Série de sermões expositivos sobre O Céu. Sermão Nº 90–  O sexto dia da criação: a criação do homem (Parte 66).  Gn 1:27: a Bíblia versus o Secularismo (Parte 16). Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 26/07/2023.

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INTRODUÇÃO

O autor do livro Marx e Satanás, editado em inglês. O falecido reverendo Richard Wurmbrand passou 14 anos como prisioneiro do governo comunista na Romênia, onde foi perseguido por sua fé em Jesus Cristo.

Sua experiência o levou a passar mais anos pesquisando Karl Marx e as doutrinas comunistas que ele desenvolveu.

Enquanto o comunismo se apresenta como um esforço nobre para o bem da humanidade e afirma uma visão ateísta.

Em seu livro Marx e Satanás[1], ele expõe suas verdadeiras raízes, revelando que Karl Marx e os pais dos movimentos comunistas/socialistas modernos foram inspirados pelos poderes das trevas.

Ao examinar as confissões, escritos e poesia de Marx e seus seguidores, o autor demonstra como o “príncipe das trevas” deu a esses homens a “espada” com a qual eles aterrorizaram as nações.

Wurmbrand prova que este movimento não é simplesmente obra de homens gananciosos, famintos por riqueza e poder, mas é “segundo a obra de Satanás” com a intenção de destruir a humanidade.

Para isso as trevas uniram homens que tinham o mesmo perfil. Eles inicialmente tiveram contato com o cristianismo e se perderam na universidade, ouvindo professores ateus.

Entre eles estão, Engels, Marx e Darwim. O deus desse século deu um jeito de unir os três com um só propósito, destruir o cristianismo.

O plano dessa trindade satânica, era criar uma religião centrada no homem. Onde o pecado é a divisão do trabalho, e a redenção é o comunismo.

Colocando Darwin como um deus, Engels como o inspirador do messias comunista, Karl Marx.

Eles têm uma bíblia secularista, com um gênesis, descrito no livro “A origem das Espécie, tornando a evolução a causa do surgimento da vida.

Ele tem um evangelho “O capital de Marx”. Eles têm um manual como decálogo mosaico, “o manifesto comunista”. Eles têm sacerdotes e templos, que são as universidades e seus professores ateus em todo o mundo.

E eles tem um céu: a esperança de um Paraiso comunista, onde reina uma falsa paz e uma falsa justiça.

O diabo os enganou vendendo a utopia de um paraíso comunista, mas criando um inferno na terra, tornando o século 20 o mais sangrento da história. Produzindo duas grandes guerras, o nazismo e o comunismo, matando quase um 1 bilhão de pessoas.

Atualmente o marxismo cultural está aprovando agenda progressistas em todo o mundo e bandeiras, da ideologia de gênero, feminismo, e a liberação do aborto que mata cerca de 70 milhões de crianças indefesas todos os anos.

A CULTURA DE CANCELAMENTO dessa agenda progressiva defendia pela ONU, tem um único objetivo, destruir os valores cristãos e apagar todo vestígio de Deus da história e abrir o caminho para o anticristo chegar.

  1. Friedrich Engels apresentou Darwin a Karl Marx e isso mudou o mundo

É amplamente reconhecido que “Nenhum pensador do século XIX teve uma influência tão direta, deliberada e poderosa sobre a humanidade como Karl Marx”, e nenhum outro homem teve mais influência sobre Marx do que Friedrich Engels (Berlin 1959, 1).

Então Friedrich Engels apresentou Darwin a Karl Marx e isso mudou o mundo para sempre.

Mudou para pior pois essas ideias mataram milhões de pessoas no mundo, tornando os séculos seguintes os mais sangrentos da história e hoje destroem a juventude universitária ao redor do mundo.

Embora os historiadores considerem Marx o teórico mais importante, os dois foram co-autores da maior parte de seus trabalhos e, como equipe, tiveram enorme sucesso. Satanás fez as associações certas.

Se cada um tivesse vivido e trabalhado separadamente, talvez nunca tivéssemos ouvido falar de nenhum deles. Veja o perigo das amizades erradas.

Como será documentado, uma terceira pessoa foi importante para o trabalho deles, Charles Darwin[2] (Colp 1974, 329).

O estudioso de Marx, Paul Heyer, documentou em detalhes sua conclusão de que “dois dos pensadores mais definitivos e influentes da era moderna [eram] Marx e Darwin” (Heyer 1982, xi).

Ainda existem pelo menos 38 cartas que Engels e Marx enviaram ou trocaram que mencionam Darwin[3] (Colp 1974).

A primeira foi datada de 11 de dezembro de 1859 e o último foi escrito em 23 de setembro de 1894. Esse período de 35 anos indica que tanto Engels quanto Marx se referiram a Darwin durante grande parte de sua vida adulta.

Embora a ascensão do materialismo ateu e a guerra contra o cristianismo remonte pelo menos à Revolução Francesa, os “avanços científicos pós-darwinianos tentaram tornaram qualquer crença em Deus irracional e desnecessária[4]” (Horowitz 2018, 7).

A alegação aqui não é que sem Darwin o comunismo nunca teria nascido, mas que o fator crítico foi o secularismo, que estava enraizado no ceticismo[5].

E um dos principais pilares do ceticismo foram os escritos de Charles Darwin. Veja que a base do secularismo é  a mentira da evolução, e que originou as ciências socias de hoje.

Na verdade, é sem dúvida verdade que o ceticismo sobre a existência de Deus dominou o pensamento filosófico e científico moderno desde o final do século XIX.

A primeira [razão para isso] é a convicção, um artigo de fé para muitos, de que a teoria da evolução explica a origem e o desenvolvimento da vida no universo e explica o surgimento do design na natureza – cumprindo o papel de um ‘ Relojoeiro cego’. . . e assim dispensando a necessidade de invocar a ideia de Deus[6]. (Elst 1996, 15–16)

Em suma, “Darwin tornou possível ser um ateu intelectualmente realizado[7]” (Dawkins 1986, 6). O darwinismo foi, portanto, um ingrediente importante que apoiou o secularismo especialmente depois de 1859.

E foi o secularismo que lançou as bases para o ateísmo e, posteriormente, para o comunismo, e permitiu que ele florescesse.

Tanto Marx quanto Darwin procuraram produzir uma “ciência unificada da humanidade” que fez Marx “apreender imediatamente o significado do trabalho de Darwin” (Heyer 1982, 5).

Engels definiu o darwinismo como todo o movimento da natureza é reduzido a esse processo incessante de transformação de uma forma [de vida] em outra [e].

“…a prova, que Darwin desenvolveu pela primeira vez de forma conectada, de que o estoque de produtos orgânicos da natureza que nos cercam hoje, incluindo o homem, é o resultado de um longo processo de evolução de alguns germes originalmente unicelulares, e que estes surgiram do protoplasma ou albumina, que surgiu por meios químicos[8]. (Engels 1941, 252)

Resumindo, de acordo com a mentalidade evolucionista, não existe razão para acreditar em Deus porque os processos naturais operando em produtos químicos simples podem explicar todas as formas de vida, incluindo a humanidade.

Isso mostra que as bases da ciência moderna estão fundadas em mentiras e falsidades ideológicas.

O Apostolo Paulo diz em Romanos 1. 25 que os homens trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram objetos e seres criados, em lugar do Criador.

  1. Idolatria: Friedrich Engels inspirando Karl Marx

Quando morava em Paris, o “acontecimento mais importante . . . para Marx foi a visita de Friedrich Engels, que deu início a uma amizade ao longo da vida.

Engels, que era filho de um comerciante. E ele próprio era um comerciante, e assim tinha a experiência em economia prática que faltava a Marx[9]” (Blumenberg 2000, 51).

Cada homem complementava o outro e não é de admirar que eles formassem um vínculo estreito.

Provavelmente, o próximo evento mais importante na amizade de Karl Marx com Engels foi a influência de Engels que reforçou a rejeição de Marx ao cristianismo e a aceitação do materialismo.

Em 1845-1846, Marx e Engels escreveram juntos um manuscrito intitulado (A ideologia alemã – edição em alemão[10]).

Que concluiu que a vida “se originou no mundo de acordo com algum tipo de geração espontânea”, consequentemente negando qualquer necessidade de Deus[11] (Foster, Clark e York 2008, 101).

No final, a influência de Engels-Marx em grande parte do mundo foi tão grande que inspirou ou influenciou alguns dos maiores assassinos em massa da história, incluindo, Hitler, Joseph Stalin, Mao Tsé-Tung e Vladimir Lenin.

 

  1. Ateísmo: Materialismo e darwinismo

Existe uma conexão essencial entre o ateísmo materialista e o darwinista.

Tanto o criacionismo quanto o Design Inteligente sofreram forte oposição de materialistas ateus, incluindo comunistas, quase desde o início do movimento comunista (Foster, Clark e York 2008).

Marx e Engels não apenas aceitaram o materialismo ateu, que formou a base de seu movimento, mas “tentaram redefinir o materialismo histórico à luz do darwinismo[12]” (Hunt 2009, 363).

Quando o livro de Darwin, A Origem das Espécies, foi publicado em novembro de 1859, Friedrich Engels foi uma das primeiras pessoas a obter uma cópia.

Como eram “tantos outros vitorianos, Engels era fascinado (idolatrado) por Charles Darwin sobre a origem das espécies. E a teoria da evolução por seleção natural” (Hunt 2009, 279).

Logo depois que Engels começou a lê-lo, ele escreveu a Karl Marx em dezembro de 1859, explicando:

“Aliás, Darwin, que estou lendo agora, é absolutamente esplêndido. Havia um aspecto da teleologia[13] que ainda não havia sido demolido, e isso já foi feito”.

“Nunca antes foi feita uma tentativa tão grandiosa de demonstrar a evolução histórica na Natureza, e certamente nunca com tão bons resultados[14]”. (Marx e Engels 1975a, 441)

Como Engels percebeu corretamente, o que Darwin tentou demolir foi a maior prova histórica de Deus, a evidência do desígnio no mundo natural.

A importância primária de Darwin para Engels e Marx era apoiar o materialismo. Veja a tolice, tentar explicar o materialismo com base em sistema de crenças mentirosas.

Em suma, “Darwin chegou a uma conclusão herética e mentirosa:

“as espécies não eram imutáveis. Todos os animais descendem de ancestrais comuns, espécies diferentes resultaram de mudanças graduais ao longo de milhões de anos, e Deus não teve nada a ver com isso[15]” (Angus 2009, 31).

Quando Marx leu Darwin por insistência de Engels. Marx logo se tornou um apoiador entusiástico, chamando-o de “o livro que, no campo da história natural, fornece a base para nossa visão”, ou seja, o ateísmo materialista (Marx e Engels 1975b, 232; Weyl 1979, 48).

Marx mais tarde releu a Origem de Darwin no outono de 1862, enfatizando “o livro de Darwin é muito importante e me serve como base em ciência natural para a luta de classes[16]” (Colp 1974, 329, 330).

Como escreveu o genro de Marx:

“Marx, o mais onívoro[17] dos leitores, conhecia completamente todas as obras de Darwin… Ele leu profundamente todas as ciências; era completamente versado em todas as obras do próprio Darwin[18]” (Aveling 1897, 4).

Embora “Engels fosse o parceiro minoritário em seu relacionamento intelectual com Marx, ele era decididamente superior a Marx em seu conhecimento de alguns campos, incluindo a ciência natural[19].

Ele precedeu Marx na leitura do livro “A origem das espécies” de Darwin, e examinou muito mais trabalhos em teoria evolutiva do que Marx” (Weikart 1999, 53).

Engels teve uma grande influência e convencimento, sobre Marx principalmente na área da ciência evolutiva e isso foi fundamental para destruição da crença em Deus, da mente de Darwin.

Embora “o ateísmo não era tangente ao comunismo: o ateísmo era baseado no materialismo, mais se tornou uma doutrina central, até mesmo crucial, para a teoria marxista[20]” (Gabel 2005, 490).

Por isso todo governo comunista é inimigo do cristianismo, pois o estado se torna um Deus violento e totalitário.

Engels, em carta a Marx, acrescentou que o livro que ele (Marx) lhe dissera ser “absolutamente esplêndido” era muito importante em seu movimento comunista.

Marx escreveu a Lassalle em 16 de janeiro de 1861, exclamando que:

“O trabalho de Darwin é o mais importante e adequado ao meu propósito, pois fornece uma base na ciência natural para a luta de classes histórica”.

Apesar de todas as deficiências, é aqui que, pela primeira vez, a “teleologia” na ciência natural não apenas recebe um golpe mortal [à principal evidência de Deus], ​​mas seu significado racional é explicado empiricamente[21]. (Marx 1985c, 246-248)

Digno de nota é que, embora “Engels tenha elogiado a teoria de Darwin como uma das maiores realizações científicas do século XIX”, ele “rejeitou a validade da teoria da seleção natural[22] de Darwin através da luta pela existência como uma explicação para a evolução humana[23]” (Weikart 1999, 53, 71).

No entanto, Engels “prestou a Darwin o maior elogio ao compará-lo repetidamente com seu colega Marx[24]” (Weikart 1999, 53).

Marx acrescentou em uma carta datada de 19 de dezembro de 1860, explicando que “este é o livro que contém o fundamento da história natural[25] de nosso ponto de vista” da história[26] (Marx 1985a; Weikart 2004, 4).

Engels e Marx acreditavam equivocadamente que a evolução era uma lei da natureza e, usaram isso para apoiarem a crença de que o CAPITALISMO acabaria por evoluir para o COMUNISMO.

Afirmavam que a evolução faz com que a vida e a sociedade progridam para níveis mais elevados[27]; Marx e Engels acreditavam que o objetivo final da evolução social era o comunismo[28].

Hipocritamente eles podiam ser darwinistas em biologia, referindo-se apenas à evolução, mas rejeitavam a ideia da seleção natural de Darwin. (como explica Paul Heyer o biografo deles)

A razão pela qual a evolução foi aceita apesar da rejeição da principal contribuição de Darwin para a evolução; a seleção natural; foi porque “não se pode proclamar fidelidade à visão de mundo marxista e rejeitar o darwinismo…

É porque o centro do marxismo é a crença de que…

“o homem emergiu e continua a depender e transformar a natureza, a história como ciência permanecerá incompleta até que este fundamento seja totalmente compreendido[29]. E ninguém contribuiu mais para essa compreensão do que Darwin” (Heyer 1982, 27).

Engels e Marx viam o darwinismo como indispensável e as “visões evolutivas consistentemente avançadas, contra todas as noções de um Design divino e o criacionismo bíblico.

Ainda em 1878, Engels foi convidado a responder ao anti-evolucionista e anti-darwinista Rudolf Virchow[30], que acreditava que o darwinismo não era apenas moralmente perigoso, mas uma ameaça à ordem social (Kelly 1981, 316-318).

Engels [31](1878, 316-318) tentou escrever em defesa de Darwin, mas faltou argumentação cientifica, ele então apela para a principal arma do comunismo a PROPAGANDA FALSA (mentira).

Ele então usando senso de vitimismo, diz que as primeiras vítimas da repressão na Alemanha “depois dos socialistas seriam os darwinistas”.

E isso não foi verdade, pois foram os socialistas que se tornaram darwinistas e então desenvolveram a ideia de uma raça superior e por causa dessa ideologia mataram milhões de pessoas.

  1. A Necessidade de Eliminar Deus.

Depois que Marx leu “A Origem das Espécies de Charles Darwin”, ele escreveu uma carta ao colega socialista alemão Ferdinand Lassalle na qual exulta com o fato de Deus – pelo menos nas ciências naturais – ter recebido “o golpe mortal” (Marx 1985b).

O aspecto do propósito da teleologia que Engels concluiu, era que deveria ser demolido a evidência de Deus desde a criação.

A “premissa básica de todos os argumentos teleológicos para a existência de Deus é que o mundo exibe um propósito inteligente baseado na experiência da natureza, como sua ordem, unidade, coerência, design e complexidade[32]

A necessidade de eliminar o Deus cristão era importante porque ele via o cristianismo como um obstáculo à revolução do proletariado.

Esse impulso foi atenuado porque o cristianismo ensinava o contrário, da “revolução violenta socialista”. E do ensino cristão que os pobres teriam sua recompensa no céu. E o comunismo estava fincado na utopia de construir um paraíso na terra.

Uma vez que Deus estava fora do caminho, removeria um impedimento para a forma política mais elevada e mais evoluída de comunismo ateu.

Nessa época de sua vida, Marx “não mais acreditava que Deus havia criado o homem, mas sim que o homem havia criado Deus ou deuses” (Weyl 1979, 64).

O objetivo de longo prazo declarado de Marx, de acordo com seus escritos, era a destruição da religião (Engels 2020).

O socialismo, a preocupação com o proletariado e o humanismo eram apenas pretextos, tudo o que essa trindade satânica (Engel, Marx, Darwim) queria; era simplesmente destruir a ideia de Deus.

O socialismo radical não era uma ideia nova, mas permaneceu uma crença que tinha pouco apoio, exceto nas mentes de alguns radicais idealistas.

Tudo isso mudou quando “os socialistas tiveram um profeta evolutivo próprio [Karl Marx] que desacreditou Manchester [a sede do capitalismo e da indústria na Inglaterra] como Darwin desacreditou o Jardim do Éden.

Para ele, a civilização é um organismo evoluindo irresistivelmente” para cima[33] (Shaw 1947, liii).

O professor Liedman observou que no livro mais importante de Marx e Engel, O Capital, “Darwin sozinho governou o poleiro[34]” e ele (Darwin) e suas ideias foram frequentemente mencionados, duas vezes pelo nome[35].

Marx escreveu em uma nota de rodapé:

“Darwin em seu trabalho que marcou época sobre a origem das espécies” mostra que “a seleção natural [ou] preserva ou suprime” organismos que explicam suas origens[36] (Colp 1974, 331).

O entusiasmo (idolatria) de Marx por Darwin chegou ao ponto de ele “fazer questão de assistir às palestras públicas sobre evolução dadas pelo apoiador de Darwin, Thomas Huxley, e encorajar seus associados políticos a se juntarem a ele[37]” (Angus 2009).

O trabalho de Darwin “marcou uma época” para Marx e Engels, o que significa que “a Origem das espécies” – ao fazê-lo alterar sua visão da natureza – o impressionou mais do que a maioria dos livros; talvez tão profundamente quanto qualquer livro que ele leu em sua maturidade” (Colp 1974, 332).

Engels também era um bom amigo de Edward Aveling, um ateu e político socialista e o quarto filho de um ministro protestante.

No início da década de 1880, Aveling “se relançou candidato político, como ‘o Darwin do povo’ usando a plataforma pública . . . para trazer um público amplo, principalmente da classe trabalhadora, ao ateísmo e ao pensamento darwiniano.

Ele transcreveu suas palestras em uma série de folhetos[38] populares e facilmente compreensíveis, para divulgar as ideias evolucionistas” (Hunt 2009, 325).

Marx “estava tão apaixonado (idolatrado) pelo trabalho de Darwin que mais tarde enviou uma edição de seu livro “O Capital” ao grande evolucionista em sua própria casa”.

De sua parte, Darwin “pensou que a noção germânica de uma conexão ‘entre Socialismo e Evolução através das ciências naturais’ era, simplesmente, ‘uma ideia tola’” (Hunt 2009, 280).

Darwin não apoiava o comunismo, mas sim o capitalismo, sem dúvida em parte porque ele fez fortuna investindo em ferrovias e outras ações.

No entanto, Engels e Marx mantiveram a maior consideração pelo trabalho de Darwin pelo resto de suas vidas, pois dependiam das ideias dele (Angus 2017, 28).

Quando Marx morreu em 17 de março de 1883, Engels fez o elogio fúnebre, afirmando:

“Assim como Darwin descobriu a lei do desenvolvimento ou natureza orgânica, Marx descobriu a lei do desenvolvimento da história humana . . . .

Marx também descobriu a lei especial do movimento que rege o atual modo de produção capitalista. . . Tal era o homem da ciência” (citado em Hunt 2009, 275).

  1. Marx: de “cristão” a ateu darwinista

Marx, quando jovem, já foi um cristão professo. Embora seus pais descendessem de uma longa linhagem de rabinos, o pai de Marx e seus filhos foram batizados, evidentemente para trabalhar em um cargo governamental.

Embora Marx tivesse seis anos quando foi batizado na Igreja Protestante, ele professava ser cristão e vivia sua vida como cristão[39] (Easton e Guddat 1967, 3).

Nessa época, Marx escreveu que era o cristianismo que tornava os homens irmãos. Em uma redação de exame escolar, Marx referiu-se à fraternidade do homem como estando enraizada na união dos fiéis com Cristo.

Desenvolvendo a parábola da videira e dos ramos, ele concluiu que por meio do amor de Cristo “voltamos nossos corações ao mesmo tempo para nossos irmãos, a quem Ele uniu mais intimamente conosco, por quem Ele também se sacrificou[40]”. (Easton e Guddat 1967, 3)

A união com Cristo, escreveu ele, nos dá “uma elevação interior, conforto na dor, calma confiança e um coração suscetível ao amor humano, a tudo que é nobre e grande, não por ambição ou glória, mas apenas por causa de Cristo[41]” (Blumenberg 2000, 11).

Mais ou menos na mesma época, Marx escreveu um artigo intitulado Reflexões de um jovem sobre a escolha de uma ocupação, no qual ele opinou:

A própria religião nos ensina que o Ideal pelo qual todos lutam se sacrificou pela humanidade, e quem ousará contradizer tais afirmações?

Se escolhemos a posição em que podemos realizar o máximo para Ele, nunca podemos ser esmagados por fardos, porque são apenas sacrifícios feitos pelo bem de todos[42]. (Wurmbrand 1986, 11)

Quando Marx concluiu o ensino médio, em seu certificado de graduação estava escrito:

“Seu conhecimento da fé e da moral cristã é bastante claro e bem fundamentado. Ele também conhece até certo ponto a história da Igreja Cristã” (Wurmbrand 1986, 11).

Sua mudança radical de pensamento ocorreu após apenas “dois anos de vida universitária em Bonn e Berlim.

Quando Marx tornou-se cada vez mais crítico do cristianismo” em relação aos “milagres do Novo Testamento como mitos messiânicos”…

…e “no final de seus estudos universitários, de acordo com um relatório, ele viu ‘a religião cristã como uma das mais imorais de todas as religiões’”

Ele teria declarado: “A religião é o ópio do povo” (Easton e Guddat 1967, 20).

Marx foi mais tarde exposto ao materialismo na Universidade de Berlim de 1836 a 1841, e ainda mais tarde, em 1859, às ideias darwinianas.

Marx teve um forte interesse pela ciência durante grande parte de sua vida, tanto que Heyer concluiu que Marx tinha uma “preocupação com a ciência” (Heyer 1982, 44).

A crítica de Marx à religião, e ao cristianismo em particular, tornou-se muito explícita em sua dissertação de doutorado intitulada “A diferença entre a filosofia da natureza demócrita e epicurista[43]” (Easton e Guddat 1967, 5).

Ele explicou em seu Ph.D. dissertação especificamente por que ele rejeitou a Deus, ou seja, porque ele concluiu de seus estudos universitários que o as provas da existência de Deus não passam de tautologias (vício de linguagem) vazias[44].

Todos os argumentos de Marx, lembram as afirmações darwinianas, com exemplos biológicos pobres e inverídicos, são na verdade, uma tentativa de argumentar sempre contra o criacionismo.

Muito antes de abraçar o darwinismo, ele abraçou o MATERIALISMO ATEU de Feuerbach e rejeitou consistentemente toda religião em seus escritos.

Embora a concepção materialista do mundo de Marx tenha sido solidamente estabelecida quando ele foi exposto a Darwin, a “teoria da evolução de Darwin preencheu uma lacuna na sólida visão de mundo de Marx” (Liedman 2018, 71).

É importante ressaltar que quaisquer dúvidas que Marx possa ter sobre a visão de mundo materialista “chegaram ao fim quando as teorias de Darwin começaram a se tornar geralmente aceitas” (Liedman 2018, 355).

Além disso, Marx aceitou o darwinismo porque, para Marx, “tinha a legitimidade científica da teoria newtoniana, acoplada a uma abertura capaz de enquadrar a realidade da mudança contínua” (Heyer 1982, 47).

  1. Conflito e luta incorporados na Bíblia de Marx e Engel

A ideia darwiniana de progresso baseado em conflito e luta foi incorporada no livro mais influente do comunismo, intitulado “O CAPITAL[45]” (Hunt 2009, 280).

O famoso ditado de Marx, usado pela União Soviética e seus satélites como lema oficial que resumia essa luta, era “trabalhadores do mundo, uni-vos”.

A essência desse slogan era que os membros das classes trabalhadoras de todo o mundo deveriam cooperar para derrotar o capitalismo e alcançar a vitória comunista dos socialistas.

Embora a ideia marxista de conflito e luta de classes tenha sido incorporada ao Manifesto Comunista em 1848, antes de Marx conhecer a teoria de Darwin, que foi publicada em 1859, mas reforçou eloquentemente a filosofia de Marx.

Além disso, “Marx frequentemente se referia à história como ‘uma evolução’, tanto antes como depois de 1859[46]” quando o livro de Darwin foi publicado (Heyer 1982, 26).

Mas Darwin foi importante porque nenhum autor antes de Darwin foi tão eficaz quanto ele [Darwin] em apoiar a evolução ateísta.

CONCLUSÃO:

O proposito final do secularismo não é ciência, mas religião. A ideia central é eliminar a fé cristã e colocar a razão como deusa. Esse foi o objetivo do iluminismo francês na revolução sangrenta.

Não se trata de ciência, nem de política, economia ou educação. O objetivo de Satanás e cegar o entendimento dos incrédulos para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. (2 Coríntios 4.4)

Tudo quanto Marx, Engels e Darwin fizeram foi tentar acalmar suas consciências do justo juízo de Deus sobre seus pecados.

A esposa de Darwin que era uma cristã piedosa, tentou persuadi-lo dessa tarefa de defender a evolução:

E este homem, que já deu a volta ao mundo e ia se casar com Emma Wedgwood, não acreditou em uma única palavra da história bíblica da criação.

A confissão de Charles foi um grande choque para Emma. Ela o exortou a encontrar seu caminho de volta à fé certa lendo a Bíblia:

“Eu imploro que você leia as palavras de despedida de nosso Salvador a seus apóstolos, começando no final do capítulo 13 do Evangelho segundo João”, ela escreveu.

Mas ele desprezou a exortação de sua esposa. Pois o seu coração já havia sido fisgado pela incredulidade. Isso o cegou completamente levando- as conclusões erradas.

As Escrituras solenemente advertem:

Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. (Romanos 1:21)

 

[1] https://www.amazon.com/Marx-Satan-Richard-Wurmbrand/dp/0891073795

[2] Colp, Ralf. Jr. 1974. “Os contatos entre Karl Marx e Charles Darwin.” Revista da História das Ideias 35, no. 2 (abril-junho): 329-338.

[3] Colp, Ralf. Jr. 1974. “Os contatos entre Karl Marx e Charles Darwin.” Revista da História das Ideias 35, no. 2 (abril-junho): 329-338.

[4] HOROWITZ, David. 2018. Agenda Negra: A Guerra para Destruir a América Cristã . West Palm Beach, Flórida: Humanix Books.

[5] FILOSOFIA – doutrina segundo a qual o espírito humano não pode atingir nenhuma certeza a respeito da verdade, o que resulta em um procedimento intelectual de dúvida permanente e na abdicação, por inata incapacidade, de uma compreensão metafísica, religiosa ou absoluta do real. falta de crença; descrença, incredulidade, dúvida.

[6] Elst, Philip Van der. 1996. CS Lewis: Uma breve introdução . Nova York, Nova York: Continuum

[7] DAWKINS, Ricardo. 1986. O Relojoeiro Cego . Nova York, Nova York: WW Norton & Co.

[8] Engels, Frederico. 1941. Ludwig Feuerbach e o resultado da filosofia alemã clássica . Nova York, Nova York: International Publishers.

[9] Blumenberg, Werner. 2000. Karl Marx: Uma História Ilustrada . Londres, Reino Unido: Verso Books.

[10] Die Deutsche Ideologie -The German Ideology,

[11] Foster, John Bellamy, Brett Clark e Richard York. 2008. Crítica do Design Inteligente: Materialismo versus Criacionismo da Antiguidade ao Presente . Nova York, Nova York: Monthly Review Press.

[12] Hunt, Tristram. 2009. General de Marx: A Vida Revolucionária de Frederich Engels . Nova York, Nova York: Metropolitan Books.

[13]  Teleologia é o argumento, de que existem tantos detalhes intrincados, design e propósito no mundo que devemos supor um criador. Toda a sofisticação e detalhes incríveis que observamos na natureza não poderiam ter ocorrido por acaso.

[14] Marx, Karl e Friedrich Engels. 1975a. Marx-Engels Collected Works. Vol. 40 . Moscou, Rússia: Progress Publishers.

[15] Angus, Ian. 2009. “Marx e Engels . . . e Darwin? A Conexão Essencial Entre o Materialismo Histórico e a Seleção Natural.” International Socialists Review , n. 65 (2 de maio). https://isreview.org/issue/65/marx-and-engelsand-darwin .

[16] Colp, Ralf. Jr. 1974. “Os contatos entre Karl Marx e Charles Darwin.” Revista da História das Ideias 35, no. 2 (abril-junho): 329-338

[17] Animais que comem de tudo. o significado aqui é que Marx lia sobre tudo.

[18] Aveling, Eduardo. 1897. “Charles Darwin e Karl Marx: uma comparação.” The New Century Review , (março-abril): 232 e 321. https://www.marxists.org/archive/aveling/1897/darwin/index.htm .

[19] Weikart, Ricardo. 1999. Darwinismo Socialista: Evolução no Pensamento Socialista Alemão de Marx a Bernstein . São Francisco, Califórnia: International Scholars Publications.

[20] Gabel, Paulo. 2005. E Deus Criou Lenin: Marxismo vs. Religião na Rússia, 1917–1929 . Amherst, Nova York: Prometheus Books.

[21] Marx, Karl e Friedrich Engels. 1975c. Marx-Engels Collected Works. Vol. 19 . Moscou, Rússia: Progress Publishers.

[22] Ele preferia teorias – como as de Pierre TrmAh e a teoria de Lamarck sobre a herança de características adquiridas – que não enfatizavam a luta humana pela existência (Weikart 1999, 72).

[23] Weikart, Ricardo. 1999. Darwinismo Socialista: Evolução no Pensamento Socialista Alemão de Marx a Bernstein . São Francisco, Califórnia: International Scholars Publications.

[24] Weikart, Ricardo. 1999. Darwinismo Socialista: Evolução no Pensamento Socialista Alemão de Marx a Bernstein . São Francisco, Califórnia: International Scholars Publications.

[25] Weikart, Ricardo. 2004. De Darwin a Hitler: Ética Evolutiva, Eugenia e Racismo na Alemanha . Nova York, Nova York: Palgrave Macmillan.

[26] MARX, Karl. (1860) 1985a. “Carta a Engels, datada de 19 de dezembro de 1860.” Em Karl Marx-Frederick Engels: Collected Works. Vol. 41: 1860–1864 . Moscou, Rússia: Progress Publishers e Nova York, Nova York: International Publishers.

[27] Contrariando a ciência genética, que toda mutação é para baixo, pois tem perda de matéria genético e nuca para cima ou para melhor.

[28] O que nunca aconteceu. O comunismo só foi possível quando tomou o poder pela violência e traição.

[29] Além disso, “não há nada na teoria da evolução de Darwin que seja contraditório ao conceito de história de Marx, e há muito que é complementar, como o próprio Marx reconheceu” (Heyer 1982, 27).

[30] Rudolf Virchow – foi um cientista, médico, antropólogo, patologista, pré-historiador, biólogo, escritor, editor e político alemão. É considerado o pai da patologia moderna e da medicina social, além de antropólogo e político liberal. https://pt.wikipedia.org/wiki/Rudolf_Virchow

[31] Engels, Frederico. 1878. Karl Marx e Frederick Engels Coletaram Obras . Vol. 45: Cartas 1874–79. Carta a Pyotr Lavrov, datada de 10 de agosto de 1878. Londres, Reino Unido: Lawrence & Wishart.

[32] CUNY (Universidade da Cidade de Nova York). 2020. Capítulo 3: Filosofia da Religião—“Provas da Existência de Deus: O Argumento Teleológico.”

[33] Shaw, George Bernard. 1947. De volta a Matusalém . Rev. ed. Nova York, Nova York: Oxford University Press.

[34] Poleiro: Vara disposta horizontalmente em que as aves pousam e dormem. No sentido fiturado significa posição de mando, de autoridade.

[35] Liedman, Sven-Eric. 2018. Um mundo a vencer: a vida e as obras de Karl Marx. Pg 505. Traduzido por Jeffrey N. Skinner. Londres, Reino Unido: Verso Publishers.

[36] Colp, Ralf. Jr. 1974. “Os contatos entre Karl Marx e Charles Darwin.” Revista da História das Ideias 35, no. 2 (abril-junho): 329-338.

[37] Angus, Ian. 2009. “Marx e Engels . . . e Darwin? A Conexão Essencial Entre o Materialismo Histórico e a Seleção Natural.” International Socialists Review , n. 65 (2 de maio). https://isreview.org/issue/65/marx-and-engelsand-darwin .

[38] como The Student’s Darwin e Darwin Made Easy

[39] Easton, Loyd D. e Kurt H. Guddat. eds. e trans. 1967. Karl Marx: Escritos do Jovem Mark sobre Filosofia e Sociedade . Indianápolis, Indiana: Hackett Publishing.

[40] Easton, Loyd D. e Kurt H. Guddat. eds. e trans. 1967. Karl Marx: Escritos do Jovem Mark sobre Filosofia e Sociedade . Indianápolis, Indiana: Hackett Publishing.

[41] Blumenberg, Werner. 2000. Karl Marx: Uma História Ilustrada . Londres, Reino Unido: Verso Books.

[42]Wurmbrand, Richard. 1986. Marx e Satanás . Bartlesville, Oklahoma: Living Sacrifice Book Company.

[43] Easton, Loyd D. e Kurt H. Guddat. eds. e trans. 1967. Karl Marx: Escritos do Jovem Mark sobre Filosofia e Sociedade . Indianápolis, Indiana: Hackett Publishing.

[44] Por exemplo, Marx diz: a prova ontológica apenas afirma: “O que eu concebo para mim como atual (realer) é uma concepção atual para mim”. . . . todas as provas da existência de Deus são provas de sua inexistência; são refutações de todas as concepções de um deus. Provas válidas teriam que afirmar, ao contrário: “Uma vez que a natureza é imperfeita, Deus existe” (Easton e Guddat 1967, 65–66)

[45] Hunt, Tristram. 2009. General de Marx: A Vida Revolucionária de Frederich Engels . Nova York, Nova York: Metropolitan Books.

[46] Marx era versado em ciência muito antes de 1859 e estava ciente das teorias evolutivas pré-Darwin, incluindo o livro amplamente lido Vestiges de Robert Chambers (Heyer 1982, 29).