência dessas revoluções foi a consolidação do regime político monárquico parlamentar, colocando fim ao absolutismo na Inglaterra.

[7] Os Tudors foram de origem inglesa, enquanto os Stuarts eram escoceses. A dinastia Tudor, que governou de 1485 a 1603, foi fundada por Henrique VII e incluiu monarcas como Henrique VIII e Isabel I. Já a dinastia Stuart, que governou de 1603 a 1714, começou com o rei Jaime I e incluiu monarcas como Carlos I e Carlos II.

[8] Oliver Cromwell. O Moisés Puritano. morreu em 1658 após um ataque de “malária” seguido por uma crise de infecção renal. Mas seus inimigos não consideraram tal morte boa o suficiente para o homem que liderou a Inglaterra durante seu período de domínio puritano. Dois anos após a morte de Cromwell, o Parlamento restaurou Carlos II ao trono, e os monarquistas exumaram o corpo de Cromwell da Abadia de Westminster, enforcaram-no, cortaram sua cabeça e a colocaram em um poste no Westminster Hall.

Richard Baxter refletiu mais tarde: “Nunca um homem foi tão exaltado, e nunca um homem foi tão vilmente relatado e vilipendiado quanto ele.” Os guerreiros de Cromwell o adoravam, e gigantes puritanos como John Owen e John Milton o apoiavam. No entanto, a história o insulta amplamente. Líderes estrangeiros o temiam e admiravam. Mas o público inglês detestava muitas das reformas que ele endossou. Ele depôs um rei e se envolveu com ideias republicanas muito à frente de seu tempo. Ainda assim, ele governou com punho de ferro e ganhou infâmia por massacrar implacavelmente os rebeldes irlandeses. O grande líder puritano incorpora as contradições desses anos notáveis. Durante a Guerra Civil, o Parlamento convocou 121 clérigos puritanos para reformar a Igreja da Inglaterra. A resultante Confissão de Fé de Westminster conformou o ensino da igreja à teologia calvinista dominante entre os puritanos ingleses e os presbiterianos escoceses. https://christianhistoryinstitute.org/magazine/article/puritan-moses

[9] À primeira vista, pode parecer dificilmente possível que a graça melíflua de “The Potiphar Papers” e as “Nile Notes of a Howadji”, escritas na juventude do Sr. Curtis, pudessem ter tido como autor a mesma pessoa que, nos últimos anos, escreveu os artigos calmos e estadistas no “Harper’s Weekly”; se em trinta anos o estilo do Sr.

[10] Puritano. Coloquial – cabeça-redonda, nome dado na Inglaterra aos partidários de oliver Cromwell durante a guerra civil de 1642-1649. Os Cabeças Redondas eram a oposição parlamentar ao governo de Carlos I na Inglaterra. Também conhecidos como Parlamentares, eles confrontaram Carlos I e seus partidários, conhecidos como Cavaliers, durante a Guerra Civil Inglesa