Série de sermões expositivos sobre O Céu. Sermão Nº 80 – O sexto dia da criação: a criação do homem (Parte 58). Gn 1:27: a Bíblia versus o Secularismo (Parte 6). Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 26/04/2023.
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INTRODUÇÃO
Desde o Éden, o homem tem tentado voltar ao paraíso. E isto ele tem feito ao longo da história, seja por meio da religião ou da razão. O iluminismo foi mais uma tentativa fracassada de recriar um Paraiso racional sem a ajuda divina e acabaram criando um inferno na terra.
O doutor em direito e PHD em economia política, o professor Alberto Martinez Piedra[1], que faleceu em 2021, com 95 anos. Ele escreveu um dos livros mais sensatos da nossa época.
Em seu livro: “Sem Deus, sem Civilização: O Novo Ateísmo e a Fantasia do Progresso Perpétuo”.
Em uma sinopse do livro:
O que o mundo recebe de Deus? O que o mundo perde quando perde a razão? Durante séculos, um secularismo agressivo lutou para ocupar o lugar outrora ocupado pela religião na sociedade ocidental.
Seus líderes intelectuais são ambiciosos. Seu objetivo é remover Deus do discurso público e depois da memória das pessoas.
Enquanto eles alegavam que a impiedade traria uma era de paz, em vez disso trouxe o século mais sangrento da história (Sec 19). As Instituições cívicas fundadas em princípios judaico-cristãos começaram a desmoronar à parte deles.
As ideias firmes e comuns – sobre direitos, deveres e dignidade e liberdade – desapareceram quando sua origem divina foi negada.
Em suas observações Piedra examina o pensamento do “Novo Ateísmo” e a idéia imaginaria de progresso perpétuo e revela a tragédia no raciocínio de que um mundo ímpio serve melhor à humanidade do que um piedoso.
Esse pensamento do Novo Ateísmo deseja eliminar qualquer pensamento sobre o divino na vida pública.
Os pensadores seculares acreditam que a revolução científica criou uma divisão inequívoca entre ciência e religião e que é desejável desconsiderar o cristianismo.
Eles afirmam erroneamente que um mundo ímpio trará paz e que qualquer presença divina interrompe o curso da humanidade e impede o progresso.
Piedra argumenta que as cosmovisões seculares historicamente levaram a alguns dos séculos mais sangrentos e que a remoção de Deus no sentido espiritual também gera sofrimento no sentido físico e caos social.
Sem a grandeza e a riqueza incomparável da tradição judaico-cristã o mundo vai cada vez mais afundar no caos e na incerteza moral.
Sir Winston Churchill disse em 1948:
“Aqueles que falham em aprender com a história estão condenados a repeti-la”. Este livro visa ajudar os líderes de opinião e formuladores de políticas de hoje a evitar os trágicos erros do passado.
O livro de Pietra, mostra como uma cultura que despreza a Palavra de Deus, pode trazer sérias consequências, como foi o caso da revolução francesa.
- O ILUMINISMO: O CULTO À DEUSA RAZÃO.
O culto a “deusa Razão” do iluminismo produziu o terror da sangrenta Revolução Francesa, e ela é um aviso para a sociedade e os cristãos hoje[2].
A partir do iluminismo nasceu uma cosmovisão que vincula as ideias que moldam toda a nossa cultura moderna em todos os segmentos da sociedade.
O iluminismo (escuridão) e suas lições sobre como as agendas anticristãs se desenrolam e seu poder de ilustrar as consequências que decorrem de uma sociedade que rejeita a Palavra de Deus.
A Revolução Francesa oferece solenes advertências que os cristãos de hoje não podem se dar ao luxo de ignorar.
- Iluminismo: um novo culto.
A famosa catedral de Notre Dame de Paris, a mais de 200 anos foi palco dos horrores do culto a Razão.
Aconteceu em 10 de novembro de 1793. Mas se você perguntasse a um observador da época, eles diriam que a data era 20 de Brumário, ano II.
A intenção do diabo era apagar o cristianismo da sociedade, tentou desconsiderar a semana da criação do gêneses de 7 dias.
Então o governo revolucionário da França inventou um novo calendário completo com semanas de 10 dias, dando novos nomes aos meses e anos numerados para centrar a história na Revolução iluminista, e não no advento de Cristo[3].
A história sempre esteve em torno do nascimento de Jesus, por isso as siglas, a.C e d.C, mais recentemente usam o termo antes ou depois da Era comum, por ser um termo neutro. A tentativa é apagar o cristianismo da história.
Logo depois, os revolucionários começaram a promover festivais de adoração secular em vez do cristianismo – daí o “Culto da Razão”.
Como parte do Festival da Razão na igreja de Notre Dame, mulheres sensuais carregando tochas simbolizando “deusas” conduziram uma procissão até uma montanha artificial dentro da catedral[4].
Uma “Tocha da Liberdade” queimava em um altar a meio caminho do topo da montanha, onde uma réplica do templo trazia a inscrição, À Filosofia.
- O iluminismo: o culto a Rousseau.
Festivais semelhantes ocorreram em toda a França, com um “hino” cantado em um desses eventos em 1794, incluindo a linha, “Convenez en, mes bons amis: Rousseau vaut miex que St. Pierre” (“Concorde, meus bons amigos: Rousseau é melhor que São Pedro”[5]).
Esta festa compreendia uma interessante mistura de imagens, considerando que não se tratava de uma procissão pertencente a uma religião de mistério greco-romana, mas de uma nova religião “secular” de uma república “iluminada”.
Conforme ilustrado pela festa da Federação, líderes políticos radicais copiaram e reformularam conceitos, símbolos e rituais religiosos antigos para criar uma nova religião estatal, projetada para substituir o catolicismo na França, durante o auge da Revolução Francesa.
O profeta dessa nova religião era Rousseau, um filósofo do século XVIII que acreditava que os humanos são inerentemente bons, argumentou que um governo totalitário governado pelo consenso da maioria ofereceria a verdadeira liberdade.
Mas ironicamente, dada a fé hipócrita de Rousseau na bondade humana – a Revolução que defendia as ideias de Rousseau caçou, aprisionou e guilhotinou milhares de humanos em nome dessa falsa “liberdade”.
Apesar de sua destrutividade, revolucionários posteriores, incluindo Karl Marx, consideraram a Revolução Francesa um sucesso admirável, embora incompleto[6].
Hipocritamente uma grande organização marxista contemporânea declara atualmente em seu site:
“Não é por acaso que as maiores mentes do nosso movimento deram tanta importância à compreensão da Revolução Francesa. Hoje, mais do que nunca, o estudo consciencioso da Revolução é imprescindível para quem busca mudar o mundo…
“Nós nos organizamos no movimento dos trabalhadores e da juventude para a derrubada do capitalismo e um futuro socialista para a humanidade [7].
A modernidade com seus vínculos com o pensamento marxista-rousseauniano que molda a cultura de hoje, suas lições sobre como as agendas anticristãs se desdobram e sua importância como um estudo de caso das consequências que decorrem de uma sociedade que rejeita a Palavra de Deus.
Todas as vezes que a Palavra de Deus foi rejeita, o resultado sempre levou a serias e necessárias consequências.
Quando a sociedade rejeita a Palavra de Deus, não fica nenhuma base consistente para prevenir ou criticar tais resultados, abrindo uma ampla porta filosófica para abusos dos direitos humanos.
Na pior das hipóteses, cosmovisões alternativas adotadas no lugar da Palavra de Deus podem exigir ativamente tais abusos.
A Revolução Francesa oferece lembretes de que os cristãos hoje não podem se dar ao luxo de ignorar.
Vamos examinar mais de perto a Revolução Francesa, começando com o clima de cosmovisão em que ela surgiu.
- ANTES DA REVOLUÇÃO: UMA CRISE DE COSMOVISÕES
Roma havia conquistado a França antes da época de Cristo, deixando a França oficialmente católica romana após a cristianização do império no Sec IV d.C.
Mas os séculos XVI e XVII trouxeram dois movimentos que abalariam a paisagem religiosa da França:
A Reforma, que convocou as pessoas a abraçar a Palavra de Deus como a autoridade final da verdade.
E o Renascimento, que começou a promover o pensamento humano como a autoridade acima da Palavra de Deus.
Esses rumores de humanismo se transformaram em uma explosão de filosofia antibíblica durante o Iluminismo.
- O deísmo pagão de Voltaire.
Enquanto vários filósofos do Iluminismo francês ( philosophes ) ajudaram a criar o clima de visão de mundo por trás da Revolução, um filosofo especialmente notável é Voltaire.
Voltaire, um ávido deísta, acreditava que um “Ser Supremo” impessoal criou o mundo e deu aos humanos consciências para deduzir certos códigos morais, mas não se revelou por meio das Escrituras[8].
Assim, Voltaire rejeitou a revelação bíblica de um Deus pessoal e trino que enviou seu Filho para redimir a criação caída[9].
Voltaire reconheceu a existência histórica de Jesus, mas pensou que Jesus era apenas um professor de moral divinamente ordenado
Voltaire odiava o cristianismo e dizia que “a religião teológica é inimiga da humanidade[10]”. Ele também blasfemou dizendo “Todo homem sensato, todo homem honrado; deve ter horror à religião cristã.”
Voltaire insultou incansavelmente o cristianismo, o judaísmo e o Deus bíblico; atacou e ridicularizou as Escrituras[11], ele lutou sem sucesso para colocar a ciência contra a Bíblia.
Embora Voltaire e outros filósofos não tivessem desculpa para rejeitar o Criador revelado nas Escrituras[12], vale a pena apontar que suas críticas à hipocrisia das instituições religiosas eram sérias.
Desvendar o clima religioso na França pré-revolucionária poderia preencher livros inteiros[13], mas aqui estão apenas três dos problemas relevantes que os cristãos podem aprender hoje:
(a) Mistura de cosmovisões.
Misturando cosmovisões bíblicas e grega. Enquanto uma cosmovisão bíblica enfatiza a importância dos reinos físico (“terrestre”) e espiritual (“celestial”). Por exemplo, a Bíblia afirma que Jesus criou, sustenta, interveio, tem autoridade e um dia restaurará toda a criação física.
Enquanto isso, o cristianismo bíblico envolve seguir Jesus em todos os aspectos da vida física, servindo aos outros como ele fez (por exemplo, João 13:1–17; Filipenses 2:3–11). A religião cristã não é uma pratica privada, ele envolve toda a esfera da vida.
Se a fé cristã deve moldar novamente a direção da vida cultural ocidental, os cristãos devem recuperar uma visão bíblica coerente do mundo e da vida.
Por visão de mundo e vida, quero dizer as características estruturais essenciais de uma grande história da realidade – uma teia de suposições básicas por meio da qual interpretamos toda a experiência humana.
Um ramo da filosofia grega chamado dualismo via as realidades imateriais como separadas e superiores às realidades físicas.
À medida que esse pensamento antibíblico entrou na igreja, muitos cristãos começaram a valorizar a retirada permanente da sociedade para se concentrar apenas em atividades “espirituais”.
Isso abriu a porta para críticas do filósofos de que a cristandade não tinha valor prático para a sociedade e precisava de uma religião secular para substituí-la.
Por exemplo, o Barão Paul-Henri d’Holbach, um filósofo ateu, equivocadamente opinou:
“A natureza diz ao homem na sociedade para valorizar a glória, trabalhar para se tornar estimável, para ser ativo, corajoso e trabalhador: a religião diz para ele ser humilde, abjeto , pusilânime, viver na obscuridade, ocupar-se com orações, com meditações e com cerimônias; diz a ele, seja útil a si mesmo e não faça nada pelos outros[14].
Isso não é a verdade sobre o cristianismo, os cristãos sempre foram amantes do conhecimento e da boa ciência.
(b) Mudando o fundamento da verdade.
Enquanto os filósofos enfatizavam a razão humana como a autoridade para a verdade. A igreja católica colocou sua autoridade em pé de igualdade com a bíblia e isso foi terrível.
Antes da Reforma, os cristãos começaram cada vez mais a ver a igreja como (mais ou menos) igual à Escritura como autoridade para a verdade – mesmo que os ensinamentos dos porta-vozes da igreja (concílios e papas) contradissessem a Bíblia[15].
Enquanto isso, a monarquia francesa havia se tornado tão emaranhada com a igreja dominante, que ser cidadão francês, significava se identificar com um tipo de cristianismo aprovado pelo rei, que no caso era o catolicismo, e que perseguia os cristãos protestantes.
Quem quer que viesse a reinar tinha poder para punir — inclusive com exílio ou morte — aqueles cujas convicções não condiziam com os ensinamentos oficiais do catolicismo, tudo isso porque a igreja católica havia abandonada a autoridade exclusiva da Palavra de Deus.
Dentre as muitas perseguições, um caso notório foi o massacre da noite de São Bartolomeu, foi um episódio, da história da França em 1572 em paris, numa repressão ao protestantismo, engendrado pelos reis franceses, que eram católicos. Mataram traiçoeiramente quase 70.000 protestantes.
O historiador Claude Manschrek traz o relato de um contemporâneo da seguinte maneira:
“As ruas estavam cobertas de corpos mortos, os rios ficaram manchados, as portas e os portões do palácio respingados com sangue.
Carroças carregadas de cadáveres, homens, mulheres, garotas e até mesmo crianças eram jogadas no Sena, enquanto que torrentes de sangue corriam em muitas áreas da cidade (…)
Uma menininha foi banhada no sangue de seus pais assassinados e ameaçada com o mesmo destino caso viesse um dia tornar-se protestante”[16]
Isso abriu caminho para a crítica dos filósofos que o cristianismo tinha tudo a ver com ter (e abusar) do poder político[17]. Embora o iluminismo tenha feito muito pior que os católicos.
Por exemplo, algumas das declarações de Rousseau nesse sentido estão documentadas pelo historiador Arthur Melzer[18], aponta que Rousseau também criticou outros intelectuais do Iluminismo por se tornarem autoridades absolutas da verdade.
O mesmo erro em que eles criticaram os líderes oficiais da igreja católica – por se verem como os “intérpretes supremos” da natureza. E por sua vez cometeram um massacre sangrento ainda pior que o absolutismo da realeza.
(c) A hipocrisia dos religiosos.
Esses líderes religiosos refletiram em tudo a cultura hipócrita dos fariseus.
É importante ressaltar que Jesus tinha muito a dizer sobre os líderes religiosos, escribas e fariseus.
Eles hipocritamente buscavam poder, prestígio e riqueza, mas “negligenciavam as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade” (Mateus 23: 23–24).
É importante notar que o conceito bíblico de justiça não se alinha com as representações neomarxistas posteriores de justiça, devido a diferentes visões sobre a opressão.
Por exemplo, as Escrituras associam repetidamente a opressão com ações erradas cometidas contra pessoas vulneráveis, incluindo órfãos, viúvas, estrangeiros e pobres.
Mas o neomarxismo associa a opressão à identidade de classe, significando que qualquer um que se enquadre em um determinado perfil social prejulgado como “opressor” deve ser injusto, independentemente de suas ações.
Cristãos professos que cometem erros ou agem de forma hipócrita não mudam a verdade da Palavra de Deus; na verdade, a verdade da Palavra de Deus fornece uma base para criticar a hipocrisia e as transgressões em primeiro lugar.
Enquanto os filósofos iluministas usando um fundamento antibíblico, não tinham uma base consistentemente logica; para criticar os erros dos cristãos.
Embora os revolucionários nem sempre agissem consistentemente com alguns dos principais ideais que defendiam, eles agiam consistentemente com suas visões de mundo seculares, que não ofereciam uma base estável para esses ideais.
Mas não podemos negar que os erros dos cristãos professos abriram canais para a propaganda anticristã posterior.
Em última análise, esses fatores se resumem a cristãos que não vivem uma cosmovisão bíblica consistente.
Uma consequência foi que a história da França ficou manchada de derramamento de sangue em nome da religião.
E também tanto sangue ainda mais seria derramado em nome da religião secular da Revolução iluminista.
No entanto, pelo menos duas grandes diferenças existiam entre essas tragédias.
Primeiro, os cristãos professos que derramaram sangue inocente estavam agindo de forma inconsistente com sua visão de mundo, enquanto os revolucionários que derramaram sangue inocente estavam agindo de forma consistente com a deles.
Em segundo lugar, como vimos, o grande quadro da Escritura fornece uma base absoluta para se opor ao derramamento de sangue inocente, enquanto as cosmovisões dos filósofos iluministas careciam dessa base.
- Os problemas de ser “bom sem Deus”
Apesar dessa falta, Voltaire não parecia pensar que a moralidade precisava de uma base mais forte do que seu deísmo fornecia.
Voltaire definiu a bondade pelo padrão problemático de “aquilo que é bom para a sociedade”, exaltando o amor ao próximo, a beneficência e a tolerância[19].
Para ver os problemas com essa ideia, podemos fazer perguntas como:
“Quem define o que significa ‘bom para a sociedade’?”
“Como decidimos quem estabelece essa definição?”
“Que padrões devem ser usados para decidir o que é ‘bom’, para quem é bom, se e quando esses padrões podem mudar, e o que acontece quando o que é ‘bom’ para um setor da sociedade e não é ‘bom’ para outro?”
Se a moralidade for baseada nas preferências pessoais? O que fazer quando essas preferencias se colidirem?
Qual é a fonte dos absolutos morais? A preferencia Pessoal? A ética situacional? Onde uma coisa é boa em uma circunstância e em outra ela é errada?
Sem moralidade absoluta enraizada no caráter de Deus, o assassinato em massa de pessoas com certas convicções ou antecedentes familiares pode ser facilmente justificado como “bom para a sociedade” – o que de fato aconteceu durante a Revolução Francesa e no século XX.
O homem não pode ser perfeitamente bom sem Deus. Os ateus dizem que podemos ser bons sem Deus. Mas eles não nos dizem como sabem ou como medem o que é “bom”.
Até mesmo a hipocrisia da tolerância de Voltaire tinha seus limites — especialmente quando se tratava de tolerar o cristianismo.
Em uma carta ao rei e ditador da Prússia, Voltaire escreveu:
“A nossa é seguramente a mais ridícula, a mais absurda e a mais sangrenta religião que já infectou este mundo. Vossa Majestade prestará à raça humana um serviço eterno ao extirpar essa infame superstição[20].”
Esta citação destaca como, sem a Palavra de Deus como autoridade para a verdade, os limites da tolerância, da ética e da moralidade tornam-se arbitrários.
Eles ficam abertos para humanos caídos, falíveis e finitos para (re)interpretar e (re)definir todos os conceitos. Vivemos uma cultura arbitraria de redefinição da linguagem que produziu um totalitarismo linguístico.
A Revolução Francesa ilustraria graficamente as consequências de tal “tolerância”, o terror e o genocídio dos inocentes.
CONCLUSÃO:
O novo culto a razão que nasce no iluminismo, quer apagar Deus da esfera publica e depois da memoria das pessoas.
Par isso foi preciso surgir uma religião estatal, que usa a força e suprime todos os direitos e liberdade que o cristianismo deu a humanidade.
Como disse Pietra, sem Deus, sem civilização. Se tirarmos Deus da cultura, vai com ele tudo o que dele aprendemos sobre moral, amor, tolerância, verdade e liberdade. O que resta são a falsas promessas dos falsos deuses.
Curiosamente o novo panteão dos deuses da modernidade está em paris:
Das 75 pessoas enterradas no Panteão de Paris, incluindo os lideres da sangrenta e genocida revolução francesa, não temos .
No panteão estão os restos mortais de Rousseau e Voltaire os profetas da geração moderna, cujas ideias mataram quase 1 bilhão de pessoas nos 200 anos.
E ainda mata mais 60 milhões de indesejados todos os anos, por meio do aborto, simplesmente baseado na “lei da suspeita” (iluminismo), de que não são um ser humano, com direito a vida.
O panteão (todos os deuses) que originalmente era para ser uma igreja. Os iluministas o transformaram num lugar para enterrar aqueles que seriam os deuses dessa cultura. La estão os heróis dessa geração infame.
Na frente do panteão tem uma inscrição: ‘Aos grandes homens, a pátria agradecida’.
A única coisa que a deusa razão pode oferecer a seus profetas é um enterro no panteão de paris.
O Senhor Jesus Cristo oferece a vida eterna, a ressureição para os seus seguidores. Jesus disse para a igreja fiel: Apocalipse 3:10-12, 21,22
“Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.
Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome”.
Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
[1] Emb. Piedra nasceu em Cuba, foi educada lá e na Europa, falava várias línguas e era oficial do governo quando Fidel Castro e os comunistas tomaram o poder. Um amigo lhe disse em um momento crítico que tinha 24 horas para escapar de Cuba com sua família, e esse era todo o tempo pelo qual seu amigo poderia garantir sua segurança. Ele conseguiu escapar com sua família nesse breve período.
Já era Doutor em Direito (1951) pela Universidade de Havana, Cuba. Ele então obteve um doutorado em Economia Política (1957) pela Universidade de Madrid e um Ph.D. em Economia (1962) na Universidade de Georgetown.
Ele serviu como embaixador do presidente Reagan na Guatemala em um momento muito delicado da história: as guerras centro-americanas da década de 1980. Ele também atuou como Representante dos Estados Unidos no Conselho Econômico e Social da Organização dos Estados Americanos, bem como Conselheiro Sênior de Área para a América Latina na Missão dos Estados Unidos nas Nações Unidas. https://www.iwp.edu/press-releases/2021/12/21/rip-amb-alberto-piedra-longtime-iwp-professor/
[2] Esse sermão é uma adaptação e segue em grande parte o artigo da Patrícia Engler, disponível em seu blog: Why the French Revolution is a Warning for Christians Today. Disponível em: https://answersingenesis.org/blogs/patricia-engler/french-revolution-is-warning-for-christians-today/ acesso em 25/04/2023
[3] Ver Emmet Kennedy, A Cultural History of the French Revolution (Londres: Yale University Press, 1989), 345-353.
[4] Lorrain Daston, “Cálculos do Iluminismo,” Critical Inquiry 21, no. 1 (1994): 182–202.
[5] Gordon McNeil, “O Culto de Rousseau e a Revolução Francesa”, Journal of the History of Ideas (1945): 197–212.
[6] Na verdade, Marx achava que o espírito revolucionário na França não foi longe o suficiente, porque ele acreditava que beneficiava principalmente a classe média, em vez de também estimular a classe trabalhadora para sua própria revolução maior. Marx escreveu: “O interesse da burguesia na Revolução de 1789, longe de ter sido um ‘ fracasso ‘, ‘ ganhou ‘ tudo e teve ‘ sucesso efetivo ‘, por mais que o ‘ pathos ‘ dela tenha evaporado e o ‘ entusiasmado ‘murcharam as flores com que aquele interesse enfeitava seu berço. . . . Se a revolução [de 1798], que pode exemplificar todas as grandes “ações” históricas, foi um fracasso, foi porque a massa cujas condições de vida ela não ultrapassou substancialmente [a burguesia] era uma massa exclusiva, limitada, não uma totalidade abraçando um.” (Karl Marx e Fredrich Engels, The Holy Family , trad. R. Dixon [Moscou: Foreign Language Publishing House, 1956], 110.)
[7][7] “Revolução Francesa,” Em Defesa do Marxismo, Marxist.com, https://www.marxist.com/theory-french-revolution.htm . (Para destacar os métodos e objetivos contínuos do marxismo, vale ressaltar que a página “Sobre” deste site afirma: “Nós nos organizamos no movimento dos trabalhadores e da juventude para a derrubada do capitalismo e um futuro socialista para a humanidade!” [Acessado em 13 de setembro de 2022.])
[8] Aurel Pavel e Dan Țăreanu, “Continuidade do deísmo: temas epicuristas no pensamento de Voltaire”, European Journal of Science and Theology 15, no. 4 (2019): 33–45
[9] Voltaire reconheceu a existência histórica de Jesus, mas pensou que Jesus era apenas um professor de moral divinamente ordenado. Ver Charles A. Gliozzo, “The Philosophes and Religion: Intellectual Origins of the Dechristianization Movement in the French Revolution,” Church History 40, no. 3 (1971): 273–283.
[10] Voltaire, Voltaire’s Philosophical Dictionary Unabridged and Unexpurgated, with Special Introduction by William F. Fleming, Vol. 9 (Paris: DuMont, 1901), 87.
[11] Apesar de observar que Voltaire ocasionalmente expressava uma visão positiva de algumas passagens bíblicas, o professor de cultura francês Graham Gargett documenta a aversão geral de Voltaire pelas Escrituras (“Ele lutou, atacou, ridicularizou”) em “Voltaire and the Bible”, em The Cambridge Companion to Voltaire (Cambridge: Cambridge University Press, 2009), 193–204.
[12] Curiosamente, as críticas de Voltaire refletem algumas das mesmas questões sobre o Gênesis ainda hoje comuns, como De onde veio água suficiente para o dilúvio global e para onde foi ? (Gargett, “Voltaire and the Bible,” 198.) Ver também Bertram Eugene Schwarzbach, Voltaire’s Old Testament Criticism , vol. 20 (Genebra: Librairie Droz, 1971), 4–5. Para obter respostas ao equívoco de que a ciência contradiz as Escrituras, consulte Roger Patterson, “ Science and the Bible: Should There Be a Conflict? ” em The New Answers Book 4 (Green Forest: Master Books, 2013)
[13] Uma visão geral está disponível em Dale Van Kley, “The Religious Origins of the French Revolution, 1560-1790”, em The Origins of the French Revolution, ed. Peter Campbell (Nova York: Palgrave MacMillan, 2006), 160–191.
[14] The System of Nature Vols. 1 & 2, trad. HD Robinson [Boston: JP Mendum, 1889], 280.)
[15] A Reforma”, em Schaeffer, How Should We Then Live? (Old Tappan, NJ: Revell, 1976), 79–105.
[16] MANSCHREK, Clyde (1965). A History of Christianity. Englewood Cliffs: Prentice-Hall. p. 144. 144 páginas
[17] Uma história desses tempos está documentada no livro de John Southerden Burn (notavelmente intitulado), The History of the French, Walloon, Dutch and Other Foreign Protestant Protestant Refugees Settled in England from the Reign of Henry VIII to the Revocation of the Edict of Nantes: With Avisos de seu comércio e comércio, extratos copiosos dos registros, listas dos primeiros colonos, ministros, etc., e um apêndice contendo cópias da Carta de Edward VI, etc (Londres: Longman, Brown, Green e Longmans, 1846 ).
[18] Arthur Melzer “The Origin of the Counter-Enlightenment: Rousseau and the New Religion of Sincerity,” American Political Science Review 90, no. 2 (1996): 344–360.
[19] Voltaire, Voltaire’s Philosophical Dictionary Unabridged and Unexpurgated, with Special Introduction by William F. Fleming, Vol. 10 (Paris: DuMont, 1901), 100–112, 160–165.
[20] Richard Aldington, Letters of Voltaire and Frederick the Great (Londres: Routledge, 1927), 285.