Série de sermões expositivos sobre o livro de Ester. Sermão Nº 09 – A ironia divina. Ester 9:1-10:3. Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 18/11/2020.
INTRODUÇÃO
Adoramos histórias. Histórias compõem a nossa vida. Acredito que tudo é feito de histórias. Quando o mundo estava vazio – quando nada existia, Deus estava lá. E mesmo assim as histórias já existiam.
Você e eu já éramos histórias; mesmo antes de existir. E Deus nos escolheu – éramos histórias flutuando no vazio do tempo e do espaço – e então; ele nos deu vida.
Ele nos fez reais. Ele nos fez seres vivos. Ele nos fez humanos – à Sua semelhança do seu ser.
Cada evento, tudo é uma história em si. E eu e você éramos histórias antes de Deus nos colocar aqui na Terra para viver a nossa história.
Não se pode imaginar um mundo sem histórias. Seria algo insuportável em todos os sentidos, algo totalmente sem sentido.
Talvez seja por isso que todos nós amamos histórias; seja na mitologia grega; ou talvez nas histórias de fantasia de Tolkien; ou nas alegorias celestiais do C.S.lewis; ou talvez na ficção do cinema; como no universo da Marvel.
Todos nós temos histórias que adoramos ouvir. Mas o final da história é o momento mais esperado; principalmente quando há um “Plot Twist”; (reviravolta na história) no final.
As grandes obras da literatura, são cheias de grandes reviravoltas.
Considere as peças de Shakespeare, por exemplo: seja uma tragédia como Romeu e Julieta, na qual as perspectivas florescentes de amor e felicidade dos personagens são subitamente interrompidas e transformadas em tristeza.
Ou uma comédia como NOITE DE REIS, em que o desastre iminente é evitado e tudo acaba bem no final, quase sempre há uma mudança DRAMÁTICA no curso dos acontecimentos.
Um dos grandes sucessos do cinema, foi a reviravolta no filme: “VINGADORES: ULTIMATO”.
Depois de serem vencidos pelo seu maior inimigo Thanos, que com o poder das Joias; destruiu metade dos habitantes do universo, e os super-heróis não conseguiram impedir a morte de bilhões.
O ULTIMATO é o final definitivo da história, é como tudo acaba, e não pode ser mudada. Nesse ultimo filme da trilogia, eles encontram uma pequena chance de fazer uma REVIRAVOLTA na história.
Eles encontram e matam o Thanos, mas isso não muda nada na história. Então terão que voltar no tempo, para encontrar as seis Joias do infinito, para fazer uma REVIRAVOLTA na história.
Do mesmo modo, o livro de Ester tem o seu ULTIMATO. Uma reviravolta sem precedente no final da história. O final é constituído de uma grande reviravolta de destinos.
Se Ester é uma TRAGÉDIA ou uma COMÉDIA depende da perspectiva de cada um. Para Hamã e seus aliados é uma grande TRAGÉDIA (história com final triste), já que todos os seus esquemas para triunfar sobre os odiados judeus dão em nada.
Para Ester, Mordecai e a comunidade do povo de Deus, contudo, é uma COMÉDIA (história com final feliz); em todos os aspectos, com a transformação do desastre iminente numa situação na qual cada pessoa pode viver feliz para sempre e rir dos antigos temores.
- ULTIMATO: A REVIRAVOLTA.
As primeiras batalhas foram travadas contra o maior inimigo do povo de Deus, Hamã. Mas a sua morte não mudou em nada o destino trágico do povo de Deus.
Agora Ester e Mordecai trava uma batalha jurídica, junto ao imperador Xerxes, para que possam livrar o povo da EXTINÇÃO MUNDIAL.
- Mudando a Sorte.
Hamã usando a JOIA DO PODER, o anel de sinete de Xerxes, com apenas um apertar de dedos, ele sentencia uma raça inteira a morte, e isto é irrevogável.
Mas a real e última batalha ainda está por vir. E haverá uma surpreendente REVIRAVOLTA no final da história, a mesma JOIA DO PODER será usada para mudar a sorte do povo de Deus.
“No dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar, quando chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus contavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, pois os judeus é que se assenhorearam dos que os odiavam” (Et 9.1).
Finalmente, chegou o dia decisivo para a comunidade judaica no império persa no décimo terceiro dia do mês ADAR (siguinfica, glorioso, alto, grande).
Os editos conflitantes de Hamã e de Mordecai, contra e a favor do povo de Deus, entraram em vigor, levantando a questão sobre qual edito sairia vitorioso.
O escritor mostra que mal o dia começou, aqueles que estavam preparados para destruir o povo de Deus, certos da vitória, inexplicavelmente foram vencidos.
Aqueles que tinham esperança de dominar e destruir os judeus foram eles mesmos destruídos. Milagrosamente ocorreu uma reviravolta no destino do povo de Deus.
O fim da história mostra aqueles que estavam impotentes, os judeus, tendo o total controle, dominando seus inimigos no mesmo dia em que seus inimigos haviam alimentado a esperança de dominá-los.
- Ódio obstinado.
A grande questão é porque? Esse era um ódio gratuito?
A primeira característica do povo de Deus, é o ódio gratuito que o mundo tem por ele. Se você não amar o mundo, o mundo vai te odiar porque você ama a Deus. E tudo o que pertence a Deus é santo.
Foi exatamente essa fundamentação que Hamã, usou em seu pedido ao Imperador Xerxes. “há um povo no teu reino, que é diferente de todo os outros povos”.
A DIFERENÇA é algo inaceitável, principalmente quando ela revela nossos defeitos morais. A conduta santa do povo de Deus, denuncia o pecado do mundo.
Outra questão, está na prosperidade do povo de Deus. Os judeus viviam espalhados pelas províncias, pois se dedicavam ao comercio, e eram donos de GRANDES FORTUNAS no império; e inevitavelmente eram alvos da inveja.
O edito para sua destruição e lançar mão dessa fortuna, era algo que muita gente desejava fazer; mesmo sem a legalidade.
Ele nem consideraram o edito que autorizava os Judeus a se defenderem, isso não desestimulou os inimigos.
Eles tinham uma chance e não iam perder por nada, mesmo que custassem a vida deles. Assim como os filhos de Hamã, eles odiavam, e não tinham nada a perder.
A possibilidade de vingança, valia qualquer esforço. Nem mesmo o PAVOR que Deus, fez cair sobre o império, e que levou a maioria a desistir de lutar, não os contiveram, então Deus os entregou aos seus próprios sentimentos.
Eles resistiram ao Espirito Santo, como os inimigos dos primeiros cristãos, e rejeitaram toda oferta de graça, e fiaram em seu ódio.
- ULTIMATO: O VINGADOR.
Há uma frase usada pelos vingadores da Marvel, que está na boca do homem de ferro: “se não podemos proteger a terra, nós podemos vinga-la”.
Na realidade do drama histórico, vivido no livro de Ester, não temos ficção, mas temos muita ação. Há um verdadeiro VINGADOR, que salva os inocentes das garras do mal.
- Protegendo e vingando.
E ele está oculto, todos sabem que ele está lá, sem ele o mal teria destruído esse povo. Deus não só está PROTEGENDO o seu povo, mas também VINGANDO seu povo.
Ele é o VERDADEIRO VINGADOR. O apostolo Paulo diz: “Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: “Minha é a vingança; eu retribuirei”, diz o Senhor” (Rm 12:19).
Ele também diz em 2 Tessalonicenses 1,6,7: “Se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder”.
Temos uma descrição feita em detalhes, mostrando a reviravolta que Deus fez para Salvar e vingar o seu povo (Et 9.2-10).
Porque os judeus, nas suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, se ajuntaram para dar cabo daqueles que lhes procuravam o mal; e ninguém podia resistir-lhes, porque o terror que inspiravam caiu sobre todos aqueles povos.
Todos os príncipes das províncias, e os sátrapas, e os governadores, e os oficiais do rei auxiliavam os judeus, porque tinha caído sobre eles o temor de Mordecai.
Porque Mordecai era grande na casa do rei, e a sua fama crescia por todas as províncias; pois ele se ia tornando mais e mais poderoso.
Feriram, pois, os judeus a todos os seus inimigos, a golpes de espada, com matança e destruição; e fizeram dos seus inimigos o que bem quiseram.
Na cidadela de Susã, os judeus mataram e destruíram a quinhentos homens,.como também a Parsandata, a Dalforn, a As ata a Porata, a Adalia, a Aridata, a Farmasta, a Arisai, a Aridai e a Vaizata, que eram os dez filhos de Hamã, filho de Hamedata, o inimigo dos judeus; porém no despojo nao tocaram (Et 9.2-10).
Quase nove meses se passaram entre os capítulos oito e nove. Deus está virando o jogo a favor do seu povo; em circunstâncias aparentemente impossíveis. Deus e só Deus pode fazer essas coisas.
Ele deu ao seu povo uma arma muito mais poderosa que a espada. Deus lançou sobre os inimigos o “O TEMOR DELES”.
Mostrando que as armas espirituais são mais poderosas do que todo o ARSENAL BÉLICO do mundo. A armadura de Deus (Ef 6) é muita mais poderosa do que a do Homem de Ferro.
A igreja de hoje, em vez de do mundo perverso temer a igreja. É a igreja que tem medo do mundo, imitando-o em todos os aspectos que é difícil fazer uma distinção entre os dois.
Por isso não é de se admirar que o mundo não tenha temor algum do Senhor.
Deus deu uma vitória abrangente, como revelam os abundantes detalhes. Todos os oficiais persas e a burocracia real apoiaram os judeus por TEMOR a Mordecai.
Deus usou a posição dele para assegurar que o edito se Mordecai prevalecesse sobre o de Hamã.
Como resultado, os judeus estavam livres para se defender de seus inimigos, e se precisar; matando-os, assim como os inimigos dos judeus haviam planejado fazer a eles.
Na cidade de Susã, o centro de poder do império, eles mataram quinhentos homens num dia. Isto mostra que eles tinham muitos inimigos em posição de influência e poder.
Entre os mortos estavam os DEZ PRÍNCIPES Amalequitas e filhos de Hamã, cuja importância é destacada ao se listar, um por um, pelo nome.
Os próprios filhos de Hamã, na tentativa de VINGAR SEU PAI, e talvez tomar de volta a fortuna que perderam, viram a legalidade no edito de seu próprio pai; que precisavam para a vingança.
Aproveitando da posição de poder e influência que tinham, como príncipes amalequitas e filhos de Hamã, até então o maior depois do imperador.
Não deve ter sido difícil juntar um exército de 500 homens, já que Josefo, diz que Hamã tinha, além dos 10 filhos legítimos; mais 210 filhos adotivos. O Targum diz, estes eram príncipes da casa de Amalek.
Eles não ficaram satisfeitos em serem poupados, quando não foram enforcados juntos com seu pai, como normalmente seria feito, quando um traidor era condenado.
Mas o mesmo ódio que estava no coração do pai, estava também no coração dos dez filhos. O mesmo ódio que estava no ancestral agagita (1 Sm 15), a quem Saul, poupou, desobedecendo a Deus, e colocando em risco do o povo de Deus.
Deus é um juiz justo. Com a morte dos seus filhos, a perda de posição e o confisco da sua propriedade no capítulo anterior, todas as coisas das quais Hamã se vangloriou em Ester 5 se foram, juntamente com sua própria vida.
- A Dama de Ferro.
Um único dia não foi suficiente para uma vitória dessa magnitude. Quando a informação da extensão da matança na capital chegou a Assuero, ele pareceu mais impressionado do que perturbado pelas notícias:
No mesmo dia, foi comunicado ao rei o número dos mortos na cidadela de Susã. Disse o rei à rainha Ester: Na cidadela de Susã, mataram e destruíram os judeus a quinhentos homens e os dez filhos de Hamã; nas mais províncias do rei, que terão eles feito? Qual é, pois, a tua petição? E se te dará. Ou que é que desejas ainda? E se cumprirá (Et 9.11-12).
Deus conduziu todas as coisas, e o rei ficou tão impressionado; que repetiu, sem que lhe fosse pedido, sua oferta de dar a Ester o que ela pedisse.
Deus transformou; Ester em uma DAMA DE FERRO. Ela não pediu um casaco de peles ou um diamante, mas sim mais tempo para lidar com aqueles que haviam se organizado contra o povo de Deus.
Ela era uma rainha inteligente; mansa e implacável na guerra. Ela sabia que os inimigos iriam continuar tentando destruir o povo de Deus, ela precisa agir dentro da justiça e da legalidade, então ela pede mais um dia.
Os inimigos, podem ter pensados, vamos esperar até amanhã, pois a lei deles só vale para o dia 13. Amanhã não poderão se defender e nem terão apoio das autoridades.
Ester está se esforçando para conter de vez esse ódio descomedido contra o povo de Deus. Como uma general; ela tem uma estratégia brilhante; ela pede que os cadáveres dos 10 príncipes filhos de Hamã sejam pendurados na forca.
Ao exibir os 10 PRÍNCIPES, ela mostra que eles foram amaldiçoados por Deus, “pois maldito é todo aquele que é pendurado no madeiro” (Js 8.29, 10.25).
E com isso ela impõe medo e terror, sobre os inimigos, para que vejam o fim que terão, se não desistirem de continuar essa guerra tola e sem sentido, contra os judeus.
E no outro dia os judeus mataram mais 300 pessoas, novamente o Targum acrescenta, que era da família de Amalek. Mostrando que o pedido de Ester não era infundado (John Gill).
- Vingando o Nazismo.
Por uma IRONIA DIVINA; assim também aconteceu com os 10 principais oficiais de Hitler que foram condenados à morte por enforcamento após seu julgamento em Nuremberg em 1946.
Um dos oficiais Hitler, era Julius Streicher, erudito, escritor e editor do JORNAL NAZISTA, que foi o veiculo que convenceu os alemães a odiar os judeus.
Por 25 anos ele escreveu e pregou o ódio aos judeus, Streicher era conhecido como o inimigo Número Um dos judeus.
Em seus discursos e artigos, semana após semana, ele infectou a mente alemã com o vírus do anti-semitismo e incitou o povo alemão à perseguição e ao assassinato e extermínio dos judeus.
Ele escreveu um livro infantil em 1938. O título alemão significa “O COGUMELO VENENOSO”. Assim como é difícil distinguir um cogumelo venenoso de um cogumelo comestível, é difícil distinguir um judeu de um gentio.
O livro conta MENTIRAS E CALUNIAS para as crianças alemãs sobre os perigos que os judeus eram para a sociedade alemã.
O livro dizia que os judeus molestavam crianças e mostra a figura uma garotinha recebendo doces de um judeu tentando molestá-la.
Ele diz que os judeus são chefes do comunismo e querem destruir a Alemanha pelo bem da Rússia, e isso dito por um ex-comunista tinha um efeito devastador.
Os judeus são retratados abusando de seus servos alemães. Além disso, o livro alerta sobre judeus em várias ocupações; empresários, advogados, comerciantes e açougueiros, que são descritos torturadores de animais até a morte; para incentivar o ódio das crianças alemãs contra os judeus.
O mesmo capítulo também acusa os judeus de sequestrar crianças cristãs para usar seu sangue em seus rituais satânicos.
E em um dos capítulos finais culpa os judeus pela morte de Jesus, que é considerado o maior inimigo dos judeus de todos os tempos.
Streicher foi enforcado nas primeiras horas de 16 de outubro de 1946, junto com os outros nove réus condenados do primeiro julgamento de Nuremberg.
No fundo da prisão ele gritou: “Hi Hitler!”. Quando ele subiu para a força, ele fez sua última referência irônica ao livro de Ester “FESTA DE PURIM 1946!” (Julius Streicher – Wikipedia)
Outro eco de Purim é encontrado na União Soviética alguns anos depois. No início de 1953, Stalin planejava deportar a maioria dos judeus da União Soviética para a Sibéria.
Mas pouco antes de seus planos se concretizarem, ele sofreu um derrame e morreu alguns dias depois.
Ele sofreu aquele derrame exatamente na noite da na noite da festa de Purim em 1953. Então plano de exterminar os judeus não foi executado.
O VINGADOR E PROTETOR do povo é próprio Deus do povo. O pedido adicional de mais um dia para se defenderem não foi um gesto vingativo da parte de Ester, nem de dar privilégios descomedidos ao seu povo(Et 9.13-14)..
E isso fica muito claro, no refrão repetido no fim versículo 15:
“Reuniram-se os judeus que se achavam em Susã também no dia catorze do mês de adar, e mataram, em Susã, a trezentos homens; porém no despojo não tocaram” (Et 9.15; cf. 9.10,16).
Embora o edito de Mordecai permitisse o despojo, algo simplesmente normal na guerra, os judeus se abstiveram de enriquecer por meio do conflito porque estavam agindo em LEGITIMA DEFESA.
A prova de que não estavam lutando motivado pelo ódio ou outra motivação injusta, é que nenhum judeu, lançou mão dos espólios de seus inimigos, isso era algo inédito para a época. Era uma coisa impensável naquela sociedade.
Esse sentimento de PERDÃO E RENÚNCIA foi mostrado pelos judeus de todas as províncias do império. Eles não queriam a guerra, foi a guerra que veio até eles.
“Também os demais judeus que se achavam nas províncias do rei se reuniram, e se dispuseram para DEFENDER A VIDA, e tiveram sossego dos seus inimigos; e mataram a setenta e cinco mil dos que os odiavam; porém no despojo não tocaram” (Et 9.16).
Embora Deus estivesse protegendo e vingando o seu povo, ele leva seu povo a agir com humildade e misericórdia com os ímpios.
Segundo os comentaristas, havia cerca de 15 milhões de Judeus no império Persa com 50 milhões de pessoas. Os 75.000 que morreram, não é nada comparado a perda de milhões.
A única razão para esse resultado final, foi o ódio incontido desses inimigos, que rejeitaram toda a graça oferecida a eles. O resultado é que todos os que odiavam gratuitamente os judeus forram destruídos.
Em vez de ser destruído, como intentou Hamã, o povo de Deus descansou daqueles que o odiavam, o mundo foi de fato virado de cabeça para baixo.
III. ULTIMATO: A CELEBRAÇÃO.
Vencer não foi o suficiente; ainda não aconteceu o Endgame: FINAL DE JOGO. O jogo acabou; mais a vitória tem que ser celebrada. O fim de jogo é concluído com a celebração nas arquibancadas.
A celebração é parte importante na vitória. O alarido permite que se dê louvor a quem ele é devido, e que publicamente se dê graças a Deus pela vitória conquistada e o descanso recebido.
- Significando a tradição.
Foi assim depois que os egípcios e suas carruagens foram enterrados no mar Vermelho. Moisés também conduziu o povo numa CANÇÃO DE LOUVOR A DEUS (Êx 15).
Na verdade, muitos dos salmos são salmos de reconhecimento, nos quais o salmista registra publicamente sua gratidão pelo livramento de Deus.
Em alguns casos, a ação de graças se torna uma ordenação duradoura. O exemplo mais notável é a PÁSCOA comemorada no mês de Nisã, inicio do calendário judeu: o mês da redenção.
Esta festa anual foi ordenada por Deus para que o povo se lembrasse a si mesmos e aos seus filhos da PROTEÇÃO E A VINGANÇA de Deus durante a praga final e da libertação do Egito (Êx 12).
Esta e outras festas de AÇÕES DE GRAÇAS únicas e repetidas fornecem o contexto e o pano de fundo para lermos a história do estabelecimento do PURIM.
No calendário judaico não havia festa nos últimos 5 meses, de outubro a março. Então no meio do ultimo mês do ano, seria bem-vinda, uma razão para se regozijar, depois do inverno.
Então a festa de PURIM, (que vem do termo “PUR”, sorte ou destino) foi estabelecido no mês de adar, o último mês do calendário Judeu.
Acontece em dois dias do mês, sendo o dia 13; um dia Jejum e prantos e o dia 14 dia de banquete troca de presentes (Et 9.17-19).
Eles enviam “porções”, “quinhões”; uns aos outros. As porções eram figuras de favores especiais, de privilégios, favorecimento, presentes especiais. Isso caracteriza adequadamente a celebração da FESTA DO PURIM, ou festa de sortes.
Visto à luz do cenário de festas do Antigo Testamento, os aspectos horizontais da Festa de PURIM são impressionantes. Ela foi estabelecida como uma ordenança pelos editos de Ester e Mordecai, não por Deus:
Mordecai escreveu estas coisas e enviou cartas a todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei Assuero, aos de perto e aos de longe (Et 9.20-22,29-32).
A Festa de Purim: era A CELEBRAÇÃO DA LIBERTAÇÃO, e todos os judeus, tanto de longe quanto de perto, deveriam reunir-se para festejar, regozijar-se, dar presentes uns aos outros e fazer doações aos pobres.
Essa celebração deveria se repetir para sempre, segundo as leis dos persas e dos medos, que não podiam ser revogadas.
As pessoas deveriam se LEMBRAR DA TRAMA de Hamã e da intervenção do REI DIVINO para livrá-las (Et 9.23-28).
A festa de PURIM, se tornou a festa mais importante para os judeus, principalmente depois da destruição do templo em 70 d.C, em que foram expulsos da sua terra.
Então o livro de Ester se tornou o livro mais estimado dos Judeus, pois alimentavam sua fé esperança em meio as perseguições; e decretos de mortes que sofreram ao longo da História; como o HOLOCAUSTO.
Hoje o Purim é um feriado nacional, onde os judeus ortodoxos comemoram a festa, no décimo terceiro dia de Nizan, que cai entre ferreiro e março.
Eles vão à sinagoga e ouvem a leitura do livro de Ester, sempre que o nome de Hamã é mencionado, exclamam: Que seja amaldiçoado; ou “que seu nome pereça”.
As CRIANÇAS levam consigo um chocalho especial de Purim, chamado “gregar”, e o usam para fazer barulho toda vez que ouvem o nome da Hamã na leitura.
Para que possam desde cedo aprender o significado da festa. E todos devem ler o livro de Ester.
Na manha do dia 14, eles voltam a sinagoga, onde o livro de Ester é lido outra vez, e a congregação participa das orações. Também é lida a história de Moisés e Amaleque (Ex 17: 8-16).
Depois vão para casa e participam de banquetes e enviam presentes uns ao outros e alimentos para os pobres e necessitados.
- Ressignificando as tradições.
Em nenhuma parte dessas instruções encontramos qualquer menção clara do povo de Deus se reunindo para louvar a Deus pelo seu livramento.
Ou lembrando aos seus filhos dessa demonstração da fidelidade de Deus, algo que era central numa festa como A PÁSCOA.
Parece que é como se para eles fosse possível obedecer ao edito de Mordecai e Ester sem pensar em Deus pelo menos uma vez durante todo o dia.
Como aconteceu na lamentação e no jejum no capítulo 4, eles jejuaram e lamentaram não fizeram oração e confissão de pecados, e agora não há menção de louvor, ou de ações de graças.
Isso faz da celebração do Purim algo errado? O escritor quer que seus ouvintes deixem de celebrar a festa como se ela não fosse autorizada?
E certo que não. Afinal de contas, a essência do Purim, conforme está registrado na Bíblia, estava precisamente correta.
Tratava-se de um memorial do tempo em que os judeus tiveram descanso de todos os seus inimigos, quando a tristeza deles foi transformada em alegria e o lamento deles em celebração (veja Et 9.22).
Como seria possível alguém se lembrar da transformação das trevas em luz e da obtenção de descanso dos inimigos sem pensar em Deus?
Como alguém poderia celebrar o Purim sem ver o que Deus havia feito?
No livro de Ester, Deus está escondido, mas em Ester 9.24-25 literalmente diz:
Hamã, filho de Hamedata, o agagita, inimigo de todos os judeus, tinha intentado destruir os judeus; e tinha lançado o Pur, isto é, sortes, para os assolar e destruir. Mas, tendo Ester ido PERANTE O REI, ordenou ele por cartas que o seu mau intento, que assentara contra os judeus, recaísse contra a própria cabeça dele, pelo que enforcaram a ele e a seus filhos.
Aqui tem uma dificuldade: “Quando exatamente Xerxes emitiu esse suposto decreto? Foi Mordecai. Não foi Xerxes que salvou os judeus. Então qual rei cuja intervenção mudou o rumo da história.
Foi o grande Rei, o próprio Deus que reverteu o destino de Hamã e a sorte dos judeus. Os decretos dele, escritos em pergaminhos celestiais, eram aqueles que realmente não podiam ser revogados.
A carta de Mordecai então podia ser lida pelos persas como se glorificasse o rei Assuero, mas o LEITOR PERSPICAZ era direcionado para uma força maior.
Nós precisamos ler a história, a arte, a literatura com essa perspicácia. Vendo o que realmente Deus está fazendo por meio, da ciência, literatura, artes e na história.
A falta dessa PERSPICÁCIA levou o povo de Deus, perder o verdadeiro significado das TRADIÇÕES CRISTÃS.
É muito triste quando a nação e a igreja, se esquecem dos acontecimentos providencias que a mantiveram com vida.
A igreja estará a uma geração da extinção, se ela não conservar suas TRADIÇÕES, ensinando-as aos seus filhos. Não há nada de errado com a tradição que conserva o significado.
O perigo é quando as tradições se tornam aos poucos, em tradicionalismo. Alguém já disse que a “tradição é a fé viva dos mortos; o tradicionalismo é a fé morta dos vivos.
Infelizmente sem essa perspicácia, a cada ano que passa, as festas bíblicas vão perdendo seus reais significados.
A FESTA DE PURIM; é conhecida como o CARNAVAL JUDAICO, onde as pessoas se vestes fantasias e usam máscaras, como uma referência, aos judeus que se vestiu como os outros povos para não serem mortos.
Então numa festa de mascaras, fantasias com muita música, danças e uma falsa alegria regada muitas bebidas alcoólicas, pelas ruas de Jerusalém; que mais parece o carnaval no Brasil.
A cada ano que passa, à medida que vai chegando o mês de dezembro, fica mais fácil celebrar a transformação das trevas em luz e a obtenção do descanso sem jamais pensar no Deus que as realizou.
Multidões de pessoas ouvem CANÇÕES DE NATAL que declaram a mensagem da ENCARNAÇÃO de maneira muito mais clara do que a mensagem oculta da carta de Mordecai.
Elas se juntam ao coro para cantar CANÇÕES DE NATAL sem jamais pensar no motivo pelo qual o mundo deveria se regozijar.
É possível que nós também enviemos presentes uns aos outros e demos presentes aos pobres, por meio de doações às instituições e eventos de caridade.
É possível que nós também festejemos e celebremos, ano após ano, sem falha. E fazemos isso sem mesmo precisar sermos obrigados a obedecer a uma lei dos nossos governantes.
Os ANUNCIANTES garantem que não nos esqueçamos, com uma eficácia maior e uma cobertura mais intensa do que os mensageiros imperiais de Mordecai jamais poderiam fazer.
No entanto, em todo esse processo de dar e receber, de comer e festejar, onde está Deus?
Será que estamos nos lembramos exatamente do que deveríamos estar celebrando?
Em meio à celebração da vinda da luz ao mundo para transformar nossas trevas, será que não nos esquecemos completamente de quem é essa luz e como essa REVIRAVOLTA foi realizada?
O mesmo se aplica às outras celebrações anuais: o Dia de Ação de Graças, a Páscoa, o ano-novo e até mesmo o nosso aniversário.
Em meio a toda a correria para celebrar, em todo o dar e festejar, onde está Deus?
Nós nos lembramos daquele que em amor nos redimiu da futilidade e da morte? Nos paramos para agradecer ao nosso gracioso Pai celestial a quem a gratidão é devida?
Quando celebramos os bons momentos da vida, facilmente nos esquecemos do maior de todos os dons; O PRESENTE DE DEUS: o menino que nos nasceu; e ele é o salvador do mundo.
- ULTIMATO: A MAIOR REVIRAVOLTA.
O capitulo 10, mostra Xerxes, impune e aumentando impostos para seus fins egoístas, por mais que o tempo passa, as coisas permanecem as mesmas.
Em outras palavras, o próprio texto nos mostra que a grande reviravolta do livro de Ester não é ainda a GRANDE REVIRAVOLTA DA PLENA REDENÇÃO.
Nós precisamos de uma reviravolta ainda maior, uma que resulte na vinda do verdadeiro Rei, o Príncipe da Paz, cujo reino não terá fim.
- A Maior Batalha.
A Festa de Purim, quando corretamente compreendida, é um lembrete da intervenção da providencia divina para libertar o seu povo.
Ela aponta para a necessidade de uma libertação maior. E mostra vingança de Deus temporariamente punindo o pecado.
Somente 75.000 inimigos do povo de Deus foram mortos, e Xerxes, saiu impune. Eles estavam celebrando uma vitória temporal e passageiros.
Novos inimigos, iriam surgir e perseguir o povo de Deus, como foram as perseguições implacáveis dos imperadores romanos contra os cristãos, e como ainda sofrem a violência desumana dos autoritários ao redor do mundo.
O povo de Deus, ainda não desfruta de um descanso completo. Até que venha o Príncipe da Paz e governe o mundo com Justiça (Is 9).
No livro de Ester vemos o mar agitado temporariamente acalmado pela graça e providência de Deus, mas não definitivamente sossegado.
Isso ainda aguarda a vinda de alguém que é maior do que Mordecai, alguém que é o Príncipe da Paz para quem Isaías olhava.
Esse que virá trará a paz total e definitiva para aqueles que estavam longe e para aqueles que estavam perto (veja Ef 2.17).
Ele não veio primeiramente destruindo os inimigos históricos do povo de Deus, mas destruindo a inimizade que havia entre eles e Deus (Ef. 2.14)
Em Cristo tanto os antigos amalequitas e judeus, estão unidos por uma paz duradoura e gloriosa em um único povo de Deus.
Porém, nossa paz teve um grande custo. A maior batalha já travada na história da humanidade. The Ultimate Figh. A decisiva batalha contra o pecado.
Onde o todo poderoso e VINGADOR; lança toda a sua ira santa contra o seu único e amado filho.
Era isso o que estava acontecendo na cruz: Deus, o Pai, colocou sobre seu Filho Jesus a culpa de todos os pecados, vingando-os, para proteger aqueles que se tornariam seu povo.
Nos vingadores, a JOIA DA ALMA, tem um lugar especial entre as outras joias do infinito. Para se consegui-la é preciso uma alma por uma alma.
Na cruz, Jesus deu a joia valiosíssima: a sua vida; para salvar a todas as almas, que crer nele, dando-lhes a joia da salvação eterna (2 Co 4.7).
Como é dito em 2Coríntios 5.21: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós”. Tendo colocado o nosso pecado sobre os ombros dele, Deus, o Pai, então derramou a total medida da sua ira contra o pecado sobre ele.
Toda a feiura e dor da história da guerra santa foram concentradas nas seis horas de terrível agonia e das trevas intensas da cruz. O corpo dele não foi apenas torturado e brutalizado pelos romanos até a morte.
Ele foi também exposto à vergonha cósmica ao ser pendurado na cruz. Como Hamã e seus filhos, o corpo de Jesus foi pendurado no madeiro, o sinal máximo da maldição do Juízo de Deus (veja Dt 21.23).
Na cruz Jesus suportou totalmente a maldição de Deus sobre o nosso pecado. Por quê?
Para que pudéssemos receber a Paz por meio da justiça dele e ter descanso de toda a nossa culpa e pecado, um acesso à presença vivificadora de Deus.
- ULTIMATO: O EVANGELHO CELEBRADO.
Por meio dessa boa notícia, nós nos tornamos o povo do Purim. Entender o nosso perdão em Cristo faz uma grande diferença na nossa vida.
Agora temos paz com Deus. Es trabalha pelo nosso bem (Et 10.3). Temos muito que celebrar. Mas como celebrar e o que celebrar?
- Diagnosticando o coração.
Para falar a verdade, a vida muitas vezes ainda se parece como nos dias de Mordecai e Ester, e somos tentados a reagir da mesma maneira que os judeus da geração deles fizeram sem fazer menção de Deus.
Às vezes parecemos estar em meio ao mar revolto e correndo o risco de sermos submergidos no atoleiro. Talvez um Hamã pareça estar no controle do nosso destino, e por isso choramos e lamentamos.
As coisas então mudam e Mordecai ou uma Ester aparecem para nós e a vida se torna melhor. Nós então festejamos e celebramos e dizemos uns aos outros: “Não dá para ficar melhor do que isto”.
O estudo dos nossos padrões de celebração e de jejum pode revelar quais são nossas prioridades e esperanças.
Mas os olhos da fé devem estar constantemente olhando para além das circunstâncias visíveis deste mundo.
Eles olham para a realidade celestial invisível, em que agora mesmo Cristo está entronizado por nós. Onde nós iremos desfrutar dos banquetes eternos.
O livro de Ester nos conclama a analisar nossa prática de jejum e nossa celebração para nos ajudar a DIAGNOSTICAR nosso coração.
Quais são as coisas que nos fazem descer até às profundezas do desespero? Quais são as coisas que nos elevam até à máxima exultação?
O Dia de Ação de Graças que nesse ano é 26 de novembro. A comemoração foi instituída no Brasil pela Lei n.º 781, de 17 de agosto de 1949. E em 1966, com a Lei nº 5.110, foi instituído que a comemoração ocorreria no mesmo dia que é celebrada nos EUA, na quarta quinta-feira de novembro.
Até mesmo a maneira como celebramos as festas do nosso calendário tal como o dia de AÇÕES DE GRAÇAS, O NATAL E A PÁSCOA – pode ser um recurso poderoso de diagnóstico.
- Do que precisamos para que essas celebrações sejam “perfeitas”?
- Que coisas nos causam ansiedade e estresse todos os anos por causa do nosso nervosismo porque elas não ficarão prontas?
- Temos de ter uma grande pilha de presentes no Natal?
- Temos de ter certos tipos de prato no Dia de Ação de Graças?
- Julgamos indispensável a presença de certos membros da família ao redor da mesa na Páscoa?
Para muitas pessoas, há coisas que as deixam excessivamente estressadas todos os anos, porque elas sentem que tudo tem de estar perfeito.
Por que o nível de estresse doméstico cresce dramaticamente no período dos feriados? É porque a própria festa expõe nossa IDOLATRIA.
Não há nada de errado com presentes. Mas quando não atingem nossas expectativas; ficamos insatisfeitos e isso revela a AUTOIDOLATRIA do nosso coração que fica exposta ano após ano no Natal.
Porém, não é apenas a nossa história de birra nas festas que revela o nosso coração. Até mesmo os eventuais sentimentos de felicidade e satisfação podem expor nosso coração.
Pode ser também o melhor natal da nossa vida, quando tudo o que colocamos sobre a mesa está perfeito, e nosso cônjuge nos traz o presente mais atencioso de todos.
Isso é tudo o que precisamos para que a festa satisfaça nosso coração?
Será que a nossa definição de MELHOR FESTA de todos os tempos é realmente tão horizontal que dispensa a necessidade de Deus criar alegria na nossa alma?
As vezes nosso coração é condenado pelo que nos alegra, bem como pelo que nos traz preocupação.
- Celebrando Pascoa e Natal.
Será que devemos e como; então, podemos celebrar essas festas corretamente?
Com certeza, não há nas Escrituras um mandamento para se celebrar o NATAL E A PÁSCOA em determinado dia do ano.
Embora os cristãos de alguma forma sempre comemoraram essas datas desde muito cedo. Não como fazem os judaizantes evangélicos.
Não podemos insistir para que os cristãos celebrem a ENCARNAÇÃO no dia 25 de dezembro, ou em outra data; ou que a RESSURREIÇÃO seja celebrada em determinado domingo do ano. A data não é importante.
Mas se a REVIRAVOLTA do Purim era digna de ser celebrada anualmente, como um LEMBRETE DA INTERVENÇÃO DE DEUS NA HISTÓRIA, quanto mais não deveriam celebrar aqueles que compreendem a maior de todas as reviravoltas?
Quanto mais não deveríamos estar de joelhos agradecendo a Deus, não simplesmente porque a vida foi bem para nós este ano (se é que foi), mas porque a MORTE FOI TRANSFORMADA EM VIDA PARA NÓS EM CRISTO.
Com o nascimento de Cristo, a luz veio ao mundo, uma luz que nunca pode se extinguir.
Por meio da morte de Cristo na cruz e sua ressurreição dos mortos, a paz foi definitivamente dada a nós, uma paz que nenhuma circunstância pode mudar para melhor ou pior.
Em Cristo, temos descanso de todas as nossas tentativas de obter o favor de Deus por meio de nossas forças, um descanso na sua justiça dada a nós como um dom gratuito.
Não podemos perder o verdadeiro significado da festa em meio aos preparativos para ela, ou na DEMONIZAÇÃO OU PAGANIZAÇÃO de enfeites.
Mas também não devemos nos esquecer da festa. Temos muito para celebrar nessas comemorações.
Não há nada de errado em trocar presentes e decorar a casa no Natal; comer ovos de chocolate; desfrutar de um peru assado, tortas e muitas outras coisas boas no Dia de Ação de Graças e ou comer um delicioso cordeiro na Páscoa.
Deveríamos celebrar a bondade de Deus para conosco como o povo de Deus sempre fez, com boa comida e boa companhia, porque assim será no céu.
Como convidados, não chame apenas vizinhos e amigos para compartilhar a alegria. Lembre-se daqueles que são pobres, tanto materialmente quanto, pobres diante de Deus.
Nossos períodos de celebração deveriam ser oportunidades para compartilhar com os menos afortunados, para dar atenção aos solitários, para dar as boas-vindas aos marginalizados e estrangeiros em nossa família.
Essas são ocasiões de oportunidades especiais para compartilhar as boas-novas do evangelho com aqueles que nunca o ouviram, ricos ou pobres, para que eles também possam receber a paz de Deus.
Essas são ocasiões para apontar para Cristo, a verdadeira luz do mundo, o verdadeiro Príncipe da Paz.
A celebração do aniversário dele, o passo inicial da maior de todas as REVIRAVOLTAS, é algo que jamais passará, até que o seu reino venha em toda a sua plenitude.
A celebração de sua morte e ressurreição, o clímax do plano da salvação de Deus, é algo que os cristãos nunca se cansam de observar, até que ele retome novamente em sua glória.
De fato, temos algo para celebrar a cada domingo quando nos reunimos com o povo de Deus.
Alguns PURITANOS que se recusavam a celebrar o Natal e a Páscoa anualmente o faziam não porque fossem contra a celebração.
Pelo contrário, eles queriam enfatizar o fato de que nós celebramos a Grande REVIRAVOLTA a cada DIA DO SENHOR (domingo) quando nos reunimos com seu povo.
Para eles, todo domingo era Natal, todo domingo era Páscoa, todo domingo era Dia de Ação de Graças.
Em nosso culto também deveria constantemente haver uma nota de celebração e alegria, pois nos lembramos da morte da qual fomos poupados. Um tom sombrio pode ser apropriado para um funeral, mas não para um dia festivo.
Nossa língua deveria se encher com tal regozijo que dificilmente poderíamos esperar para romper em canções de adoração para celebrar a grande vitória que nosso Deus obteve por nós.
Ele transformou a morte em vida, as trevas em luz, a perspectiva de inferno em certeza de céu.
O reino de Assuero passou, embora o império do mal ainda permaneça ao nosso redor em diferentes formas.
Aqui na Terra, ainda estamos constantemente envolvidos numa batalha de vida e morte com as forças do mal. Mas nem sempre será assim.
Vem o dia quando nosso Rei irá retornar para reclamar seu trono e estes dias de império do mal acabarão. Vem o dia quando os anjos finalmente proclamarão:
“O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (AP 11.15).
CONCLUSÃO: A cena mais esperada no final dos vingadores, é quando todos os heróis, centenas deles, aparecem juntos, para travar a última batalha, os efeitos especiais fazem delirar os expectadores.
Mas que é Hollywood, para fazer uma cena de batalha, mais gloriosa do que Apocalipse 19. Agora sem ficção, sem magia, sem poderes bobos.
Leiam comigo a descrição da maior de todas as batalhas, que será lembrada por toda a eternidade.
Onde todos nós vamos sentir a maior de todas as emoções de participar, em cada cena, da batalha ao lado do Senhor dos Senhores.
Nessa batalha do Armagedon, onde todos os exércitos do mundo, de todas as nações que se aliaram ao ANTICRISTO E FALSO PROFETA, com um poderio militar jamais visto na história, do qual o exercito de Xerxes, com 1 milhão de soldados e 1200 navios não passam de brinquedos.
Quando o exército da besta, estiver celebrando o final do extermínio dos Judeus, então um remanescente, se converterá, e clamará com espirito de Suplica,
Apocalipse 19:1-21
E, depois destas coisas ouvi no céu uma grande voz de uma grande multidão, que dizia: Aleluia! A salvação, e a glória, e a honra, e o poder pertencem ao Senhor nosso Deus;
Porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua fornicação, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.
E outra vez disseram: Aleluia! E a fumaça dela sobe para todo o sempre.
E os vinte e quatro anciãos, e os quatro animais, prostraram-se e adoraram a Deus, que estava assentado no trono, dizendo: Amém. Aleluia!
E saiu uma voz do trono, que dizia: Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o temeis, assim pequenos como grandes.
E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina.
Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.
E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.
E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.
E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça.
E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo.
E estava vestido de veste tingida em sangue; e o nome pelo qual se chama é A Palavra de Deus.
E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro.
E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.
E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.
E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus;
Para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam; e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes.
E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército.
E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre.
E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes (Apocalipse 19:1-21).
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