SERMÃO: UMA MULTIDÃO ALIMENTADA
Referência: João 6.1-15
INTRODUÇÃO
João começa a dizer que Jesus atravessa o mar da Galileia, e vai para o outro lado, perto da cidade de Tiberíades. Esse nome foi dado por [1]Herodes Antipas, por volta do ano 20 d.C., em homenagem ao imperador romano Tibério César. Esse grande lago que é chamado de mar, tem outros nomes: Mar de Quinerete (Nm.34:11), Lago de Genesaré (Lc 5.1), e aqui (Jo 6.1) em Mar de Tiberíades. Por ter curado um homem em um sábado, Jesus sofreu forte oposição dos judeus e já não podia estar seguro em Jerusalém, razão pela qual se afastou para a Galileia. O evangelista João tem um propósito bem claro nesse livro: levar seus leitores a contemplarem a pessoa e a obra de Cristo, a fim de colocarem nele sua fé (20.31). Por isso, João seleciona alguns milagres de Jesus para reforçar seu argumento.
Os únicos milagres mencionados por João registrados também nos outros evangelhos são esses narrados nesse capítulo: a multiplicação dos pães e dos peixes, e Jesus andando sobre o mar. Obviamente, esses dois milagres atendem perfeitamente ao seu propósito de enfatizar a divindade de Cristo. O milagre da multiplicação dos pães e dos peixes é o mais documentado e o mais público dos milagres. Está registrado em todos os evangelhos. Embora João omita vários detalhes do registro dos Evangelhos Sinóticos, oferece outros pormenores que não estão contemplados naqueles.
Os Evangelhos Sinóticos, por exemplo, mencionam dois motivos pelos quais Jesus e seus discípulos foram para o lado oriental do mar da Galileia. Primeiro, eles andavam muito atarefados com as demandas variadas das multidões e nem sequer tinham tempo para comer. Segundo, estavam abatidos com a notícia trágica da morte de João Batista, por ordem do rei Herodes. Antes da multiplicação de pães e peixes por Jesus, os Sinóticos ainda nos informam que ele curou seus enfermos (Mt 14.14). E falou a eles sobre o reino de Deus (Lc 9.11), porque estava movido de profunda compaixão, já que eram como ovelhas sem pastor (Mc 6.34). Sete verdades[2] devem ser destacadas nesse sentido, como veremos a seguir.
1. Uma necessidade a ser suprida (6.1-4) “Depois disto partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia, que é o de Tiberíades. E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos. E Jesus subiu ao monte, e assentou-se ali com os seus discípulos. E a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima”. O cansaço físico e o esgotamento emocional sinalizam a necessidade do descanso. E nesse contexto que os discípulos saem com Jesus para um lugar distante de tudo, com o propósito de descansarem. Eles vão para o lado oriental do lago, região conhecida como as montanhas de Golã. Ao desembarcarem, porém, uma numerosa multidão segue Jesus, porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura dos enfermos. O evangelista João contextualiza esse trecho bíblico na proximidade da Páscoa e do célebre sermão de Jesus sobre o pão da vida. Os milagres de Jesus são pedagógicos. Jesus estava multiplicando os pães para ilustrar a gloriosa verdade de que ele é o pão da vida.
A multidão que desce de Cafarnaum e arredores para encontrar Jesus naquela região deserta, não o busca, movida pela fé genuína. Ela o vê apenas como um operador de milagres. Busca-o apenas como alguém que pode ajudá-la em suas necessidades imediatas. Mesmo assim, os Evangelhos Sinóticos dizem que Jesus sentiu compaixão dessa multidão, pois eram como ovelhas sem pastor. Ele passou a ensiná-los e a curar seus enfermos. Dessa forma, Jesus nos ensina que ele, como divino provedor, se importa com nossas necessidades e nos atende segundo sua imensa bondade.
2. Uma visão a ser compreendida (6.5-7) “Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer. Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco”. Antes mesmo de a grande multidão chegar, Jesus já tinha visto suas necessidades e decidido supri-las. Ele sabia que as pessoas estavam exaustas e sem rumo, como ovelhas sem pastor. E sabia que precisavam ser alimentadas. Jesus, entretanto, aproveita a ocasião para colocar Filipe em prova. Então lhe pergunta: Onde compraremos pães para que comam? O teste que Jesus fez com os discípulos, mostram o quanto a visão deles estava errada sobre a necessidade das pessoas. Duas verdades sobressaem aqui:
(a) Ignoraram as necessidades dos outros. Os discípulos sugeriram que Jesus mandasse o povo embora (Mc 6.35). Essa é a solução mais fácil, ignorar as necessidades dos outros. Olhem o ARGUMENTO ESCAPISTA dos discípulos: (Mc 6.36) “Manda embora o povo para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar algo para comer“. No evangelho de Mateus 15:32, Jesus diz: “Não quero mandá-los embora com fome, porque podem desfalecer no caminho”.
O DISCURSO MORALISTA dos discípulos desprezava o valor da vida. Não se importavam se poderiam até morrer de fome no caminho. Os discípulos ignoraram as necessidades reais das pessoas. Por isso, as convicções estavam erradas. O novo filme da Marvel, da série dos vingadores, guerra infinita, o grupo de Herois, enfrenta o seu pior inimigo, Thanos, ele quer de qualquer forma dizimar a metade o universo. Ele justifica essa insanidade com um argumento altamente Moralista. Ele diz que os recursos do universo são finitos, e se não dizimar a metade da população, todos vão morrer com fome.
Thanos está convencido de que seus princípios estão corretos, portanto é capaz de atos IMORAIS E ANTIÉTICOS para realizá-los. Seu poder só pode ser comparável à sua ignorância. Thanos é tão cego em seus princípios que nem a Joia da Mente foi capaz de fazê-lo enxergar algo tão óbvio. CONVICTO E IGNORANTE. Não poderia existir um vilão melhor. Cometemos o mesmo erro; quando pregamos o evangelho as pessoas, e desprezamos suas necessidades temporais. Tiago diria que esta é uma falsa religião.
(b) As desculpas pragmáticas.
A segunda solução veio de Filipe, em resposta ao “teste” de Jesus: juntar dinheiro suficiente para comprar pão para o povo (6.5-7). Filipe, com sua mente pragmática, responde: “Senhor, o problema não é “onde”, mas “como”. Para atender essa grande multidão, seria preciso ter pelo menos 200 denários. Isto é muito dinheiro e nós não temos. Filipe era bom em economia. Sabia muito bem calcular valores para constatar que havia um gritante abismo entre a RECEITA E AS DESPESAS. Mas no quesito fé ele estava reprovado, pois não tinha nenhuma visão espiritual. Ele só viu o problema, mas não divisou a solução. Só viu a limitação humana, mas não a onipotência divina.
Filipe avaliou o problema usando seu conhecimento sobre o mercado financeiro, ele faz o papel de um excelente especialista em ciências econômicas. Ele faz as previsões e os riscos do investimento. A previsão de Filipe é muito pessimista; até podemos ouvi-lo: a inflação é alta, e o que as pessoas ganham não dá para sustentar essas famílias. (v7) “Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco”. Um denário era o pagamento de um dia para um trabalhador comum; 200 denários, portanto, representavam oito meses de salário.
O pragmatismo de Filipe, concorda com a teoria ESCOLA KEYNESIANA do pleno emprego. É preciso se ganhar mais dinheiro para melhorar a vida dessas pessoas, esta é uma responsabilidade política do Estado. A mente pragmática de Filipe, eles estavam lidando com um problema sem solução. Havia uma multidão faminta, num lugar deserto, numa hora avançada, sem comida, sem dinheiro e sem lugar para comprar alimento.
3. Um déficit humano a ser superado (6.8,9). “E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe: Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos? Depois do argumento acadêmico de Filipe, foi exposto, André, irmão de Pedro, entra em cena para informar a Jesus a evidencia que comprova argumentos deles. André achou no meio da multidão, um menino com uma pequena provisão de cinco pães de cevada e dois peixinhos. Então ele tomado pela LÓGICA mundana, deu seu parecer: […] mas o que é isso para tanta gente?
André está concordando coma a TEORIA POPULACIONAL MALTHUSIANA, que se preocupa com crescimento da população versus a redução na produção de alimentos. Malthus e Filipe, pensaram a mesma coisa, tem muita gente e pouca comida. Os pães nem sequer eram de trigo. Eram pães de cevada, um produto agrícola usado na época para alimentar os animais. Somente o quarto evangelho especifica que eram pães de cevada, o pão barato das classes mais pobres. [3]Os outros evangelistas usam a palavra comum para “peixe” (ichthys), mas João os chama de opsaria, indicando que eram peixes pequenos (talvez salgados) que davam um gosto especial aos pães de cevada. Pelo tamanho da multidão, essa pequena e única quantidade de comida era insignificante. André a mencionou apenas para mostrar para Jesus, de que ele não havia pensado bem no que falou, pois não havia o suficiente para tantas pessoas famintas. Mas era ele que não entendia o que falava, pois para o propósito do Senhor ela era suficiente.
A CONVICÇÃO e a IGNORÂNCIA deles impediram de ver uma coisa tão óbvia; o Senhor Jesus tinha poder para resolver este dilema. Se Filipe enfatiza a falta de dinheiro para alimentar a multidão, André destaca a pequena provisão disponível para alimentar tanta gente. Avaliando segundo a visão do mundo, Filipe via os indicadores econômicos, que apontavam uma inflação muito alta, e a perda do poder de compra dos trabalhadores; e para resolver, tinha que melhorar o salário dos trabalhadores. André, enxergou o problema da fome do mundo; via uma explosão demográfica, aumento da população versus redução de alimentos. Tem muita gente e nenhuma comida basicamente.
Alimentar aproximadamente 15.000 pessoas (Mt.14:21) com dois pães e 5 peixinhos, é algo impossível na concepção dos homens. Nenhum dos dois conseguiu discernir a disposição e o poder de Jesus para resolver o problema. Quando olhamos para a insignificância dos nossos recursos e a grandeza dos desafios, ficamos desesperados. Jamais poderemos atender à demanda das multidões se nos fiarmos em nossos próprios recursos. O milagre de Deus ocorre quando o homem decreta sua falência. Eles tinham um déficit imenso. Era um orçamento desfavorável: cinco pães e dois peixes para alimentar uma grande multidão. O rapaz entregou seu lanche a André, que o levou a Jesus, e Jesus então o multiplicou. Não podemos fazer o milagre, mas podemos levar o que temos às mãos de Jesus. [4]Deus não nos chama para prover para sua obra. A provisão é a responsabilidade dele. Deus nos chama para colocarmos em suas mãos o que nós temos, ainda que sejam apenas alguns pães e peixes, e ele cuidará da multiplicação.
4. Uma organização necessária (v.10) “E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil”. Antes de realizar o milagre da multiplicação, Jesus mandou a multidão assentar-se, divididos em grupos de 100 e de 50 (Mc 6.40), para facilitar a distribuição e para que ninguém ficasse sem receber o alimento. O milagre divino não dispensa a organização humana. A provisão divina não dispensa precaução. A obra de Deus precisa ser feita com ordem e decência. Uma multidão sem organização pode causar imensos transtornos. Sobretudo, uma multidão faminta como aquela.
5. Uma multiplicação generosa (6.11) “ Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também dos peixes, quanto eles queriam”. A verdadeira solução foi dada por Jesus. Ele aumentou milagrosamente a produção de alimentos. Jesus operou o milagre valendo-se do pouco que eles tinham. O pouco nas mãos de Jesus é uma provisão suficiente para uma grande multidão. Há um ritual seguido por Jesus: ele toma os pães e os peixes e dá graças; ele os entrega aos discípulos, que os repartem com a multidão. A multidão comeu até se fartar. Ninguém tinha necessidade. Nenhuma escassez de provisão. Jesus tem pão com fartura. Aquele que se alimenta dele não tem mais fome. Ele satisfaz plenamente. Assim como Deus alimentou o povo com maná no deserto, agora Jesus está alimentando a multidão. O mesmo Deus que multiplicou o azeite da viúva está agora multiplicando pães e peixes.
O mesmo Jesus que transformou a água em vinho está agora exercendo o seu poder criador para multiplicar os pães e os peixes. O milagre da multiplicação é da economia de Cristo; a obra da distribuição é da responsabilidade dos discípulos. Jesus sempre tem pão com fartura para os famintos; cabe-nos, porém, a sublime tarefa de alimentá-los! Somos cooperadores de Deus. O milagre vem de Jesus, mas nós o repartimos com a multidão. Não temos o pão, mas o distribuímos a partir das mãos de Jesus. Foram cinco mil homens, além de mulheres e crianças alimentadas com pães e peixes (Mt 14.21), aproximando de um total de 15.000 pessoas. A provisão de Deus, não tem limites, ela será dada conforme a necessidade. Não importando quantos fossem, o milagre seria do mesmo jeito.
6. Uma mordomia necessária (6.12,13) “E, quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca. Recolheram-nos, pois, e encheram doze alcofas de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido”. Deus deu com abundância. Mas a fartura da provisão não pode desperdiçar a sobra. [5]Os recursos infinitos não são desculpa para desperdício. O desperdício é pecado. O desperdício inibe a provisão futura. Quem não administra bem os dons de Deus, vai perde-lo. Quando o Senhor supre as necessidades do seu povo, há abundância, mas não desperdício. Jogar comida fora é pecado. Depois que todos se fartaram, Jesus ordenou que os discípulos recolhessem os pedaços que haviam sobrado, para que nada se perdesse. Os discípulos recolheram doze cestos cheios de pães de cevada, um cesto para cada discípulo. Com isso, o Senhor nos ensina que, mesmo havendo fartura, o desperdício jamais é permitido.
O dom de Deus não deve ser desperdiçado. O pão é fruto da graça de Deus, e não podemos jogar fora a graça de Deus. O que sobeja precisa ser aproveitado. Hoje temos mais de SETE BILHÕES de habitantes no planeta. Mais de um BILHÃO de pessoas vão para a cama com o estômago roncando de fome. A quantidade de desperdício de alimentos no mundo, daria para acabar com a fome. O desperdício é falta de compaixão. O problema do mundo não é falta de provisão, mas a distribuição injusta. O que falta no mundo não é pão, mas compaixão. O que é desperdiçado na mesa do rico é o alimento que falta na mesa do pobre. Em vez de desperdiçar o pão que sobra em nossa mesa, deveríamos recolhê-lo e reparti-lo com os famintos. Os crentes vão prestar conta de todo desperdício de alimentos que fizeram.
7. Uma tentação perigosa (6.14,15) “Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo. Sabendo, pois, Jesus que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte”. Quando a multidão viu o sinal que Jesus fizera, declarou entusiasmada ser ele o profeta que deveria vir ao mundo. Alimentados por suas esperanças messiânicas, de um reino terreno e político, resolveram arrebatá-lo com o intuito de o proclamarem rei. [6]O presente capítulo revela, talvez mais claramente do que qualquer outra porção das Escrituras, o tipo de Messias que o povo queria, ou seja, alguém que tudo fizesse a fim de suprir as necessidades físicas do povo e tivesse poder para tanto.
Aqui tem um ponto importante[7]; “o número total de pessoas pode muito bem ter ultrapassado vinte mil. A luz do versículo 15, em que o povo tenta tornar Jesus rei à força, é fácil pensar que, pelo menos em João, a especificação dos cinco mil homens. Pode ser uma forma de chamar atenção para fato deles quererem começar uma rebelião política, pois encontraram o líder certo. Jesus, era o líder que precisavam, pois se ficassem doentes, ele tem o poder para curar, se estivessem com fome, ele poderia multiplicar o pão; e se alguém morresse ele poderia ressuscitar. E com esse poder ele poderia libertar o povo da julgo dos romanos, e nada poderia deter.
[8]“Este certamente era o líder que eles estavam esperando; com ele como general e rei, vitória e paz estavam garantidas. Se ele não tomava a iniciativa de apresentar-se como líder, eles o levariam a fazê-lo. Porém, Jesus viu na atitude deles uma reincidência das suas tentações do deserto. Ele sabia que não seria desta maneira que deveria cumprir a vontade de seu Pai e conquistar a libertação do seu povo. Por isso, evitou a multidão, retirando-se para as colinas de Golã”.
Não apenas sua fé em Jesus era insuficiente, mas também suas esperanças sobre o futuro eram infundadas. Não era aquele tipo de fé que Jesus esperava daquele povo. Os milagres, eram a expressão da compaixão de Cristo, para ajudar os necessitados. Mas o povo viu nele somente uma oportunidade de realizar seus planos políticos. As multidões criam nos seus milagres, mas foi enganada pelos desejos de liberdade política. Jesus percebendo que isto era uma tentação, e como os seus discípulos poderiam ser enganados, ele se retirou sozinho para o monte e foi orar. Sempre que Deus faz algo de extraordinário, somos tentados e ficar soberbos. As manifestações dos dons espirituais, devem nos tornar cada vez mais humildes e dependentes de Deus. Uma vida sincera de oração, pode nos ajudar a viver de forma mais humildes e ajudar-nos a lidar com as tentações do sucesso e da espiritualidade.
CONCLUSÃO[9]:
Somos igualmente tentados a acreditar que o dinheiro é a resposta para todas as necessidades. Achamos que se tivéssemos mais recursos, poderíamos fazer mais para o reino de Deus. Não podemos nos esquecer que a provisão é de Deus. A visão dos discípulos estava errada sobre a obra de Deus. Em vez de nos queixamos daquilo que não temos, devemos dar graças a Deus por aquilo que temos. Devemos dar a Deus, os recursos limitados que temos e confiar no milagre da multiplicação. Jesus olhou para aquela multidão e teve compaixão. Hoje vemos uma multidão muito maior que aquela. Temos muito mais recursos que eles, e não fazemos quase que absolutamente nada para servir aqueles que precisam.
O que nos falta é compaixão. Assim como os discípulos queremos despedir as multidões para que cada um se vire com suas necessidades. Somos como Filipe, sabemos tudo de finanças, mas não sobra dinheiro para ajudar a ninguém. Reagimos como André, até temos nossos meninos com 5 pães e dois peixinhos, para justificar diante de Deus, que o que temos é muito pouco. Falta-nos compaixão: Que Deus tenha misericórdia de nós. Pois tem uma multidão faminta que precisa ser alimentada.
[1] William Hendriksen; Comentário de João Pg. 286.
[2] Hernandes Dias Lopes, Comentário de João.
[3] F. F. Bruce.
[4] Charles Swindoll
[5] William Hendriksen
[6] William Hendriksen
[7] D. A. Carson
[8] F.F.Bruce
[9] Sermão adaptado do Comentário Expositivos Hagnos. Hernandes Dias Lopes.