Série de sermões expositivos sobre o livro de Tito. Sermão Nº 24 – A graça salvadora Parte 3. Referência: Tito 2:12-14. Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 04/12/2019.
INTRODUÇÃO: Considerando a calamidade moral dos nossos dias; poderíamos perguntar se seria este um bom momento para uma vida sóbria, justa e piedosa?
Num mundo pós-moderno, onde não há verdade absoluta, onde tudo é relativo e subjetivo. Um tempo onde impera o politicamente correto, numa visão pluralista das ideias e conceitos e comportamentos.
No meio de tanta inversão de valores, e de um “espirito egoísta e consumista desse tempo” que não tolera uma vida simples e pensamentos elevados.
Em tal estado de espírito, duas coisas parecem possíveis.
Uma é ceder à pressão do nosso tempo. A igreja pós-moderna na busca pela relevância, vem negociando seus valores. Aceitando sua inconsistência com a vida cristã, adaptando-se a padrões que consciência nunca irá aprovar.
Essa geração mundana é moralmente fraca e pouco resistente ao pecado. Ela se tornou mundana porque cedeu à pressão da maioria e a ética circunstancial. Ela demonstrou que não tem coragem para ser diferente por isso cedeu a pressão do mundo.
A outra coisa a fazer é fugir do tempo em que vivemos. Foi o que milhares de crentes fizeram ao longo da história cristã.
Eles acham impossível viver uma vida sóbria em plena corrente de seu próprio tempo; e assim eles fugiram de sua influência, escondendo-se em mosteiros e povoando o deserto com suas cavernas.
Ninguém pode examinar a história desses ASCETAS e EREMITAS sem um brilho de admiração. É uma grande coisa que as tentações de cada época que dominaram tantas almas tenham sido impotentes para atrair alguns santos.
Mas, no entanto, toda essa história não é a história de uma batalha, mas de uma fuga. E foi uma fuga infrutífera. Fugindo do mundo, eles fugiram de toda a chance que tinham para torná-lo melhor.
Se, então, o homem sóbrio, justo e piedoso não se entrega à era atual, nem foge dela, o que ele deve fazer?
Ele deve viver sabiamente no mundo. Os santos do passado foram, na maioria das vezes, aqueles que fugiram do mundo; mas o santo cristão de hoje é a pessoa que vive no mundo.
Se a graça de Deus está em você, essa graça deve ser exibida, não em um retiro seleto e isolado, mas neste mundo atual. Você deve brilhar na escuridão como uma luz.
O crente inconscientemente está vivendo algo heroico e maravilhoso. Ele é simplesmente uma pessoa que vive no mundo em meio a frouxidão e a desonra, e se mantem verdadeiro e limpo.
Ele vive em meio ao luxo e ostentação e mantem sua simplicidade e simpatia. Ele é jovem que não se deixar seduzir pelas paixões da mocidade.
Isso é algo mais difícil do que ser um eremita e é tão nobre quanto ser um santo. É a vida sóbria, justa e piedosa vivida no meio desta era atual.
Depois de expormos tanta coisa negativa no versículo 12. Vamos então olhar para o positivo.
A graça é uma professora completa. Ela não só nos ensina a negar a impiedade e o mundanismo a afirmar algumas coisas. Ela não só ensina o que devemos deixar de fazer, mas também ensina o que devemos começar a viver de maneira sensata, justa e piedosa na era atual.
- A GRAÇA NOS ENSINA A VIVER.
Esse é o lado positivo da vida cristã. Aí vem a evidência da transformação em três expressões que realmente resumem como fomos libertados do poder dominante do pecado.
Uma coisa que o pecado faz é ensiná-lo a viver de maneira insensível, injusta e ímpia, certo? Exatamente o oposto. Assim, a maestria do pecado é quebrada e vivemos “de maneira sensata, justa e piedosa”.
A vida de um discípulo de Cristo não é apenas “dizer não” ao “mau”, mas dizer “sim” ao “melhor”, e tudo isso é possibilitado pelo poder do Espírito (e não pelo espírito do legalismo com uma lista de “não faça e faça”!)
O legalismo diz: “nossas ações determinam o que somos”.Mas a graça diz: “o que somos determina nossas ações”. A moralidade não é simplesmente um esforço próprio. Ela é impulsionada pela nova vida que recebemos na regeneração.
Aqui temos que ter o cuidado com a graça barata que produz o ANTINOMIANISMO (viver sem regras, sem lei). O crente foi salvo para as boas obras e deve se empenhar para pratica-las.
Conta-se que as princesas britânicas (Elizabeth, hoje Rainha Elizabeth II) e Margaret eram crianças e saiam para uma festa, a mãe avisava: crianças da realeza, se comportam com realeza.
Era um lembrete de que o comportamento das meninas tinha de estar à altura de quem ela eram. O seja o status delas vinha primeiro, o comportamento delas deveria estar de acordo com ele. E a graça é a tutora desse comportamento real.
A vida cotidiana deve ser influenciada por essa tríade de virtudes. Elas devem governar; nossas conversações, desejos, trabalho, lazer, recreação, talentos, família, relacionamento e tudo mais. Não há um centímetro de sua vida que a graça não toca, e diz isso é meu.
- A graça nos ensina a viver sensatamente.
“Sensatamente” é a mesma palavra “sophronos” que vimos repetidamente. E significa “autocontrolo”, “sóbrio”, “prudente”; “disciplinado”, “temperado”; “refreado”.
Paulo já usou essa palavra cinco vezes nesta epístola – uma vez no capítulo 1; quatro vezes antes de chegarmos a esse versículo.
Essa a palavra do temperamento cristão, a grande virtude cristã.Uma das coisas que acontece quando você é salvo é ter controle sobre suas afeições.
Você pode se controlar. O homem natural não pode. Ele não pode fazer as coisas de Deus; é impossível para ele.
Ele é impotente para fazê-las. Tudo o que ele faz é pecado, pecado, pecado e mais pecado. Mas um cristão pode se controlar.
Você pode colocar a carne não resgatada sob o controle do Espírito de Deus no homem interior redimido e faça o que é certo. Autocontrole significa equilíbrio adequado, prioridades espirituais, escolhas sábias, tudo isso.
Apostolo João resume a falta de sensatez como uma tentativa de viver a parte da vontade de Deus.
O desejo da carne é o desejo de fazer algo à parte da vontade de Deus. O desejo dos olhos é o desejo de ter algo à parte da vontade de Deus. O orgulho da vida é o desejo de ser algo à parte da vontade de Deus.
O primeiro desejo apela principalmente ao corpo, o segundo à alma e o terceiro para o espírito.
Talvez a manifestação mais comum da luxúria da carne na civilização ocidental moderna seja o sexo ilícito (hedonismo, prazer idólatra).
Talvez a manifestação mais comum da luxúria dos olhos seja a compra excessiva (materialismo, bens idólatras).
Talvez a manifestação mais comum do orgulho da vida esteja tentando controlar (egoísmo, poder idólatra).
A graça de Deus nos fez negar as filosofias, glórias, máximas e modas predominantes deste mundo atual. No melhor sentido, somos não-conformistas.
Desejamos ser crucificados para o mundo e o mundo para nós. Foi uma grande coisa para a graça fazer entre os sensualistas degradados dos dias de Paulo, e não é uma conquista menos gloriosa nesses tempos.
Sobriedade significa o castigo, a disciplina de todas as nossas paixões, o esforço resoluto de obter e manter o controle de todos os nossos desejos.
É a determinação de reprimir sentimentos de raiva e fantasias impuras, de subjugar tanto a afeição desordenada quanto o gosto depravado.Sobriedade significa resistência a toda forma de tentação.
Devemos ter controle sobre todas as paixões básicas de nossa natureza. O monarca de si mesmo é rei dos homens.
Em 1 Pedro 4: 7, recebemos um aviso solene sobre este assunto: “O fim de todas as coisas está próximo: sede portanto sóbrios.
- A graça nos ensina a viver retamente.
Em seguida, ele diz, em segundo lugar ele menciona “retamente”, “dikaios” o que significa que você “obedece ao padrão divino do que é certo”. Que você é moralmente integro, honesto e correto em seu caráter e conduta.
De que você tem um caráter e uma conduta que não pode ser condenada. O crente é uma pessoa inocente e sem culpa em todas as situações, e quando erra ele assume seus erros.
A graça ensina você a começar a viver corretamente e depois isso afeta a todos ao seu redor. As pessoas que vivem bem, é claro, impactam as pessoas ao seu redor.
Paulo diz que o amor não folga com a injustiça. O crente não se alegra com algo praticado com injustiça e insensibilidade ou escândalo.
O evangelho muda a maneira como você vive com os outros. Você vive em retidão, demonstrando o que é viver corretamente. E isto só é possível de você for ensinado pela palavra da justiça.
A grande questão é a falta de um discernimento piedoso, para julgar com retidão todas as coisas.
A bíblia diz que aquele que é espiritual, julga, discerne bem todas as coisas e por ninguém é julgado. O crente tem a palavra final da retidão, pois ele é guiado pela Palavra da verdade.
- A graça ensina a viver piedosamente.
Terceiro, ele menciona a palavra “piedosa”, “eusebeia”, e diz respeito a Deus. Essa é a palavra da religião. A graça nos ensina a viver reverente.
A graça tornou você reverente; tornou você respeitoso com Deus; você o honra; você o adora; você o adora; você o obedece. Então aqui está a evidência da sua transformação.
A salvação, então, nos livra da penalidade do pecado no futuro, a saber, o inferno, e o poder do pecado no presente, a saber, o padrão ininterrupto do pecado contínuo.
E agora estamos em um padrão de santidade, não praticando mais o pecado,porque temos a vida de Deus em nós. Temos a semente de Deus em nós, diz João; não continuamos mais na prática do pecado. (1 Jo 3.10)
As características da vida piedosa são do tipo mais prático, pois a verdadeira piedade influencia tudo, elevando e purificando tudo, e quem a vive oferecerá um contraste tão grande em sua vida e conversas com aqueles que não a viverem, que os homens ainda serão constrangidos a se maravilhar com isso e a tomar conhecimento deles de que estiveram e ainda estão com Jesus. Estamos vivendo piedosamente em Cristo Jesus
Agora observe o final do versículo 12. Essa piedade, retidão e sensibilidade, esse afastamento de visões erradas sobre Deus e o viver pela paixão, devem ser feitos “na era atual”.
Isso não é futuro, é agora – o aqui e agora, a esfera em que vivemos. Essa frase em particular é repetida pelo apóstolo Paulo pelo menos quatro vezes que eu conheço, e significa “o tempo presente”.
A graça salvadora, então, não apenas nos livra do inferno futuro, mas educa, nos treina para apresentar santidade no aqui e agora. Isso é essencial para entender a questão da salvação.
- A GRAÇA NOS ENSINA A ESPERAR.
Há cristãos que gostam de recordar algum período da história da Igreja, que eles consideraram uma espécie de era de ouro,
Uma época em que comunidades de homens e mulheres santos eram ministradas por ministros ainda mais santos, e na qual a Igreja seguia belamente a caminho, não totalmente livre de perseguições, que talvez fossem necessárias para sua perfeição, mas imperturbáveis por dúvidas, ou dissensões, ou heresias, e sem manchas de mundanismo, apostasia ou preguiça.
Até onde a experiência e história tem demonstrado, nunca houve algo assim em momento algum da história, nem mesmo nos períodos dos grandes avivamentos.
Nenhuma idade de ouro pode ser encontrada na história real da Igreja. Nem mesmo no novo testamento, nem antes ou depois da pentecostes.
Muitas das igrejas do novo testamento tinham mais problemas do que a maioria das igrejas modernas, embora fossem lideradas pelos apóstolos.
O fracasso em encontrar qualquer idade de ouro em qualquer período coberto pelo Novo Testamento ou depois dele deve nos colocar em alerta contra a esperança de encontrá-la em qualquer período subsequente.
Nenhum período da história pode nos trazer qualquer esperança, era dourada da igreja está no porvir. Nossa única esperança é a manifestação da gloria do nosso grande Deus.
O versículo 13, “Aguardando a bendita esperança e o aparecimento da glória de nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus”.
- A esperança da vinda de Cristo é a motivação do viver santo
Um ponto importante que Paulo coloca sobre nós aqui – muito, mais muito importante – a graça salvadora nos livra da presença do pecado! A graça salvadora nos livra da presença do pecado!
Vivemos na esperança, diz o versículo 13. E a esperança é que algum dia Jesus venha, e quando Ele vier, sabemos que Ele nos livrará da presença do pecado.
Na justificação somos libertados de sua punição, na santificação estamos sendo libertos do poder do pecado; e na glorificação seremos libertados de sua presença.
Por isso Paulo disse: “É muito melhor partir e estar com Cristo”. Por isso Paulo disse: “Para mim, viver é Cristo, mas morrer é ganho”.
Por isso Paulo disse que toda a CRIAÇÃO GEME, aguardando a adoção, a redenção de nossos corpos.
É por isso que ansiamos pela manifestação gloriosa dos filhos de Deus. porque O veremos como Ele é”, e então parecerá o que realmente somos como filhos de Deus.
Assim, o desejo do coração do crente é algum dia a ser libertado da presença do pecado. É por isso que nos baseamos em 1 João 3: 2: “seremos como Ele,
O que significaria salvação se não nos libertasse da presença do pecado?
Se o pecado sobrecarregou meu coração, se o pecado me preocupou, me debilitou e me esmagou, e se eu ódio o pecado e odeio cada vez mais, então eu quero o tipo de salvação que promete me que algum dia isso não existirá.
Essa é a nossa esperança e ela está no futuro e não no passado. É o que ele diz no versículo 13, “Procurando”. Literalmente significa “esperar, esperando”.
Não podemos perder de vista isso, estamos esperando com grande expectativa. Traz a ideia de ansiedade, antecipação, saudade, isso muda minha perspectiva completamente.
Todos os cristãos de todos os tempos morreram nessa única esperança. E o que estamos esperando? “A bendita esperança, “A esperança abençoada”. O que isso significa?
A esperança que irá abençoar. A esperança que trará bênção. E o que é “a esperança abençoada?” É “o aparecimento da glória de nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus.”
Essa é a nossa esperança abençoada. Jesus está vindo. Essa é a esperança que abençoará.
E quando Ele vier haverá alegria e riqueza e paz e recompensa e perfeição, ausência de pecado, glória. Vivemos nessa esperança. Vivemos ansiosamente nessa esperança.
Algumas pessoas querem dividir isso um pouco e vêem na frase “procurando a esperança abençoada” o arrebatamento da igreja e “o aparecimento da glória de nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus”, a segunda vinda sete anos depois.
O arrebatamento é anterior ao tempo da tribulação. A segunda vinda sendo depois. Mas eu realmente não sinto que Paulo esteja promovendo qualquer tipo de divisão aqui.
Acho que ele está simplesmente dizendo que estamos “procurando a esperança abençoada” e “a esperança abençoada” é a aparição do Senhor. E ele está apenas resumindo toda a segunda vinda.
Não acho que ele esteja tentando isolar o arrebatamento do retorno. Embora entendamos que essas são duas partes da grande vinda de Cristo, a epifania, “a aparição, a chegada”.
Acho que Paulo está simplesmente dizendo que vivemos na expectativa de que Jesus está voltando, e quando Ele vier – certamente no arrebatamento e mais tarde na seguinte glória em nome dos santos do Antigo Testamento e dos santos da tribulação – seremos libertados da presença do pecado em nossa forma glorificada.
“A esperança abençoada” é uma realidade histórica fixa, pela qual ansiamos, essa é a era de ouro da igreja.
De fato, ele diz “a esperança abençoada e o aparecimento da glória”. E quem é “a glória?” De fato, “A GLÓRIA” é “nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus.” Portanto, neste texto, o Senhor é chamado “GRAÇA” no versículo 11.
Ele é chamado de “glória” no versículo 13. Ele é chamado de “bondade” no versículo 4 do capítulo 3, e Ele é chamado de “amor” no mesmo versículo. Ele é a personificação da graça, da glória, da bondade e do amor.
Vimos a bondade, o amor e a graça em Sua primeira vinda; veremos a glória em Sua segunda vinda.
Como tantas vezes em outras partes das Escrituras, você não tem uma separação do arrebatamento, chamada “a bendita esperança”. e a segunda vinda, chamada “a aparição”.
Embora pudéssemos fazer essas distinções certamente em nossa escatologia. Eu acho que Paulo está apenas varrendo todo o conceito do retorno de Cristo como o culminar da salvação final que nos livra da própria presença do pecado.
Então receberemos corpos imortais. Este incorruptível irá colocar, este corruptível irá colocar na incorrupção. Este mortal colocará a imortalidade, e seremos triunfantes em nossa santidade absoluta.
- A gloria do grande Deus salvador.
Uma nota sobre o final do versículo 13. Ele chama Cristo por este título, “nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus”. Agora, aqui está outra daquelas passagens muito, muito maravilhosas das Escrituras, que removeram a dúvida sobre se Jesus era Deus.
Sempre há pessoas que querem negar a divindade de Cristo, e pequenas declarações como este grande título aqui são úteis para afirmar a divindade de Cristo.
Frequentemente, nas Escrituras, a divindade de Cristo é apresentada a nós. onde diz que Cristo Jesus, Seu Filho, o Filho de Deus, é “o esplendor da glória de Deus e a representação exata de Sua natureza”.
Penso em outro texto que não é diferente deste em Hebreus 1: 3, como também Romanos 9.5 Que definitivamente se refere ao Senhor Jesus Cristo como sendo igual a Deus em essência e natureza.
O texto de Romanos diz: “Cristo que está acima de tudo, Deus bendito eternamente”. Então, aqui nesse texto de Tito; está uma declaração que diz simplesmente “nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus“.
Ele entrou em um estado humilde pela primeira vez com graça. Ele vem em um estado exaltado da próxima vez com glória.
Ele vem para glorificar Sua igreja no arrebatamento. E então voltar em glória com Sua igreja para glorificar os santos restantes e estabelecer Seu reino.
Mais uma nota. Ao olhar para essa afirmação, “nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus“, pode ocorrer que você mova a vírgula após a palavra “Salvador” para antes da palavra “Salvador” e faça-as em duas pessoas – ” nosso grande Deus, e Salvador Cristo Jesus “, para que um se referisse a Deus, o outro, o Salvador Cristo Jesus e evitasse a conexão necessária de que Jesus é Deus.
Existem vários problemas com isso. Vou sugerir para você. É melhor vê-lo se referindo a uma pessoa por várias razões. Há um artigo aqui, um artigo definido em vez de dois.
Você também notará no versículo 14, “que se entregou por nós“, leva todo o título com um pronome singular, referindo-o, portanto, a um indivíduo.
A palavra “grande” seria bastante interessante. “Nosso grande Deus” pode ser inútil usar isso se ele estiver se referindo somente a Deus.
Nunca é usado no Novo Testamento para se referir a Deus, porque muitas vezes, no Antigo Testamento, Deus é chamado de grande. Parece ter sido assegurado e afirmado, e não é usado no Novo Testamento.
“Grande” é usado no Novo Testamento para se referir a Cristo várias vezes. Ele será grande. Jerusalém é chamada a cidade do grande rei. “Um grande profeta ressuscitou entre nós!” Portanto, “grande” é usado repetidamente para falar de Cristo no Novo Testamento, nunca de Deus.
E cada vez que “grande” é usado para falar de Cristo, isso o liga como Deus ao uso de “grande” no Antigo Testamento, referindo-se a Deus Pai.( Lucas 7:16 ). “Um grande sacerdote sobre a casa de Deus” (Hebreus 10:21). Um “grande pastor das ovelhas” (Hebreus 13:20).
Mas o ponto mais revelador é este: nunca nas Escrituras o Pai se une ao Filho em Sua segunda vinda. Então você não poderia falar sobre o aparecimento da glória de nosso grande Deus e Jesus Cristo.
O Pai nunca se une ao Filho na segunda vinda. A epifania, o aparecimento, a chegada de Jesus Cristo, é singularmente Jesus Cristo.
Portanto, todas essas coisas nos indicam que o entendimento adequado é “nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus”. E, portanto, torna-se um testemunho maciço da divindade de Cristo, que de fato é chamada Deus e Salvador.
Então Ele vem no futuro para salvar Seu povo. No sentido de que? Livrando-os da presença do pecado. A salvação da presença do pecado. Já temos salvação da penalidade e do poder, mas ainda não da presença do pecado.
Mas “nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo”, virá, e Ele nos libertará da própria presença do pecado em nossa própria carne. Ele transformará os nossos corpos frágeis em um corpo glorioso.
Então seremos como Ele. Ele nos fará como Ele mesmo. E essa grande transformação elimina de nossa própria pessoa qualquer presença de pecado.
Mesmo se voltarmos e reinarmos sobre a terra no reino de mil anos, seremos intentáveis, seremos intocáveis com o pecado, seremos puros e eternamente santos. Essa é “a bendita esperança”.
E eu realmente acredito que é a coisa mais importante que as pessoas têm procurado, a serem libertas da penalidade do pecado, a serem libertas do poder do pecado, mas, em última análise, da presença dele por completo.
- A completa redenção.
E há um outro pensamento aqui, e não vou esgotar isso. Vamos terminar da próxima vez, mas eu vou apresentar a você.
A graça salvadora vem para nos libertar da POSSE do pecado. Versículo 14: “Que se entregou por nós para nos redimir de toda ação sem lei e purificar para si um povo para sua própria possessão, zeloso por boas ações”.
Oh, essa é uma verdade maravilhosa. O pecador não regenerado é a possessão do pecado. Ele é dono. Ele é controlado pelo pecado. A graça salvadora quebra essa propriedade.
O primeiro marido morre e o parceiro não está mais em cativeiro. O primeiro marido foi pecado e está morto, e não há mais servidão – há libertação completa.
E nos tornamos – eu amo isso – o versículo 14, “Sua própria possessão”, “Sua própria possessão”. E nós nos tornamos Sua, e Ele nos mantémescondidos com Cristo em Deus.
Ninguém é capaz de nos tirar da Sua mão”, “nada jamais nos separará do amor de Deus que está em Cristo Jesus”. Estamos para sempre seguros.
Esse é um componente essencial da salvação, amado. Temos uma salvação que nos livra permanentemente da posse do pecado. A graça salvadora quebra para sempre essa propriedade.
Você não pode voltar atrás. Por quê? Porque o Senhor pagou o preço e a justiça de Deus foi satisfeita e a compra foi feita.
Paulo não está ensinando se o crente perde o não salvação. Ele está dizendo basicamente que Deus pagou um preço suficiente por uma compra eterna.
Ele também não está dizendo que Deus pode iniciar sua obra em nós, mas depois nos perder ao longo do caminho. Nem está dizendo que Deus não onipotente caso alguém caia da graça.
Paulo também não está dizendo, ou discutindo a controvérsia de que alguém pode perder a salvação, estará afirmando que em algum lugar do universo alguém é mais poderoso que Deus.
É realmente confuso tentar entender as afirmações teológicas sobre esse assunto, e não há consenso sobre isso, desde quando se começou a discutir.
E não há como conciliar as diferentes correntes, seja armínianos, luteranos ou calvinistas; e todas elas afirmam categoricamente ser a verdade da Escritura.
A verdade que a nossa segurança de salvação está em Deus, e não em nós mesmos. Mas toda a Escritura avisa solenemente do perigo de alguém viver na pratica do pecado.
E ela diz isso principalmente ao povo de Deus. Ela diz que o pecado é uma decisão da vontade humana.
O cristão precisa mortificar o pecado por meio do poder do poder do Espirito Santo, dos meios de graça, como a Palavra, oração e jejum, culto e da pregação.
Não há duvida alguma sobre o nosso futuro, se realmente seremos libertos da presença do pecado e seremos seres santos para todo o sempre.
Você não precisa viver com medo de um dia cair da graça, e perder sua salvação. É Deus quem garante, é ele que é o Deus salvador; tudo o que temos que fazer é confiar no bendito salvador.
Quando um pecador chega ao fim de sua vida de pecado, por assim dizer, e ele quer redenção e ele quer salvação, e ele quer perdão, ele quer um Deus que não o deixar apegado ao pecado?
Como podemos adornar a doutrina de Deus, como podemos mostrar ao mundo que nosso Deus é um Deus salvador, se não ensinamos que nosso Deus guarda quem Ele salva?
Que nosso Deus aperfeiçoa quem Ele salva? Que nosso Deus quebra o poder do pecado na vida de quem Ele salva, assim como os livra do inferno eterno?
É o pacote que coloca Deus em exibição. Temos um Deus que pode anular toda condenação dos homens do poço e do inferno.
Temos um Deus que pode quebrar a infecção devastadora do pecado que está no tecido dos seres humanos.
Temos um Deus que, em última análise, transformará tão totalmente nossos corpos que nunca conheceremos o pecado para todo o sempre.
Temos um Deus cuja posse nos tornamos, cuja posse nos tornaremos e nunca alguém será capaz de quebrá-lo.
Então, se vamos demonstrar a grandeza de nosso Deus e Seu poder salvador, então exaltemo-lo por ser o Salvador que Ele é.
E não vamos apresentar algum tipo de salvação que seja algo menor do que aquilo que exalta adequadamente nosso grande Deus.
O que significa ser cristão? Significa ser salvo da penalidade do pecado no futuro, o poder do pecado no presente, algum dia a presença do pecado, e ser sempre e sempre pela eternidade a possessão de Deus – “um povo para Sua própria possessão,” Purificado, libertado de toda ação sem lei e redimido.
O versículo 14 diz que Ele se entregou para realizar isso. O sacrifício de Jesus Cristo deveria realizar nada menos que essa salvação total.
Qualquer coisa menor do que “não adorna o ensino de Deus, nosso Salvador, em todos os aspectos”.
CONCLUSÃO:Pai, agradecemos pela exposição de sua Palavra nesta noite. Oh, o tempo passa tão rapidamente e tanta riqueza aqui.
Pai, agradecemos novamente pelo lembrete de que você é um Deus salvador. Na tua grande misericórdia e graça, abaixaste-te para salvar pecadores indignos.
Obrigado, pai, por isso. Por que você nos escolheu, nunca compreenderemos. Talvez até por toda a eternidade nunca possamos entender.
Mas somos gratos pelo que o Senhor fez. Somos gratos por ter chegado o dia em que o Espírito de Deus convenceu nossos corações, e nos aproximamos como pecadores sem esperança e pegamos uma salvação como a que acabamos de ler.
Pai, agradecemos a plenitude de nossa salvação. E oramos para que possamos viver assim, para mostrar ao mundo que Deus é salvador, para que eles possam ver em nós a alegria de alguém que está para sempre livre da penalidade do pecado.
Para que eles possam ver em nós a pureza de alguém em quem o poder do pecado é quebrado. Que eles possam ver em nós a antecipação, o desejo, a esperança, a falta de sentido, a sensação de antecipação celestial de alguém que um dia será libertado da presença do pecado.
Que eles possam ver em nós a confiança, a segurança e alegria estabelecida de quem não sabe que nada pode mudar, pois somos para sempre a sua posse pessoal.
Pai, seja esse tipo de salvação que exibimos para um mundo que assiste como vivemos, como falamos e como agimos para que outros, ao ver o que o Senhor fez em nossas vidas, possam ser atraídos a ti e te glorifique e venha a conhecê-lo.
Obrigado por esta maravilhosa oportunidade, Senhor, de ensaiar novamente essas grandes verdades, e nós Te damos glória e louvor pelo que fez em nossas vidas e pelo que fará na vida de outras pessoas, que agora mesmo ouvem esta mensagem, como o Senhor os salva por Sua graça. Em nome de Cristo. Amém.