Série de sermões expositivos sobre O Céu. Sermão Nº 85 –  O sexto dia da criação: a criação do homem (Parte 63).  Gn 1:27: a Bíblia versus o Secularismo (Parte 11). Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 07/06/2023.

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INTRODUÇÃO

Considerando que vivemos uma batalha de cosmovisão, secularista x cristã.E que nossa cosmovisão determina como vemos o mundo, e tudo mais na nossa vida, escolhas, atitudes, desejos e comportamentos são determinados pela nossa cosmovisão.Para entendermos melhor o secularismo, precisamos entender o que aconteceu com a mente cristã.

Por causa da influência da filosofia grega, o pensamento cristão foi influenciado pelo dualismo, criando uma divisão, uma dicotomia, dividindo a cultura em duas partes: cristã e a secular.

A ideia é um edifício de dois andares, em cima está a fé/religião/espiritualidade e em baixo a razão/materialismo. Em cima as questões espirituais e no andar de baixo as questões da vida secular.

Essa dicotomia mostra uma dicotomia ainda mais profunda. Uma dicotomia que permeia toda a filosofia e cultura desde o princípio da era Moderna.

Se você entender essa dicotomia, essa divisão ela lhe dará uma ferramenta poderosa para entender e criticar o secularismo global.

Quando os filósofos falam do nascimento da era Moderna, eles normalmente começam com o iluminismo como um marco dessa mudança cultural.

O iluminismo deu origem a filosofias como o materialismo e o naturalismo que exaltou a ciência como forma última de conhecimento e descreveu o universo como uma grande máquina que funciona sozinha e se autogoverna.

Mas como os estudantes sabem das aulas de português/literatura do ensino médio, houve uma reação contra o iluminismo chamado: o movimento romântico, que rejeitou a ideia de que o universo é uma máquina e tentou manter um conceito de Liberdade e criatividade humanas.

O que aconteceu foi uma junção duas linhas da filosofia. E na verdade o pensamento ocidental tem estado ou para um lado ou para o outro dessa divisão, no começo no século 20 essas duas correntes têm sido denominadas:

Continental[1] e analítica[2]. Você poderia entender a questão do Fato/Valor (aquela dicotomia fato/valor) de uma maneira mais ampla aqui.

Os pensadores promoveram de modo bastante sofisticado a ideia de que aquelas noções valorativas próprias da ética normativa não corresponderiam a quaisquer “fatos” e, portanto, não poderiam de modo algum ser objeto de correção objetiva.

A tradição analítica, focando na área DE FATO de ciência. Enquanto a tradição continental foca mais na questão DOS VALORES, na moralidade, na Liberdade, no propósito.

  1. Os caminhos do secularismo.

Usando a imagem de um andar superior e o andar inferior. Podemos visualizar essas duas tendências.

O que eu vou demonstrar a vocês e o que tentarei mostrar aqui; é que ambas são como famílias/junções de cosmovisões que englobam temas comuns.

Você poderia entender como dois caminhos do secularismo, as duas mais comuns marcas do secularismo que nós encontramos hoje.

Vou tomar como base dessa exposição os comentários da cientista Nancy Pearcey em seus livros e palestras.

A Nancy usa a arte para ilustrar as cosmovisões secularistas, porque é assim que as pessoas enxergam as suas Ideias ou transmitem as suas ideias sobre a vida.

Elas não se inscrevem para um curso de filosofia na universidade local. As pessoas absorvem ideais através dos livros que leem, dos filmes que assistem e das imagens que nos cercam na cultura ao redor.

É por isso que nós, cristãos, temos que desenvolver a habilidade de ler cosmovisões, aparentemente para que elas não aparecem em certas coisas que achamos “inocentes”.

Diríamos quando ela não chega, é quando elas não chegam a nós em palavras, porque com palavras é mais fácil de reconhecer qual é a cosmovisão.

Mas quando elas chegam escondidas como forma de histórias, em forma de imagens precisamos lê-las e identifica-las, se não seremos absorvidos por ela.

Como disse o grande pintou espanhol, mas que passou maior parte de usa vida na frança; Pablo Picasso:

“A arte não evolui por si mesma, as ideias das pessoas mudam e com elas o seu modo de expressão”.

Então vamos olhar essas ideias e a gente vai começar com o andar inferior, as filosofias que são derivadas do iluminismo.

  1. A filosofia do materialismo.

A mais influente na academia hoje em dia, é a filosofia do naturalismo ou natureza, a crença de que a natureza é tudo que existe. Não há Deus, não existe esfera espiritual, não existe alma, não existe nem sequer uma mente ou uma vontade.

O naturalismo surgiu primeiramente no século 19, e, na verdade, houve um movimento chamado: naturalismo literário.

Uma espécie de livros, romances e peças de teatro começaram a surgir, que mostravam o ser humano como nada mais do que produtos da natureza, determinados pelo ambiente e pela genética.

Muitos estudantes leem os livro do ateu e socialista e evolucionista Jack London live (1876-1916).  Como o seu Livro o The Call of the Wild (O chamado da natureza).

Mas o que a maioria deles não sabe, que quando ele era jovem, o London, passou, pelo que alguém chamou de uma experiência de conversão ao materialismo radical.

Quando ele começou a ler as obras do Charles Darwin (Ele até decorou várias passagens longas do Darwin e podia citá-las de có.

Ele escreveu sobre cachorros, para não pegar tão pesado e ser tão direto nas ideais; a sua verdadeira mensagem é que os humanos não são nada mais que organismos evoluídos.

Suas ideias eram que o homem é um ser sem livre vontade, governados pela seleção natural e a sobrevivência do mais apto.

Em uma das histórias escritas pelo London, um velho, esquimó é deixado pela sua família, para morrer na neve, à medida que os lobos se aproximam dele para devorá-lo.

O homem começa a pensar, talvez o evolucionismo tenha só uma tarefa: reproduzir-se para que as espécies sobrevivam, depois disso, enquanto um indivíduo morre o que importa? não era a lei da vida?

A história martela no seguinte tema: de que humanos não tem propósito maior do que simplesmente existência biológica

O naturalismo literário normalmente é resumido, numa frase do novelista ateu e comunista Theodore Dreiser (1871-1941), que diz que o indivíduo é um pino, que ele não tem controle sobre a vida dele.

Ele também passou por uma experiência de conversão para uma cosmovisão materialista quando ele leu obras de Darwin sobre a evolução.

O Dreiser disse que os evolucionistas reduziram intelectualmente a pedaços destruindo os últimos traços de sua formação religiosa entre Menonitas.

Ele concluiu dizendo que os humanos eram meramente elementos secundários em um vasto processo mecanicista, da luta pela existência. Até o estilo do naturalismo literário era modelado pela ciência.

Ele quem tentava alcançar um tom cínico que era desprovido de valores, sem valores Morais, e não havia qualquer análise moral.

Os Livros agora são escritos sobre assassinatos, adultério, sem qualquer envolvimento moral, com análise fria e calculista, não havia qualquer simpatia, não havia moral nenhuma, enfim, nenhuma redenção.

O escritor francês, ateu e socialista Émile Zola (1840-1902) Elogiou a União Soviética sob Stalin durante o Grande Terror e a aliança com Hitler[3].

Sobre um dos seus escritos ele disse da seguinte maneira: “

“Eu estava descrevendo personagens livres da natureza, eles são animais humanos, nada mais”.

  1. Testando as cosmovisões.

Uma cosmovisão para ser válida, ela precisa acontecer no mundo real. Esse é o problema da cosmovisão que não considera a Palavra de Deus. Ela não pode existir no mundo real. Elas ao subjetivas e cheias de irracionalismo filosóficos.

Então aual é a falha principal marcante, visível da cosmovisão naturalista?

É que essa cosmovisão não é real, nela a vida ela não é verdadeira. Pois na vida real, humanos tomam decisões genuína. Eles são livres, eles têm livre arbítrio, eles não estão presos a um “determinismo cego” da natureza em nada.

O naturalismo é então uma filosofia que não pode ser vivida no mundo real.

Os críticos, colocam que até os próprios escritores desse movimento literário, não viviam de acordo com as suas ideais, para ver o porquê, vamos pegar um exemplo contemporâneo:

Richard Dawkins, que é o mais famoso dos novos ateus.

Ele argumenta, de uma perspectiva naturalista, que nós não devemos responsabilizar os indivíduos pelo que eles fazem, já que as suas ações são determinadas.

Ao dizer isso está praticamente eliminando todo o sistema jurista criminal, o sistema criminal de leis.

Ele gosta de ilustrar com um famoso show britânico. Quando o carro desse personagem não pega, Primeiro, ele alerta o carro. Depois, ele tenta de novo, e depois ele pega um pedaço de um galho da árvore e bate no carro.

O episódio sempre desperta risadas, mas aí o Dawkins pergunta: Por que nós não rimos de um Juiz que pune um criminoso?

Uma visão verdadeiramente cientifica/mecanicista do sistema nervoso não torna sem sentido a ideia de responsabilidade? Então a visão dele de pessoa não tem mais escolha que um automóvel.

Então as pessoas não devem mais ser responsabilizadas pelas suas ações pois elas não têm escolhas, elas não são livres. Esse conceito positiva tem influenciado o direito moderno cada vez mais.

Num outro momento, Dawkins estava lançando um dos seus livros em uma livraria e um dos homens que trabalham cuidando das obras de grandes pensadores; tinha lido o livro da cientista cristã Nancy Pearce “Verdade absoluta” onde ela discute esse problema, então esse homem desafiou o Dawkins.

Perguntando: Você não está dizendo que a gente deve elogiar ou culpar(punir) as pessoas pelo que elas fazem?

E ai o Dawkins disse: O problema é que eu não consigo me levar a fazer isso, eu culpo as pessoas ou dou credito a elas pelo que elas fazem.

Dai o jovem pressionou ainda mais: você não enxerga isso como inconsistência em seu ponto de vista?

Dawkins: Em certo sentido sim, mas é uma inconsistência que em certo modo temos que viver com ela se não a vida seria intolerável.

Foi uma afirmação impressionante mostrando que não é possível viver a cosmovisão naturalista que ele mesmo promove, porque as consequências seriam intoleráveis!

Isso que nós poderíamos chamar de teste pragmático de uma cosmovisão, afinal de contas o propósito de uma cosmovisão é explicar o cosmo/mundo

Assim como você testa uma teoria cientifica indo a laboratório pra ver o que realmente acontece quando você mistura químicos, assim também você testa uma cosmovisão pra ver como ela funciona na vida real.

Será que você consegue aplica-la ao mundo real sem fazer violência a natureza humana?  O naturalismo falha no teste prático!

Eu submeto a você que nesse tipo de teste prático, o cristianismo vence com facilidade, pois ensina que os humanos foram criados por um Deus pessoal, um agente supremo que escolhe e age.

Então os cristãos têm uma razão filosófica para explicar por que os humanos conseguem agir com responsabilidade, com capacidade de pensar e agir. O entendimento cristão da pessoa humana se encaixa no mundo real.

Considere uma outra história sobre cosmovisão:

Muitas pessoas educadas na filosofia creem que só dá para crer naquilo que pode ser provado empiricamente, ou seja, empirismo (doutrina segundo a qual todo conhecimento provém unicamente da experiência, tudo aquilo que os sentidos podem perceber)

Certa vez um advogado disse: Eu não consigo crer no cristianismo por que a ciência não consegue provar a existência da alma.

Qual a premissa aqui? Que aquilo que não pode ser testado empiricamente não é real.

Mas como as ideias empíricas chegam até as pessoas? Através da arte e da literatura.

  1. A filosofia do empirismo nas artes.

Até a era moderna, a arte não tinha problema nenhum a dar formas visíveis a realidade invisível, nós poderíamos usar uma personificação para incorporar ideias abstratas, como amor, justiça, ou poderíamos pegar realidade espirituais como Deus e anjos.

Mas o empirismo estrito diz que não possível aos homens conhecer qualquer coisa além do mundo verificável, então os pintores começaram a dizer: nós podemos pintar simplesmente sensações visuais, apenas os que os olhos veem

Isso é o que o pintor do Romantismo[4] – Francisco de Goya (1746-1828) quis dizer em sua famosa frase:

Não há nenhuma razão pela qual meu pincel deva enxergar mais do que eu. Em outras palavras: Eu só posso pintar o que eu vejo.

Então ele pinta um terrível massacre de espanhóis realizado pelos soldados franceses de Napoleão em 1808, mas ele recusa a dar qualquer sentido espiritual.

Ele na verdade estava indo contra a uma tradição longa de pinturas que falavam dos mártires cristãos.

Nas pinturas tradicionais os mártires olhavam para o céu, confiante que deus trará a justiça em última instancia, mas a vítima do goiá aparece sem qualquer esperança.

A pintura do Martin mostra os céus se abrindo e os anjos preparando a coroa do Martirio, mas na pintura do Goya os céus está fechado, com a igreja silente no fundo da pintura que era uma forma dele dizer que o cristianismo não tinha respostas.

Um historiador da arte disse: Nenhum pintor viu o mundo mais despido de graça redentora.

Agora vamos olhar para os artistas impressionistas[5], eles foram influenciados pelo positivismo, eles acham que não se pode saber nada do mundo como ele realmente é.

E tudo que nós temos são relatos de observações, dados sensoriais, por exemplo quando a gente olha para estrutura desse prédio, o que está no seu campo visual?

Você vê cores, formas, vê que é liso, macio ou duro e assim por diante, são todas informações sensoriais, tudo além disso é interpretação.

Os artistas positivistas[6] querem eliminar todo tipo de interpretação, por achavam que era ai, onde se cometiam os erros, talvez esse retângulo, esse quadrado não é feito de madeira mas talvez de pedra.

Mas o sentido era tentar eliminar qualquer tipo de interpretação e entrar em contato apenas com dados nu e cru, apenas pontos e cores…

Essas são as coisas que a gente não pode falhar, pois informações sensoriais providenciam o que nós precisamos para ter verdadeiro conhecimento

É por isso que artista francês Claude Monet disse o seguinte:

Quando você sair para pintar tente esquecer quais objetos você tem diante de si, uma arvore, um campo, uma casa, simplesmente pense: esse é um quadrado azul, retângulo rosa…

Ele queria tratar da informação nua e crua dos quais os impressionistas estavam falando, ele não queria pintar simplesmente belos quadros, ele estava lidando com epistemologia, lidando com o fundamento do conhecimento.

Sua resposta foi um rompimento radical com outros tipos de arte do passado, como um historiador da arte afirma:

“apesar de todas as suas diferenças nenhuma das mais antigas escolas de arte duvidavam da suposição de que nós estamos aqui por uma razão, que existe uma harmonia, uma verdade a ser descoberta, uma ordem com significado, um plano universal.

Mas de acordo com o empiricismo a única coisa que os humanos realmente têm acesso é um fluxo aleatório de sensações.

Como esse historiador continuou dizendo:

Na época dos impressionistas o homem não podia mais ter esperança de alcançar a expressão de uma ordem universal ideal, o homem deve se contentar com os fragmentos pequenos e comuns do mundo infinitamente complexo.

A arte começou a refletir esse senso de fragmentação.

Nessa arte do pintor francês Edgar Degas (1834-1917) você vê a colheita meio arbitraria, a maneira estranha de enxergar o corte, até dançarina com as cabeças cortadas, esse é o efeito de cortar algumas coisas da vida, um momento da vida recortado por causa das sensações que produziram.

Para contrastar observe essa pintura de Leonardo da Vinci (1452-1519), perceba como ele usa uma estrutura piramidal para trazer os elementos juntos numa composição unificada e focar a nossa atenção naquilo que é mais importante no centro.

Mas para Edgar Degas o que está no centro? Nada! O chão, o piso, tudo é incidental, acontece no canto, é marginal, é cortado.

Mesmo o ensaio de balé que é o tema da pintura está obstruído pela escada.

Aqui nós temos um ponto de vista voltado para o que é aleatório, como se alguém tivesse acabado de entrar pela porta de trás se o mundo não tivesse uma história, um começo

Então os artistas começam a pensar que a arte também não tem que ter uma história, nem um proposito maior. Não há uma narrativa que amarre tudo num todo coeso.

  1. As implicações empiristas.

Agora vamos pensar nisso um pouco, agora que a gente viu as implicações do empirismo, que foram mostradas visualmente, como que você responderia alguém que é empirista?

Que diz assim: eu não consigo aceitar o cristianismo, porque as suas alegações centrais não podem ser provadas pela ciência.

Você pode responder fazendo a seguinte pergunta: por que você acha que o empirismo deve ser o teste da verdade?

Será que alguém realmente crê que a única informação valida são tipos de cor?

Será que alguém realmente crê que nós não sabemos nada sobre o mundo e tudo que sabemos é só relato de observação?

Será que eles rejeitam tudo que não é empírico como amor, justiça, bondade, fé…? Na prática ninguém é um empirista, realmente consistente.

Novamente ele falha no teste pragmático, não se dá para viver essa cosmovisão de forma integra no mundo real.

  1. A filosofia do racionalismo

Vamos olhar um outro exemplo daquele andar inferior que é o do iluminismo. Historicamente o principal inimigo para o empirismo é o racionalismo, que alega que a razão humana é a única fonte de verdade.

Logo não dá para olhar para a revelação divina, a palavra de Deus, ou qualquer outra fonte fora da mente humana. E qual é o conhecimento mais confiável disponível a mente humana?

Essa cosmovisão se tornou popular com o surgimento da ciência moderna, especialmente a física clássica, o mundo mecanicista da ciência newtoniana, as únicas coisas que eram reais eram massa e extensão, por quê?

Porque podiam ser quantificadas matematicamente, e demonstradas geometricamente, na famosa frase do Galileu, o livro da natureza é escrito na linguagem da matemática, e seus personagens são triângulos, círculos e outras figuras geométricas.

Mas nas artes visuais então, o racionalismo inspirou um estilo de arte geométrica, que ficou conhecido como o movimento artístico chamado de cubismo[7].

O proposito deles era retratar a estrutura matemática por trás do universo, por que eles pegam objetos e repartiam eles em triângulos ou retângulos pequenos?

Para tentar refletir as formas geométricas escondidas na natureza, depois de um certo tempo os objetos simplesmente desapareceram, e você termina com uma abstração genérica.

O objetivo era tornar a arte uma linguagem universal racional, assim como a geometria, a matemática são as linguagens universais da matemática.

Da mesma forma o racionalismo deu origem a alguns tipos de edificações (arquitetura), o estilo internacional[8], os estilos de construção com bastante vidro e metal se tornaram muito populares, mesmo em climas que não eram práticos, por exemplo um telhado sem inclinação que tende pingar quando chove, então qual é o apelo?

De acordo com o crítico da arte, o estilo parecia ser o resumo da razão, ou na verdade o foco principal, o ápice da razão, linhas retas, pensamento racional.

O estilo internacional deu tijolo a metais uma cosmovisão, esses construtores, arquitetos começaram a pensar de si mesmos como reformadores sociais, que liderariam o caminho de transformação da sociedade de acordo com um plano racional.

O mais famoso foi um arquiteto francês Le Coubuster, que influenciou o Oscar Niemayer; ele chamava os seus prédios de máquinas para viver nelas, porque tinham um funcionamento funcional.

Onde os apartamentos eram vistos como células matematicamente calculadas para dar a cada um o espaço cúbico necessário para as necessidades, e aqui nessa figura você vê seu planejamento para paris, ele queria destruir a cidade, botar tudo no chão e construí-la novamente.

Embora isso não aconteceu. Ainda assim, os planos de Le Coubuster tiveram uma influência enorme. Porque ele tentou eliminar as partes que não eram ordeiras da cidade que eram possíveis locais de crimes, e de opressão.

O exemplo que ele deu, foi o crescimento da igreja primitiva. Na Roma antiga, ele escreveu: o apóstolo Paulo de Tarso era impossível prendê-lo. Enquanto ele permaneceu pregando nas favelas.

A atividade policial era extremamente difícil, como resultado as palavras dos seus sermões foram passadas como a fogo que transmite de boca para boca.

Então o cristianismo se tornou uma situação perigosa. Então os Planejadores da cidade, incentivaram a destruição desses lugares, como Nero fez incendiando a parte pobre da cidade, para poder reconstruir nua arquitetura que permitia um controle, racional e prático.

No século 20, arquitetos persuadiram muitas cidades a construir grandes projetos de casas, prometendo que eles a salvariam de uma multiplicidade de problemas sociais de uma só vez, desde pobreza, crimes, e até abuso de drogas.

Se eles aceitassem a premissa nacionalista que humanos são mecanismos complexos, cujos problemas podem ser consertados, simplesmente colocando em máquinas para eles viverem nelas.

Muitos os projetos de casas foram destruídos, projetos habitacionais decadentes foram destruídos, muitos foram dinamitados e derrubados.

Como crítico social escreve:

os projetos habitacionais decadente ao redor do mundo permanecem como uma expressão visível da concepção materialista e racionalista da vida humana.

CONCLUSÃO:

Vimos que a cosmovisão que adotamos toca toda nossa realidade em que vivemos. A forma como vimos o mundo ano é algo marginal, mas centra a toda nossa existência.

Os cristãos precisam voltar sua mente para o fundamento da palavra de Deus, entendendo a criação do Gêneses para entender a redenção da cruz.

Para que possa ver o que está por traz da realidade. Para que possa discernir o espírito que opera no nosso tempo, desconstruindo o cristianismo bíblico e mundanizando a igreja.

Desde o século 18, os intelectuais alemães costumam usar a expressão zeitgeist para descrever o que chamamos de “espírito do nosso tempo”. O termo significa, ao pé da letra, “espírito de uma época” ou “espírito do tempo”.

Fato é que cada época é marcada mesmo por uma mentalidade ou espírito dominante.

Ou seja, não é equivocado afirmar que cada época tem o seu “espírito”, suas tendências, suas ondas, seus movimentos ideológicos. E não é diferente com a nossa época.

2 coríntios 2.11 diz que precisamos conhecer as estratégias de satanás:

“A fim de que Satanás não tivesse vantagem sobre nós; pois não ignoramos as suas intenções.

Romanos 12:2

E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

Apocalipse 2.7 Quem tem ouvidos, compreenda o que o Espírito revela às igrejas.

 


 

[1] A filosofia continental vêm principalmente de países da Europa continental, sobretudo da França e da Alemanha. Pense em pessoas como Heidegger, Foucault e nos existencialistas.

O estilo é amplamente oposto ao da filosofia analítica. Os escritores continentais tendem a ser muito menos claros sobre o que dizem do que os filósofos analíticos. Eles não vão, por exemplo, definir de modo explícito seus termos antes de prosseguir. Eles usam mais metáforas sem nenhuma explicação literal, e eles usam mais jargões abstratos e idiossincráticos.

[2] A filosofia analítica é escrita sobretudo em países de língua inglesa. Filósofos “analíticos” costumavam ser pessoas que pensavam que a principal tarefa da filosofia deveria ser analisar a linguagem (explicar o significado das palavras), ou analisar os conceitos. Cheia de subjetivismo ou de irracionalismo.

[3] https://pt.wikipedia.org/wiki/Theodore_Dreiser

[4] Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o romantismo toma mais tarde a forma de um movimento, e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo

[5] A arte valorizava as cores vivas, os ornamentos, a elegância. O Impressionismo surge nesse ambiente de inovação no qual os artistas tentavam quebrar os laços com o passado

[6] No campo da arte, o positivismo estipulava que as obras deveriam ter sempre um caráter científico, realista e detalhista, pois deviam basear-se na observação dos fatos, além de possuir uma forte temática política e moral.

[7] O Cubismo é um movimento artístico que surgiu na França no início do século XX. É uma vanguarda europeia que veio com o objetivo de romper com os modelos estéticos que valorizavam a perfeição em suas formas. Por esse motivo, o cubismo é marcado pelo uso de formas geométricas.

[8] Mais um movimento do que um gênero estético, o estilo internacional surgiu na Europa logo após a Primeira Guerra Mundial para reeguer as cidades destruídas.

O estilo internacional nasceu baseado no conceito do funcionalismo. Isto é, pregava que o design e, principalmente a arquitetura, fossem criados com simplicidade e que seus profissionais projetassem suas obras de forma que elas fossem práticas e úteis. Sendo assim, repudiava as cores e a ornamentação e, ao mesmo tempo, exaltava o uso de materiais e elementos modernos.