Série de sermões expositivos sobre O Céu. Sermão Nº 94–  O sexto dia da criação: a criação do homem (Parte 70).  Gn 1:27: a Bíblia versus o Secularismo (Parte 20). Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 30/08/2023.

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INTRODUÇÃO

Richard Wurmbrand, em seu livro Marx e Satã[1], mostra o lado negro do marxismo e suas ideias anti-Deus, disfarçadas de questões sociais, econômicas e políticas.

Karl Max dizia: “Quero vingar-me daquele que reina lá em cima…” “A ideia de Deus é a clave dominante de uma civilização pervertida. Tem de ser destruída.”

Ele começou a vida numa família temente a Deus. Está documentado que ele já foi cristão. Mas uma mudança drástica em algum ponto de sua vida levou Karl Marx a uma profunda rebelião pessoal contra Deus e todos os valores cristãos.

Por fim, ele se tornou um adorador de Satã, que participava regularmente de práticas e hábitos ocultistas.

Ao examinar a poesia, as peças, a correspondência e os relatos biográficas de Marx, Richard Wurmbrand constrói um argumento convincente da inegável preferência satânica de Marx.

Frases do próprio Marx o revelam como um alguém que odeia Deus e, portanto, odeia as criaturas de Deus — aquelas que sofreram sob o marxismo e o comunismo.

Wurmbrand, que ficou preso por catorze anos na Europa por seus pontos de vista abertamente contrários ao comunismo, aconselha os cristãos a não serem enganados pelo disfarce benevolente do marxismo como uma simples teoria econômica ou política.

Ele revela as verdadeiras raízes do pensamento marxista de tal modo que os cristãos reconhecerão ali dentro o mal e se colocarão contra ele.

Tendo sido prisioneiro do governo comunista na Romênia, o Rev. Richard Wurmbrand pesquisou extensamente esta matéria e viu os seus efeitos em primeira mão.

Ele e sua mulher fundaram a missão Jesus para o mundo comunista, a fim de ajudar os cristãos que sofrem nas mãos do comunismo e do marxismo.

Nos sermões anteriores estamos vendo que O marxismo nunca foi uma questão de sociologia ou economia política. O que há por traz de todo esse engodo é uma rebelião das trevas contra a luz.

O Marxismo em todos os seus fundamentos são contrários ao cristianismo e tudo que provem dele, como foi a noção de capitalismo, do lucro, da propriedade privada, da família e da igreja.

O Marxismo é uma cosmovisão contraria a cosmovisão da palavra de Deus, evidenciada nos valores judaico-cristãos. O marxismo é uma tentativa humana de criar um céu (paraíso) sem Deus e sua palavra.

  1. Marx: antissemitismo avarento.

O que tudo isso que estamos vendo sobre secularismo tem a ver com o cristianismo. Absolutamente nada. O marxismo é uma abordagem religiosa contraria a tudo aquilo que a cosmovisão judaico-cristã ensina e vive.

A principal razão da existência do marxismo é destruir todos os valores cristãos. O marxismo é uma cultura de ateísmo, morte e imoralidade, com uma roupagem de academicismo.

O que tudo isso (marxismo cultural) tem a ver com a política e a economia do mundo real? Absolutamente nada. Contraditoriamente o marxismo não toca o mundo material, embora se arrogue uma dialética materialista.

Do mesmo modo que a origem da filosofia marxista se assenta numa visão poética, a elaboração dessa filosofia foi um exercício de pura retórica acadêmica.

Entretanto, o que Marx necessitava para pôr em movimento sua maquinaria intelectual era de um estímulo moral.

O historiador Paul Johnson escreve em seu livro: “Os intelectuais”:

“Ele o encontrou em seu ódio à usura e aos agiotas, um sentimento violento relacionado diretamente (como veremos) com suas próprias dificuldades financeiras”.

Esse sentimento ganhou corpo nos primeiros escritos importantes de Marx, nos dois ensaios “‘Sobre as questões judaicas”, publicados em 1844[2].

Os discípulos de Marx eram todos – em graus variáveis antissemitas[3], e em 1843 Bruno Bauer, um filosofo e crítico ferrenho do cristianismo e o líder antissemita da esquerda hegeliana, publicou um ensaio pedindo que os judeus abandonassem completamente o judaísmo.

  1. Marx: A origem do mal era social e econômica.

Os ensaios de Marx eram uma resposta a isso. Ele não era contra o antissemitismo de Bauer. Na verdade, Marx partilhou desse sentimento, apoiou-o e citou-o em aprovação. Entretanto, Marx desaprovou a solução de Bauer.

Marx era contra a opinião de Bauer de que a natureza antissocial dos judeus tinha uma origem religiosa e podia ser corrigida fazendo-os se afastarem de sua fé religiosa.

Na opinião de Marx, a origem do mal era social e econômica. O entendimento equivocado da relação com o dinheiro o levou a escreveu:

“Examinemos o judeu real. Não o judeu de sábado, mas o judeu de todo dia”. Qual era, perguntou ele “a base profana do judaísmo? Necessidade pessoal, interesse próprio.

Qual é o culto secular dos judeus? O comercio. Qual é o Deus profano? O dinheiro.”

Os judeus haviam espalhado gradualmente sua religião “prática” por toda a sociedade: O dinheiro é o Deus egoísta, ao lado do qual nenhum outro Deus pode existir.

O Dinheiro rebaixa todos os deuses da humanidade, e os transforma em mercadoria o dinheiro é o valor autossuficiente de todos as coisas. Por essa razão, ele destituiu o mundo inteiro tanto a raça humana quanto a Natureza, de seu valor próprio.

O dinheiro é a essência alienada do trabalho e da existência do homem, essa essência domina o homem, que venera o dinheiro.

O deus dos judeus foi secularizado e tornou-se o deus do mundo, os judeus tinha corrompido os cristãos e os convencido de que “eles não tinham outro destino a qui embaixo a não ser tornarem-se mais ricos do que seus semelhantes” e de que “o mundo é uma bolsa de valores”.

Para Marx o poder político tinha se tornado o “fiador” do poder monetário, consequentemente a solução era econômica, o “agiota” tinha passado a ser “o elemento antissocial do momento presente” e para “tornar a usura impossível” era necessário acabar com as “precondições”.

Ou seja, a “possibilidade real” do tipo de atividade financeira que dava lugar a esse agiota era só acabar com a atitude judaica em relação ao dinheiro e com os judeus e sua religião, que é aversão corrompida do cristianismo que eles tinham imposto ao mundo, desapareceria:

“libertando-a do baixo comercio e do dinheiro e desse modo, do judaísmo real e prático, nossa época estaria, ela própria livre”[4]

Assim, a visão de Marx acerca do que estava errado com o mundo combinava um antissemitismo do filosofo Bruno Bauer com as ideias de Rousseau, principalmente no contrato social.

O problema do mundo para ele estava no judaísmo e no cristianismo, que representava Deus. A verdadeira luta de Marx era sua rebelião contra Deus. Ele odiou tudo o que Deus amou.

Ele ampliou essa visão em sua filosofia madura pelos três anos subsequentes, de 1844 a 1846, concluindo que o elemento prejudicial na sociedade, eram os agentes do “poder financeiro usurário” (bancos-Estado) contra os quais ele se revoltava, não eram apenas os judeus, mas a classe burguesa como um todo.[5]

  1. Marx: falácia do proletariado – a redenção da humanidade.

Para Marx, do outro lado estava a força redentora do mundo, O PROLETÁRIO.

Essa argumentação falaciosa[6] é expressa em termos estritamente hegelianos[7] (idealismo[8]), pois o marxismo são ideias academias que despreza evidências do mundo real.

O Paul Johson diz que: Marx utilizou todos os poderosos recursos do jargão filosófico alemão num pior estilo acadêmico, embora o impulso básico seja claramente moral e a visão final (a crise apocalíptica) ainda seja poética.

Desse modo: a REVOLUÇÃO se aproxima a qual na Alemanha será filosófica:

“Uma esfera que não pode se considerar livre se não se libertar de todas as outras esferas, o que, resumindo, representa o total desaparecimento de uma humanidade capaz de se redimir somente por meio de uma redenção total da humanidade.

Essa dissolução da sociedade, representada em uma classe particular, é o proletariado”.

O que Marx parece estar dizendo é que o proletariado, a classe que não é uma classe, a destruidora de uma ou várias classes.

O proletariado é uma força redentora que não possui história, não está sujeita às leis históricas, e, em última análise, o proletariado põe um fim a história.

A escatologia Marxista é uma tentativa de criar um novo mundo, uma nova terra, um paraíso comunista sem Deus e as Escrituras. Esses objetivos são obviamente contrários a Deus e sua Palavra.

Esse argumento de Marx, é por si só, de forma bem curiosa, é um conceito que imita a visão judaico-bíblico, onde proletário aparece como messias ou redentor.

No marxismo o homem é seu próprio deus e salvador. Ele se auto cria e se auto governa na tentativa de criar uma nova humanidade segundo estereótipos confusos, obscuros e evasivos de Marx.

A revolução marxista consiste de dois elementos: “a cabeça da libertação, que é a filosofia marxista; e seu coração é o proletariado”.

Desse modo, nessa visão totalitária, os INTELECTUAIS formariam a elite, e seriam os generais – e os TRABALHADORES seriam os soldados de infantaria.

Esses soldados, que não pensam, estão debaixo de uma ditadura intelectual que os controle por meio de uma lavagem cerebral acadêmica.

  1. O proletariado: enfim destruirá a si mesmo.

Tendo dado uma definição religiosa da riqueza como sendo “o poder monetário judaico” (um ataque aberto ao judaísmo bíblico) estendido à classe burguesas (calvinismo[9]) como um todo.

E tendo criado uma definição ilusória do “proletariado” segundo um novo sentido filosófico, emprestado dos argumentos de Hegel.

Marx se dirigiu então, utilizando-se da DIALÉTICA HEGELIANA[10], ao coração de sua filosofia, ou seja, aos acontecimentos que conduziriam à grande crise.

O trecho fundamental sobre esse assunto termina assim:

O proletariado confirma a sentença segundo a qual a propriedade privada se estabelece pelo fato de originar o proletariado, do mesmo modo que confirma a sentença segundo a qual os trabalhadores assalariados se estabelecem, pelo fato de possibilitarem o enriquecimento de outros e a miséria deles próprios.

Se o proletariado for vitorioso, isso não significa que ele se tornará a facção absoluta da sociedade, pois será vitorioso tão-somente por extinguir a si próprio e a seu adversário.

Então, o proletariado e seu adversário definido, a propriedade privada, desaparecem. No fim o proletariado destruirá a si mesmo.

  1. Marxismo: dialética obscura e evasiva.

Marx, desse modo, conseguiu definir o acontecimento catastrófico[11] que ele tinha visto, primeiramente, como uma imagem poética.

Porém, a definição se dá nos termos acadêmicos alemães (usando a dialética, um discurso evasivo).

O que de fato nada significa no tocante ao mundo real fora do salão de conferências da universidade. Na prática nada disso foi e é verdade.

Mesmo quando Marx tenta politizar os acontecimentos, ainda assim se utiliza do jargão filosófico: “O socialismo não pode vir a existir sem uma revolução.

Quando a “força ordenadora” começar a atuar, quando a essência, a coisa-em-si aparecer, então o socialismo poderá se desfazer de todos os disfarces políticos”.

Marx era um vitoriano legítimo; tanto quanto a própria rainha Vitória em suas cartas, tinha o hábito de sublinhar palavras.

Mas, no seu caso, esse hábito realmente não ajudava muito no sentido de transmitir sua mensagem, que ficava encoberta pela obscuridade dos conceitos da filosofia acadêmica alemã.

Para fazer sentir a força de seus pontos de vista, Marx também lançou mão de uma grande eloquência que possuía como orador, enfatizando a natureza universal do processo que estava descrevendo, porém isso também ficou obstruído pela retórica cheia de hipocrisia evasiva.

Desse modo ele usa a falácia retórica:

“o proletariado só pode existir no âmbito de uma história mundial, do mesmo modo que o comunismo; suas ações só podem ter uma existência inserida numa história mundial”.

Ou ainda um discurso evasivo e sem sentido:

“O comunismo só é possível na prática enquanto ação imediata e simultânea do povo dominante, o que pressupõe o desenvolvimento universal do poder produtivo e do comércio mundial que depende desse poder”.

Entretanto, mesmo quando a mensagem de Marx é clara, suas afirmações não têm, necessariamente, qualquer validade; não passam do obiter dicta (nada que é essencial, importante) de um filósofo moralista.[12]

  1. Marx: Argumentos impessoais e irreais.

Algumas das frases que citei acima soariam igualmente plausíveis ou implausíveis se fossem alteradas para ganharem o sentido contrário.

“o proletariado só pode existir no âmbito de uma história mundial, do mesmo modo que o comunismo; suas ações só podem ter uma existência inserida numa história mundial”.

Sentido contrário:

“o proletariado nunca existiu no âmbito de uma história mundial, do mesmo modo que o comunismo; suas ações não podem ter uma existência inserida numa história mundial”.

O historiador Paul Johnson continua:

“Portanto, onde estão os fatos, as provas do mundo real, que transformariam esses ditos proféticos de um filósofo moralista, essas revelações, numa ciência verdadeira?”

Marx tinha uma atitude ambivalente em relação às informações, assim como em relação à filosofia de Hegel. Ora criticava, ora a usava. Tudo era mera conveniência crítica e dialética.

Por um lado, passou décadas inteiras de sua vida reunindo dados, que se acumularam em mais de 100 imensos cadernos de anotações. Porém, esses dados eram dos que ele encontrou em bibliotecas, em seu tempo de pesquisa.

O tipo de informação que não interessava a Marx, era aquela informação a ser obtido a partir do exame, com seus próprios olhos e ouvidos, e do mundo e das pessoas que nele vivem.

Ele era, total e incorrigivelmente, restrito à sua escrivaninha. Um teórico contumaz. Nada no mundo o tirava da biblioteca e do estudo. (um rato de biblioteca)

Seu interesse pela pobreza e pela exploração, data do outono de 1842, quando tinha 24 anos e escreveu uma série de artigos sobre as leis que regulavam o direito dos camponeses locais de estocar madeira.

Segundo Engels, Marx contou-lhe que “foi seu estudo sobre a lei concernente ao roubo de madeira e sua investigação sobre os camponeses de Mosela que o fizeram desviar sua atenção das condições meramente políticas para a situação econômica, e por conseguinte para o socialismo”.[13]

Paul Jonhson escreve: Mas não há nenhuma prova de que Marx tenha de fato conversado com os camponeses e proprietários ou tenha analisado a situação in loco.

Mais uma vez, em 1844, escreveu para o semanário (jornal) Vorwärts (O radical) um artigo sobre a situação dos tecelões silesianos.

Porém, nunca foi à Silésia ou, até onde se sabe, jamais falou com nenhum tipo de tecelão, e se o tivesse feito estaria contrariando seu próprio temperamento.

Marx escreveu sobre finanças e indústria durante toda a vida, mas só conheceu duas pessoas ligadas aos sistemas financeiro e industrial.

Um era seu tio na Holanda, Lion Philips, um bem-sucedido homem de negócios que fundou a firma que se transformaria na imensa Philips Electric Company.

As opiniões do tio Philips sobre o sistema capitalista em geral deviam ser bem embasadas e interessantes, mas Marx não se preocupou em explorá-las. Pelo contrário ele as desprezou e nem sequer deu ao trabalho de analisá-las.

Só o consultou uma vez, acerca de um assunto ligado a altas finanças, e embora tenha visitado Philips quatro vezes, nessas ocasiões eles trataram tão-somente de assuntos pessoais relacionados com o dinheiro da família.

O outro entendido era o próprio Engels. Mas Marx recusou um convite de Engels para acompanhá-lo na visita a uma fábrica, e até onde sabemos, Marx nunca esteve, durante toda a sua vida, numa manufatura, numa fábrica, numa mina ou em qualquer outro local de trabalho industrial.

O pior da história é que ele nutria aversão aos trabalhadores, desqualificando-os por pura arrogância intelectual.

  1. Marx: revolução contra interesses dos trabalhadores.

O que é ainda mais surpreendente é a hostilidade de Marx em relação aos companheiros revolucionários que tinham essa experiência – ou seja, os trabalhadores que haviam se conscientizado politicamente.

O que Marx defendia não era os trabalhadores, mas as ideias que ele inventou sobre o proletariado, para usá-los contra aqueles que ele odiava, que era a burguesia do seu tempo.

Ele encontrou tais pessoas pela primeira vez em 1845, quando fez uma breve visita a Londres e foi a um encontro da Sociedade de Educação dos Trabalhadores Alemães.

Ele não gostou do que viu, aqueles homens eram, em sua maioria, trabalhadores especializados, relojoeiros, impressores e sapateiros; o líder deles era um guarda florestal.

Eram autoditadas, disciplinados, cerimoniosos, bem-educados, totalmente contrários à boemia, ansiosos para transformar a sociedade, mas moderados no tocante aos meios práticos para alcançar esse objetivo.

Não partilhavam das visões apocalípticas de Marx e, sobretudo, não usavam sua linguagem acadêmica. Marx os via com desprezo: para ele, não passavam de bucha para canhão.

Marx sempre preferiu se ligar a intelectuais da classe média alta, como ele próprio era. Sua luta não era para beneficiar trabalhadores, mas para colocar suas ideias em prática.

No seu livro, os Intelectuais, Paul Jonhson diz:

Quando ele e Engels fundaram a Liga Comunista e, de novo, quando formaram a liga Internacional, Marx se certificou de que os socialistas que eram da classe trabalhadora, fossem afastados de qualquer posto de influência, e fizessem parte de comissões meramente como proletários regidos por um estatuto.

A razão para isso era, em parte, um esnobismo intelectual e, em parte, porque os homens com experiência real das condições numa fábrica costumavam ser contra o uso da violência. Eles não concordavam com as ideias de Marx.

Eles eram a favor das melhorias simples e progressivas: eles eram inteligentemente incrédulos quanto à “revolução apocalíptica” que Marx afirmava ser não apenas necessária, mas inevitável.

Alguns dos ataques mais virulentos de Marx foram direcionados contra homens desse tipo; trabalhadores e simples.

Assim, em março de 1846, sujeitou William Weitling a uma espécie de julgamento discriminatório antes de um encontro da Liga Comunista em Bruxelas.

Weitling era o filho pobre e ilegítimo de uma lavadeira que nunca soube o nome do pai dele, e era um aprendiz de alfaiate que apenas por meio de trabalho árduo e de autodidatismo conquistou muitos adeptos entre os trabalhadores alemães.

O objetivo do julgamento foi o de insistir na “correção” da doutrina e fazer calar qualquer trabalhador presunçoso que não tivesse a formação filosófica que Marx achava essencial.

O ataque de Marx contra Weitling foi extraordinariamente agressivo. Ele era culpado, disse Marx, de comandar um tumulto sem doutrina.

Isso seria aceitável se acontecesse na Rússia, onde “se podem criar associações com jovens e apóstolos estúpidos.

Mas num país civilizado como a Alemanha, devemos compreender que nada pode ser conseguido sem a nossa doutrina”.

Ou ainda:

“Se se tenta influenciar os trabalhadores, principalmente os trabalhadores alemães, sem o corpo de uma doutrina e ideias científicas claras, então você estará jogando um jogo propagandístico vazio e inescrupuloso, do, e por outro, asnos vociferantes prestando atenção a ele”.

Weitling replicou que não tinha se tornado um socialista para aprender doutrinas elaboradas num gabinete; falava pelos trabalhadores verdadeiros e não se submeteria a opiniões de simples teóricos que estavam afastados do mundo de sofrimento dos verdadeiros trabalhadores.

Isso, disse uma testemunha ocular, enfureceu Marks de tal modo que ele deu um soco na mesa com grande violência e a luminária balançou.

Ficando em pé num pulo, gritou: “a ignorância nunca ajudou ninguém”. O encontro terminou com Marx “ainda andando de um lado para o outro da sala num violento acesso de cólera”’.[14]

Esse foi o modelo de ataques ulteriores, contra socialistas proletários e contra qualquer líder que tivesse conseguido um número grande seguidores de trabalhadores.

Pregando soluções práticas para problemas reais ligados a trabalho e a salários, e não a uma revolução doutrinária evasiva, das quais eles não concordavam.

  1. Marx: sua intolerância com a diversidade.

Marx, e assim como é o comunismo e marxismo cultural, que defende uma ditadura totalitarista de intolerância àqueles que discordam de suas ideias.

Desse modo, Marx atacou o ex-tipógrafo Pierre-Joseph Proudhon, o reformador agrícola Hermann Kriege e o primeiro social-democrata alemão realmente importante e organizador de trabalhadores, Ferdinand Lassalle.

Em seu Manifesto contra Kriege, Marx, que nada sabia sobre agricultura, principalmente nos Estados Unidos, onde Kriege se estabelecera, denunciou seu propósito de dar 160 acres de terras do Estado para cada camponês; disse que os camponeses deviam ser arregimentados por meio de promessas de terra, mas uma vez estabelecida a sociedade comunista, a terra seria usufruída coletivamente.

O comunismo de Marx não previa recompensas reais para os trabalhadores, mas somente para os líderes partidários. A ideologia marxista engana os trabalhadores com falsas mentiras e falso progresso.

Já o Pierre-Joseph Proudhon era um anti-dogmático:

“Pelo amor de Deus”, escreveu ele, “depois de termos destruído todo o dogmatismo [religioso] a priori, não vamos, entre todas as coisas, tentar incutir um outro tipo de dogma no povo (. . .) não nos transformemos em líderes de uma nova intolerância”.

Marx detestava esse trecho. Em sua crítica severa e violenta contra Proudhon, A miséria da filosofia, escrito em junho de 1846, acusou-o de “infantilismo”, flagrante “ignorância” em economia e filosofia e, sobretudo, má utilização das ideias e técnicas de Hegel – “Mon-sieur Proudhon conhece tão pouco a dialética hegeliana quanto o idioma em que foi escrita”.

Assim como no caso de Lassalle, ele se tornou uma vítima do mais brutal escárnio antissemítico e raciasta de Marx: ele era o “Barão It-zig”, “o Negro Judeu”, “um judeu gorduroso oculto sob a brilhantina e as jóias baratas”.

“Agora está perfeitamente claro para mim”, escreveu Marx para Engels a 30 de julho de 1862, “que, como indicam a forma de sua cabeça e o crescimento de seus cabelos, ele é descendente dos negros que se juntaram a Moisés em sua fuga do Egito (a não ser que sua mãe ou avó por parte de pai tenha tido relações com um negro).

Essa combinação do judeu com o alemão, tendo como base o negro, estava destinada a produzir um híbrido insólito”.[15]

CONCLUSÃO:

A rebelião de Marx contra Deus, o levou a criar um sistema filosófica, baseada numa dialética, que se diz materialista, mas não toca o mundo material, pois não resolve os problemas dos trabalhadores.

Essa foi a mentira contada pela Serpente a Eva no Éden. Vocês serão deuses. A dialética da serpente era uma antítese da tese divina que dizia que nos em vocês comerem você morrerá.

Então o diabo criou a síntese, certamente não morrerão, mas vocês serão melhores ao ponto de serem como Deus. A dialética da Serpente tem os mesmos elementos da dialética materialista de Marx.

Como se Deus fosse um hegeliano, acostumados com ideias que não tocam o mundo real (idealismo). E a serpente uma dialética materialista, quando vocês comerem do fruto tudo vai ser melhor.

A dialética da serpente enganou Eva e Adão e por isso foram expulsos do Paraiso. A dialética do marxismo tem os mesmos elementos enganosos, tentado voltar ao Jardim.

Novamente o homem com seu próprio esforço tentando se salvar. Tentando criar o seu próprio Paraiso e acaba criando um inferno na terra.

Assim como o sofrimento entrou no mundo por causa do pecado. O marxismo tem trazido todo tipo de destruição dos valores e isto tem produzido caos, confusão moral, totalitarismo, sofrimento e morte para quase 1 bilhão de pessoas nos dois últimos séculos.

Provérbios 14.12 diz: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”.

Karl Max foi um blasfemador ele dizia: “Quero vingar-me daquele que reina lá em cima…” “A ideia de Deus é a clave dominante de uma civilização pervertida. Tem de ser destruída.”

Na tentativa de destruir a ideia de Deus, ele acabou destruindo sua humanidade. Sem Deus, não temos uma civilização.

 

[1] https://www.amazon.com.br/Marx-Sat%C3%A3-Richard-Wurmbrand/dp/6587860117

[2] No Deutsch-Französische Jahrbücher.

[3] “Antissemitismo é o preconceito (racismo) concentrado contra qualquer pessoa de origem semita (árabes, assírios, judeus), mas principalmente contra o Judeus etc. O termo, no entanto, possui uma utilização muito mais vinculada ao preconceito (étnico, religioso ou cultural) cometido contra os judeus. Ao longo da História, o antissemitismo manifestou-se de diversas maneiras, impondo uma perseguição muito grande às populações judias.

[4] T.B. Bottomore (trad. e org.), Karl Marx: Early Writings [Karl Marx: primeiros escritos] (Londres, 1963), pp. 34-37; os ensaios sobre os judeus estão também em Karl Marx-Engels Collected Works [Obras coligidas de Karl Marx-Engels] (Lon-dres, 1975 em diante), vol. iii, pp. 146-74.

[5] O estádio decisivo dos escritos de Marx foi alcançado em A contribution to The Critique of Hegel’s Philosophy of Law [Uma contribuição à crítica da filosofia de Hegel sobre a lei] (1844),The Economic and Philosofical Manuscripts of 1844 [Os manuscritos econômicos e filosóficos de 1844] (publicado pela primeira vez em 1932), e The German Ideology [A ideologia alemā] (1845-46).

[6] O termo falácia deriva do verbo latino fallere, que significa enganar. Designa-se por falácia um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente incoerente, sem fundamento, inválido ou falho na tentativa de provar eficazmente o que alega.

[7] Qual é o pensamento hegeliano?

A filosofia hegeliana tem como princípios fundamentais os conceitos de liberdade e razão. Para Hegel, é possível que a liberdade e a razão se realizem. Mas essa possibilidade só é efetiva a partir da perspectiva do pensamento especulativo. O Sistema hegeliano propõe ser uma Filosofia da História porque é uma síntese da evolução histórica do pensamento filosófico e uma sistematização filosófica dos saberes da época de Hegel.

[8] Conceito de idealismo: O idealismo parte do princípio de que há a existência metafísica de uma realidade complexa e ideal. O que é ideal é aquilo que existe enquanto ideia, enquanto conceito, como algo descolado da matéria. O idealismo é justamente a afirmação dessas ideais como ponto central do conhecimento.

[9] Calvino é acusado de ser o pai do capitalismo selvagem, já que ele apoiou o ganho de juros dos burgueses, que foram acusados pelos católicos de usura. Infelizmente muitos burgueses cristãos eram calvinistas, que exploravam seus empregados, com baixos salários e condições ruins de trabalho. E isso foi uma brecha que o diabo encontrou para influenciar Karl Marx.

[10] Isso porque Hegel, grosso modo, era idealista, isto é, via a Razão como determinante da realidade objetiva, enquanto Marx que se via como materialista e pensava justamente o contrário: que era o mundo material que condicionava a ideia que fazíamos dele. Na prática tanto Marx e Hegel, pensavam a mesma coisa dita de forma diferente, embora os dois estivessem completamente equivocados.

[11] Marx é um poeta da destruição. Ele previu o fim do capitalismo, e ele mesmo determinou o fim por meio da revolução armada. Não foi um acontecimento natural, foi forçado a acontecer por meio da guerra e da violência da forma mais desumana e injusta.

[12] Para uma discussão válida a respeito desses escritos, ver Payne, pp. 98 e passim.

[13] Payne,p.86.

[14] Payne,pp.134-36.

[15] Marx-Engels Werke,vol.xxx,p.259.