No dia 25 de dezembro, cristãos de todo o mundo se reúnem para celebrar o nascimento de Jesus. Canções alegres, liturgias especiais, presentes embrulhados com cores vibrantes, comidas festivas – tudo isso caracteriza a festa hoje, e em outros lugares temos outras tradições natalinas.

Mas como surgiu o festival de Natal? Como o dia 25 de dezembro passou a ser associado ao aniversário de Jesus? O natal é uma festa pagã? Devemos festejar o natal? Como surgiu o papai Noel? Por que alguns cristãos não celebram o Natal?

Mensagem pregada em 04/12/2021

Não é de hoje que tem um movimento de cristãos contrários à celebração do Natal[1]. A chamada “festa máxima da cristandade” está sob ataque cerrado de vários flancos e, desta vez, a luta é interna e não contra os ímpios.

Multiplicam-se os textos e os posicionamentos contrários às características eminentemente comerciais do feriado, viés esse que sempre foi um legítimo campo de batalha dos cristãos.

Contudo, paralelo a esse pensamento, ou quase sempre o acompanhando, somos alertados, também, de que o Natal não é nada mais do que um feriado pagão assimilado pela igreja medieval, persistindo no campo evangélico apenas por desconhecimento do seu histórico.

Essa origem, além da exploração comercial, inviabilizaria a sua observância religiosa pelos cristãos, sendo fútil a tentativa de se resgatar o conceito abrigado no desgastado chavão do “verdadeiro sentido do Natal”.

A literatura infantil já nos brindou com alguns exemplos de personagens que não gostavam do Natal.

Temos Charles Dickens, no livro UM CONTO DE NATAL (teria sido melhor traduzido como Um cântico de Natal), trazendo a história de Ebenezer Scrooge, durante um período de festividades natalinas.

Scrooge era um homem rico, não ligava para ninguém; desprezava as crianças pobres; era avarento e egoísta. Teve, entretanto, um sonho no qual empobrece, modificando sua atitude para com a data. A mensagem de Dickens é que a “essência” do Natal conseguiu derreter aquele coração endurecido.

Outro personagem famoso é o Grinch – da pena do escritor Dr. Seuss, que publicava seus contos em rimas. Ele escreveu a obra como Grinch roubou o Natal, que virou, anos atrás, um filme com o ator Jim Carey.

A história retrata Grinch como uma criatura mal-humorada que tem o coração bem pequeno. Ele odeia o Natal, pois não consegue ver ninguém demonstrando felicidade.

E, por conta disso, planeja roubar todos os presentes e ornamentos para impedir a celebração do evento em uma aldeia perto de sua moradia.

Para seu espanto, a celebração ocorre de qualquer maneira. A mensagem do autor é que a “essência” do Natal não estava nos presentes ou nos ornamentos, mas transcendia a tudo isso.

Obviamente, aquilo que posso chamar de “movimento dos cristãos contra o Natal” não tem relação com qualquer desses personagens, ou com aquele outro, registrado nas páginas das Escrituras Sagradas, que também odiou o Natal:

O rei Herodes, e mais recente o Comunismo, islamismo e o ateísmo; mas, parece que está virando moda termos cristãos desavisados contra o Natal.

Além das razões relacionadas com as origens pagãs e a distorção comercial já mencionada, há cristãos que apresentam algumas razões teológicas firmadas em suas convicções do que seria ou não apropriado ao culto e celebrações na Igreja de Cristo.

Alguns puritanos[2] proibiam o Natal, considerando-o muito pagão. O governador Bradford realmente ameaçou os habitantes da Nova Inglaterra com trabalho, prisão ou multas se fossem pegos observando o Natal.

Quando Oliver Cromwell[3] e suas forças puritanas conquistaram a Inglaterra em 1645, juraram livrar a Inglaterra da decadência e, como parte de seu esforço, cancelaram o Natal.

Por demanda popular, Carlos II foi restaurado ao trono e, com ele, veio a volta do feriado popular.

Os peregrinos, separatistas ingleses que vieram para a América em 1620, eram ainda mais radicais em suas crenças puritanas do que Cromwell. Como resultado, o Natal não era um feriado no início da América. De 1659 a 1681, a celebração do Natal foi proibida em Boston.

Qualquer pessoa que exibisse o espírito natalino era multada em cinco xelins. Em contraste, no assentamento de Jamestown, o capitão John Smith relatou que o Natal foi apreciado por todos e transcorreu sem incidentes.

Após a Revolução Americana, os costumes ingleses caíram em desuso, incluindo o Natal. Na verdade, o Natal não foi declarado feriado federal até 26 de junho de 1870.

Em 1843, na Inglaterra vitoriana, Charles Dickens publicou sua novela “A Christmas Carol”. Tornou-se uma das obras curtas de ficção mais populares já escritas. Embora o livro seja mais uma obra de sentimento do que de Cristianismo, ele captura algo do espírito do Natal.

O rabugento de punho fechado, Ebenezer Scrooge, que exclamou “farsa!” com a menção do Natal, é contrastado com festeiros generosos, como seu sobrinho, Fred, e com os pobres que lutam, simbolizados por Bob Cratchit e Tiny Tim.

O apelo do livro a boas obras e contribuições de caridade virtualmente define o Natal em países de língua inglesa

  1. O NATAL É UMA FESTA PAGÃ?

O cristianismo não foi plagiado dos mitos pagãos, como muitos historiadores ateus humanistas querem afirmar.

Como outros eventos bíblicos, não foi plagiado da mitologia pagã. Mas o inverso é totalmente verdadeiro. Hercules é uma versão plagiada da história bíblica de Sanção.

Mas alguns críticos afirmam que o Natal viola as Escrituras porque deriva do paganismo.

Primeiro, mesmo se isso fosse verdade, isso comete a falácia genética, o erro de tentar refutar uma crença rastreando-a até sua fonte.

Por exemplo, Kekulé imaginou a (correta) estrutura do anel da molécula de benzeno após o sonho de uma cobra segurando sua cauda. No entanto, os químicos não precisam se preocupar com a biologia correta da cobra ou com a psicologia dos sonhos para analisar o benzeno!

O que é certo ou errado nessas celebrações independe da verdade ou falsidade de seus alegados paralelos. Mais importante ainda, a verdade do Cristianismo depende dos fatos históricos da Encarnação e Ressurreição de Cristo, não das tradições do Natal.

Além disso, a reivindicação da derivação pagã não é suportada pela história. Muitos supostos paralelos pagãos não são nada do gênero ou, na verdade, são posteriores ao cristianismo, portanto foram emprestados do cristianismo.

O Cristianismo foi plagiado de mitos pagãos? Ou os mitos pagãos plagiaram o cristianismo?

  1. Inconsistência de críticas

Existem coisas muito mais familiares que realmente são derivados do paganismo, mas com o qual poucas pessoas se preocupam.

É ilógico evitar um feriado cristão que reúna as pessoas na adoração (uma coisa boa) por causa de alguma ligação percebida com o paganismo, enquanto usa produtos do dia-a-dia e ignora sua óbvia herança pagã.

Ninguém deixa de usar sapatos projetados pela Nike (deus pagao), mascar chiclete Trident (deuses gregos) ou assistir a um filme da Orion Pictures (astrologia).

Vários dias da nossa semana e meses do nosso ano têm o nome de deuses nórdicos, exceto o sábado, que vem do deus romano Saturno, e o domingo e a segunda-feira refere-se ao sol e a lua.

Vários meses têm o nome de deuses romanos. Os oito planetas e muitas de suas luas têm o nome de divindades romanas. Os carros Mazda têm o nome de uma divindade Zoroastriana, e muitas pessoas dirigem carros, com nome de deuses; Ares, Bora, Argos, apollo, Azera etc..

Mas mesmo na Palavra de Deus, alguns dos heróis da Bíblia tinham nomes paganizados. Por exemplo, Mordecai, o verdadeiro herói do livro de Ester, tem um nome relacionado ao deus supremo da Babilônia Marduk.

Considere também os três amigos de Daniel que foram preparados para serem jogados na fornalha em vez de adorar alguém que não seja o Deus verdadeiro.

Eles foram originalmente chamados de Hananias, Misael e Azarias, mas são mais conhecidos pelos nomes que os babilônios lhes deram: Sadraque, Mesaque e Abednego ( Daniel 1: 7 ).

Abednego significa ‘servo de Nebo’, o deus pagão. E o Novo Testamento foi escrito no alfabeto grego, inventado pelos pagãos.

  1. A DATA DO NATAL.

A Bíblia oferece algumas pistas: as celebrações da Natividade de Jesus não são mencionadas nos Evangelhos ou Atos; a data não é fornecida, nem mesmo a época do ano.

A referência bíblica a pastores cuidando de seus rebanhos à noite, quando ouvem a notícia do nascimento de Jesus (Lucas 2: 8), pode sugerir a estação do início da primavera; no frio mês de dezembro, por outro lado, as ovelhas bem poderiam ter sido encurraladas.

No entanto, a maioria dos estudiosos recomendaria cautela ao extrair um detalhe tão preciso, mas incidental, de uma narrativa cujo foco é TEOLÓGICO, em vez de CALENDÁRICO.

  1. Objeções a 25 de dezembro

É comum se opor ao 25 ​​de dezembro com alegações de que Jesus não poderia ter nascido nesta data. Embora não sabemos definitivamente do dia.

Mas muitos argumentos contra 25 de dezembro são falaciosos e foram usadas inicialmente por teólogos liberais e agnósticos.

Por exemplo, uma afirmação é que o final de dezembro é muito frio para os pastores estarem em seus campos.

Mas é muito improvável que essas pessoas já tenham estado em Belém, porque os pastores realmente têm seus rebanhos em dezembro. Na verdade, Belém geralmente não é muito fria no Natal.

De fato, dezembro é uma época muito boa, porque a grama é exuberante, pois dezembro é um dos três meses mais chuvosos do ano naquela terra, depois do verão seco.

E não é tão frio; tem quase a mesma temperatura do norte da Flórida. Um ‘Natal gelado’ em Belém é raro; a maioria dos dezembros nunca fica abaixo de zero[4].

Para efeito de comparação, Jacó, vivendo muito mais ao norte em Paddan-Aran, cuidava dos rebanhos de seu tio Labão ao ar livre, mesmo durante as noites geladas (Gênesis 31:38–40; hebraico qerach קֶ֫רַח= gelo, geada).

É provável que esses requerentes não estejam familiarizados com a criação de ovelhas.

As ovelhas têm seu próprio material isolante caseiro em todo o corpo – sua lã, que as mantém aquecidas mesmo em tempo de neve, e a lanolina da lã impede que a umidade da lã penetre na pele.

Se as ovelhas forem mantidas dentro de casa em clima frio, elas têm maior probabilidade de pegar pneumonia devido ao acúmulo de amônia e umidade nos celeiros que promove a disseminação de vírus.

As ovelhas são muito mais saudáveis ​​quando vivem ao ar livre, desde que possam se proteger dos ventos de inverno, como por meio de algumas árvores[5].

Finalmente, seria muito trabalhoso fornece toda a água e grama para um grande rebanho de ovelhas dentro, bem como limpar regularmente seus excrementos – muito melhor deixá-los forragear.[6]

Portanto, os pastores no Antigo Oriente Próximo eram mais resistentes do que os críticos modernos pensam.

Outros afirmam que Jesus deve ter nascido durante a Festa dos Tabernáculos, em setembro. No entanto, é improvável que Jesus tenha nascido em um dia de festa judaica.

O Evangelho de Mateus, em particular, muitas vezes vinculou os ditos e ações de Jesus como cumprimento de um ditado do Antigo Testamento, e menciona todas as vezes que Ele fez algo no Dia Santo dos Judeus.

Portanto, se Ele tivesse nascido em uma festa, pelo menos um dos escritores dos Evangelhos o teria mencionado.

Este não é um argumento do silêncio, que em termos lógicos formais é um tipo de argumento inválido chamado negar o antecedente (veja a explicação em Declarações Condicionais e Implicações).

Mas o acima é um argumento de ausência conspícua, que é um tipo de argumento válido denominado negar o consequente.

  1. As evidencias extrabíblicas

As evidências extrabíblicas do primeiro e do segundo século são igualmente escassas, e raras são as menções às celebrações do nascimento nos escritos dos primeiros escritores cristãos, como Irineu (c. 130–200) ou Tertuliano (c. 160–225).

Orígenes de Alexandria (c. 165-264) chega a zombar das celebrações romanas de aniversários de nascimento, descartando-as como práticas “pagãs” – uma forte indicação de que o nascimento de Jesus não foi marcado com festividades semelhantes naquele lugar e época[7].

Isto poderia facilmente nos induzir a dizer que o Natal não era celebrado naquele momento.

Todavia isso contrasta fortemente com as tradições mais antigas que cercavam os últimos dias de Jesus. Cada um dos quatro evangelhos fornece informações detalhadas sobre a época da morte de Jesus.

De acordo com João, Jesus é crucificado assim como os cordeiros pascais são sacrificados.

Isso teria ocorrido no dia 14 do mês hebraico de Nisan, pouco antes do feriado judaico começar ao pôr do sol (considerado o início do 15º dia porque no calendário hebraico, os dias começam ao pôr do sol).

Em Mateus, Marcos e Lucas, porém, a Última Ceia é realizada após o pôr do sol, no início do dia 15. Jesus é crucificado na manhã seguinte – ainda, dia 15[8].

A PASCOA foi um desenvolvimento muito anterior ao NATAL, foi simplesmente a gradual reinterpretação cristã da Páscoa em termos da Paixão de Jesus.

Sua observância poderia até estar implícita no Novo Testamento (1 Coríntios 5: 7–8: “Nosso cordeiro pascal, Cristo, foi sacrificado. Celebremos, portanto, a festa…”);

Certamente foi uma festa distintamente cristã em meados do século II, quando o texto apócrifo conhecido como Epístola aos Apóstolos faz com que Jesus instrua seus discípulos a “fazerem comemoração de [sua] morte, isto é, a Páscoa”.

O ministério de Jesus, milagres, Paixão e Ressurreição eram frequentemente de maior interesse para os escritores cristãos do primeiro e do início do segundo século.

Mas com o tempo, as origens de Jesus se tornariam uma preocupação crescente.

Podemos começar a ver essa mudança já no Novo Testamento. Os primeiros escritos – Paulo e Marcos – não fazem menção ao nascimento de Jesus.

Já os Evangelhos de Mateus e Lucas fornecem relatos bem conhecidos, mas bastante diferentes do evento – embora nenhum especifique uma data.

No segundo século, outros detalhes do nascimento e infância de Jesus são relatados em escritos apócrifos, como o Evangelho da Infância de Tomé e o Proto-Evangelho de Tiago[9].

Esses textos fornecem todo tipo de curiosidades, desde os nomes dos avós de Jesus até os detalhes de sua educação – mas não a data de seu nascimento.

O que fica logo evidente que a comunidade cristã primitiva se dividia entre a identificação da data do nascimento de Jesus e a necessidade de celebração litúrgica desse evento.

Por isso a observância geral do dia do nascimento de Jesus demorou a vir. Em particular, durante os primeiros dois séculos do cristianismo, houve forte oposição ao reconhecimento dos aniversários dos mártires, o por isso alguns eram contra a celebração do nascimento de Jesus.

Devido à grande ênfase dada aos mártires, já que a igreja viva suas piores perseguições. Então alguns cristãos começaram a enfatizar que os santos e mártires deveriam ser homenageados nos dias dos seus martírios.

Alguns Pais da Igreja fizeram comentários sarcásticos sobre o costume pagão de celebrar aniversários, e diziam que os cristãos, deveriam festejar o dia dos martírios – seus verdadeiros “aniversários”, da perspectiva da igreja.

Finalmente, por volta de 200 D.C, um erudito professor e filosofo cristão no Egito faz referência à data de nascimento de Jesus.

De acordo com CLEMENTE DE ALEXANDRIA (150-217), vários dias diferentes foram propostos por vários grupos cristãos, mostrando que essa disputa já era antiga.

Clemente escreveu:

“Há aqueles que determinaram não apenas o ano do nascimento de nosso Senhor, mas também o dia; e eles dizem que aconteceu no ano 28 de Augusto, e no dia 25 do [mês egípcio] Pachon [20 de maio em nosso calendário] … E tratando de Sua Paixão, com grande exatidão, alguns dizem que demorou lugar no 16º ano de Tibério, no dia 25 de Phamenoth [21 de março]; e outros no dia 25 de Pharmuthi [21 de abril] e outros dizem que no dia 19 de Pharmuthi [15 de abril] o Salvador sofreu.

Obviamente, havia grande incerteza, mas também isso demonstra o considerável interesse, em datar o nascimento de Jesus já final do segundo século.

O dia 25 de dezembro foi identificado pela primeira vez em 221 d.C; como a data do nascimento de Jesus pelo erudito, escritor e Historiador[10] cristão; SEXTO JÚLIO AFRICANO[11] (nascido, em A.D 180- Jerusalém e morreu 250) e mais tarde tornou-se a data universalmente aceita.

No século IV (301-400), entretanto, encontramos referências a duas datas que eram amplamente reconhecidas – e que já era amplamente celebrada – como o aniversário de Jesus: 25 de dezembro no Império Romano ocidental e 6 de janeiro no Oriente (especialmente no Egito e na Ásia Menor).

A moderna igreja armênia continua a celebrar o Natal em 6 de janeiro; para a maioria dos cristãos, porém, prevaleceria o dia 25 de dezembro, enquanto o dia 6 de janeiro acabou sendo conhecido como a FESTA DA EPIFANIA, comemorando a chegada dos magos a Belém.

O Historiador cristão Sexto Júlio Africano sugere que 25 de dezembro se tornou a data do nascimento de Jesus por um raciocínio a priori que identificava O EQUINÓCIO DA PRIMAVERA como a data da CRIAÇÃO DO MUNDO e o quarto dia da criação, quando o sol foi criado, como o dia de Jesus; “a concepção” (ou seja, 25 de março).

25 de dezembro, nove meses depois, tornou-se a data do nascimento de Jesus. Por muito tempo, a celebração do nascimento de Jesus foi observada em conjunto com seu batismo, celebrado em 6 de janeiro.

Outra menção de 25 de dezembro como o aniversário de Jesus vem de um almanaque romano de meados do século IV que lista as datas de morte de vários bispos e mártires cristãos.

A primeira data listada, 25 de dezembro, está marcada: natus Christus in Betleem Judea: “Cristo nasceu em Belém da Judéia”.

AGOSTINHO DE HIPONA[12] (354-420) menciona um grupo local de dissidentes cristãos, os Donatistas, que aparentemente mantinham as festas de Natal em 25 de dezembro, mas se recusava a celebrar a Epifania em 6 de janeiro, considerando-o uma inovação.

Visto que o grupo donatista só emergiu durante a perseguição sob Diocleciano em (284- 312 d.C) e então permaneceu obstinadamente apegado às práticas daquele momento no tempo, eles parecem representar uma tradição cristã norte-africana mais antiga.

Assim, quase 300 anos após o nascimento de Jesus, finalmente encontramos pessoas observando seu nascimento no meio do inverno.

  1. QUANDO SE DEVE COMEMORA O NATAL?

Então, qual foi o dia do nascimento de Jesus? Porque as datas de 25 de dezembro no cristianismo ocidental e 6 de janeiro no oriente ficou estabelecidas?

Existem duas teorias hoje: uma extremamente popular, a outra menos ouvida fora dos círculos acadêmicos (embora muito mais antiga)[13].

  1. A origem pagã do natal?

Uma das explicações generalizadas da origem desta data é que 25 de dezembro foi a cristianização do “dies solis invicti nati”; (“dia do nascimento do sol invicto”).

Era um feriado popular no Império Romano que celebrava o solstício de inverno como um símbolo do ressurgimento do sol, a rejeição do inverno e o prenúncio do renascimento da primavera e do verão.

Não há evidências de uma data de 25 de dezembro para os mistérios mitraicos, como os teólogos liberais afirmaram certa vez.

Não foi uma data 25 de dezembro de Sol Invictus, ou ‘Sol Invicto’, mas isso não especificamente pertencem ao mitraísmo, que não tinha festivais públicos únicas.

Além disso, esta celebração é posterior às celebrações cristãs da mesma data. A observação desta data pelos cristãos remonta pelo menos até 202 DC por Hipólito de Roma (170-235) em seu Comentário sobre Daniel:

Para o primeiro advento de nosso Senhor na carne, quando ele nasceu em Belém, oito dias antes do kalends de janeiro [25 de dezembro], o 4º dia da semana [quarta-feira], enquanto Augusto estava em seu quadragésimo segundo ano, [2 ou 3 AC ], mas a partir de Adão cinco mil e quinhentos anos.

Ele sofreu no trigésimo terceiro ano, 8 dias antes dos kalends de abril [25 de março], Dia da Preparação, décimo quinto ano de Tibério César [29 ou 30  DC ], enquanto Rufus e Roubellion e Caio César, pela 4ª vez , e Gaius Cestius Saturninus eram cônsules.

Mas não foi até  274 d.C, 72 anos depois, que o imperador romano Aureliano proclamou uma celebração do Sol Invictus, e nenhuma evidência clara de que esta celebração nesta data realmente ocorreu até 354 DC.

William J. Tighe num artigo, ‘Calculando o Natal’, conclui:

Assim, 25 de dezembro[14] como a data do nascimento de Cristo, parece não dever absolutamente nada às influências pagãs sobre a prática da Igreja durante ou após a época de Constantino.

É totalmente improvável que tenha sido a data real do nascimento de Cristo, mas surgiu inteiramente dos esforços dos primeiros cristãos latinos para determinar a data histórica da morte de Cristo.

E a festa pagã que o Imperador Aureliano instituiu naquela data do ano 274 não foi apenas um esforço para usar o solstício de inverno para fazer uma declaração política, mas também quase certamente uma tentativa de dar um significado pagão a uma data já importante para Cristãos romanos.

Os cristãos, por sua vez, poderiam, em uma data posterior, reapropriar-se do pagão ‘Nascimento do Sol Invicto’ para se referir, por ocasião do nascimento de Cristo, ao nascer do ‘Sol da Salvação’ ou “Sol da Justiça”.[15]

Então, claramente, a celebração pagã naquela data é a falsificação, não o original.

Ao criar a nova festa, ele pretendia que o início do prolongamento da luz do dia e a interrupção do prolongamento das trevas, em 25 de dezembro, fossem um símbolo do esperado “renascimento” ou rejuvenescimento perpétuo do Império Romano, resultante da manutenção da adoração dos deuses cuja tutela (os romanos pensavam) trouxe Roma à grandeza e domínio do mundo. Ele usou a a data da celebração cristã, para tentar ofusca-la.

Um fato histórico importante, foi que a data de 25 de dezembro se tornou amplamente aceito em 200, Isso implica que já era aceito a um bom tempo, como a data do nascimento de Jesus.

Isso muito tempo antes de Deocleciano em 274d.C; e Constantino (325); e somente séculos mais tarde (Sec XII) alguns escritores cristãos passaram a fazer uma aplicação alegórica entre o “renascimento do sol invicto” e o nascimento do Filho, o verdadeiro sol da Justiça.

A teoria mais divulgada sobre as origens da (s) data (s) de Natal é que ela foi emprestada de celebrações pagãs. Os romanos tinham seu festival de Saturnália no meio do inverno no final de dezembro; povos bárbaros do norte e do oeste da Europa mantinham feriados em épocas semelhantes.

Para culminar, em 274 d.C, o imperador romano Aureliano estabeleceu uma festa do nascimento do Sol Invictus (o Sol Invicto), em 25 de dezembro. O Natal, argumenta-se, é na verdade uma derivação desses festivais solares pagãos.

De acordo com essa teoria, os primeiros cristãos escolheram deliberadamente essas datas para encorajar a difusão do Natal e do Cristianismo por todo o mundo romano: Se o Natal parecesse um feriado pagão, mais pagãos estariam abertos tanto para o feriado quanto para o Deus cujo nascimento ele celebra.

Apesar de sua popularidade hoje, essa teoria das origens do Natal tem seus problemas. Isso não é encontrado em nenhum dos escritos cristãos antigos, para começar.

Os autores cristãos da época notam uma conexão entre o solstício e o nascimento de Jesus: o pai da igreja, AMBRÓSIO (c. 339-397), por exemplo, descreveu Cristo como o verdadeiro sol, que ofuscou os deuses caídos da velha ordem.

Mas os primeiros escritores cristãos nunca sugeriram qualquer engenharia recente de calendários; eles claramente não acham que a data foi escolhida pela igreja.

Em vez disso, eles vêem a coincidência como um sinal providencial, como prova natural de que Deus escolheu Jesus entre os falsos deuses pagãos.

Só no século 12 é que encontramos a primeira sugestão de que a celebração do nascimento de Jesus foi deliberadamente marcada para a época das festas pagãs.

Numa nota marginal em um manuscrito dos escritos do comentarista bíblico siríaco Dionysius bar-Salibi afirma que, nos tempos antigos, o feriado de Natal foi na verdade alterado de 6 de janeiro para 25 de dezembro, de modo que caísse na mesma data do feriado pagão do Sol Invictus[16].

Nos séculos 18 e 19, os estudiosos liberais da Bíblia estimulados pelo novo estudo de religiões comparadas agarraram-se a essa ideia[17].

Eles alegaram que, como os primeiros cristãos não sabiam quando Jesus nasceu, eles simplesmente assimilaram a festa pagã do solstício para seus próprios propósitos, alegando que era a época do nascimento do Messias e celebrando-a de acordo.

Estudos mais recentes mostraram que muitos dos adereços modernos do feriado refletem costumes pagãos emprestados muito mais tarde, à medida que o cristianismo se expandiu para o norte e o oeste da Europa.

A árvore de Natal, por exemplo, equivocadamente foi associada às práticas druídicas da Idade Média tardia. Isso apenas encorajou o público moderno a supor que a data também deve ser pagã.

Existem problemas com essa teoria popular, no entanto, como muitos estudiosos reconhecem.

Mais significativamente, a primeira menção de uma data para o Natal (200 d.C) e as primeiras celebrações que conhecemos (c. 250–300) ocorreram em um período em que os cristãos não estavam recorrendo nenhuma tradição pagã.

É verdade que a fé e a prática cristã não foram formadas isoladamente. Muitos elementos primitivos do culto cristão:

“incluindo refeições eucarísticas, refeições em homenagem aos mártires e muitas das primeiras artes funerárias cristãs – teriam sido bastante observadas e compreendidas pelos observadores pagãos”.

Ainda assim, nos primeiros séculos, a minoria cristã perseguida estava muito preocupada em se distanciar das observâncias religiosas pagãs públicas mais amplas, como sacrifícios, jogos e feriados.

Isso ainda era verdade até as violentas perseguições aos cristãos conduzidas pelo imperador romano Diocleciano entre 303 e 312.

Isso mudaria somente depois que Constantino se converteu ao Cristianismo. De meados do século IV em diante, encontramos cristãos adaptando e cristianizando deliberadamente os festivais pagãos.

Um famoso defensor dessa prática foi o Papa Gregório, o Grande, que, em uma carta escrita em 601 d.C a um missionário cristão na Grã-Bretanha, recomendou que os templos pagãos locais não fossem destruídos, mas convertidos em igrejas, e que os festivais pagãos fossem celebrados como festas de mártires cristãos.

A essa altura, o Natal pode muito bem ter adquirido alguns ornamentos pagãos. Mas não temos evidências de cristãos adotando festivais pagãos no século III, quando foram estabelecidas datas para o Natal.

Assim, parece improvável que a data tenha sido simplesmente selecionada para corresponder aos festivais solares pagãos.

A festa de 25 de dezembro já era comemorada antes de 312 – antes de Constantino e sua conversão. Historicamente os cristãos donatistas no norte da África parecem comemorando o natal bem antes dessa época.

Além disso, de meados ao final do século IV, os líderes da igreja no Império Oriental se preocuparam não em introduzir uma celebração do aniversário de Jesus, mas em adicionar a data 25 de dezembro à sua celebração tradicional em 6 de janeiro.

 

  1. Porque 25 de dezembro?

Há outra maneira de explicar as origens do Natal em 25 de dezembro: por mais estranho que possa parecer, a chave para datar o nascimento de Jesus pode estar na datação da morte de Jesus na Páscoa.

Nesse caso, qual é a real fonte da data de 25 de dezembro? É uma tradição judaica extrabíblica, chamada de ‘ano integral’. Isso significa que a vida de um profeta seria um número exato de anos.

Originalmente, o dia da morte era considerado um aniversário de seu aniversário, e o Talmud aplica isso a Moisés e Abraão. Mas os primeiros cristãos modificaram isso: ele morreria no aniversário de sua concepção, o verdadeiro início da vida.

A morte de Jesus foi calculada como 25 de março pela Igreja Ocidental e 6 de abril pela Igreja Oriental. Portanto, esta mesma data foi celebrada como a data em que Cristo foi concebido, e chamada de Dia da Anunciação.

Nove meses depois, é 25 de dezembro ou 6 de janeiro, e a última data ainda é celebrada na Igreja Ortodoxa Oriental (e muitos ramos da Igreja Ocidental celebram a ‘Epifania’ no mesmo dia, agora para comemorar a chegada de um número desconhecido de magos e seus três dons)

Essa visão foi sugerida pela primeira vez ao mundo moderno pelo estudioso francês Louis Duchesne no início do século 20 e totalmente desenvolvida pelo americano Thomas Talley nos anos mais recentes[18]

Mas eles certamente não foram os primeiros a notar uma conexão entre a data tradicional da morte de Jesus e seu nascimento.

Por volta de 200 d.C, TERTULIANO DE CARTAGO relatou o cálculo de que o dia 14 de nisã (o dia da crucificação de acordo com o Evangelho de João) no ano em que Jesus morreu[19] era equivalente a 25 de março no calendário romano (solar)[20]. 25 de março é, naturalmente, nove meses antes de 25 de dezembro; mais tarde, foi reconhecida como a festa da Anunciação – que é a comemoração da concepção de Jesus[21] .

Assim, acreditava-se que Jesus havia sido concebido e crucificado no mesmo dia do ano. Exatamente nove meses depois de 25 de março, Jesus nasceu, em 25 de dezembro[22].

Segundo o especialista em história da igreja primitiva; Dr Andrew McGowan, Essa ideia aparece em um tratado cristão anônimo intitulado On Solstices and Equinoxes, que parece vir do norte da África do século IV.

O tratado afirma:

“Portanto, nosso Senhor foi concebido no oitavo dia do kalends de abril do mês de março [25 de março], que é o dia da paixão do Senhor e de sua concepção. Pois naquele dia ele foi concebido no mesmo dia em que sofreu[23]”. Com base nisso, o tratado data o nascimento de Jesus com o SOLSTÍCIO DE INVERNO.

AGOSTINHO de Hipona (354-430), um dos maiores teólogos do seu tempo; também estava familiarizado com essa associação.

Em seus escritos “Sobre a Trindade[24]” (399–419) ele escreve:

“Pois ele [Jesus] foi concebido como tendo sido concebido no dia 25 de março, dia em que também sofreu(crucificado); assim, o ventre da Virgem, no qual ele foi concebido, onde nenhum mortal foi gerado, corresponde à nova sepultura em que ele foi sepultado, onde o homem nunca foi colocado, nem antes dele nem depois. Mas ele nasceu, segundo a tradição, no dia 25 de dezembro[25].”

Agostinho também intitulou especificamente um de seus pontos do Sermão 22, “O Festival não tem nada a ver com a adoração do Sol, como alguns afirmam.”

Assim, no final do século IV, Agostinho refutou que o Natal teve suas origens na Saturnália, ao mesmo tempo que atribuiu claramente o nascimento do Senhor a 25 de dezembro como uma “tradição da igreja”.

(a) A tradição do oriente.

Também na igreja do Oriente, as datas da CONCEPÇÃO E DA MORTE de Jesus estavam relacionadas.

Mas em vez de trabalhar a partir do dia 14 de nisã no calendário hebraico, os orientais usaram o dia 14 do primeiro mês da primavera (Artemisios) em seu calendário grego local – 6 de abril para nós. 6 de abril é, claro, exatamente nove meses antes de 6 de janeiro – a data que a igreja oriental comemora o Natal.

No Oriente, também, temos evidências de que abril foi associado à concepção e crucificação de Jesus.

O BISPO EPIFÂNIO DE SALAMINA escreve que em 6 de abril, “O cordeiro foi encerrado no ventre imaculado da virgem sagrada, aquela que tirou e leva em sacrifício perpétuo os pecados do mundo[26].

Ainda hoje, a Igreja Armênia celebra a Anunciação no início de abril (no dia 7, não no dia 6) e o Natal no dia 6 de janeiro[27].”

Assim, temos cristãos em duas partes do mundo calculando o nascimento de Jesus com base no fato de que sua MORTE E CONCEPÇÃO ocorreram no mesmo dia (25 de março ou 6 de abril) e apresentando dois resultados próximos, mas diferentes (25 de dezembro e 6 de janeiro).

Segundo o Dr Andrew McGowan Conectar a concepção de Jesus e a morte dessa maneira certamente parecerá estranho para os leitores modernos, mas reflete os entendimentos antigos e medievais de que toda a salvação está interligada.

Uma das expressões mais pungentes dessa crença é encontrada na arte cristã, onde o pintor expressa a CONCEPÇÃO E A REDENÇÃO no mesmo tempo.

McGowan, continua dizendo que a noção de que A CRIAÇÃO E A REDENÇÃO devem ocorrer na mesma época do ano também se reflete na antiga tradição judaica, registrada no TALMUD.

O Talmude Babilônico preserva uma disputa entre dois rabinos do início do segundo século a.C; que compartilham dessa visão, mas discordam quanto à data: Rabino Eliezer declara:

“Em Nisan o mundo foi criado; em Nisan nasceram os Patriarcas; na Páscoa Isaac nasceu … e em nisã eles [nossos ancestrais] serão redimidos no futuro.” (O outro rabino, Josué, data esses mesmos eventos para o mês seguinte, Tishri)[28].

Assim, as datas do Natal e da Epifania podem muito bem ter resultado da reflexão teológica cristã sobre tais cronologias: Jesus teria sido concebido na mesma data em que morreu e nasceu nove meses depois[29].

McGowan conclui seu argumento: “No final, ficamos com uma pergunta: Como o dia 25 de dezembro se tornou Natal? Não podemos ter certeza absoluta.

Será mesmo que os elementos do festival que se desenvolveram do século IV até os tempos modernos podem muito bem derivar de tradições pagã?

“No entanto, a data real pode realmente derivar mais do judaísmo – da morte de Jesus na Páscoa e da noção rabínica de que grandes coisas podem ser esperadas, repetidamente, na mesma época do ano – do que do paganismo.

Então, novamente, nesta noção de ciclos e o retorno da redenção de Deus, podemos talvez também estar tocando em algo que os romanos pagãos que celebraram o Sol Invictus, e muitos outros povos desde então, teriam entendido e reivindicado para si também” (Andrew McGowan publicado na Bible Revie , dezembro de 2002).

A especialista em cristianismo primitivo Leonora Neville[30] diz que a maioria dos primeiros cristãos eram judeus convertidos, que dependiam do calendário lunar judaico, depois que os gentios foi se convertendo, é que outros grupos usavam o calendário[31] de Júlio Cesar feito em 46 d.C

A maioria de nós já está familiarizada com a Era Comum (CE) como uma versão secular do sistema cronológico Anno Domini (AD), que data os eventos de acordo com o “Ano de Nosso Senhor”, ou o nascimento de Jesus.

Mas quando exatamente as pessoas começaram a se interessar pelas coisas da época de Cristo? Obviamente, quando Jesus nasceu, ninguém tinha um calendário dizendo que era o ano 0. Herodes não tinha como saber que ele assumiu o poder no ano 37 aC.

Na verdade, foi só centenas de anos depois da época de Jesus que alguém tentou contar os anos que se passaram desde seu nascimento.

O Natal[32] começou a ser amplamente celebrado com uma liturgia específica no século IX, mas inicialmente não atingiu a importância litúrgica da Sexta-Feira Santa ou da Páscoa, os outros dois principais feriados cristãos.

As igrejas católicas romanas celebram a primeira missa de Natal à meia-noite, e as igrejas protestantes cada vez mais realizam cultos de Natal à luz de velas na noite de 24 de dezembro.

Um culto especial de “aulas e canções de natal” se entrelaça Canções de Natal com leituras das Escrituras narrando a história da salvação desde a queda no jardim do Éden até a vinda de Cristo.

O serviço, inaugurado por EW Benson[33] e adotado na Universidade de Cambridge, tornou-se amplamente popular.

Dada a importância do Natal como um dos principais dias de festa cristã, a maioria dos países europeus observa, sob a influência cristã, 26 de dezembro como um segundo feriado de Natal.

Esta prática recorda a antiga noção litúrgica cristã de que a celebração do Natal, bem como da Páscoa e do Pentecostes, deve durar toda a semana.

A observância de uma semana como era no início, no entanto, foi sucessivamente reduzida para o dia de Natal e um único feriado adicional em 26 de dezembro.

As igrejas ortodoxas orientais honram o Natal em 25 de dezembro. No entanto, para aqueles que continuam a usar o calendário juliano para suas observâncias litúrgicas, esta data corresponde a 7 de janeiro no calendário gregoriano.

As igrejas da comunhão ortodoxa oriental celebram o Natal de várias maneiras. Por exemplo, na Armênia, o primeiro país a adotar o cristianismo como religião oficial, a igreja usa seu próprio calendário; a Igreja Apostólica Armênia homenageia 6 de janeiro como Natal.

Na Etiópia, onde o cristianismo tem um lar desde o século 4, a Igreja Ortodoxa Etíope de Tewahedo celebra o Natal em 7 de janeiro.

A maioria das igrejas do Patriarcado Ortodoxo Siríaco de Antioquia e Todo o Oriente celebram o Natal em 25 de dezembro; na Igreja da Natividade em Belém.

No entanto, os ortodoxos siríacos celebram o Natal em 6 de janeiro com a Igreja Apostólica Armênia. As congregações da Igreja Copta Ortodoxa de Alexandria seguem a data de 25 de dezembro no calendário juliano, que corresponde a Khiak 29 no antigo calendário copta.

Infelizmente em alguns países, onde o cristianismo, perdeu sua influência, o feriado religioso, se tornou um feriado cultural.

Os costumes natalinos nessas sociedades frequentemente ecoam as tradições ocidentais porque as pessoas foram expostas ao cristianismo como uma religião e um artefato cultural do Ocidente.

Nos países que foram tomados pelo comunismo e pelo islamismo, budismo, uma das primeiras mudanças é o cancelamento do feriado de natal e proibição de comemorar o festival, a fim de apagar a memória do cristianismo.

  1. OS SÍMBOLOS DE NATAL.

Como as tradições foram adicionando símbolos ao festival de natal. A prática de colocar decorações especiais no Natal tem uma longa história e as cores tradicionais das decorações de Natal são vermelho, verde e dourado.

O vermelho simboliza o sangue de Jesus, que foi derramado na sua crucificação, enquanto o verde simboliza a vida eterna, e em particular a árvore perene, que não perde as folhas no inverno.

O o ouro é a primeira cor associada ao Natal, como uma das os três presentes dos Magos, simbolizando a realeza

  1. O PRESÉPIO: O Presépio é aquela representação do cenário, em escultura, do nascimento de Jesus em uma manjedoura.

Essa é uma prática muito comum entre os cristãos e foi criada por São Francisco de Assis, em 1223, durante uma pregação natalina no interior da Itália.

Foi utilizado por São Francisco para facilitar a compreensão daqueles que ouviam sua pregação sobre o nascimento de Jesus. A prática caiu nas graças da população, espalhou-se pela Europa e permanece até hoje.

Cada uma das peças colocadas no presépio possui um significado especial e estão ali para simbolizar ou representar algo importante.

Menino Jesus: O filho de Deus na terra, escolhido para salvar a humanidade. A figura do menino Jesus é a mais importante do presépio e é por ele (e para ele) que o Natal existe.

Maria: A mãe de Jesus. Ela representa a força e o amor ao carregar o filho de Deus no ventre e conduzi-lo durante toda sua jornada terrena.

José: O pai de Jesus na terra, escolhido por Deus para exercer esse papel. José é o exemplo de dedicação e amorosidade ao criar o filho de Deus.

Manjedoura: Local onde Jesus foi colocado ao nascer. Símbolo da humildade e da humanidade de Jesus.

Estrela: A estrela guiou os três reis magos até Belém, local de nascimento do menino Jesus. Representa também a luz de Deus que conduz o homem pela terra.

Anjo: Os mensageiros de Deus, responsáveis por trazer a boa nova para o mundo. Eles anunciam o momento do nascimento de Jesus.

Os três reis magos: Melchior, Baltazar e Gaspar foram conduzidos pela Estrela até o local onde Jesus havia nascido, levando para o menino incenso, mirra e ouro.

Animais e pastores: Jesus nasceu em um estábulo cercado por animais e pastores. Esses elementos reforçam a simplicidade do Cristo e demonstram seu caráter humano.

  1. O PAPAI NOEL:

Papai Noel (português brasileiro) ou Pai Natal (português europeu) (“Noël” é natal em francês).

Acredita-se que a origem cristã do PAPAI NOEL remonta a São Nicolau, bispo de Mira que viveu na região da atual Turquia nos séculos III e IV, e que esteve no famoso concílio de Niceia[34] em 325.

Ficou conhecido por ser uma figura extremamente generosa que usou sua herança familiar, para demonstrar o grande amor de Deus, em dar-nos o maior de todos os presentes; então distribuía presentes e ajudava os que necessitavam de dinheiro e de alimentos. Sua generosidade acabou fazendo com que ele ficasse conhecido como amigo das crianças.

Em 1822, o ministro episcopal Clement Clarke Moore escreveu para seus filhos um poema de Natal chamado “Um relato de uma visita de São Nicolau”, mais popularmente conhecido hoje por sua primeira linha: “Era a noite antes do Natal”.

O poema descreve o Papai Noel como um homem alegre que voa de casa em casa em um trenó conduzido por renas para entregar brinquedos.

A versão icônica do Papai Noel como um homem alegre de vermelho com uma barba branca e um saco de brinquedos foi imortalizada em 1881, quando o cartunista político Thomas Nast se baseou no poema de Moore para criar a imagem do Velho São Nicolau que conhecemos hoje.

Rudolph, “a rena mais famosa de todas”, foi produto da imaginação de Robert L. May em 1939. O redator escreveu um poema sobre a rena para ajudar a atrair clientes para a loja de departamentos Montgomery Ward.

A última e mais importante característica incluída na figura do Pai Natal é sua blusa vermelha e branca. Antigamente, ele usava trajes verde e costumava usar um gorro também verde na cabeça.

Seu atual visual foi obra do cartunista Thomas Nast,[1] na edição de 1 de Janeiro de 1863 da revista Harper’s Weeklys.

Em alguns lugares na Europa, contudo, algumas vezes ele também é representado com os paramentos eclesiásticos de bispo, tendo, em vez do gorro vermelho, uma mitra episcopal.

  1. A ARVORE DE NATAL

Ninguém sabe ao certo quando a ÁRVORE DE NATAL entrou em cena. É originado na Alemanha[35]. O missionário inglês do século VIII, São Bonifácio, Apóstolo da Alemanha, supostamente sustentou o “evergreen” como um símbolo do Cristo eterno.

São Bonifácio costuma receber o crédito da ideia das “árvores de Natal”, pois cortou bosques de druidas e protegeu as árvores decoradas em casas cristãs para evitar que os pagãos as adorassem. Então, o “costume” de ter árvores de Natal não vem de pagãos, da adoração de árvores Druida, é um costume cristão.

No final do século XVI, as árvores de Natal eram comuns na Alemanha. Alguns dizem que Lutero cortou o primeiro, levou para casa e enfeitou-o com velas para representar as estrelas.

Quando a corte alemã veio para a Inglaterra, a árvore de Natal veio com eles.

No entanto, o que poucos cristãos parecem apreciar é que quase TODAS as nossas tradições de Natal modernas só surgiram no século 19, quando a Rainha Vitória trouxe seu novo marido alemão, Albert, para a Inglaterra.

Albert trouxe a tradição das árvores de Natal para os lares ingleses e americanos. Os alemães tinham uma longa história de árvores de Natal desconhecidas na Grã-Bretanha.

Na verdade, Martinho Lutero costuma receber o crédito por colocar as primeiras luzes nas árvores para mostrar a seus filhos a glória de Deus que ele testemunhou certa noite, ao avistar estrelas por entre as árvores em uma noite escura.

Outro registro de arvores de natal foi feito pelo humanista renascentista Sebastian Brant registrou, em Das Narrenschiff (1494; The Ship of Fools), o costume de colocar galhos de abetos nas casas.

Embora haja incerteza na origem da tradição da árvore de Natal. Temos menção[36] de abetos (pinheiros); decorados no natal em Estrasburgo em 1605.

O primeiro uso de velas nessas árvores foi registrado por uma duquesa da Silésia em 1611.

A COROA DO ADVENTO – feita de ramos de abeto, com quatro velas denotando os quatro domingos da época do Advento – é de origem ainda mais recente, especialmente na América do Norte.

O costume, que começou no século 19, mas tinha raízes no século 16, originalmente envolvia uma coroa de abetos com 24 velas (24 dias antes do Natal, a partir de 1º de dezembro), mas o constrangimento de ter tantas velas na coroa reduziu o número a quatro, representando os 4 domingos.

Um costume análogo é o CALENDÁRIO DO ADVENTO, que prevê 24 espaços, uma a cada dia a partir de 1º de dezembro.

Segundo a tradição, o calendário foi criado no século 19 por uma dona de casa de Munique que se cansava de ter que responder indefinidamente quando o Natal chegava. Os primeiros calendários comerciais foram impressos na Alemanha em 1851.

  1. Arvore com Sinos e Bolas coloridas

É uma tradição originada na Alemanha, com o missionário inglês do século 8, SÃO BONIFÁCIO, Apóstolo da Alemanha, supostamente sustentou o “evergreen” como um símbolo do Cristo eterno, “A arvore do Paraíso.

No final do século XVI, as árvores de Natal eram comuns na Alemanha. Alguns dizem que LUTERO Cortou o primeiro, levou para casa e enfeitou-o com velas para representar as estrelas. Quando a corte alemã veio para a Inglaterra, a árvore de Natal veio com eles.

Usava-se o pinheiro por ser ter uma estrutura que aponta para o céu e enfeitava com velas, frutas.

O pinheiro era uma árvore carregada de frutos e que não perdia sua beleza diante dos impactos da natureza.  Sempre simbolizada pelo pinheiro.

Por ser verde durante todo o ano, a árvore perene representa esperança. Ela é o símbolo da resistência, que mesmo durante o inverno rigoroso do polo Norte suas folhas continuam intactas. Mesmo quando cortada, pode reerguer novamente.

No templo construído por Salomão haviam “Os capitéis”; colunas decoradas com fileiras de frutas e correntes de flores — ecos do Éden que nos lembram de que o templo era a porta de entrada para o Paraíso.

As romãs identificavam os pilares com os sacerdotes que serviam no interior do templo, pois suas vestimentas eram adornadas com romãs (Êx 28.31-34).

Essas frutas eram símbolos da Terra Prometida (Nm 13.23; Dt 8.8) e também da produtividade, pois a romã é repleta de sementes grandes.

Os lírios eram símbolos da vida e também do amor, pois no Cântico dos Cânticos, essa flor está intimamente associada ao romance juvenil (por exemplo, 2.1-2; 6.2-3).

Assim como uma árvore, Jesus é a nossa fonte de vida.  “Eu sou a árvore, e vós sois os ramos” (João 15:5). Jesus explicou que Ele é a videira verdadeira, Ele sustenta s e alimenta os ramos que somos nós, sem Ele morremos. Em Cristo podemos dar muitos frutos.

Deus plantou um Jardim no Éden, cheio de arvores frutíferas. e colocou a arvore da vida no meio dele (Gn 2). Na nova Jerusalém, teremos novamente a Arvore da vida com seus frutos.

5 – OS SINOS

Os sinos servem para anunciar momentos importantes. Na árvore anuncia o Nascimento de Jesus o Salvador e louvam a Deus pelo Natal.

Os sinos era um meio de unir as comunidades locais com uma mensagem importante por meio do som.

Era tocado mais forte e mais vezes para anunciar a chegada do natal. Os sinos representam a chamado para ouvir a mensagem de salvação por meio do Salvador que nasceu em Belém da Judéia.

6- AS BOLAS

As bolas que decoram principalmente a árvore de Natal representam os frutos das árvores, é um símbolo de abundância. Símbolos dos frutos do Espirito Santo: amor, alegria, bondade, verdade, pureza, fé; paciência; domínio próprio.

7 – A GUIRLANDA DE NATAL

As guirlandas e as Coroas do Advento são círculos de galhos secos, entrelaçados de folhagens, flores, pedrarias, usadas para decorar as portas das casas no período do natal.

Podem aparecer com diversos adornos, como fitas e bolas com predominância das cores verde e vermelha, frutas, ciprestes, ramos de pinheiro, todos os símbolos e enfeites que representam a festa do nascimento de Jesus.

Eram usadas para presentes, desejando prosperidade e saúde a família. Era usado nos países de mais frios, como símbolo da preservação da vida durante o inverno, era em forma de ciclo, para representar o movimento solar, esperando a nova estação o verão.

O solstício de inverno, que acontece no hemisfério norte a partir de 22 de dezembro.

Os cristãos primitivos acreditavam que o mundo foi criado no equinócio da primavera (março) e o quarto dia; criação do sol no solstício de inverno, baseado no calendário de Sexto Júlio Africano em 221 d.C.

E também criam que Jesus nasceu no solstício de inverno (dezembro), já que ele morreu no Solstício de verão (25 de março), na pascoa. Então a segunda criação ou concepção acontece, no mesmo tempo; assim o messias nasceria 9 meses depois; 25 de dezembro.

8 – AS COROAS DO ADVENTO.

Já as Coroas do Advento, são usadas desde 1833, no tempo do advento, que vai do dia 1 ao dia 24 de dezembro.

Criada pelo Teólogo Evangélico alemão, Johann Hinrich Wichern, com o intuito de ajudar a passar a ansiedade de crianças órfãos que residiam em um lar adotivo criado pelo próprio, a coroa era composta por 20 velas pequenas e quatro velas grandes, a cada dia era acesa uma vela, assim até o dia 24.

Mais tarde devido a quantidade de velas, a coroa do advento mudou para 4 velas grandes que representam os 4 domingos que antecedem o natal, acende-se uma vela a cada domingo, sendo que para cada vela é dado um diferente significado.

Apesar de fontes indicarem que um evangélico criou a coroa do advento, está prática observada até os dias de hoje pela Igreja Católica.

Para nós cristãos, estes símbolos estão relacionados à pessoa de Jesus. O seu formato em círculo, nos faz lembrar da aliança de Deus com seu povo e o cumprimento da promessa que Deus faz a seu povo, a Salvação, que é Jesus.

Sua confecção de galhos secos nos lembra a coroa de espinhos colocada em Jesus, quando crucificado.

Seus adornos, cheio de cores e vidas, com flores, frutos nos lembram a vida, a predominância das cores vermelha, lembrando do sangue de Jesus que nos lavou e remiu, e o verde simbolizando a esperança que se renova em Cristo Jesus todo os dias. 

9 – CARTÃO DE NATAL

Inicialmente as pessoas escreviam cartas, para desejarem um feliz Natal aos seus entes queridos. Hoje se tornaram os cartões de Natal representam o espírito de alegria, agradecimento e partilha que acontece na época do Natal.

Isso porque, o espírito de alegria, agradecimento e partilha invade os corações, fazendo com que as pessoas troquem mensagens nessa época do ano.

Os cartões de Natal devem ser enviados somente aos verdadeiros amigos, pois se originam da necessidade que o ser humano tem de comunicar-se e compartilhar sua vida com as pessoas que ama.

Desejar um “FELIZ NATAL” de todo coração a uma pessoa que ofendemos durante o ano é a melhor reconciliação e vivência do Natal.

Jesus é a boa notícia de salvação; que Deus enviou dos Céus para todo aquele que nele crer. O natal é a celebração da encarnação do verbo divino (Joao 1.1-5).

10 – CEIA DE NATAL, PERU E PAES (PANETONE)

A ceia representa a confraternização e união das famílias. Assim como na festa do Purim dos Judeus no livro de Ester.

O costume de reunir os amigos e familiares à volta da mesa para comemorar o nascimento de Jesus vem da Europa, onde as pessoas abriam as portas das suas casas para receber viajantes e oferecer-lhes uma refeição na véspera de Natal. Esta mesa é farta e em sua composição sempre estão o panetone e peru.

O peru, inicialmente começou a ser o prato principal no dia de Ações de graças nas antigas colônias americanas, logo após as colheitas.

Por ser um animal existente em quantidade na américa, ele era barato e grande, podendo alimentar uma família grande. Então logo a tradição foi incorporada ao natal, como uma festa de alegria e gratidão pelas bençãos recebidas.

O uso do pão é algo antigo na história da humanidade, o pão do natal, já foi chamado de o pão de Cristo. E representa a provisão de Deus. Jesus é o pão da vida.

É o momento de amor e fraternidade entre todos da festa, onde Jesus é o principal convidado quando a família se reúne. Mas a Ceia, a refeição do Natal, quer significar que a nossa verdadeira vida é Cristo, o Filho de Deus que estamos festejando.

Nossa esperança é que um dia estaremos ceiando com Cristo em banquete eterno, pois Deus tem preparado um banquete para todos aqueles que aceitarem a Jesus como Salvador, Jesus o nosso Pão da Vida da Vida descido do céu.

11 – REIS MAGOS DO ORIENTE

Os reis magos do Oriente eram gentios que estudavam os astros. A tradição da igreja primitiva dizia que eram três reis: Mequior , Balsazar e Gaspar; que viram a Estrela do Oriente e a seguiram, chegando onde estava Jesus. …” Porque vimos uma estrela no oriente e viemos adorá-lo.” (Mateus 2:2).

Os Reis Magos do Oriente foram adorar a penas a JESUS. Ofereceram os presentes mais nobres e caro da época: ouro, incenso e mirra, simbolizando que Jesus é digno de toda honra e toda glória.

Assim como os Reis Magos temos que oferecer a Jesus nosso bem mais precioso, nossa vida. Somente a Ele daremos toda honra e toda Glória, e deixemos que Ele guie a nossa vida, assim como Deus através da estrela guiou os Reis Magos até o menino Jesus.

Jesus recebeu os presentes como um rei prometido. Mas Ele é o maior presente, dado por Deus para toda humanidade.

12 – ESTRELA.

Utilizada até os dias de hoje como forma de localização. A estrela, sempre vistosa no topo das árvores natalinas, com seus mais variados tamanhos e cores, tem dentro do natal um papel de destaque.

Deus usou uma estrela para orientar os Magos (sábios) onde nasceria Jesus, o nosso Salvador.

(…) E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino (Mateus 2:9)

Seguindo a estrela os magos puderam encontrar o Menino Jesus, que tinha nascido em Belém.

Além de ter sinalizado o caminho que levava a Jesus, a estrela representa o próprio Jesus, que assim como a Estrela da manhã nos guia e nos orienta até Deus.

13 – A MANJEDOURA

A manjedoura é o lugar onde Jesus foi colocado por seus pais assim que nasceu. È o local onde se coloca alimentos para os animais, “E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.” (Lc 2,7).

Representa a humildade do nascimento do Messias. Jesus, é o Rei dos reis; Ele poderia ter nascido em um palácio, mas foi a vontade de Deus que o levou a nascer em uma manjedoura.

Seu nascimento em uma manjedoura mostra como Jesus veio para se identificar com os mais pobres e desprezados. “

Naquela manjedoura se tornou acessível a todos e a qualquer um. Ninguém teria dificuldade nenhuma de chegar a um estábulo; ali Ele estaria facilmente ao alcance tanto de pobres como de ricos igualmente.

Dessa forma, desde o início, era fácil aproximar-se dEle. Não era preciso passar por algum intermediário antes de chegar a Ele.

Assim era naquele tempo; e assim é, também, agora, graças a Deus., temos toda facilidade para ter acesso ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

14 – PASTORES

Os pastores estavam cuidando dos rebanhos a noite. Quando os anjos, anunciaram nascimento do Salvador.

Lucas 2:8-18 diz:

“Havia pastores que estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta dos seus rebanhos. E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados.

Mas o anjo lhes disse: “Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor.

Isto lhes servirá de sinal: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura”. De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo:

“Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor”. Quando os anjos os deixaram e foram para o céu, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos a Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos deu a conhecer”.

Então correram para lá e encontraram Maria e José, e o bebê deitado na manjedoura. Depois de o verem, contaram a todos o que lhes fora dito a respeito daquele menino, e todos os que ouviram o que os pastores diziam ficaram admirados.

15 – PRESENTES:

Jesus recebeu os presentes de Natal Magos (sábios) do oriente, que vieram para adora-lo. A pratica de presentear é algo muito comum em todo o Antigo Testamento e demonstra carinho e gratidão.

Assim como na festa do Purim os Judeus no livro de Ester, que após participar do banquete, enviavam presentes uns aos outros.

O natal é a festa mais alegre da humanidade, onde Deus enviou o melhor de todos os presentes, o seu Filho, o Salvador da Humanidade.

Os presentes são símbolos das bençãos que recebemos de Deus, e que podemos compartilhar com os outros, como expressão de amor e gratidão.

O natal deve nos lembrar que devemos crescer em gratidão pelo grande presente de Deus, a Salvação e todas as bençãos que a acompanham em Cristo Jesus nosso Senhor.

16 – OS ANJOS

Os anjos são mensageiros que anunciaram o nascimento de Jesus. Foi um anjo que anunciou a Maria que ela seria a mãe do salvador e aos pastores o nascimento de Jesus.

“…O anjo lhes disse: Não temais. Eu vos trago notícias de grande alegria, que o será para todo o povo” (Lucas 2:8-10).

Era uma mensagem de especial, e anjo revelou-lhes importantes verdades.

“…Achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.” (Lucas 2:12).

O anjo orientou os pastores para que não caíssem no engano de rejeitar o Messias por causa das condições que Ele seria encontrado, não seria em berço de ouro e sim na manjedoura.

Os anjos completaram a mensagem alegremente pelas boas novas que traziam com a PRIMEIRA CANTATA DE NATAL‘…

“apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, paz na terra entre os homens a quem ele quer bem” (Lucas 2:13,14).

Assim como os anjos, nós somos os mensageiros que todos os dias da nossa vida, devemos anunciar o Cristo, nosso Senhor e Salvador a todos quanto tivermos a oportunidade.

O verdadeiro sentido do natal: O Salvador do mundo nasceu! O verbo divino se encarnou! Ele morreu pelos nossos pecados! Ele ressuscitou dos mortos! Ele voltará em Gloria para buscar o seu povo.

A intensa preparação para o Natal que faz parte da comercialização do feriado turvou a tradicional distinção litúrgica entre Advento e Natal, como pode ser visto pela colocação de árvores de Natal nos santuários bem antes de 25 de dezembro.

No final do século 18, a prática de dar presentes aos membros da família tornou-se bem estabelecida.

Teologicamente, o dia da festa lembrava aos cristãos o presente de Deus de Jesus à humanidade, mesmo quando a vinda dos Reis Magos, ou Magos (sábios em astronomia), a Belém sugeria que o Natal estava de alguma forma relacionado a dar presentes.

A prática de presentear, que remonta ao século XV, contribuiu para que o Natal fosse uma FESTA SECULAR centrada na família e nos amigos.

Esta foi uma das razões pelas quais alguns puritanos na Velha e na Nova Inglaterra se opuseram à celebração do Natal e por um período proibiram sua observância.

A ênfase deles era que o Natal deve ser comemorado todos dos Dias do Senhor (Domingo).

III. OS REFORMADORES E O NATAL.

No campo evangélico, os argumentos contra o Natal são ampliados com uma veia histórica.

Pretende-se provar que a verdadeira teologia da Reforma Protestante e, principalmente, os reformadores e seus seguidores próximos foram avessos à celebração do Natal.

Argumenta-se que a celebração do Natal fere o “princípio regulador do culto”, defendido pela ala reforma da Igreja. Consequentemente, se desejo ser seguidor da Reforma Protestante, tenho que, coerentemente, rejeitar a celebração desta data.

Nessa linha de entendimento, muitos artigos têm sido escritos presumindo uma linha uniforme de pensamento nos teólogos reformados e correntes denominacionais reformadas no que diz respeito à rejeição da comemoração do Natal.

Normalmente, o raciocínio se estende também a outras datas celebradas pela cristandade, como, por exemplo, a Páscoa, que seria igualmente condenável pelo calendário cristão. Por vezes, a defesa apaixonada deste ponto de vista tem resultado em dissensões e desarmonia nas igrejas.

Diferente do que muitos ensinam os Reformadores não se opuseram a celebração do natal, mas antes orientaram para que fosse celebrado, bem como outras datas.

Será que houve sempre tanta harmonia assim, nas denominações, com relação à rejeição da comemoração do Natal, resultando nessa tradição monolítica? Será que João Calvino e Lutero; para citar um exemplo, realmente se posicionou contra o Natal?

Equivocadamente aqueles que rejeitam a celebração do Natal afirmam que são “coerente com a fé cristã bíblica e reformada, principalmente com a posição histórica encontrada em Lutero, João Calvino e João Knox e outros reformadores. Seria isso verdade?

  1. LUTERO E A CELEBRAÇÃO DO NATAL.

No tumulto teológico que foi a vida de Martinho Lutero, o grande reformador parecia animar-se a cada ano com as grandes festas da igreja, particularmente o Advento e o Natal.

O homem que “inventou” o presbitério protestante também foi sustentado por um senso de humor brilhante e uma vida familiar feliz.

A visitação ao seu lar; era aberta o ano todo no grande mosteiro convertido no extremo leste de Wittenberg, onde Lutero, sua esposa Katie e seus seis filhos viviam, junto com vários alunos que também moravam lá.

Um deles escreveu que, à medida que o Natal se aproximava, Lutero ficava cada vez mais alegre: “Todas as suas palavras, canções e pensamentos diziam respeito à encarnação de nosso Senhor.

Então ele suspirou e disse: ‘Oh, pobres pessoas, por sermos tão frios e indiferentes a esta grande alegria que nos foi dada. Pois este é realmente o maior presente, que excede em muito tudo o mais que Deus criou.

No entanto, acreditamos tão vagarosamente, embora os anjos proclamem, preguem e cantem, e sua adorável canção resuma o toda a fé cristã, pois ‘Glória a Deus nas alturas’ é o próprio cerne da adoração. ”

Os escritos de Lutero contêm uma infinidade de referências ao Advento e ao Natal. O seguinte trecho vem de um sermão sobre a Natividade que ele pregou em 1530:

Se Cristo tivesse chegado com trombetas e deitado em um berço de ouro, seu nascimento teria sido um acontecimento esplêndido. Mas não seria um conforto para mim.

Ele deveria antes deitar-se no colo de uma pobre donzela e ser considerado de pouca importância aos olhos do mundo. Agora posso ir até ele. Agora ele se revela ao miserável para não dar a impressão de que chega com grande poder, esplendor, sabedoria…..

  1. CALVINO E KNOX E A CELEBRAÇÃO DO NATAL.

Conforme escreve o teólogo Solano Portela; temos muitas fontes sobre esse assunto. Podemos citar uma fonte primaria: se é isso que vai ajudar, aqueles que se opõem ao natal; vamos lá: uma das fontes primárias é uma carta de Calvino ao pastor da cidade de Berna, Jean Haller, de 2 de janeiro de 1551 Nela, Calvino escreveu:

Priusquam urbem unquam ingrederer, nullae prorsus erant feriae praeter diem Dominicum. Ex quo sum revocatus hoc temperamentum quae sivi, ut Christi natalis celebraretur.

Portel então expressa: “Para alguns, isso bastaria para resolver a questão. Mas, para o resto de nós, entre os quais me incluo, a versão ao português é necessária. Possivelmente, uma tradução razoável para a nossa língua seria a do reverendo Elias Medeiros”:

Antes da minha chamada à cidade, eles não tinham nenhuma festa, exceto no dia do Senhor. Desde então, tenho procurado moderação, a fim de que o nascimento de Cristo seja celebrado”.

Outra carta, de março de 1555, para os magistrados (Seigneurs) de Berna, que aderentemente eram contrários à celebração do Natal, diz o seguinte:

“Quanto ao restante, meus escritos testemunham os meus sentimentos nesses pontos, pois neles declaro que uma igreja não deve ser desprezada ou condenada porque observa mais festivais do que outras. A recente abolição de dias de festas resultou apenas no seguinte: não se passa um ano sem que haja algum tipo de briga e discussão; o povo estava dividido a ponto de desembainharem as suas espadas” (mesma fonte).

Nesse contexto, Calvino parece indicar que os oficiais que haviam abolido a celebração tinham boas intenções de eliminar a idolatria (vamos nos lembrar da situação histórica), mas, parece igualmente claro que ele indica que, se a definição estivesse em suas mãos, teria agido de forma diferente.

Historicamente, Knox e a Igreja escocesa seguiram a opinião dos oficiais de Genebra; ou seja, em seu contexto histórico de se dissociar de tudo que era proveniente do catolicismo, reforçou a abolição das festividades nas igrejas.

Mas, não esqueçamos que Knox também rejeitou instrumentos musicais, cânticos e várias outras formas de adoração. Então, pergunto: será que o movimento dos reformados contra o Natal está disposto a seguir Knox em tudo, como parâmetro infalível?

Ocorre que João Calvino é sempre apontado como uma força instigadora e radical na gestão de Genebra. Na realidade, entretanto, ele agiu, em muitos casos, como um pólo de moderação e encaminhamento, mas nem sempre sua opinião prevaleceu.

O governo de Genebra era conciliar e fazer valer a visão da maioria. Por exemplo, o reverendo Hérmisten Maia Pereira da Costa aponta que a persuasão de Calvino era a de que a Santa Ceia devia ser celebrada semanalmente, enquanto que, nas cidades de Berna e Genebra, a Santa Ceia era celebrada, no máximo, quatro vezes por ano.

João Calvino deu até o que se poderia chamar de “jeitinho reformado” ou de “jogo de cintura”. Hérmisten cita:

“Calvino procurou atenuar a severidade desses decretos fazendo arranjos para que as datas da comunhão variassem em cada igreja da cidade, provendo, assim, oportunidade para a comunhão mais frequente do povo, que podia comungar em uma igreja vizinha”.

Hérmisten aponta, também, que, em Genebra, os magistrados determinaram que a ceia fosse celebrada no Natal, na Páscoa, no Pentecostes e na Festa das Colheitas.

A conclusão óbvia é a citada pelo próprio Hérmisten: “As cinco festas da Igreja Reformada eram: Natal, Sexta-Feira Santa, Páscoa, Assunção e Pentecostes”.

A suposta unidade monolítica e histórica dos reformados sobre esta questão das celebrações de festividades do chamado “calendário cristão” é mais um mito do que verdade.

Ousaríamos rotular o Sínodo de Dordrecht (Dordt) de “não reformado”? Pois bem, em 1578, temos a seguinte decisão:

Considerando que outros dias festivos são observados pela autoridade do governo, como o Natal e o dia seguinte, o dia seguinte à Páscoa e o dia seguinte ao Pentecostes, e, em alguns lugares, o dia de Ano Novo e o dia da Ascensão, os ministros deverão empregar toda e qualquer diligência, a fim de prepararem sermões nos quais eles, especificamente, ensinarão para a congregação as questões relacionadas com o nascimento e ressurreição de Cristo, o envio do Espírito Santo e outros artigos de fé direcionados a impedir a ociosidade”.

Assim, as igrejas reformadas procedentes do ramo holandês comemoraram várias dessas datas até em dose dupla (incluindo o dia seguinte).

Augustus Nicodemus mencionou não somente este trecho, mas adicionou a admissão dessa visão na Confissão de Fé de Westminster (Cap. 21) e na Confissão Helvética (XXIV).

Igualmente, outro ícone reformado também não vê problemas na celebração do Natal. Estamos falando de Turretin (1623-1687).

Turretin admite as celebrações de dias especiais pelas igrejas, desde que não sejam impostas por elas como matéria de fé ou consideradas mais santas do que as demais.

Referindo-se à censura de igrejas que escolheram não celebrar o Natal e outras datas, escreve: “Não podemos aprovar o julgamento rígido daqueles que acusam essas igrejas de idolatria[37]“..

Ou seja, a rejeição do Natal, atualmente “ressuscitada”, não tem o respaldo histórico-teológico que pretende ter.

Por exemplo, a Segunda Confissão Helvética de 1566 declara (XXIV):

“Ademais, se na liberdade cristã, as igrejas celebram de modo religioso a lembrança do nascimento do Senhor, a circuncisão, a paixão, a ressurreição e Sua ascensão ao céu, bem como o envio do Espírito Santo sobre os discípulos, damos-lhes plena aprovação”.

A velha Igreja Reformada Holandesa, no famoso Sínodo de Dort (1618-1619), adotou uma ordem para a igreja que incluía a observância de vários dias do calendário cristão (art. 67)

T.H.L. Parker (em Calvin’s Preaching [Louisville, Ky.: Westminster, John Knox Press, 1992], pp. 160–62) organizou evidências de registros existentes para mostrar que nos anos 1549, 1550 e 1553 Calvino “quebrou” a série de sermões que ele estava então pregando e pregou mensagens especificamente sobre o nascimento de Cristo, sobre Sua morte e ressurreição, e sobre o Pentecoste nos tempos “apropriados”.

Acredita-se[38] também que o ponto de partida para comemorar o Natal em 25 de dezembro foi uma determinação do papa Júlio I, em 350. Inclusive, o primeiro registro escrito a respeito do Natal, enquanto festividade no dia 25 de dezembro, remonta a 354, em um calendário produzido por Fúrio Dionísio Filócalo.

Ao longo dos anos foram agregados, presépio, arvore natalina, luzes, trenós, renas, e trocas de presentes, banquetes.

Essa embalagem, embora, tão atraente, esconde em vez de revelar o verdadeiro Natal. Encantar-se com a embalagem e dispensar o conteúdo que ela pretende apresentar é um lamentável equívoco[39].

  1. AS ESCRITURAS ACIMA DE TUDO

Obviamente, todos esses referenciais históricos são importantes, mas o que firma a nossa convicção[40] é a Palavra de Deus, a Bíblia.

A festa do Purim, foi estabelecida por Ester e Mordecai, para que o povo se lembrasse do grande livramento e isto, fazia com banquetes e troca de presentes. Embora esta festa não seja uma ordem direta de Deus, ela é festejada até o dia de hoje pelos judeus.

A Escritura em suas páginas, aprendo que a questão das origens não determina a propriedade de uma coisa ou situação, mas, sim, a atitude de fé do interessado.

Isso pode ser extraído de um estudo do texto de 1Coríntios 8.1-13; ou, então, examinando como os artefatos e itens preciosos (surrupiados pelos israelitas dos egípcios imediatamente antes do Êxodo – muitos dos quais, com certeza usados em cultos e festividades pagãs) foram utilizados em consagração total e sem restrições no Tabernáculo (Êx 35 – 39).

Das Escrituras[41], posso inferir, que Jesus, possivelmente, tenha participado de celebrações de festividades que não procediam das determinações explícitas da lei Mosaica, antes, refletiam ocorrências históricas importantes na vida do povo de Deus – como, por exemplo as festas[42] de purim e hanucah, deixando implícita a propriedade dessas celebrações como algo que provém “de fé”, não sendo, portanto, pecado.

Os textos de Romanos 14 e 15 trazem considerações sobre tais questões, demonstrando a necessidade da consciência pura, ao lado da preocupação com os irmãos na fé, para que procuremos “as coisas que servem para a paz e as que contribuem para a edificação mútua”.

Nesse texto, lemos, igualmente:

Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias; cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente” (14.5).

Se Deus decidiu não disciplinar condenatoriamente a questão, por que devemos fazer isso?!

  1. A importância das tradições.

A Tradição (do latim traditio, tradere = “entregar”, “passar adiante”) é a continuidade ou permanência de uma doutrina, visão de mundo, crenças, musicas, praticas, leis, costumes e valores de um povo, grupo social ou escola de pensamento, que são transmitidos para pessoas, sendo que os elementos passam a fazer parte da cultura.

A Tradição não é apenas o Passado, mas, antes, a “permanência no desenvolvimento”, a “permanência na continuidade’.

A tradição difere do tradicionalismo que é um sistema filosófico, religioso ou político que coloca a tradição como critério e regra de decisão, entendendo-a como o conjunto de hábitos e tendências que procuram manter.

As tradições tem uma força pedagógica extraordinária para unir toda nossos valores e crenças, e materializa-los por meio de objetos, festas, comidas, roupas etc…

Deus usou a tradição para seus fins eternos. Desde a tradição oral, de onde vem as histórias da Escrituras, escritas bem mais tarde, como a descrição de Moisés 1600 a.c da criação; e o tempo da criação em torno de 5.500 a.c.

A história do povo Judeus é toda baseada em tradições: dias, festas, sábado, purificações, preceitos, praticas, cultos.

Jesus criticou o uso errado das tradições no judaísmo do seu tempo. Que transformou a tradição de lavar as mãos em um tradicionalismo legalista. O lavar as mãos antes de comer é algo muito importante e correto. Mas não pode ser mais importante do que se alimentar.

Jesus: “Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição?” (Mateus 15:3). Ex. “Lavar as mãos antes de comer”.

“E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa TRADIÇÃO” (Mateus 15:6).

“E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mateus 15:9).

“Eu os elogio por se lembrarem de mim em tudo e por se apegarem às TRADIÇÕES, exatamente como eu as transmiti a vocês”. (1 Coríntios 11:2).

“Portanto, irmãos, permaneçam firmes e apeguem-se às TRADIÇÕES que lhes foram ensinadas, quer de viva voz, quer por carta nossa”. (2 Tessalonicenses 2:15).

VII. O VERDADEIRO SIGNIFICADO DO NATAL.

Embora não haja nada de errado, com essas celebrações, enfeites, e banquetes, presentes, mas em tudo isso, não podemos deixar de falar do verdadeiro significado do natal.

O Natal de Jesus Cristo foi celebrado com grande entusiasmo em Belém. O anjo de Deus apareceu aos pastores e disse-lhes:

“Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11).

Natal é a boa nova do nascimento de Jesus. É o cumprimento de um plano traçado na eternidade. É a consumação da mensagem dos profetas.

É a realização da expectativa do povo de Deus. Natal é a encarnação do Verbo de Deus. É Deus vestindo pele humana. Natal é Deus se fazendo homem e o eterno entrando no tempo.

Natal é Jesus sendo apresentado como o Salvador do mundo, o Messias prometido, o Senhor soberano do universo. Quando essa mensagem foi proclamada, os céus se cobriram de anjos, que cantaram:

“Glórias a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.14).

O verdadeiro Natal traz glória a Deus no céu e paz na terra entre os homens. Natal é boa nova de grande alegria para todo o povo.

O verdadeiro Natal foi celebrado com efusiva alegria no céu e na terra. Portanto, prossigamos em celebrar o nascimento do nosso glorioso Salvador!

VIII. O NATAL EM DIFERENTES LUGARES DO MUNDO[43]

O Natal é um feriado celebrado por cristãos há muitos anos. É considerado o mais importante de nossa religião, porque nele comemora-se o nascimento de Jesus.

Independente de religião, o Natal criou ao longo dos anos um significado próprio de união; gratidão e harmonia, e muitos países do mundo têm o costume de celebrá-lo.

No Brasil, nos reunimos na noite do dia 24 para ceiar à meia noite e temos como tradição fazer brincadeiras como “amigo-secreto” entre familiares e amigos.

No entanto, em outros países, apesar de haver muitas semelhanças com o nosso Natal, também existem tradições bastante inusitadas para nós.

(a) Alemanha

Na Alemanha o Natal é bastante esperado e há até uma contagem regressiva que começa um mês antes do dia 25 de dezembro. Essa época de espera para o Natal é chamada de Advento.

Assim como nossas guirlandas natalinas, existe a coroa do Advento, a qual possui quatro velas para serem acendidas uma em cada domingo.

Para as crianças existe o CALENDÁRIO DO ADVENTO, começando no dia 1º de dezembro. Nele existem 24 “janelinhas”, uma pra ser aberta a cada dia. Nessas janelinhas podem ter imagens, guloseimas, tarefas ou presentinhos. Existem versões para serem compradas em lojas alemãs ou o calendário pode ser confeccionado à mão.

A ceia do dia 24 lá, diferentemente da nossa, é mais simples e no almoço do dia 25 é quando os Alemães preparam inúmeros pratos elaborados e fartos. O Natal Alemão é tão esperado e comemorado que lá até dia 26 é feriado também.

(b) Japão

Diferentemente da Alemanha, o Natal no Japão não é muito celebrado porque a maioria da população japonesa não é cristã. Lá não é nem feriado no dia 25 e o comércio funciona normalmente.

No entanto, os japoneses que comemoram o Natal têm a tradição de fazer uma ceia na noite do dia 25. Nela o prato principal é o frango assado.

Nas escolas há troca de presente entre as crianças na forma de uma brincadeira bastante interessante um pouco parecida com a nossa “batata quente”: os presentes vão rodando de mão em mão enquanto uma música é tocada. Ao final da música, cada criança fica com o presente que estiver em sua mão.

Uma curiosidade legal também é que no ano novo japonês as crianças também são presenteadas: o otoshidama é um envelope com dinheiro dado pelos adultos para as crianças no dia do ano novo.

(c) África do Sul

O Natal na África do Sul é bem parecido com o nosso, inclusive o clima quente, porque lá também é verão nessa época!

É feriado; famílias têm o costume de viajar juntas; há bastante decoração em todo lugar e a ceia é farta assim como a nossa.

Apesar de semelhante à nossa em relação à fartura, a ceia sul africana possui alguns pratos curiosos como o Turducken que é composto por um frango inteiro recheado que recheia um pato e estes recheiam um peru, sim, é isso mesmo que você leu: três em um! Algumas famílias também optam por fazer, ao invés do tradicional almoço, o Braai (um tipo de churrasco sul-africano).

Uma das poucas diferenças na celebração desta data, é que lá não se comemora no dia 24, e sim somente no dia 25, com uma missa durante o período da manhã e um almoço depois.

Não podemos deixar de mencionar também o “christmas cracker”, um pequeno pacote de presente que para abrir a pessoa precisa torcer a embalagem e dentro há uma surpresa. Existem inúmeros tipos de christmas cracker com presentes variados: dos mais simples e mais baratos aos mais elaborados e caros.

Apesar de muito diferentes e distantes, todos esses países têm suas tradições natalinas, algumas mais fortes e outras menos, mas todas com o propósito de união e celebração!

(d) Índia.

O Natal também é celebrado como feriado secular por muitos não cristãos; na Índia, o festival é conhecido como “o grande dia”.

Em algumas partes de Índia, a árvore de Natal perene é substituída pela árvore de manga ou bambu, e as casas são decoradas com folhas de manga e estrelas de papel. O Natal continua sendo um feriado cristão e, de outra forma, não é amplamente observado.

(e) Cuba.

No início da década de 1960, o governo comunista perseguiu e destruiu tudo aquilo que lembrava o cristianismo. Então proibiu e removeu a celebração do Natal do calendário. E promoveu o ateísmo materialista como base do Estado e do sistema educacional.

E você? Como costuma celebrar o Natal? Vamos celebrar o verdadeiro Natal, com seu verdadeiro significado, mas considerando com cuidados as boas tradições, que podem apontar para Cristo e trazer gloria a Deus.

Devemos celebrar o natal?

Algumas pessoas se opõem ao uso da palavra ‘Natal’ e afirmam que, ao usá-la, não estamos seguindo as Escrituras. No entanto, nós certamente precisamos da Escritura como base de nosso pensamento em todas as áreas.

Um dos textos em que baseamos isso é:

“desde a infância você conhece as escrituras sagradas, que podem torná-lo sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é exalada por Deus e proveitosa para o ensino, a reprovação, a correção e o treinamento na justiça, para que o homem de Deus seja completo, equipado para toda boa obra. (2 Timóteo 3: 15-17)

Isso implica que a Escritura contém toda a doutrina e lei moral de que precisamos. Portanto, todas as coisas necessárias para nossa fé e vida estão expressamente estabelecidas nas Escrituras ou podem ser deduzidas logicamente das Escrituras.

Portanto, se algo é pecaminoso, será proibido pelas Escrituras, seja expressamente ou por dedução lógica. Um corolário: se algo não é proibido pelas Escrituras, então é permitido.

Há coisas muito mais familiares que realmente são derivados do paganismo, mas sobre o qual poucas pessoas se preocupam. Até o alfabeto latino com que os críticos nos escrevem foi inventado pelos pagãos.

Achamos que o Natal é um exemplo. A Escritura não ordena nem proíbe isso. Portanto, os cristãos têm a liberdade em Cristo de celebrar ou ignorar isso, contanto que os meios de celebração não sejam antibíblicos.

As passagens principais sobre a liberdade cristã são:

“Uma pessoa considera um dia melhor do que outro, enquanto outra considera iguais todos os dias. Cada um deve estar totalmente convencido em sua própria mente. Aquele que observa o dia, o faz em honra ao Senhor”. (Romanos 14:5-6)

“Portanto, ninguém julgue você em questões de comida e bebida, ou com respeito a uma festa ou lua nova ou sábado” (Colossenses 2:16)

EVENTOS IMPORTANTES QUE ACONTECERAM NO DIA DE NATAL NA HISTÓRIA.

O evento mais importante da história foi o nascimento de Jesus. A encarnação do verbo divino. Ele mudou a história. Por causa dele os calendários foram criados.

(a) 25 de dezembro é o dia da graça judicial. O espirito do natal, faz de 25 de dezembro a data mais especial do ano. Uma data de celebração, perdão; reconciliação, libertação, pacificação; alegria e comunhão.

Um exemplo disso é o INDULTO DE NATAL, que celebra o natal no mundo jurídico, onde certos crimes podem ser perdoados.

Essa graça judicial, nasceu por causa da graça de Deus, que perdoa os pecadores imerecidos. Historicamente esse tem sido o espirito natalino.

(b) 25 de dezembro de 800 d.c: Carlos Magno é coroado Sacro Imperador Romano.

Freqüentemente chamado de “Pai da Europa”, Carlos Magno foi um rei guerreiro franco que uniu grande parte do continente sob a bandeira do Império Carolíngio. Começando no final dos anos 700, Carlos Magno forjou um vasto reino por meio de extensas campanhas militares contra os saxões, lombardos e ávaros. Católico devoto, ele também converteu agressivamente seus súditos ao cristianismo e instituiu reformas religiosas rígidas.

No dia de Natal 800, o Papa Leão III coroou Carlos Magno “imperador dos Romanos” durante uma cerimônia na Basílica de São Pedro.

Essa polêmica coroação restaurou o nome do Império Romano Ocidental e estabeleceu Carlos Magno como o líder divinamente nomeado da maior parte da Europa.

Mais importante, isso o colocou em pé de igualdade com a imperatriz bizantina Irene, que governou o Império Oriental em Constantinopla. Carlos Magno serviria como imperador por 13 anos, e suas reformas legais e educacionais geraram um renascimento cultural e unificaram grande parte da Europa pela primeira vez desde a queda do Império Romano.

(c) 25 de dezembro de 1066: Guilherme, o Conquistador, é coroado rei da Inglaterra.

A temporada de férias de 1066 foi palco de um evento que mudou permanentemente o curso da história europeia. No dia de Natal, Guilherme, duque da Normandia – mais conhecido como Guilherme, o Conquistador – foi coroado rei da Inglaterra na Abadia de Westminster em Londres.

Esta coroação veio na esteira da invasão lendária de William das Ilhas Britânicas, que terminou em outubro de 1066 com uma vitória sobre o Rei Harold II na Batalha de Hastings.

O governo de 21 anos de Guilherme, o Conquistador, faria com que muitos costumes e leis normandas entrassem na vida inglesa. Depois de consolidar seu poder construindo estruturas famosas como a Torre de Londres e o Castelo de Windsor, William também concedeu copiosas concessões de terras a seus aliados de língua francesa.

Isso não apenas mudou permanentemente o desenvolvimento da língua inglesa – quase um terço do inglês moderno é derivado de palavras francesas – mas também contribuiu para o surgimento do sistema feudal de governo que caracterizou grande parte da Idade Média.

(d) 1776: George Washington e o Exército Continental cruzam o rio Delaware.

No final de 1776, a Guerra Revolucionária parecia estar perdida para as forças coloniais. Uma série de derrotas dos britânicos havia esgotado o moral e muitos soldados desertaram do Exército Continental.

Desesperado para obter uma vitória decisiva, no dia de Natal o general George Washington liderou 2.400 soldados em uma ousada travessia noturna do rio Delaware. Roubando em Nova Jersey, em 26 de dezembro as forças continentais lançaram um ataque surpresa em Trenton, que foi detido por uma força de soldados alemães conhecidos como Hessians.

A aposta do general Washington valeu a pena. Muitos dos hessianos ainda estavam desorientados com a confusão do feriado da noite anterior, e as forças coloniais os derrotaram com o mínimo de derramamento de sangue.

Embora Washington tenha conseguido uma vitória surpreendente, seu exército não estava equipado para manter a cidade e ele foi forçado a cruzar novamente o Delaware no mesmo dia – desta vez com cerca de 1.000 prisioneiros de Hesse a reboque. Washington iria obter sucessivas vitórias nas batalhas de Assunpink Creek e Princeton, e sua audaciosa travessia do congelado Delaware serviu como um grito de guerra crucial para o sitiado Exército Continental.

(e) 25 de dezembro de 1814: O Tratado de Ghent termina a Guerra de 1812.

Em 24 de dezembro de 1814, enquanto muitos no mundo ocidental celebravam a véspera de Natal, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha se sentaram para assinar um famoso acordo de paz encerrando a Guerra de 1812.

As negociações haviam começado em Ghent, Bélgica, no início de agosto – o mesmo mês em que as forças britânicas incendiaram a Casa Branca e o Capitólio dos Estados Unidos em Washington.

Depois de mais de quatro meses de debate, as delegações americana e britânica concordaram com um acordo que basicamente encerrou a guerra como um empate.

Todos os territórios conquistados foram abandonados e os soldados e navios capturados foram devolvidos às suas respectivas nações.

Embora o Tratado de Ghent tenha efetivamente encerrado o conflito de 32 meses, ele não entrou em vigor nos Estados Unidos até ser ratificado em fevereiro de 1815. Na verdade, uma das maiores vitórias americanas na guerra – na Batalha de Nova Orleans em Janeiro de 1815 – veio mais de uma semana após a assinatura do Tratado de Ghent.

(f) 25 de dezembro de 1868: O presidente Andrew Johnson concede um perdão final aos soldados confederados.

Após o assassinato de Abraham Lincoln, o presidente Andrew Johnson decidiu num gesto histórico no final de seu mandato como presidente ele deu a um punhado de ex-rebeldes confederados um famoso presente de Natal.

Por meio da Proclamação 179, em 25 de dezembro de 1868, Johnson concedeu anistia a “toda e qualquer pessoa” que lutou contra os Estados Unidos durante a Guerra Civil.

O perdão geral de Johnson foi na verdade o quarto de uma série de ordens de anistia pós-guerra que datam de maio de 1865.

Acordos anteriores restauraram os direitos legais e políticos dos soldados confederados em troca de juramentos de fidelidade assinados aos Estados Unidos, mas esses perdões isentaram 14 classes de pessoas, incluindo certos oficiais, funcionários do governo e aqueles com propriedades avaliadas em mais de US $ 20.000.

O perdão de Natal representou um ato final e incondicional de perdão para sulistas não reconstruídos, incluindo muitos ex-generais confederados.

Andrew Johnson decidiu perdoar a maioria dos soldados confederados que solicitaram anistia. Perto do final de seu mandato, o presidente foi ainda mais longe. Em 25 de dezembro de 1868, ele perdoou todos os participantes militares confederados, ajudando assim a curar uma nação profundamente ferida.

(g) 25 de dezembro de 1914: A trégua de Natal da Primeira Guerra Mundial é alcançada.

O ano de 1914 viu o espírito do Natal se manifestar no mais improvável dos lugares – um campo de batalha da Primeira Guerra Mundial. A partir da noite de 24 de dezembro, dezenas de tropas alemãs, britânicas e francesas na Bélgica depuseram as armas e iniciaram um cessar-fogo espontâneo de feriado.

A trégua foi supostamente instigada pelos alemães, que decoraram suas trincheiras com árvores de Natal e velas e começaram a cantar canções de natal como “Noite silenciosa”.

As tropas britânicas responderam com sua própria versão de “The First Noel” e os cansados ​​combatentes eventualmente se aventuraram na “terra de ninguém” – o traiçoeiro espaço bombardeado que separava as trincheiras – para cumprimentar uns aos outros e apertar as mãos.

Segundo relatos mais 100.000 os soldados compartilharam presentes, futebol, comeram juntos e alguns trocaram presentes de Natal com homens contra os quais atiraram poucas horas antes.

Aproveitando a breve calmaria no combate, algumas tropas escocesas, inglesas e alemãs até jogaram uma partida de futebol no campo de batalha congelado.

A trégua não foi sancionada pelos oficiais de nenhum dos lados e, eventualmente, os homens foram chamados de volta às suas respectivas trincheiras para retomar a luta.

As tentativas posteriores de reuniões em feriados foram proibidas, mas como a guerra se arrastou, a “Trégua de Natal” permaneceria como um exemplo notável de humanidade compartilhada e fraternidade no campo de batalha.

(f) 25 de dezembro, incido do fim da guerra do vietinã.

1965 O presidente dos EUA, Lyndon B. Johnson ordena a suspensão das operações de bombardeio no Vietnã do Norte, na esperança de estimular as negociações de paz

(g) 25 de dezembro de 1968: Apollo 8 orbita a lua.

Como parte da missão Apollo 8 de 1968, os astronautas Frank Borman, Jim Lovell e William Anders passaram a noite antes do Natal orbitando a lua.

A operação foi originalmente planejada para testar o módulo lunar – mais tarde usado no pouso da Apollo 11 na lua – na órbita da Terra.

Mas quando o trabalho no módulo atrasou, a NASA ambiciosamente mudou o plano da missão para uma viagem lunar.

A Apollo 8 resultou em uma série de avanços para voos espaciais tripulados: os três astronautas se tornaram os primeiros homens a deixar a atração gravitacional da Terra, o primeiro a orbitar a lua, o primeiro a ver toda a Terra do espaço e o primeiro a ver o lado escuro da lua.

A Apollo 8 talvez seja mais lembrada hoje pela transmissão que os três astronautas fizeram quando entraram na órbita lunar na véspera de Natal.

Enquanto os espectadores viam imagens da lua e da Terra da órbita lunar, Borman, Lovell e Anders leram as primeiras linhas do livro de Gênesis da Bíblia.

A transmissão – que terminou com a famosa linha “Feliz Natal e Deus abençoe todos vocês, todos vocês na boa Terra” – tornou-se um dos eventos televisivos mais assistidos da história.

(h) 25 de dezembro de 1990. O primeiro teste executado na Internet

O primeiro servidor web, info.cern.ch, foi inicializado e a transmissão global de informações nunca mais seria a mesma. Inicialmente projetada para a troca de informações nos setores científico e militar, a Internet explodiu na consciência de bilhões de pessoas em todo o mundo. E tudo começou no dia de Natal de 1990.

É difícil imaginar que a internet não existiu desde o início dos tempos, mas não existiu. A internet teve seu primeiro teste executado em 1990 , no dia de Natal. Foi um momento especial, de fato, quando info.cern.ch , o primeiro servidor web do planeta, estava instalado e funcionando

(i) 25 de dezembro de 1991. O fim da guerra fria e a queda do comunismo da russia.

A renúncia de Mikhail Gorbachev como presidente soviético foi seguida imediatamente pela dissolução da própria União Soviética no dia seguinte.

Boris Yeltsin assumiu o escritório de Gorbachev. Nesse dia, descendo, a bandeira russa substituiu o martelo e a foice sobre o Kremlin e a URSS não existia mais

Uma nova Rússia nasceu e a animosidade e desconfiança silenciosa de longa data entre os EUA e os soviéticos chegou ao fim. Foi, de fato, um Feliz Natal para as duas superpotências.

Notas

Pesquisa feita por: Jairo carvalho – Pastor e professor bíblico.

https://www.britannica.com/topic/Christmas

DICKENS, Charles. Um conto de Natal. São Paulo: Rideel, 2003, p. 32.

Dr. Seuss. Como Grinch roubou o Natal. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000, p. 64.

Mateus 2.1-18. Herodes, conhecido como “o Grande” e “rei dos judeus”, nasceu em 73 a.C. Filho de Antipater II, era da região chamada Indumeia, sendo indicado pelo imperador romano, Júlio César, como “governador da Judeia”.

Selected Works of John Calvin: Tracts and Letters. Editadas por Jules Bonnet, traduzida para o inglês por David Constable; Grand Rapids: Baker Book House, 1983, p. 454; reprodução de Letters of John Calvin (Philadelphia: Presbyterian Board of Publication, 1858).

MAXWELL, William D. Maxwell. El culto cristiano: sua evolución y sus formas, p. 140-1.

CALVIN, John. To the Seigneurs of Berne. John Calvin Collection, [CD-ROM], (Albany, OR: Ages Software, 1998), nº 395, p. 163.

BAIRD, Charles W. A liturgia reformada: ensaio histórico, p. 28.

Bibliografia:

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“Natal.” Encyclopedia Britannica. 1967.

“Natal”, “Dionísio Exíguo” e “Calendário Filocaliano”. Cross, FL e Livingstone, EA O Dicionário Oxford da Igreja Cristã. Oxford, 1997.

Hutchinson, Ruth e Adams, Ruth. Todo dia é um feriado. Nova York: Harper, 1951.

Almanaque do Povo. Editado por David Wallechinsky e Irving Wallace. Garden City, NY: Doubleday, 1975.

Veith, Gene Edward. “Por que 25 de dezembro?” World (10 de dezembro de 2005) p.32.

Tighe, William J. “Calculating Christmas”. Touchstone, dezembro de 2003. http://www.touchstonemag.com/docs/issues/ 16.10docs / 16-10pg12.html

[1] Por Solano Portela. Presbítero da Igreja Presbiteriana do Brasil em Santo Amaro (SP) e mestre pelo Biblical Theological Seminary (EUA)

[2] https://www.christianity.com/church/church-history/timeline/301-600/the-1st-recorded-celebration-of-christmas-11629658.html

[3] https://www.history.com/topics/christmas/history-of-christmas

[4] Veja Bethlehem Climate History, myweather2.com, acessado em 11 de novembro de 2016.

[5] Consulte Gessert, M., Winter Sheep Care – LittleHats.net

[6] MITO: Muito frio para os pastores cuidarem dos rebanhos em dezembro: Logística de alimentação de um rebanho de ovelhas, jesus-reasonforseason.com/

[7] Orígenes, Homilia sobre o Levítico 8.

[8] veja Jonathan Klawans, “Was Jesus ‘Last Supper a Seder?” Bible Review , outubro de 2001.

[9] Veja os seguintes artigos de Revisão da Bíblia : David R. Cartlidge, “The Christian Apocrypha: Preserved in Art,” Bible Review , junho de 1997; Ronald F. Hock e David R. Cartlidge, “The Favored One,” Bible Review , junho de 2001; e Charles W. Hedrick, “The 34 Gospels,” Bible Review , junho de 2002.

[10] O maior trabalho de Africanus foi Chronographiai (221), um de cinco volumes tratado sobre o sagrado e o profano história da Criação (que colocou em 5499 AC) para AD 221. Baseando-se na Bíblia como a base de seus cálculos, ele incorporou e sincronizou cronologias dos egípcios e caldeus, Mitologia grega e história judaica com o cristianismo. Seu trabalho elevou o prestígio do cristianismo primitivo ao colocá-lo em um contexto histórico. Ele também escreveu uma obra crítica sobre genealogias de Cristo, conforme encontrada em Mateus e Lucas.

[11] https://www.britannica.com/biography/Sextus-Julius-Africanus.

[12] https://www.biblicalarchaeology.org/daily/people-cultures-in-the-bible/jesus-historical-jesus/how-december-25-became-christmas/

[13] Estudiosos da história litúrgica no mundo de língua inglesa são particularmente céticos quanto à conexão com o “solstício”; ver Susan K. Roll, “The Origins of Christmas: The State of the Question,” em Between Memory and Hope: Readings on the Liturgical Year (Collegeville, MN: Liturgical Press, 2000), pp. 273–290, especialmente pp. 289–290.

[14] No calendário juliano, criado em 45 aC sob Júlio César, o solstício de inverno caía em 25 de dezembro e, portanto, parecia óbvio para Jablonski e Hardouin que o dia devia ter um significado pagão antes de ter um significado cristão. Mas, na verdade, a data não tinha significado religioso no calendário festivo pagão romano antes da época de Aureliano, nem o culto ao sol desempenhou um papel proeminente em Roma antes dele.

[15] https://www.touchstonemag.com/archives/article.php?id=16-10-012-v

[16] Um comentário sobre um manuscrito de Dionysius Bar Salibi, d. 1171; ver Talley, Origins, pp. 101-102.

[17] Proeminente entre eles estava Paul Ernst Jablonski; sobre a história da bolsa de estudos, ver especialmente Roll, “The Origins of Christmas,” pp. 277-283.

[18] Louis Duchesne, Origines du culte Chrétien , 5ª ed. (Paris: Thorin et Fontemoing, 1925), pp. 275–279; e Talley, Origins

[19] Para mais informações sobre como datar o ano do nascimento de Jesus, veja Leonora Neville, “Origins: Fixing the Millennium,” Archaeology Odyssey , janeiro / fevereiro de 2000.

[20] Tertuliano, Adversus Iudaeos 8.

[21] Existem outros textos relevantes para este elemento de argumento, incluindo Hipólito e o (pseudo-Cipriânico) De pascha computus ; ver Talley, Origins , pp. 86, 90-91.

[22] Os antigos estavam familiarizados com o período de gestação de 9 meses com base na observância dos ciclos menstruais das mulheres, gravidez e abortos espontâneos.

[23] De solstitia et aequinoctia conceptionis et nativitatis domini nostri iesu christi et iohannis baptistae

[24] Agostinho, On the Trinity 4 : 5, Tr. Arthur West Haddan, Padres Nicenos e Pós-Nicenos , Primeira Série, Vol. 3, ed. Philip Schaff, 1887; newadvent.org

[25] Agostinho, Sermão 202.

[26] . Epiphanius é citado em Talley, Origins , p. 98

[27] No Ocidente (e eventualmente em todos os lugares), a celebração da Páscoa foi posteriormente alterada do dia real para o domingo seguinte. A insistência dos cristãos orientais em guardar a Páscoa no real 14º dia causou um grande debate dentro da igreja, com os orientais às vezes chamados de Quartodecimanos, ou “Quatorze”.

[28] b. Rosh Hashanah 10b – 11a

[29] Talley, Origins , pp. 81-82.

[30] Leonora Neville: Neville é professora assistente de história e diretora associada do Centro para o Estudo do Cristianismo Primitivo da Universidade Católica da América em Washington DC. Ela é autora de Autoridade na Sociedade Provincial Bizantina: 950-1100 (Cambridge University Press, 2004

[31] Criado com a ajuda do grande astrônomo alexandrino Sosigenes, o calendário “Juliano” de César estabeleceu formalmente um ano solar medindo 12 meses ou 365 1/4 dias. (O trimestre foi feito em um dia extra a cada quatro anos ou “bissexto”

[32] https://www.britannica.com/topic/Christmas

[33] https://www.britannica.com/biography/Edward-White-Benson

[34] https://pt.wikipedia.org/wiki/Papai_Noel

[35] https://www.christianity.com/church/church-history/timeline/301-600/the-1st-recorded-celebration-of-christmas-11629658.html

[36] https://www.britannica.com/topic/Christmas#ref756912

[37] In: Institutes of Elenctic Theology. Philipsburg, NJ: Presbyterian & Reformed, 1994, vol. 2, p. 100

[38] https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/dia-natal.htm#:~:text=Essa%20%C3%A9%20uma%20pr%C3%A1tica%20muito,sobre%20o%20nascimento%20de%20Jesus.

[39] https://hernandesdiaslopes.com.br/e-legitima-a-comemoracao-do-natal/

[40] Por Solano Portela. Presbítero da Igreja Presbiteriana do Brasil em Santo Amaro (SP) e mestre pelo Biblical Theological Seminary

[41] Acréscimos adaptados ao artigo original do Presbítero Solano:

[42] Possivelmente, a festividade relatada em João 5, relacionada com os incidentes narrados no livro de Ester. Também grafado Chanukah, festividade originada na época dos Macabeus, em celebração ao livramento físico do povo judeu. Jesus estava em Jerusalém na época da celebração (Jo 10.23-30).

http://redacao.mackenzie.br/como-e-celebrado-o-natal-em-diferentes-lugares-do-mundo/ [43]

 

 

Mensagem pregada na Ceia de Natal realizada na Assembleia de Deus Marcas do Evangelho durante a Jornada de 5h de oração (04/12/2021). Texto de Jairo Carvalho – Pastor e professor bíblico.