Sermão Nº 7 – As profundezas da graça. Referência: Jonas 1:17. Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 20/02/2019.

INTRODUÇÃO.

Preparou o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe (Jn 1.17). Para Jonas, sua fuga de Deus conhecia apenas uma direção: para baixo. Ele “desceu a Jope” para encontrar o navio destinado a Társis (Jn 1.3). Ele “desceu ao porão” do navio e dormiu enquanto a tripulação estava em perigo (Jn 1.5). Quando a sorte caiu sobre ele e a tempestade continuava a castigar o navio, Jonas foi lançado no mar, e ele desceu para as profundezas mortais. O mesmo acontece com todos que se revoltam contra Deus. O pecador afunda. Ele inicia sua queda com seus próprios atos de tolice. Ele tenta fugir da vontade de Deus e tropeça nos laços de seus próprios sapatos. Aquele que brinca com o pecado, cairá nos laços do próprio pecado. É simplesmente um fato: nada pode estar em sua devida ordem quando você vive em rebelião contra a vontade de Deus. As circunstâncias da vida o derrubarão. O mundo o derrubará. Seu próprio espírito interior o derrubará. A mão do Senhor o derrubará. A notícia ruim para Jonas é que, a cada ação dele, Deus reage. Mas há uma outra direção que a fuga de Jonas aponta; onde o que parece ser uma notícia ruim é, na verdade, uma notícia boa, pois há aqueles que caem no fundo do poço mesmo quando confiam em Deus. José descobriu isso quando foi preso por ter obedecido a Deus. Mas ele descobriu também que Deus estava com ele no fundo do poço. O maior exemplo dessa outra direção foi a descida de Jesus para a escuridão da morte, da cruz, ele desceu para o túmulo. Mas de lá ele se levantou em glória para reinar à direita do Pai. Jonas parece não se encaixar bem nessa companhia, já que sua descida havia sido provocada pelo seu pecado. Mas até ele descobriu a Graça de Deus na profundeza. Ele, como filho de Deus, descobriu o poder da ressurreição, de forma que, no abismo, encontrou a graça salvífica de Deus. 

  1. Milagre ou mito?

Jonas 1.17 nos apresenta ao episódio mais famoso dessa história, pois fala do grande peixe que resgatou Jonas das profundezas. O texto afirma que “Preparou Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas”. Infelizmente, questões relacionadas à baleia ou ao grande peixe têm preocupado muitos leitores, já que estas distraem nossa atenção do significado real do livro. Nós somos tentados, a cometer esse erro; de ficarmos tão obcecado com o que estava acontecendo dentro da baleia que ignoramos o drama ocorrendo dentro de Jonas. O sujeito da oração não é o grande peixe, mas o grande Deus. Devemos nos impressionar com a grandeza de Deus, que criou o grande peixe. Nossa atenção deve focar naquilo que Deus fez e não no peixe. Uma razão para a atenção excessiva dedicada ao peixe grande é em função da a palavra hebraica que é um termo genérico para “peixe”, não necessariamente uma baleia — é que a ERUDIÇÃO LIBERAL tem apontado suas armas para este versículo. Mostrando que a Bíblia está claramente equivocada em relação ao grande peixe de Jonas, ela espera derrubar a autoridade geral das Escrituras Sagradas. Os liberais argumentam que o livro de Jonas está contando uma fábula, já que é impossível acreditar que um homem tenha sido engolido por um peixe e que tenha vivido dentro dele por três dias antes de ser cuspido na praia. No centro da objeção liberal, encontra-se, é claro, a indisposição de reconhecer a possibilidade do milagroso. E fazem assim com qualquer relato de milagres da Escritura. Apenas excluindo primeiro o sobrenatural é que os liberais são capazes de excluir a possibilidade do peixe de Jonas.

  1. A morte nas profundezas

É importante defendermos a validade do texto. Mas, para aqueles que reconhecem que Deus realiza milagres no nosso mundo, a questão mais importante é o significado do texto. O primeiro tema que devemos considerar é o relacionamento entre a descida de Jonas para as profundezas do mar e a morte expiatória de Jesus Cristo. Como escreveu o pai da igreja Tertuliano: “O que ele sofreu foi um tipo do sofrimento do Senhor, pelo qual penitentes pagãos também seriam remidos”. Nesse sentido, deveríamos observar o simbolismo de morte na linguagem de Jonas sobre o mar profundo. Quando pensamos no dilúvio de Noé, em Moisés no Mar Vermelho e em Josué atravessando o Rio Jordão, percebemos que o mar simboliza o poder da morte de engolir e destruir. As águas são o poder da morte e do afogamento. Aquele que é lançado nelas é lançado na morte. Aquele que passa por elas atravessa a morte. Semelhantemente, o peixe simboliza os poderes do caos e da morte que engolem o impenitente. Isaías, por exemplo, representa o juízo final de Deus com imagens do abate de uma grande criatura do mar: “Naquele dia, o Senhor castigará com a sua dura espada, grande e forte, o dragão, serpente veloz, e o dragão, serpente sinuosa, e matará o monstro que está no mar” (Is 27.1).  Além do mais, a declaração de que “… esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe” (Jn 1.17) fala da morte, visto que este era o tempo tradicional para confirmar uma morte.

Jesus, por exemplo, esperou até que seu amigo Lázaro tivesse passado quatro dias no túmulo antes de chegar para ressuscitá-lo (Jo 11.39), para que ninguém duvidasse de que Lázaro havia realmente morrido. E, é claro, o próprio Jesus permaneceu no túmulo durante três dias, também para confirmar que ele não havia apenas desmaiado, mas realmente sofrido a morte. Na verdade, nossa interpretação da descida de Jonas e de seu tempo no grande peixe precisa ser moldada pelo ensinamento de Jesus. Alguns fariseus haviam exigido que Jesus provasse sua identidade por meio de milagres, ao que Jesus respondeu: “Uma geração má e adúltera pede um SINAL; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o do profeta Jonas. Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra” (Mt 12.39-40). Isso indica que a “morte” de Jonas na barriga do peixe prefigurou os dias de morte que Jesus Cristo sofreria no túmulo, após sua crucificação por nossos pecados. A experiência de Jonas nesse túmulo de água nos ensina pelo menos duas coisas sobre a morte e ressurreição de Jesus Cristo.

(a) O fim do juízo de Deus é a morte.

Quando Jonas foi engolido pelo grande peixe, este era o auge de seu julgamento por Deus. No que dizia respeito a ele, seu “sepultamento” era um julgamento final sem retorno. Isto é a danação. O peixe é, na verdade, o INFERNO. Assim, Jonas passou pela agonia e pela morte, e chegou a esse inferno preparado por Deus para impor a separação total entre homem e Deus. ISSO NOS LEMBRA DE QUE O INFERNO É O FIM DE TODO DESEJO DE FUGIR DE DEUS.  Jonas estava à procura de um lugar em que ele pudesse escapar da presença do Senhor, e a barriga do grande peixe nas profundezas era a realização de seu desejo rebelde. O inferno é o lugar que Deus, preparou para colocar todas as nossas personificações e desejos contrários à sua vontade. É onde todo pecado, toda a rebeldia será perfeitamente punida. Todos os nossos pecados serão punidos no inferno ou na Cruz de Cristo. Por isso foi que Jesus sofreu em nosso lugar por meio de sua morte na cruz. O Senhor da glória e da vida sofreu a DANAÇÃO naquele juízo final da morte. Agonizando: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). Sua experiência na cruz não foi menos terrível do que aquilo que Jonas passou na barriga do peixe; era mais terrível ainda. Jesus voluntariamente tomou sobre si a morte que nós merecíamos pelos nossos pecados.

Como Cirilo de Jerusalém pregou muito tempo atrás: Jonas foi jogado na barriga de um grande peixe, mas Cristo desceu por vontade própria até a moradia do peixe invisível da morte. Ele desceu por vontade própria para obrigar a morte a cuspir aqueles que ela havia engolido; segundo a Escritura: “Eu os libertarei do poder do submundo e eu os redimirei da morte”.

Como Jonas, cada pecador segue um caminho de pecado que só pode levar para a perdição da morte; mas, em sua graça, Jesus sofreu essa morte em nosso lugar na cruz. Assim como a morte de Jonas nas profundezas afastou a tempestade dos marinheiros, a cruz de Jesus remove a ira de Deus dos nossos pecados.

Por meio dela, Jesus pagou o preço pelo pecado (expiação), apaziguou o desfavor de Deus contra os pecadores (propiciação) e restaurou os fiéis ao favor e à comunhão com Deus (reconciliação). A morte de Jesus obtém um novo coração (regeneração), um novo histórico (perdão) e um novo futuro (vida eterna) para todos que confiarem nele como seu Senhor e Salvador. Jesus passou pelo inferno da terra para o bem de pessoas como nós […]. Os três dias de Jonas no peixe ressaltaram que o salário do pecado é a morte e que, para que alguém possa receber o perdão das consequências do pecado, precisa haver uma expiação suficiente para cobrir a dívida. Nesse sentido, a morte e o sepultamento de Jesus foram o “sinal de Jonas” para a sua própria geração. 

(b) O fim da linha ou recomeço.

Tudo indicava que a descida para as profundezas significava o fim da linha para Jonas, assim como a morte de Jesus na cruz parecia indicar seu fim. Quando Jonas foi engolido pelas ondas, é possível que os marinheiros tenham olhado para a água por algum tempo, com um pesar profundo pela morte do profeta; para então seguir com suas vidas sem jamais rever o profeta. Os judeus e os soldados romanos devem ter tido a mesma impressão quando Jesus deu seu último suspiro na cruz.  No entanto, não era o fim, pois, por meio da morte de seu servo, Deus pretendia trazer a vida não só para ele, mas para o mundo. Assim como Jonas foi libertado de seu túmulo nas águas para continuar sua obra de pregar o arrependimento e a salvação à população de Nínive. Cristo, por meio de sua ressurreição, continuou por meio do Espírito Santo na igreja pregando o evangelho da salvação ao mundo inteiro. A salvação é algo que experimentamos, quando não temos esperança alguma de sermos salvos. Enquanto não estivermos desesperados, com a nossa condição, não desejaremos completamente a Cristo.  Enquanto não entendermos o qual amargo é o pecado, nunca saberemos o quão doce Cristo é. Então é quando chegamos ao fim da linha. É que a graça de Deus providência nossa libertação. Enquanto Deus não nos levar para um lugar onde não mais poderemos fugir, então a graça nos alcança. A história do povo de Deus tem apresentado esse padrão repetidamente. Testemunhamos o que aconteceu na antiga União Soviética na era do comunismo, quando a igreja foi perseguida, os cristãos foram presos e a Bíblia foi considerada ilegal. Quando parecia ter acabo, Deus estava trabalhando; o comunismo caiu; e as portas se abriram para o evangelho. O mesmo aconteceu na China quando os missionários cristãos foram expulsos e a igreja fechou.  Na época, muitos acreditavam que era o fim da grande visão de Hudson Taylor, mas Deus estava operando, e hoje há mais cristãos na China do que nunca. A última palavra jamais cabe ao homem, mas ao poder de Deus. Quando as coisas parecem ter chegado ao fim da linha. A graça de Deus oferece um recomeço.

  1. A graça salvadora.

Outro ponto levantado pela descida de Jonas para a barriga do grande peixe merece um tratamento mais extenso. Pois a criatura do mar não era apenas um SINAL DO JUÍZO de Deus, mas também um SINAL DA GRAÇA de Deus por meio do juízo, que busca e guia. Podemos refletir sobre isso perguntando: “De onde veio o grande peixe?”. A resposta é óbvia: foi Deus quem fez com que a criatura do mar estivesse no lugar certo, no momento certo, com um apetite grande o bastante para querer engolir um profeta tolo que acabara de ser lançado ao mar. A palavra-chave aqui é “preparou”: “preparou o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas” (Jn 1.17). Essa palavra transmite a ideia perfeitamente. Deus havia prepara seus planos para salvar os ninivitas por meio do profeta. Deus PREPARA uma planta para fornecer sombra a Jonas, depois ele PREPARA um verme para destruir a planta e finalmente Deus PREPARA um vento vindo do Leste para soprar no profeta. Cada um desses casos foi um ato deliberado de Deus para garantir a realização de seu propósito.

COMO DEUS ONIPOTENTE, ELE NÃO SÓ ORDENA O FIM, MAS TAMBÉM PROVIDENCIA OS MEIOS PARA ESSE FIM. Esse tema da PRESCIÊNCIA DE DEUS não aparece só em Jonas. Por toda a Palavra de Deus, lemos como Deus providencia e prepara aquilo que avançará seu plano de salvação. Deus fez Noé preparar a arca para salvar sua família do dilúvio (Gn 6.14). Quando Abraão obedeceu a Deus e levou seu filho Isaque para o Monte Moriá para sacrificá-lo, Deus providenciou um carneiro para ser sacrificado no lugar de Isaque (Gn 22.13-14). E, quando Elias estava se escondendo às margens do córrego, Deus preparou corvos que lhe trouxeram o pão de cada dia (1Rs 17.5-6). Depois preparou uma viúva para sustentá-lo. Quando o eunuco etíope estava lendo o profeta Isaías, Deus preparou Filipe, o diácono, para explicar-lhe o significado do evangelho (At 8.26-40).

Em todos esses casos, devemos reconhecer como a PRESCIÊNCIA de Deus PREPARA o caminho e providencia os meios para a realização de seus propósitos eternos. Deus preparou Pedro por meio de uma visão para pregar aos gentios. Preparou o coração de Cornélio e seus familiares para ouvir a pregação. Deus preparou um terremoto, Para que Paulo e Silas pudesse pregar a toda a casa do carcereiro de Filipos. Deus preparou a vinda do Messias por meio das profecias do Antigo Testamento e do ministério de João Batista. Deus providenciou que seu Filho fosse traído e entregue nas mãos dos gentios pelos judeus para crucificarem a Jesus Cristo na cruz. O julgamento fingido e o assassinato de Jesus ocorreram, diz Pedro, “… pelo determinado desígnio e presciência de Deus” (At 2.23). E Deus preparou para que Jesus se levantasse dos mortos no terceiro dia, com o poder da ressurreição. Assim como também Jonas chegaria a Nínive como prova da graça soberana, perdoadora e doadora de vida de Deus para todos aqueles que se arrependem e creem.

Desse ponto de vista, podemos ver que durante todo esse tempo o propósito de Deus estava sendo realizado, mesmo durante a fuga de Jonas em sua rebeldia. O propósito de Deus era levar Nínive ao arrependimento. Ele fez isso em sua misericórdia por eles e também para manifestar a sua própria glória. Deus em sua PRESCIÊNCIA; providenciou que Jonas se identificasse com os ninivitas em sua REBELIÃO, que Jonas experimentasse o tipo de morte sobre a qual ele os advertiria; e que Jonas servisse como um TIPO da ressurreição que vem como dádiva de um Deus gracioso.

  1. O troféu da graça.

Dessa forma, o Jonas que Deus pretendia usar para a salvação de Nínive seria ele mesmo UM TROFÉU DA GRAÇA SALVÍFICA. O profeta que emergiu na praia da barriga do peixe era um homem sujo, humilhado, que confiava em Deus, pronto e equipado para servir ao propósito divino no mundo. Deus quer que a nossa vida leve essa mesma mensagem para o mundo. O testemunho cristão não é o de pessoas boas e fiéis que mereceram o favor de Deus por meio de suas próprias ações e cujas vidas manifestam o poder da virtude e do sucesso. Essa é a maneira com que as religiões do mundo procuram alcançar suas metas. O testemunho cristão é o de pecadores rebeldes que foram libertos da condenação justa pela graça maravilhosa de Deus, por meio da morte expiatória de seu Filho. Após experimentar sua própria LIBERTAÇÃO, Jonas encontrou misericórdia em seu coração para pregar à cidade ímpia de Nínive.

Um profeta que havia profetizado tanta prosperidade e benção para seu povo, embora temesse a Deus, ainda não havia nascido de novo? Esse é o testemunho de grandes homens piedosos do passado: Lutero e Wesley, que mesmo depois exercer o ministério cristão abençoado, afirmaram que sua LIBERTAÇÃO ocorreu anos mais tarde. Embora cumprisse fielmente a disciplina do “clube santo”, John Wesley não se sentia satisfeito. Durante anos lutou com esse sentimento de insatisfação até que em 24 de maio de 1738, na rua Aldersgate, em Londres, passou por uma experiência espiritual extraordinária, que é assim narrada em seu diário[1]:

“Cerca das nove menos um quarto, enquanto ouvia a descrição que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração“.

Todo cristão deveria olhar para o mundo com esse mesmo reconhecimento. Assim como Jonas, somos mensageiros da Misericórdia de Deus, para falar da graça que nos alcançou. Como Jonas, cada pecador remido que experimentou pessoalmente a “morte da condenação do pecado” e a “ressurreição espiritual do novo nascimento” é enviado por Deus para servir ao evangelho. Devemos pregar a salvação como pessoas que foram remidas e que agora têm vida nova em sua alma. Sabendo que é em nossa necessidade pelo “perdão do pecado” e pela “libertação do abismo”; é que nos identificamos com o resto da humanidade, devemos evitar qualquer sentimento que nos afaste desta verdade. A alma de Jonas era o verdadeiro troféu da graça de Deus. A primeira GRANDE CIDADE DE NÍNIVE que Deus queria salvar era a alma de Jonas. O grande interesse de Deus era salvar o profeta, é com isso que esse livro se ocupa. A conversão da cidade é descrita em um capitulo, e a grande luta de Deus com o profeta em três. A compaixão que o profeta não queria demonstrar para os ninivitas, foi a compaixão que ele experimentou.

CONCLUSÃO

Jonas exemplifica o fim inevitável de sua própria rebelião contra Deus. “… o salário do pecado é a morte”, diz a Bíblia (Rm 6.23). Que mesmo exercendo a tanto tempo o oficio de profeta, precisou experimentar as profundezas da graça. E para isso Deus preparou um grande peixe. E nas profundezas da Escuridão ele não tem outra saída, senão humilhar-se diante de Deus. Esta experiência ensina uma solene lição: podemos conhecer muito bem as doutrinas da graça, sem nunca tê-las experimentado profundamente. Então, por meio da fé em Jesus Cristo, que morreu para vencer o pecado e a morte, o monstro marítimo do juízo é domado para jogar-nos na praia de uma vida nova. Você reconhece que precisa dessa libertação? Você está disposto a buscar a graça maravilhosa de Deus para sua própria redenção e libertação para uma vida ressurreta? Caso contrário, Jesus não será o único a condená-lo por sua descrença. Após falar de sua própria morte como sinal de Jonas para a sua geração, Jesus acrescentou que os cidadãos de Nínive também teriam um testemunho a dar:  “Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se ARREPENDERAM COM A PREGAÇÃO de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas” (Mt 12.41). Se a cidade ímpia de Nínive se arrependeu ao ver o Jonas ressurreto, quanto mais deveríamos nós nos arrepender da descrença e do pecado após testemunharmos o Cristo ressurreto na Palavra de Deus. E, reconhecendo tamanha graça pelos pecadores, deveríamos aceitar ansiosos a oferta do evangelho do Filho de Deus, que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para [i]nos dar a vida eterna.

[1] http://www.metodista.org.br/john-wesley

[i][i] Sermão adaptado da Série; Estudo Bíblico expositivo; Editora Cultura Cristã.

Comentario expositivo de Jonas, Hernades Dias Lopes, Editora hagonos.

Comentário Bíblico Expositivo, Warren W. Wiersbe, Editora Geográfica.