Série de sermões expositivos sobre O Céu. Sermão Nº 86 –  O sexto dia da criação: a criação do homem (Parte 64).  Gn 1:27: a Bíblia versus o Secularismo (Parte 11). Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 14/06/2023.

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INTRODUÇÃO

Considerando ainda a batalha de cosmovisões ao longo dos séculos. Toda a cultura em todas as áreas tem fundamentos puramente religiosos, seja ceticismo ou religiões orientais.

Precisamos de uma resposta cristã para essa cultura em que vivemos. Se o cristianismo falhar em dar as respostas, a humanidade estará perdida para sempre.

Só a cosmovisão cristã tem respostas para todas as perguntas. Só Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida, e sem ele ninguém verá o Pai. Sem o cristianismo bíblico não haverá civilização.

O homem só se tornou civilizado por causa do cristianismo. Antes do cristianismo chegar nos países anglo saxônicos, eles viviam como selvagens, se destruindo e presos as mais sombrias e violentas religiões.

As grandes conquistas dos direitos e da dignidade humana, o direito inalienável da vida e direito de propriedade são conquistas exclusivas do cristianismo.

O secularismo é uma cosmovisão do caos e do terror, como foi a revolução francesa do iluminismo, produzindo um banho de sangue e terror em toda a França.

A igreja precisa tomar de novo o seu lugar na cultura, influenciando-a e promovendo a glória de Deus no meio da sociedade.

  1. A cosmovisão pagã nas artes.

Nós tipicamente e erroneamente pensamos em artistas como românticos. Então vamos olhar para as cosmovisões que estão enraizadas no romantismo.

O ROMANTISMO é um movimento artístico e cultural que privilegia as emoções, a subjetividade e o individualismo.

Contrário ao objetivismo e as tradições clássicas de perfeição (cristã), ele apresenta uma visão de mundo centrada no ser humano com destaque para as sensações humanas e a liberdade de pensamento.

O cerne do ROMANTISMO eram reavivamento do neoplatonismo uma filosofia que surgiu no século terceiro, foi uma adaptação das ideias de Platão.

Mas também o romantismo foi influenciado pelo pensamento oriental, ele ensinava que o mundo é uma emanação de uma essência espiritual.

O infinito e absoluto esse não era um transcendente criador da natureza, mais uma presença espiritual dentro da natureza, parecido com PANTEÍSMO.

Na era romântica isso era expresso quase por um brilho que emana da natureza, você consegue perceber a diferença?

A luz frequentemente é representação da presença do Divino. Um historiador da arte escreve que os detalhes individuais geralmente são apagados, pois tudo se mistura numa comunidade harmoniosa, dissolvendo-se no todo universal.

O que muitas pessoas não sabem, que o panteísmo foi a cosmovisão por de trás do surgimento da arte abstrata.

O primeiro, a pintor abstrato foi o russo naturalizado alemão e depois francês Wassily Kandinsky. Ele abraçou uma mistura bem eclética de misticismo, a oriental e ocidental.

Ele escreveu um livro sobre “o espiritual na arte”. Foi muito influente, ele ensinou que a maneira de argumentar contra o naturalismo filosófico é livrar-se de objetos materiais.

Pelas suas próprias palavras:

“A arte abstrata nos libertaria da tirania severa da filosofia materialista, que é um dos agentes mais poderosos da vida espiritual”.

Então a pintura abstrata, tem a intenção de libertar a mente com a preocupação com o mundo material, e tenta levar aquele que está enxergando a arte para a esfera espiritual.

  1. Misticismo com ninguém lá.

Críticos da arte dizem que essa é uma maneira de expressar teologia negativa. O que é teologia negativa? Isso remonta ao neoplatonismo.

Que ensinava que o todo é tão distante de todos os conceitos humanos que qualquer descrição positiva dele será falsa. A única forma de aproximar-se do Divino é negar qualquer conceito dele.

A teologia negativa parece ser um elemento pequeno, não tão importante no cristianismo, mas é muito comum no Oriente, na meditação de um budista, o mantra mais popular é a sílaba “OM”.

Qual o propósito de repetir a mesma sílaba de novo e de novo e de novo?

Para limpar a mente, para tirar qualquer preocupação com o mundo material até que ela transcenda o mundo, pensamento racional. E chegue ao silêncio interno, e possa emergir com o infinito/vazio.

Agora, como é que um artista expressa isso visualmente? Um o paralelo para o monossílabo OM é a pintura monocromática, que é uma tela pintada toda de uma mesma cor.

A Arte é conhecido por uma série de pinturas negras pretas que representam o que ele chama de ascensão Mística.

Na qual a mente deixa para trás o mundo das aparências. Composto de imagens separadas, até que alcance uma unidade não diferenciada, além do pensamento, além da razão.

Francis Schaffer usava uma frase interessante, e que pode ser aplicada aqui. Ele fala assim:

“você pode ter uma experiência no qual você se senti elevado do mundo humano, mas para conectar com o quê? Não, uma pessoa transcendente que nos ama e que comunica conosco. Mas simplesmente com o vazio e silencio?

O expressionista Marco Roth pintou vários painéis. Vários quadros, preto e grandes Para uma Capela chamada Capela rothko, mas o que ele tá querendo dizer com essas pinturas negras sombrias?

A pessoa que impediu as pinturas disse que elas expressam o silêncio de Deus. o insuportável silêncio de Deus.

O misticismo, sem ninguém não é suficiente para nos dar sentido para a vida. Depois de terminar as pinturas, antes mesmo da Capela abrir, ele cometeu suicídio.

  1. Dissolvendo o eu.

O movimento “Nova Era” diz que o panteísmo inspira, um maior respeito pela vida mas no panteísmo tradicional, como no hinduísmo, o sentido de ser um indivíduo, único, é uma ilusão.

Na verdade, é uma fonte do mal e de selvageria. O propósito da meditação é dissolver o senso de ser um indivíduo, se misturando com um mundo cósmico.

Essa ideia foi encapsulada num poema por um poeta chinês, ele escreve sobre é sentar-se numa Montanha. À medida que a noite chega, e o poema termina com essas frases:

“Nós sentamos juntos, eu e a Montanha, até que somente resta a Montanha”

Esse poema frequentemente é citado em livros de meditação, “que paz! Que unidade com a natureza”, mas o que que o poema está de fato dizendo?

Que o propósito da pessoa deve dissolver na rocha da Montanha.

Isso é totalmente, anti-humano, o poema ensina que um indivíduo, um ser humano, tem menos valor do que uma rocha, tão pouco valor que é melhor desaparecer e se conectar a uma rocha, até que somente a Montanha permanece.

A razão pela qual o PANTEÍSMO[1] leva a uma visão tão baixa da pessoa, é porque tem um ponto de partida não pessoal, sua divindade, não é um Deus pessoal que sente a pensa e age, mas é uma substância que não é cognitiva.

É por isso que, por mais que pareça surpreendente o Panteísmo não é muito diferente no materialismo. Na verdade, é o outro lado da mesma moeda.

O MATERIALISMO diz que tudo o que existe são coisas materiais, tudo é matéria.

O PANTEÍSMO diz que tudo consiste em coisas espirituais, isto é, o primeiro fala coisas materiais, o segundo fala coisas espirituais, ambos são, não pessoais, impessoais.

Como resultado, eles falham em retratar a personalidade humana, assim como a água não pode subir até a sua fonte, uma força cósmica que não é, não pensa, e não sente.

Se não pensa e nem age; essa força cósmica não pode produzir pessoas, agentes pessoais que sentem, pensam e agem e fazem escolhas livres.

É por isso que nem o materialismo nem o panteísmo tem os recursos intelectuais para sustentar a ideia de seres humanos.

Somente o cristianismo tem os recursos para explicar por que humanos são diferentes de uma máquina ou uma rocha na Montanha. Somente o cristianismo pode afirmar a verdade da singularidade e a dignidade da vida humana.

  1. Pós-modernismo: a morte do indivíduo.

As pessoas frequentemente perguntam: Como é que a gente pode argumentar sobre a verdade quando a gente fala com pós-modernos, que negam que existem qualquer verdade?

Mas o próprio pós-modernismo surge de uma alegação, uma declaração de verdade, E na verdade, do mesmo panteísmo que a gente acabou de ver.

O filósofo mais importante aqui é o Hegel. O pensamento CONTINENTAL[2](subjetivismo e irracionalismo), como muitos dizem, começou com o Hegel, ele ensinou que a história é o desdobramento de um espírito ou mente absoluta.

Os costumes, leis, moralidade, arte, ciência e religião são expressões de uma mente absolutamente em seu estágio atual de evolução.

As implicações é, ou a explicação é que o verdadeiro ator na história não é o indivíduo, o verdadeiro ator, é essa “mente absoluta” que se expressa através da cultura, os indivíduos são simplesmente produtos dessa cultura.

O pós-modernismo vai longe a ponto de dizer que indivíduos não tem sequer uma ou mais ideias originais ou singulares, eles simplesmente absorvem os costumes, as a linguagem, as crenças da sua comunidade que o cerca.

Eles simplesmente, verbalizam as forças sociais, raça, classe, gênero e assim por diante, é por isso que o pós-modernismo questiona o próprio conceito de criatividade.

Na arte do pós-modernismo, frequentemente é expresso como a morte do artista. a morte da criatividade individual, por exemplo, na cultura, na arte pop, os artistas não se preocuparam em criar alguma coisa original, eles querem meramente imitar os produtos de uma sociedade de consumo.

Essa é uma cosmovisão é desumana, eles entendem que o ser humano não consegue sobressair ao seu contexto social, no qual ele está inserido. Eles estão inconscientemente seguindo o script que foi dado a eles. Muitos filmes relatam esse conceito filosófico.

  1. O desconstrucionismo: a ironia da falta de significado.

Na TEORIA LITERÁRIA[3] é frequentemente dito que o autor está expressando vozes dadas a ele, herdadas pelos vários grupos sociais, raça, classe, gênero e assim por diante.

Agora, é claro que, as vezes os scripts vão se contradizer um ao outro, então, a tarefa do crítico literário é de desembaralhar esses roteiros contraditórios, isso é chamado de desconstrução do texto por isso o termo DESCONSTRUCIONISMO.

A premissa, é de que não existe um enredo unificado, não existe uma narrativa, uma peça literária, apenas uma pressão de situações contraditórias, conflitantes, reunidas da cultura ao redor.

Como é que o artista retrata essa ideia visualmente? para fazer colagem. Como historiador da arte, explica?

Os Quadros dos pintores com imagens justapostas de modos que sugerem incoerência aleatória, para a qual o pintor e o espectador não podem trazer nenhuma ordem com significado, é a premissa é de que a própria vida, não tem uma ordem que é consciente ou uma ordem com significado.

A ARQUITETURA PÓS-MODERNA tem a sua própria versão dessa colagem. Em contraste com o ESTILO MODERNO que a gente viu antes que falava dos modelos geométricos, do controle da ordem na arquitetura.

O estilo pós-moderno, ele retrata a ideia de desequilíbrio, instabilidade. Frequentemente, alguns elementos são exagerados, fora da proporção para criar um senso de ironia.

Por exemplo, é comum você uma obra com uma grande coluna, arco, ou um marco, que está muito maior do que o resto da construção.

Até a MODA reflete cosmovisão. O estilo na direita, na verdade é chamado de a moda desconstrucionista.

Pontas esvoaçantes alguns rasgados. Coisas viradas do avesso, assimétricas é a colagem aplicada à moda, roupa.

Numa conferência sobre o movimento de artes internacionais. O presidente do centro de artes nacionais disse assim;

‘toda arte é uma linguagem, uma linguagem de couro, som, movimento ou palavras emocionais”.

“Ao mergulharmos nós mesmos em uma obra de arte, nós entramos na cosmovisão do artista. Todos os dias sim, nós e nossos filhos estão lendo livros e assistindo vídeos que nos leva a cosmovisão do artista”.

  1. Redimindo a cultura.

Os cristãos precisam entender que o cristianismo tem as ferramentas para avaliar essas cosmovisões e oferecer, respostas melhores que qualquer outra cosmovisão que compete com as Escrituras.

Há uma crítica muito forte, feita a ortodoxia protestante, que seria demasiadamente Moderna. E como que nós podemos responder a isso? Será que nós protestantes mais ortodoxos estamos contaminados pelo modernismo?

A maioria das pessoas que dizem isso. Estão pensando na sistematização da teologia protestante, mas a verdade é que a sistematização teolgogica começou muito antes do modernismo.

Por exemplo na era de Anselmo[4] (Séc.11) e Tomás de Aquino[5] (séc.13) era muito mais racionalista, por assim dizer, do que nós somos hoje.

Aquela era verdadeiramente uma era de criar sistemas. Algumas pessoas chamam aquela era de era da fé, mas na verdade deveriam chamar essa era, de era da razão, onde queria provar o ARGUMENTO ONTOLÓGICO[6] de que Deus era o redentor, ele queria provar a existência de Deus.

Então a ideia de que o cristianismo tem racionalismo bem profundo nas suas raízes. Na verdade, isso não é algo da idade moderna, isso é algo desde o seu nascedouro, na comunidade primitiva.

E é verdade que cristãos são influenciados racionalmente por todas as eras da história, pois eles vivem nessa história e desfrutam dela, da melhor maneira possível.

Assim, como o missionário, quando vai para um país estrangeiro, que tem que peneirar a cultura, para ver o que que pode ser redimido, por que todas as pessoas são feitas à imagem de Deus e logo tem a lei de Deus escrita em seus corações e isso vai refletir na cultura.

Então algumas partes de qualquer cultura e em qualquer época tem coisas boas e ruins, sempre foi assim e assim será. Tem coisas que serão aceitáveis, e redimíveis.

Os cristãos precisam intelectualmente saber qual parte da cultura tem que ser rejeitada. Por que ela é contrária às escrituras? O cristão não é alguém com um coração quente e um cérebro vazio.

Começou com os pais da igreja, enfrentando a cultura antiga, grega e romana, eles tiveram que rejeitar a ideia grega do universo, que era ensinada por gente como Aristóteles, mas usavam vários argumentos de Platão e Aristóteles contra os materialistas daquela, como Epicuro.

Então, desde o princípio os cristãos aprenderam a peneirar a cultura em derredor e apreciar aquilo que verdadeiramente reflete a imagem de Deus, enquanto permanecem firmes aquilo que é verdadeiramente escriturístico.

Quais artistas cristãos atualmente, tem desenvolvido a cosmovisão cristã na arte de maneira produtiva?

Existem artistas cristãos e todos os diferentes estilos, isso mostra que nenhum estilo artístico é irredimível, nós achamos artistas cristãos em praticamente todos os estilos.

Quero dizer com isso que existem, compositores musicais, pintores, pinturas, e escritores que têm sido muito criativos em identificar o que é verdadeiro, que é válido e o que é bom em cada estilo de artes, pois foi Deus quem criou a arte.

Mesmo em estilos que foram motivados por cosmovisões não cristãs e até contraria a Deus, porque toda cosmovisão tem algum aspecto de verdade, se não ela não pode existir.

Deus nos deu os sentidos para investigar o mundo real o mundo material, na verdade, só o cristianismo dá uma justificativa. Só ele tem uma justificação plausível para a confiabilidade dos nossos sentidos.

  1. Cosmovisão cristã: ainda há uma esperança.

O EMPIRISTA[7] SECULAR, ele não pode sair do seu próprio mundo, para ver se os seus sentidos estão realmente corretos, pois ele é escravo da ilusão de sua cosmovisão.

Então, a conclusão logica é que o empirismo de John Locke[8] (1632-1704) leva ao ceticismo e ao ateísmo materialista.

Mas o cristão, ele defende que Deus nos fez e nos equipou para viver no mundo em que estamos, então nós somos os verdadeiros nacionalistas.

O RACIONALISTA SECULAR, não tem uma maneira de justificar o seu uso da razão atual, afinal de contas se desenvolveu por forças cegas e aleatória.

Como é que a gente sabe que as ideias, o nosso cérebro, tem qualquer relacionamento com as sensações com o mundo exterior?.

Até Darwin escreveu sobre isso, Ele falou sobre a sua dúvida horrenda. Se sua mente humana, se desenvolveu da mente de um macaco. Por que que nós devemos confiar nela?  A epistemologia[9] evolucionista, ela termina em ceticismo.

Então, o cristão pode tomar qualquer filosofia ou cosmovisão. Pode pegar qualquer estilo inspirado por essa cosmovisão.

E expor quais são os elementos de verdade dela, e quais são falsos, e mostrar que a única maneira de justificar esses elementos de verdade é por meio de uma visão cristã.

Então devemos perguntar. Como ensinar a cosmovisão cristã na Arte, literatura, filosofia com tão pouco material conhecido? E como obter esse material?

O problema foi que os cristãos saíram intelectualmente dessas ciências a cerca de 100 anos atrás, pois antes eram nós quem dialogávamos com a cultura ao nosso redor e essa cultura racionalista ficava a margem.

Porque os cristãos pararam de dialogar, saímos da conversa secular cerca de 100 anos atrás, hoje somos nós que estamos à margem da cultura secular.

Então a gente não tem argumentos construídos e sólidos. Agora temos que desesperadamente desenvolver os argumentos que nós precisamos, para dar resposta a essa cultura.

Da mesma maneira, os artistas e filósofos cristãos não têm desenvolvido uma cosmovisão cristã. Então a pergunta precisa ser respondida e nós temos poucos recursos.

Então a resposta é: nós temos que fazer a nossa tarefa de casa, preparando e encorajando os nossos filhos, a conhecerem a arte e a literatura cristã ao longo da história.

Precisamos ver como os secularistas, entraram na cosmovisão cristã e aprenderam nossa arte e literatura e depois a roubaram de nós.

Agora podemos aprender vendo como artista secular dão formas visuais as suas ideais, aprendendo a técnicas deles, vendo como as ideias são desenvolvidas?

Como num romance, aprenda a ler a linguagem visual das artes. Ela é uma linguagem e precisa ser estudada, muitos cristãos, por exemplo, eles negam arte Moderna.

Eles rejeitam a arte Moderna eles veem uma pintura pintada de preto, e dizem: eu consigo fazer isso? Frequentemente muitos cristãos dão risada e ridicularizam uma pintura como essa.

Nós não temos direito de criticar até que você entenda, qual realidade está sendo expressa. Precisamos aprender a essa geração através dessa linguagem visual. Um exemplo disso é a linguagem corporal da dança.

Precisamos aprender a expressar nossa cosmovisão cristã de forma mais visual. A nova geração foi criada aprendendo a linguagem visual desde o berço.

A tecnologia tem explorada cada vez essa linguagem. O cinema e as mídias de forma geral, usam a linguagem visual para moldar a cosmovisão da sociedade, ao seu bel prazer.

 

  1. Para que tipo de mundo estamos indo pregar e o que devemos esperar?

Quis ensinar vocês nesses sermões sobre o romantismo e iluminismo e em termos mais contemporâneos, o modernismo e pós-modernismo, para que conheçamos nossa cultura, sem que ela nos molde.

Muitas pessoas, pensam que modernismo e pós-modernismo são sequência, nós tivemos a era moderna e agora a era pós-moderna. Mas a verdade é que ambos nascem e vivem juntos há muito tempo.

No mundo da arte e do cinema é o pós-modernismo com seu estilo de pensar.

Onde reina a ditadura da diversidade e a cultura de cancelamento cristão, muitos atores cristãos foram cancelados de Hollywood, só porque na vida privada eles são cristãos.

E para falar, comunicar a eles vamos precisar quase que entrar num contexto pós-moderno, essa é a maneira como o próprio campus universitário é dividido, do outro lado do campus você vai pra ciências mais exatas.

E do outro lado a ciências humanas, onde reina o evolucionismo, que está se tornando cada vez mais extremado ao longo do tempo, produzindo o caos.

Veja por exemplo o naturalista que nega a ideia de livre arbítrio, e hoje em dia a ideia de consciência tem se tornado uma ilusão.

Você acha que é uma pessoa consciente que sente e tem ideias, mas isso é uma ilusão programada na sua mente pela seleção natural.

E o raciocínio é mais ou menos o seguinte:

A mente é o cérebro, O celebro é um computador complexo, uma máquina de processar dados.

Os computadores funcionam muito bem sem estarem conscientes, então se o cérebro é um computador então por que estaríamos conscientes? Eles dizem: não estamos conscientes.

Então para responder a pergunta: Para onde nós vamos temos que entender que as cosmovisões (cristã x secularista) estão se tornando cada vez mais separadas/distantes.

O pós-modernismo está se tornando mais irracional e negando a realidade da verdade e a cosmovisão cristã está se tornando radicalmente reducionista.

Então, antevendo o futuro eu creio que o vão entre as duas vai aumentar com o passar do tempo, e cada vez mais as pessoas vão seguir o caminho do secularismo.

Antes que os elos entre esses mundos se rompam completamente, os cristãos precisam desenvolver uma apologética que responda a ambas as cosmovisões.

CONCLUSÃO.

A cosmovisão cristã influenciou a cultura desde o começo do cristianismo e criou a cultura ocidental, a mais avançada e justa, comparada a tantas outras.

A mente cristã que nasce das escrituras não muda somente o coração do ser humano, mas também a mente. O cristão não é alguém que tem o coração em chamas e a mente vazia. Ele tem fogo no coração e luz na mente.

Precisamos de uma geração com uma verdadeira erudição bíblia e cheia do poder do Espírito Santo.

Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus. (Mateus 22:29).

Precisamos desse equilíbrio, erudição bíblica e o poder de Deus.

 

[1] O panteísmo é a crença de que absolutamente tudo e todos compõem um Deus abrangente, e imanente, ou que o Universo e Deus são idênticos. Sendo assim, os adeptos dessa posição, os panteístas, não acreditam num deus pessoal, antropomórfico ou criador.

[2] A filosofia analítica é dominante em países de língua inglesa e na tradição filosófica ligada a eles, contrastando com o que ficou conhecido como “filosofia continental”, baseada majoritariamente em autores europeus de direcionamento existencialista ou fenomenológico.

Filósofos “analíticos” costumavam ser pessoas que pensavam que a principal tarefa da filosofia deveria ser analisar a linguagem (explicar o significado das palavras), ou analisar os conceitos.

Os escritores continentais tendem a ser muito menos claros sobre o que dizem do que os filósofos analíticos. Eles não vão, por exemplo, definir de modo explícito seus termos antes de prosseguir. Eles usam mais metáforas sem nenhuma explicação literal, e eles usam mais jargões abstratos e idiossincráticos.

Os trabalhos em filosofia continental estão muito mais propensos do que os da filosofia analítica a comunicar algum tipo de subjetivismo ou de irracionalismo.

uma afirmação mais completa poderia ser a de que os filósofos continentais têm mais probabilidade de se inclinarem às visões políticas extremas, malucas e horríveis, como o comunismo e o fascismo.

Alguns pensadores comumente identificados como exemplos de filósofos continentais são – Hegel, Marx, Nietzsche, Husserl, Heidegger, Sartre, Gadamer, Derrida, Michel Foucault e Baudrillard.

São também listadas como correntes continentais o hegelianismo, Marxismo, estruturalismo, pós-estruturalismo, a desconstrução, teoria crítica, hermenêutica, fenomenologia e o pós-modernismo.

 

[3] A teoria da literatura, contudo, é uma sistematização do saber sobre o fazer literário. Preocupa-se com uma reflexão sobre o ser da literatura e se debruça sobre aquilo que faz um determinado texto ser literário, ou seja, volta-se para o modo de funcionamento do discurso enquanto arte da palavra.

s principais linhas da teoria literária são: o Formalismo Russo (primeiras décadas do século passado), o Estruturalismo Tcheco (década de 30 do século passado), o Pós-Estruturalismo e o Desconstrutivismo franceses, e a Estética da Recepção alemã (década de 60 do século passado), a Crítica de Gênero (década de 70 do século passado.

[4] Anselmo de Cantuaria dedicou-se à filosofia, aplicando a razão em vez do apelo à autoridade das Escrituras ou da patrística para estabelecer as doutrinas da fé cristã.

A obra-prima sobre a teoria do conhecimento de Anselmo é o tratado “De Veritate”, no qual afirma a existência de uma verdade absoluta da qual todas as verdades participam. Esta verdade absoluta, argumenta ele, é Deus, que é a base ou princípio de tudo e do pensamento.

[5] Tomás de Aquino: Ele foi o mais importante proponente clássico da teologia natural e o pai do tomismo. Sua influência no pensamento ocidental é considerável e muito da filosofia moderna foi concebida como desenvolvimento ou oposição de suas ideias, particularmente na ética, lei natural, metafísica e teoria política. Ao contrário de muitas correntes da Igreja na época,

[6] Um argumento ontológico é qualquer argumento que defende a existência de Deus através da ideia de que Ele é obrigatoriamente um ser perfeito e, portanto, deve existir.

 

[7] O empirismo é uma teoria filosófica que argumenta que todo o conhecimento humano deve ser adquirido de experiências sensoriais. Ou seja, a partir de suas vivências, e não instintos ou conhecimento nato, os indivíduos vão adquirindo saberes, consciência e aprendizado

[8] Locke ficou conhecido como o fundador do empirismo, além de defender a liberdade e a tolerância religiosa. Como filósofo, pregou a teoria da tábula rasa, segundo a qual a mente humana era como uma folha em branco, que se preenchia apenas com a experiência.

[9] Epistemologia, em sentido estrito, refere-se ao ramo da filosofia que se ocupa do conhecimento científico; é o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas ciências, com a finalidade de determinar seus fundamentos lógicos, seu valor e sua importância objetiva