Série de sermões expositivos sobre O Céu. Sermão Nº 96 –  O sexto dia da criação: a criação do homem (Parte 72).  Gn 1:27: a Bíblia versus o Secularismo (Parte 22). Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 13/09/2023.

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INTRODUÇÃO

O apóstolo Paulo sobre o perigo de sermos enganados pelas obras das trevas, em (Efésios 5:11-13):

“E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe. Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta”.

Trazendo a luz da palavra de Deus, diante de quem todas as coisas estão nuas e patentes, numa análise bíblia e racional, das obras literárias de Karl Marx, que se tornou uma das personalidades mais importantes do nosso tempo.

Mostra a incapacidade dessa geração de ver a atividade das obras das trevas em todos os detalhes de sua ideologia.

O diabo, o deus desse século, cegou o entendimento daqueles que não foram iluminados pela Palavra de Deus (2 coríntios 4.4).

Os ímpios falham em elucidar o erro fatal de Marx, que deixou uma geração inteira a mercê da ideologia mais mortífera de todos os tempos, pondo em risco não apenas a mente, mas também a alma das pessoas.

A maioria dos adolescentes nas escolas e jovens universitários veem a ideias de Marx como favoráveis a humanidade, e nisto está o perigo da destruição dos valores morais e espirituais.

James Burnham em seu livro: “O suicídio do Ocidente: um ensaio sobre o significado e o destino do esquerdismo”

Mostra que a destruição da sociedade ocidental por meio da moderna ideologia progressista, com suas crenças e mazelas, acontece devido a erosão dos fatores intelectuais, morais e espirituais no ocidente, construídos sobre as bases do cristianismo.

Marx imaginava um mundo puramente material, onde a religião é “ópio do Povo”, e nada importa senão a matéria morta. Essa dialética tenta descontruir a ideia de uma pessoa Divina que é Espírito.

Embora todas a ideias de Marx sejam falsas e elas não podem existir no mundo real. A questão não está na eficiência das ideias Marxista, mas no que elas provocam.

A questão dele nunca foi econômica ou social, mas uma tentativa de promover uma fé revolucionária contraria a Deus e sua palavra. Ele odiava a religião porque ele era contrário a Deus.

Então ele tomou partido de Satanás, como ele mesmo confessa em suas cartas. Conforme mostrado pelo Historiador Dr Paul Kengor, em seu livro Karl Marx e o Diabo.

O ex-comunista Arthur Koestler e Richard Wright definiram o Marxismo como “o deus que falhou”. Marx falhou, não por erro de cálculo, mas por simples pecado de heresia.

Terminaremos a análise da obra de Marx “O Capital”, e iniciaremos uma análise da personalidade e o caráter dele que produziu sua ideologia.

Mostrando a natureza perversa do coração humano em produzir engano e mentiras. A bíblia diz que o pai da Mentira é o diabo (João 8.44).

  1. Marx e as falsificações criminosas de dados.

O historiador Paul Johnson escreve que “A sistemática utilização errônea de fontes por parte de Marx chamou a atenção, na década de 1880, de dois estudiosos de Cambridge”.

Eles partiram de uma edição francesa revisada do livro “O capital” (1872 a 1875), e escreveram um ensaio para o Clube de Economia da universidade de Cambridge (Inglaterra):

“Comentários sobre o uso dos livros azuis (livros oficiais do governo) por Karl Marx no capítulo XV do O capital” (1885).[1]

Eles contam que em princípio verificavam as referências de Marx:

“para obter informações completas sobre certos tópicos”, porém, impressionados com as “discrepâncias que se acumulavam”, decidiram analisar “o alcance e a importância dos erros que se apresentavam de forma tão manifesta”.

Descobriram que as diferenças entre os textos dos livros azuis(livros oficiais) e as citações que Marx tirava deles não eram resultado apenas de enganos, mas “’mostravam sinais de uma influência deturpadora”.

Num dos grupos de erros, descobriram que as citações tinham sido, constantemente, “abreviadas por conveniência por meio da omissão de passagens que provavelmente iriam contra as conclusões que Marx tentava provar”.

Um outro grupo “consiste em reunir citações fictícias a partir de afirmações isoladas que constam de diferentes partes de um relatório.

Essas afirmações eram então apresentadas entre aspas[2] ao leitor como se fossem citadas diretamente dos próprios livros oficiais”.

Num tópico, a máquina de costura, “se utiliza dos livros oficiais com uma imprudência espantosa (…) a fim de provar exatamente o contrário do que eles realmente mostram”.

Os estudiosos Concluíram que seus dados podem não ser “suficientes para sustentar uma acusação de falsificação intencional”, embora eles estejam tentado ser cautelosos e educados.

Eles continuam: “mas com certeza demonstram “um descaso quase criminoso no uso de fontes autorizadas” que nos levam a encarar todas as “outras partes da obra de Marx com desconfiança”.[3]

A verdade é que, mesmo o exame mais superficial da utilização que Marx fez das informações nos obriga a encarar com ceticismo tudo o que ele escreveu dizendo que estava baseado em dados reais, o que na verdade eram dados adulterados com a intenção de enganar.

Nunca se pode confiar nele. Todo o considerado “importante capítulo 8” de “O capital” é uma falsificação deliberada e sistemática, visando provar uma tese que uma análise objetiva das informações demonstra ser insustentável.

  1. Marx e os crimes contra a verdade.

Jesus disse que aqueles que se opõe a Deus, tem por pai o diabo, e vivem satisfazendo os desejos dele. O diabo foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque nele não há verdade (João 8:44).

Jesus mostra claramente que as obras das trevas não se apoiam na verdade, e que o resultado de suas crenças produz o homicídio, a morte criminosa de inocentes.

Isso descreve perfeitamente a ideias do Marxismo que levou a morte de mais de meio bilhão de pessoas em 150 anos. O marxismo é a ideologia mais anticristã e mortífera da história.

Vejamos os crimes de Marx contra a verdade, que são de quatro tipos.

Em primeiro lugar, se utilizou de informações obsoletas, porque as vigoravam na época de sua pesquisa não confirmavam suas alegações.

Assim é todo sistema de ensino que despreza a palavra de Deus, ele sempre se corrompe, pois lhe falta a verdade. Conforme analisado por muitos cientistas em todo mundo, a ideias de Marx eram falhas e mentirosas.

O intuito era de enganar aqueles que não tinham conhecimento dos fatos. No seu tempo as ideias de Marx foram rejeitadas como ciência enganosa e mentirosa, porque ele não tinha escrúpulos.

Em segundo lugar, ele escolheu determinadas indústrias onde as condições de trabalho eram particularmente ruins, como sendo típicas do capitalismo.

Esse desonesto estratagema, em especial, foi importante para Marx, pois sem ele não haveria como escrever o capítulo 8 sobre a “Jornada de Trabalho”.

Sua tese era de que o capitalismo dá lugar a condições de vida cada vez piores; quanto mais capital é empregado, pior os trabalhadores devem ser tratados para que se assegurem rendimentos convenientes.

Os dados que ele citou detalhadamente para justificar esse raciocínio derivavam, quase em sua totalidade, de empresas pequenas e ineficientes.

E pouco capitalizadas, ligadas à indústrias arcaicas que na maioria dos casos e historicamente existiam antes do capitalismo – por exemplo: cerâmica, costura, ferraria, padaria, fábricas de caixas de fósforo, de papel de parede e de cordão de sapato.

Em muitos dos casos específicos que ele cita, por exemplo, as padarias, as condições de trabalho eram ruins exatamente porque a firma não tinha tido condições de implantar máquinas, uma vez que faltava capital.

Desse modo, Marx lida com as condições pré-capitalistas, e ignora a verdade que salta aos olhos: quanto mais capital, menos sofrimento.

Quando ele analisa uma indústria moderna e altamente capitalizada, não encontra provas reais sobre nada disso. Desse modo, quando trata por exemplo de indústria do aço, tem de recorrer a comentários[4] sarcásticos e hipócritas.

E no caso das ferrovias, é obrigado a se utilizar de recortes de jornais amarelados sobre acidentes antigos que ele chama falsamente de “catástrofes ferroviárias recentes”.

Era necessário, para sua tese, que o número de acidentes por passageiro a cada 1,5 km percorrido aumentasse cada vez mais.

Quando na verdade ele estava diminuindo drasticamente e, na época em que “O capital” foi publicado, os trens já estavam se tornando o mais seguro meio de transporte de massa em toda a história.

Em terceiro lugar, ao se utilizar de relatórios da inspeção das fábricas, Marx mencionou exemplos de más condições e maus-tratos sofridos por trabalhadores como se essas fossem regras inerentes ao sistema.

A verdade era que esses relatórios eram feitos pelos próprios inspetores, que inspecionavam as fabricas que tentar encontrar um descumprimento da lei, que regulamentavam as fabricas. E quando encontravam fechavam essa fabricas.

Marx usou de má fé, levando as pessoas a crer que essa era um condição normal das fabricas, a fim de manchar a imagem do capitalismo.

Em quarto lugar, o fato das principais informações de Marx provirem dessa fonte, a inspetoria, revela o maior de seus logros (mentiras/enganos).

Trata-se da tese de que o capitalismo era, por natureza, incorrigível.

E, pior, de que nos sofrimentos infligidos pelo sistema aos trabalhadores, e o Estado burguês era seu aliado.

Já que segundo ele o Estado, “é uma comissão executiva para administrar os negócios da classe dominante como um todo”.

Porém, se isso fosse verdade, o Parlamento nunca teria aprovado as Leis que regulavam o trabalho e a condições nas Fabricas, e nem o Estado as teria posto em prática, obrigando os patrões a obedecê-las.

Praticamente todas as informações de que Marx dispunha, (e às vezes ele as falsificava) estavam disponíveis e catalogadas, como resultado do próprio esforço do Estado (inspetores, cortes, juízes de paz) no sentido de buscar melhorar as condições de vida dos trabalhadores.

O que implicava necessariamente que o sistema capitalista (que Marx acusava) estava trabalhando duro para desmascarar e punir os responsáveis pelas más condições de trabalho.

Se o sistema não estivesse num processo de autorreformulação – o que pelo raciocínio de Marx era impossível, O capital não poderia ter sido escrito, então ele falsifica intencionalmente a informações.

Como ele não estava disposto a fazer nenhuma pesquisa de campo por conta própria, pois sabia que contraria suas teses.

Ele foi obrigado a se basear exatamente nas informações, daqueles que ele denominou como “a classe dominante”, e que estavam tentando pôr as coisas no lugar e, cada vez mais estavam conseguindo.

Desse modo, Marx teve de deturpar(falsificar) sua principal fonte de informação para não abandonar sua tese. O seu livro O” Capital”, era e é, desonesto em sua estrutura.

  1. Marx e sua indisposição de ver a verdade.

O que Marx não podia, seja por incapacidade intelectual ou não queria convenientemente compreender os fatos.

isso fica claro que ele não fez nenhum esforço sério para entender o funcionamento das indústrias do seu tempo.

A verdade era que desde os primórdios da Revolução Industrial, de 1760 a 1790, as industriais mais eficientes, que tinham amplo acesso ao capital, geralmente propiciavam melhores condições para seus empregados.

Por isso, eles costumavam defender a legislação relativa às fábricas e, o que era igualmente importante, sua execução efetiva, pois ela acabava com o que eles consideravam uma competição injusta.

Desse modo, as condições melhoravam e, por conta disso, os trabalhadores paravam de se revoltar, contrariando o que Marx tinha previsto.

Assim, o falso profeta se viu confuso, ao ver as coisas caminhado contrariamente as suas previsões. E ele se recusou a aceitar a falência de suas ideias.

O que se percebe depois de uma leitura de “O capital” é a incapacidade inata em Marx de entender o capitalismo.

Ele fracassou exatamente por não ser científico: não pesquisou, ele próprio, as informações nem se utilizou com objetividade das que foram pesquisadas por outras pessoas.

Do começo até o fim, não apenas O capital, mas toda sua obra reflete uma desconsideração pela verdade que às vezes beira o desprezo.

Contrariamente a todo método científico, o Marxismo cultural tem sido a fator dominante da maioria das universidades do mundo. Tornando principalmente todo o conhecimento das ciências sociais sem sentido e sem verdade.

O Paul Johnson conclui:

Essa é a razão primária pela qual o marxismo, enquanto um sistema, não pode chegar aos resultados que lhe imputam, sendo que chamá-lo de “científico” chega a ser um absurdo.

  1. Marx e sua personalidade perversa.

Por isso, se Marx, apesar da aparência de erudito, não estava motivado por um amor à verdade, qual foi a força motivadora em sua vida?

Para descobrir isso, temos de examinar muito mais de perto a perversidade de sua personalidade e de seu caráter.

Essa é uma verdade, e em certos aspectos uma triste verdade, que as grandes obras do intelecto não provêm da atividade abstrata do cérebro e da imaginação; estão profundamente enraizadas na personalidade e no caráter.

Marx é um exemplo notável desse princípio. Já analisamos a apresentação de sua filosofia materialista como sendo o amálgama (liga) de sua visão poética, de seu talento jornalístico e de seu academicismo.

Mas também pode ser demonstrado que o conteúdo real dessa filosofia se liga a quatro aspectos perverso de seu caráter:

  • O gosto pela violência,
  • O desejo de poder,
  • A inabilidade de lidar com dinheiro,
  • E sobretudo, a tendência de explorar os que se encontravam a sua volta.
  1. O Gosto pela violência.

A sugestão de violência, sempre presente no marxismo é demonstrada com frequência pelo próprio comportamento dos regimes marxistas, e representa uma projeção do temperamento de seu criador.

Marx passou sua vida num ambiente de extrema violência verbal, onde periodicamente ocorriam brigas e, às vezes, ataques físicos.

As brigas na família de Marx foram quase a primeira coisa que sua futura esposa, Jenny von Westphalen, percebeu a seu respeito.

Na Universidade de Bonn, a polícia o prendeu por possuir uma pistola, e ele por muito pouco não foi suspenso; nos arquivos da universidade, aparece por ter-se envolvido em conflitos estudantis, disputado um duelo e se cortado no olho esquerdo.

Suas brigas com a família entristeceram os últimos anos da vida do pai e acarretaram, por fim uma ruptura definitiva com sua mãe.

Numa das cartas mais antigas de sua esposa Jenny que foram conservadas, mostra o tipo de vida oprimida que ele vivia. Ela escreveu:

“Por favor não escreva com tanto rancor e irritação”, e fica patente que muitas de suas incessantes desavenças se deviam às expressões violentas que costumava usar quando escrevia, ou, mais ainda quando falava.

  1. Vícios da bebedeira.

A sua irritação piorava, e na maioria das vezes era agravada pelo álcool, Marx não era um alcoólatra embora bebesse com regularidade, geralmente em grande quantidade, e às vezes se envolvesse em perigosas bebedeiras.

Em parte, seu problema era desde os 25 anos, Marx, sendo judeu, sempre foi um exilado vivendo quase exclusivamente em comunidades de expatriados, em sua maioria alemães em cidades estrangeiras.

Raramente procurava fazer amizades fora delas e nunca tentava se integrar. Além disso, os expatriados com que sempre se relacionava era eles próprios um pequeno grupo interessado exclusivamente em política revolucionária.

Esse fato, por si, ajuda a entender a visão estreita que Marx tinha da vida, e seria difícil imaginar um cenário social mais propenso a estimular sua natureza belicosa, pois esses círculos eram famosos por suas disputas violentas.

  1. Marx e sua fúria incontrolável.

Em Paris, seus encontros para tratar de colaborações em jornais, tinham que serem feitos com janelas e portas fechadas, de modo que os pedestres não pudessem ouvir a sua gritaria interminável.

Entretanto, essas brigas não foram sem propósito. Marx brigava com todas as pessoas com as quais se relacionava, desde amigos até desafetos, e não parava a menos que conseguisse humilhá-las completamente.

Em consequência, existem várias descrições, em sua maior parte hostis, do furioso Marx em ação, como se fosse um endemoniado.

O irmão de Bauer chegou a escrever um poema sobre ele;

“O velho camarada de Trier, em fúria vociferando, / Seu punho maligno está cerrado, ele grita interminavelmente, / Como se dez mil demônios o dominassem”.[5]

Marx era baixo, largo, tinha cabelo e barba pretos, uma pele amarelada (seus filhos o chamavam de “Mouro”) e usava um monóculo no estilo prussiano.

O crítico literário, Pavel Annenkov, que o viu no “julgamento” de Weitling, descreveu sua “espessa e negra cabeleira, suas mãos peludas e a sobrecasaca abotoada indevidamente”; era mal-educado, “presunçoso e ligeiramente sobranceiro[6]”;

Sua “voz aguda e metálica se adequava bem às sentenças radicais que ele proferia continuamente sobre os homens e as coisas”; tudo o que dizia tinha um “tom áspero”.[7]

  1. Max e seus insultos maliciosos.

Sua obra favorita de Shakespeare era “Tróilo e Créssida”, da qual gostava da troca de insultos entre Ajax e Tersites[8].

Adorava citá-la, e a vítima de um trecho[9] (‘Tu, senhor de espírito abobado: não possuis mais miolos na cabeça do que eu no cotovelo”) foi seu próprio companheiro revolucionário Karl Heinzen, que revidou com um retrato memorável do pequeno homem raivoso.

Karl Heinzen, achava Marx “intoleravelmente desprezível”, o resultado do “cruzamento entre um gato e um macaco”, com “cabelos desgrenhados pretos como carvão e com a pele suja e amarelada”.

‘Era, impossível dizer se suas roupas e sua pele eram da cor de lama por natureza ou se estavam apenas sujas.

Tinha olhos pequenos, ameaçadores e maliciosos, “emitindo faíscas de um fogo repulsivo”; tinha o hábito de dizer: “Eu vou aniquilar você”.[10]

De fato, Marx gastava grande parte de seu tempo compilando dossiês minuciosos sobre seus rivais e inimigos políticos, os quais ele não hesitava em apresentar à polícia se achasse que lhe seria útil.

  1. Marx, um brigão inconsequente.

As grandes brigas públicas, como por exemplo no encontro da Internacional em Hague, em 1872, prenunciava os reglements des comptes [acertos de conta[11]] socialistas da Rússia soviética:

Não há nada no período de Stalin que não estivesse prefigurado, de uma grande distância no tempo, pelo comportamento de Marx. Às vezes, havia de fato sangue derramado.

Marx foi tão ofensivo durante sua briga com um companheiro comunista que era oficial militar, August von Willich, em 1850, que este desafiou-o para um duelo.

Marx, apesar de ter sido duelista no passado, disse que “não se envolveria nas brincadeiras dos oficiais prussianos”, porém não fez nenhuma tentativa de evitar que seu jovem assistente, Konrad Schramm, tomasse o seu lugar, embora seu assistente nunca tivesse usado uma pistola na vida e Willich fosse um militar e atirador excelente.

Essa era a lei de um duelo, um dos participantes poderia nomear alguém para duelar em seu lugar. O assistente de Marx foi gravemente ferido.

O próprio Marx não era contra a violência ou mesmo o terrorismo quando se adequavam a sua tática. Dirigindo-se ao governo prussiano em 1849, fez a seguinte ameaça:

“Nós somos impiedosos e não queremos nenhum centavo de vocês. Quando chegar a nossa vez, não vamos reprimir nosso terrorismo”.[12]

No ano seguinte, o “Plano de ação” que ele tinha distribuído especificamente na Alemanha estimulava a violência da população.

“Longe de sermos contrários aos chamados excessos, aqueles exemplos de vingança popular contra construções particulares ou públicas que têm um passado detestável, temos de não apenas perdoá-los, como também cooperar neles”.[13]

Em certas ocasiões, quis defender o assassinato, contanto que fosse eficaz.

Um companheiro revolucionário, o famoso sociólogo Maxim Kovalevsky, que estava presente quando Marx recebeu a notícia de uma tentativa fracassada de assassinar o imperador alemão Guilherme[14] I na avenida principal de Berlin[15], em 1878,

… recorda a fúria de Marx, “cobrindo de maldições esses terroristas que tinham falhado em executar sua ação terrorista”.[16]

  1. Marx e seu desejo de poder.

Parece certo que Marx, uma vez estabelecido no poder, teria sido capaz de grande violência e crueldade.

O historiador Paul Jonhson escreve:

Porém, é claro que ele nunca esteve em condição de levar a efeito uma revolução em larga escala, violenta ou de qualquer outro tipo, e por esse motivo sua raiva recalcada se refletiu em seus livros, que sempre têm um tom de intransigência e extremismo.

Muitas passagens dão a impressão de que foram realmente escritas em estado de uma cólera maligna.

No devido tempo, Lenim, Stalin e Mao Tse-tung puseram em prática, numa imensa escala, a violência que Marx trazia em seu íntimo, e que transpira em sua obra escrita.

Como Marx encarava de fato a imoralidade de suas ações, quando deturpava a verdade ou estimulava a violência, é impossível dizer.

Num certo sentido, ele era um homem fortemente moralista que condena as atitudes e tendências que na verdade, fazem parte de sua personalidade.

Ele tinha o desejo ardente de criar um mundo novo. Destruindo toda forma de governo e toda forma de economia, e eliminando a religião da mente. E recriando um novo homem a sua própria imagem.[17]

Como a maioria das pessoas egocêntricas, costumava pensar que as leis morais não aplicavam a si mesmo, ou então identificava seus interesses com a moralidade enquanto era conveniente.

Decerto, chegou a considerar os interesses do proletariado e o cumprimento de seus próprios pontos de vista como sendo coextensivos.

O anarquista, sociólogo e comunista Michael Bakunin observou que ele tinha “uma devoção fervorosa à causa do proletariado, embora ela estivesse sempre misturada com a sua vaidade pessoal”.[18]

  1. Marx e seu egocentrismo doentio.

Sempre foi egocêntrico; existe uma extensa carta sua escrita na juventude aparentemente para seu pai que na verdade foi escrita para si e sobre si próprio.[19]  Tudo era para ele, sem ele nada podia existir. Que blasfêmia!

Os sentimentos e as opiniões dos outros nunca eram de muito interesse para ele nem o afetavam. Ele nunca se importava com ninguém. Apenas usava as pessoas e depois as descartavam.

Ele fez isso com seus amigos e com sua família, com seus sete filhos (4 se suicidaram e 3 morreram de fome) e por último nem no enterro da esposa que suportou todo seu mau humor, ele nem apareceu.

Ele tinha de dar prosseguimento, sozinho, a qualquer realização na qual estava envolvido. Ele se achava autossuficiente, ou alguém o controlava.

  1. Marx, um tirano desumano.

De seu trabalho de editor de um jornal alemão[20], Engels observou: que a própria “A organização do quadro de pessoal ligado à editoria era uma verdadeira ditadura de Marx”.[21]

Ele não dedicava nenhum tempo nem tinha qualquer interesse pela democracia, a não ser no sentido especial e perverso que ele atribuía à palavra.

Qualquer tipo de eleição lhe era abominável – num texto jornalístico, mostrou desprezo pelas eleições gerais britânicas chamando-as de simples orgias alcoólicas.[22]

Nos depoimentos, de várias fontes, sobre a postura e as intenções políticas de Marx, é surpreendente a quantidade de vezes que aparece a palavra “DITADOR”.

O crítico literário, Pavel Annenkov, chamou-o de “a personificação de um ditador democrata” (1846).

Um policial prussiano particularmente inteligente que o denunciou em Londres, observou:

“O traço dominante de seu caráter é uma ambição ilimitada e um amor pelo poder ( . . . ) ele é o chefe absoluto de seu partido (. . .) faz tudo por conta própria e dá ordens sob sua própria responsabilidade e não vai tolerar nenhuma oposição”.

O oficial revolucionário, Gustav Techow, que certa vez fez com que Marx ficasse bêbado e se abrisse com ele, fez um notável retrato generalizado de Marx.

Era “um homem com uma personalidade proeminente”, com “uma rara superioridade intelectual” e “se seu coração correspondesse a sua inteligência e ele possuísse, na mesma proporção, amor e ódio, teria posto minha mão no fogo por ele”. Porém, “falta-lhe grandeza de alma.

Estou convencido de que ambição pessoal bastante perigosa consumiu tudo o que ele tinha de bom (. . .) a obtenção de poder pessoal [é] o objetivo de tudo o que ele faz”.

Em seu julgamento final sobre Marx, o sociólogo, comunista, anarquista, revolucionário russo; Michael Bakunin, bate na mesma tecla:

“Marx não acredita em Deus, mas acredita bastante em si mesmo e fazia todo mundo o servir. Seu coração não é cheio de amor, mas de rancor, e ele tem muito pouca simpatia pela raça humana”.[23]

A raiva comum em Marx, seus hábitos ditatoriais e seu rancor refletiam, sem dúvida, sua consciência justificada de possuir grandes potencialidades e sua intensa frustração pela incapacidade de exercê-las de forma mais efetiva.

CONCLUSÃO:

O sábio Salomão diz: “Quem anda em integridade, anda seguro; mas o que perverte os seus caminhos ficará conhecido”. Provérbios 10:9

Quando trocamos Deus e sua Palavra pelas filosofias do mundo. o fim é sempre o mal e caos. Sem Deus não há civilização.

O caráter perverso de Marx, produziu uma filosofia perversa, que deixou marcas para sempre na história, com milhões de mortes.

Quando Marx abandonou a Deus e seguiu a Satanás ele desenvolveu um caráter típicos dos filhos das trevas. E não há nada de louvável ou de bom em sua conduta que mereça ser imitado. Ele descreve sua sombria rejeição a Deus:

“Assim um deus tirou de mim tudo.

Na maldição e suplício do destino.

Todos os seus mundos foram-se, sem retorno!

Nada me restou a não ser a vingança!

“Meu desejo é me construir um trono.

Seu topo seria frio e gigantesco.

Sua fortaleza seria o medo sobre-humano

E a negra dor seria seu general”

Quem olhar para ele com olhar,

São voltará, mortalmente pálido e silencioso,

Arrebatado por cega e fria morte.

Possa a sua felicidade preparar-lhe o seu túmulo[24].”

As palavras “desejo construir um trono para mim” e a confissão que daquele sentado sobre esse trono emanarão somente pavor e agonia lembram uma das orgulhosas jactâncias de Lúcifer – Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono.” (Isaías 14;13).

[1] Quanto a isso,ver Page,pp.46-49.

[2] As aspas são usadas para mostrar que o texto está sendo citado palavra por palavra de outra fonte, para chamar a atenção para uma palavra ou frase importante, ou ao usar um termo técnico pela primeira vez.

[3] Ver também Felix e Chushichi Tsuzuki: the life of leonpr Marx, 1855-98; a socialist Tragedy [A vida de Eleanor Marx, uma tragédia socialista] (Londres, 1967).

[4] Paul Johnson -interpolados (“Que franqueza sarcástica!”, “Que fraseologia hipócrita!”), os intelectuais pg 81.

[5] Payne,p.81.

[6] Olhar de superioridade

[7] Ibid.,p.134.

[8] Tersites é tudo que os herois homéricos não são, que ninguém mais é, que até então não existia. Tersites é uma figura que acaba de surgir na história humana: agitador popular e revolucionário marxista, um revoltado e um silenciado, o primeiro anarquista. Um criador de caso que não sabe o seu lugar. Um teórico da conspiração.

[9] O texto de Shakespeare. Esta é uma das falas de Tersites para Ájax, na primeira cena do segundo acto.

“Sim, bate, bate estúpido! Não tens mais miolos na cabeça que eu no cotovelo. Um burro pode dar-te lições, a ti, vil burro forte, que aqui só serves para amachucar troianos, mas que, qual escravo bárbaro, és comprado e vendido pelos que têm espírito. Se te pões a bater-me, principio pelos calcanhares a dizer quem és polegada por polegada, miserável sem entranhas”

[10] O relato de Geinzen foi publicado em Boston em 1864; citado em Payne, p. 155.

[11] Represália violentas, feitas pelos comunistas na Rússia, contra seus inimigos políticos e ideológicos.

[12] Marx-Engels Gesamt-Ausgabe,vol.vi,pp.503-5

[13] Marx-Engels Gesamt-Ausgabe,vol.vii,p.239.

[14] Guilherme I foi o Rei da Prússia de 1861 até sua morte e também o primeiro Imperador do unificado Império Alemão a partir de 1871. Sob sua liderança como chefe de estado e de seu chefe de governo Otto von Bismarck, a Prússia encabeçou a Unificação Alemã e por consequência o estabelecimento do Império Alemão

[15] Unter den Linden

[16] Payne,p.475 nota.

[17] Stephan Lukes, Marxism and Morality [Marxismo e moralidade] (Oxford, 1985), pp.3 e passim.

[18] Citado em David McLellan, Karl Marx: His life and Thought [Karl Marx: sua vida e seu pensamento] (Londres, 1973),p.455.

[19] Payne,pp.50 e passim.

[20] Neue Rheinische Zeitung

[21] Marx-Engels,Collected Works, vol. ii, pp.330-31.

[22] Marx,On Britain [Sobre a Inglaterra] (Moscou, 1962), p. 373.

[23] Payne,pp.251 e passim; Michael Bakunin, Oeuvres (Paris, 1908).

[24] (Karl Marx, Obras Reunidas, Vol. I, N. York, International Publishers, 1974)