Sermão Nº 7 – Referência: João 3.22-36

INTRODUÇÃO:  Depois de uma apresentação da Nona Sinfonia de Beethoven, o público deu ao maestro Arturo Toscanini e a Orquestra uma salva de palma muito prolongada.

Toscanini, cheio de emoção, virou-se para seus músicos e sussurrou: ” Eu não sou nada, vocês não são nada.” Então, em tons de quase adoração, Toscanini disse: “Mas Beethoven é tudo!

Da mesma forma, devemos reconhecer que Jesus é tudo!

Quando o ciúme bate na sua porta, você o abre? – Como você lida com isso?

João batista teve um ministério poderoso. E isso mesmo sendo um homem de hábitos estranhos, pois escolheu o deserto para exercer seu ministério.

Mesmo usando roupas estranhas, porque vestia peles de camelo, e mesmo adotando um cardápio estranho, pois comia gafanhotos e mel silvestre, as multidões afluíam dos centros urbanos para ouvi-lo.

João Batista era um homem cheio do Espírito; era cheio de coragem e ao mesmo tempo humilde. Seu nascimento foi um milagre, sua vida foi um prodígio e seu ministério foi vitorioso.

Não era um caniço, mas homem de estrutura granítica; não era um eco para apenas reproduzir um som incerto, mas uma voz. Não era um profeta da conveniência, mas um profeta do altíssimo.

João Batista exerceu seu ministério com um propósito claro. Foi chamado para ser o precursor do Messias. Jamais se deixou seduzir pelo orgulho a ponto de querer atrair a atenção para si mesmo.

Sabia que seu papel era preparar o caminho do Senhor e apontar para Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O texto em tela aponta-nos algumas verdades que devem ser aqui observadas

  1. CRISTO, O CENTRO. (3.22-30)

O ministério de jesus tinha estado na Galileia até agora, mas agora ele se muda para a Judeia, onde o ministério de João é muito respeitado. Ambos os ministérios estão operando num mesmo território

O evangelista João registra o ministério de Jesus na Judeia, região na qual João batizava.

João Batista e Jesus estiveram atuando por cetro tempo lado a lado como enviados de Deus, se bem que em locais distintos.

Alguns pontos merecem aqui destaque.

  1. O batismo dos judeus, de João e de Jesus (3.22,23).

Ouve uma disputa teológica, sobre o Batismo de João, o dos Judeus e o de Jesus. Um debate sobre qual batismo é valido? O de João? O dos Judeus? Ou o de Jesus?

O batismo dos judeus era uma cerimônia de purificação exterior, que precede o batismo de João.

O batismo de João era um batismo de arrependimento. Era um batismo preparatório.

Seu propósito era conduzir as pessoas ao arrependimento e preparar o caminho para o Senhor.

Os vales eram aterrados; os montes, nivelados; os caminhos tortos, endireitados; e os caminhos escabrosos, aplanados.

Jesus estava na mesma região batizando. É bem verdade que Jesus mesmo não batizava, e sim os seus discípulos (4.1,2).

João Batista era um profeta sob a antiga aliança (Lc 16.16); Jesus veio corno o mediador da nova aliança (Hb 8.6; 12.24), que foi ratificada por sua morte sacrificial (Lc 22.20; 1Co 11.25).

O precursor e o Messias agora exercem o ministério paralelamente, tanto geográfica como temporalmente.

Esse fato provocou uma espécie de CIÚMES por parte dos discípulos de João. Eles pensaram estar competindo. Não havia rivalidade real, exceto na mente das pessoas.

Então vieram perguntar a João Batista, o que você vai fazer? Outra pessoa está se tornando mais influente que você?

O ministério dele está crescendo e o seu está encolhendo. A igreja dele está cheia e a sua está vazia?

As multidões estão parando de ouvir sua pregação e agora só querem ouvir a dele. Como assim?

João começa seu ministério com grande popularidade (Mt 3.4-6), enquanto Jesus estava na obscuridade.

Contudo, depois que Jesus começou seu ministério, João teria que se retirar da linha de frente e se alegrar com o crescimento de Jesus.

  1. O ministério de Jesus crescia e o de João diminuía. (3.24-26). Ao verem pessoas saindo de suas fileiras para engrossar o grupo liderado por Jesus, e movidos ainda pelo questionamento acerca da purificação, os seguidores de João Batista buscam o profeta, preocupados com o esvaziamento de suas fileiras.

Grandes homens da Bíblia enfrentaram esse problema de comparação e competição: Moisés (Nm 11.26-30), João Batista (Jo 3.26-30), Jesus (Lc 9.46-50) e Paulo (Fp 1.15-18).

Lembrem da disputa entre os pastores de Abraão e os de Ló (Gn 13). Por causa da disputa dos pastores, Tio e sobrinho tiveram que se separar.

Abraão disse veja a terra que está diante de nós, escolha para onde você quer ir, se você for para a esquerda eu vou para a Direita.

Até mesmo entre os amigos pregadores John Wesley e George Whitefield, ouve problemas por causa de intrigas entre seus seguidores.

Muitas vezes, um líder sofre mais com seus discípulos zelosos do que com seus inimigos.

João Batista não ficou aborrecido com a queda de sua popularidade. Ele sabia lidar como sucesso de forma correta.

Isso porque, a despeito de sua tremenda influência, ele sempre esteve focado no propósito principal de seu ministério, que era preparar o caminho do Senhor e testificar acerca de Cristo (1.27,30).

Portanto, João Batista não vê o decréscimo de seu ministério e o crescimento do ministério de Jesus como um fracasso, mas como o cumprimento de seu ministério. Longe de ficar triste, ele se regozija copiosamente.

O que dever ser a medida do sucesso de qualquer ministro não é quantas pessoas o seguem, mas quantas pessoas seguem a Cristo por seu intermédio.

  1. No ministério não há espaço para competição (3.27). João Batista tinha plena consciência de que tanto seu ministério de precursor do Messias quanto o ministério de Jesus como o Messias vinha de Deus.

Logo, eles não estavam numa arena de luta, disputando espaço e prestigio, mas cada um cumpria cabalmente o mandato recebido de Deus.

Não podemos deixar que a disputa por cargos, funções ou mesmo uma disputa denominacional ou teológica possa nos separar.

As disputas teológicas, como a doutrina do batismo já dividiu e matou muitos irmãos na história da igreja.

Mas João não deu importância a questão teológica do batismo, mas a motivação da discursão; que era movida por ciúmes e inveja.

  1. A consistência de um ministério estar em não aceitar ser mais do que Deus o nomeou para ser(3.28).

Muitos líderes, ao perceberem o próprio sucesso, enchem-se de soberba e querem ir além daquilo que receberam.

João Batista já havia falado isso a seus discípulos, e agora, quando eles se sentiram enciumados por verem os discípulos de João deixando as fileiras para seguir Jesus, João reafirmou que tudo estava saindo de acordo com o propósito original.

Ele não veio para ser o Messias, mas para ser seu precursor. O precursor abre o caminho e se retira.

Nosso ministério aponta para o Cristo e sai de cena. Nosso ministério não tenta ofuscar “Aquele” que nós proclamamos.

  1. A essência do ministério é ver Jesus crescendo e nós mesmos diminuindo (3.30).

João Batista tinha plena consciência de que o seu papel era mostrar o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e sair de cena. Seu ministério era apenas preparar o caminho e deixar o noivo se manifestar.

Nosso prazer deve ser ver Cristo crescendo e nós mesmos diminuindo.  João, o poderoso cabeça do movimento de avivamento, desaparecerá no cárcere solitário e perderá a vida por causa do ódio de uma mulher e da dança sensual de uma moça.

Jesus, porém, há de “crescer” para ser Kyrios, Senhor e Salvador, o cabeça da nova igreja dos renascidos, que agora já podem ter a vida da era vindoura.

Um pastor presbiteriano de sou um pequeno servo de um grande mestre Melbourne, na Austrália, apresentou Hudson Taylor usando uma porção de superlativos e, especialmente, a palavra “grande”. Taylor foi até o púlpito e disse calmamente:

“Queridos amigos, “. Se João Batista estivesse na plateia, provavelmente teria gritado: “Aleluia”

  1. CRISTO É TUDO (3.31-36)

A ênfase desse parágrafo é que Cristo é Superior. O seu testemunho é superior. O termo grego traduzido por “testemunho” é usado 47 vezes nesse livro.

Por que devemos dar ouvidos ao testemunho de Jesus? Porque ele deve crescer e nós devemos diminuir?

  1. Jesus está acima de todos (3.31). Jesus não somente ouviu uma voz, ou recebeu o poder do Espirito como pomba no batismo, ele também veio do céu.

João Batista não veio do céu e nem afirmo ser do céu.  Nenhum dos mensageiros de Deus afirmou vir do céu.

Essa prerrogativa pertence exclusivamente a Cristo. Portanto, não apenas sua origem é superior, mas também sua natureza.

Ele, Jesus, é pessoalmente maior que todos, maior que todas as pessoas que já existiram e que todas aquelas que virão a existir. Ele é o Deus-Homem encarnado que viveu entre nós.

  1. Jesus dá um testemunho de primeira mão (3.32,33). Jesus fala sobre o que viu e ouviu do Pai e muitos não aceitam (8.38).

Aqueles que “recebem” seu testemunho esses “confirmaram” (selaram, certificaram, reconheceram como se faz num documento oficial).

Ou seja, sabem pela experiência pessoal que Deus é verdadeiro (Jo 7.17)

Por isso os ensinamentos de Jesus não devem ser estudados de modo intelectual, separadamente de uma vida pratica.

Somente quando obedecemos aos seus mandamentos aplicando-os em cada área da nossa vida é que “recebemos” e “confirmamos” o seu testemunho

Há nesta geração uma grande procura por conhecimento teológico, nunca se produziu tanta literatura, mas infelizmente muitos tem ficado inchado com o conhecimento, sem resultar numa vida de piedade.

  1. Jesus é originalmente a palavra de Deus. (v.34a). O enviado de Deus fala originalmente e não “derivadamente” as palavras dele.

João faz uma relação do Espirito e a Palavra no testemunho de Jesus.

Jesus é a Palavra viva de Deus, que se encarnou. Deus falou antigamente de muitas maneiras, mas agora nos fala unicamente por meio de Jesus Cristo. Jesus é a palavra-ação de Deus, que Criou e governa todas as coisas que existem.

Por isso a fé vem pelo ouvir a pregação da Palavra de Deus. Deus escolheu salvar os homens pela loucura da pregação.

O Espirito não é eficaz na vida daqueles que não ouvem a pregação do Evangelho.

Mas aqueles que ouvem a voz da pregação do evangelho, num arrependimento sincero e verdadeiro, o Espirito Santo é certamente eficaz.

Por isso aqueles que são enviados por Deus, prega a Palavra de Deus. Jesus foi enviado por Deus, e a autenticidade do seu testemunho é a pregação da Palavra de Deus.

Que seja esse o CRIVO, para sabermos quem Deus está verdadeiramente enviando; ele está pregando unicamente a Palavra de Deus, ou outra coisa.

Uma coisa é pregar SOBRE a Palavra de Deus, outra coisa é pregar a palavra de Deus.

Uma coisa é falar ACERCA de Deus, outra coisa é conhecer a Deus, por intermédio da pregação do Evangelho.

  1. Jesus é o doador do Espirito Santo (v.34b). Deus não dá o Espirito por medida.

Joao vai dizer no capitulo 7.38,39, que aqueles que crerem em Jesus, rios de agua viva correriam no seu interior, e isto ele está se referindo a obra do Espirito Santo.

Jesus é a fonte de todos os dons espirituais. Ele tem uma fonte inesgotável e superabundante de dons, que são distribuídos a cada um, conforme sua vontade e naquilo em for útil ao serviço do reino de Deus.

É como se João estivesse dizendo: certamente será o cumulo da insensatez vocês quererem se virar para mim; que mal sou uma pequena fonte, na verdade uma gota de agua, deixando para trás o imenso mar.

Vão a fonte, e não as a cisternas que não tem agua, como disse Jeremias.  João visa transferir toda a atenção de si para Cristo.

Joao foi cheio do Espirito Santo. Jesus é batizador, o doador e a fonte do Espirito Santo.

Muitos acreditam que a igreja moderna pode ser reavivada, se nos voltarmos as literaturas dos homens piedosos do passado; embora poderemos ser encorajados por eles. Somente Jesus tem o Espirito sem medida.

Só ele, e mais ninguém pode trazer vida outra vez a igreja, ele diz: quem tem sede VEM A MIM, e beba da agua da vida.

Se tivermos JESUS, teremos tudo, mas tivermos todas as outras coisas, sem Jesus, não teremos nada.

  1. Somente em Jesus temos a vida eterna (3.36a). A vida eterna está em Jesus, e fora dele não há salvação (4.12). Quem tem o Filho tem a vida; quem se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida.

Um homem muito rico concentrava sua grande fortuna em quadros famosos de pintores consagrados.

Esse abastado milionário tinha um único filho. Fazendo certa feita uma viagem com um amigo, seu filho sofreu um grave acidente e acabou falecendo.

O amigo, buscando consolar o pai enlutado, pintou um quadro do rosto de seu filho. O pai colocou o quadro numa bela moldura e dependurou-o entre seus quadros famosos.

Antes de morrer, fez seu testamento, ordenando ao mordomo que fizesse um leilão dos quadros e doasse os recursos angariados para urna instituição de caridade.

Depois de sua morte, o leilão foi divulgado nas rodas mais seletas dos amantes da arte. Um salão ricamente adornado recebeu os convidados ilustres e endinheirados.

Para surpresa dos presentes, o leiloeiro apresentou o quadro do filho como o primeiro a ser vendido. Ninguém se interessou. Todos aguardavam os quadros famosos.

Até que um indivíduo fez um lance e comprou o quadro do filho. Nesse momento, o mordomo interrompeu o leilão e disse: “O leilão acabou”.

Todos protestaram. Então, ele leu o testamento de seu senhor: “Aquele que tiver o filho, tem tudo”.

Se a fé no Filho é a única forma de herdar a vida eterna, e se ela é ordenada pelo próprio Deus, então não confiar nele é tanto desobediência quanto descrença.

  1. Não crer em Jesus é permanecer sob a ira de Deus (3.36b). A única maneira de o pecador fugir da ira vindoura é crer em Cristo.

Em relação a Cristo não há neutralidade. Os que creem têm a vida eterna; os que se mantêm rebeldes permanecem debaixo da ira.

O pecado não é um acidente nas nossas vidas. O pecado é a escolha e o amor dos nossos corações.

A ira de Deus foi anulada unicamente onde o Filho de Deus sem pecado se tornou pecado e onde, como Cordeiro de Deus, Cristo tirou o pecado do mundo.

Quem, porém, se recusa a dar o obediente passo de fé até Jesus permanece necessariamente sob a ira de Deus.

Nem a religiosidade própria, nem “ser bom” por si mesmo, é capaz de salvar ninguém da ira de Deus.”

Muitas pessoas tentam colocar o amor de Deus em oposição à ira de Deus, alegando que o primeiro anula a segunda.

O mesmo capitulo que diz; que Deus amou o mundo, diz que ele odeia o mundo. Não se pode pregar sobre o amor de Deus, sem pregar sobre a ira de Deus. E esse é um erro que nós pentecostais cometemos muito.

Somente Falaremos de Forma correta da “ira” de Deus se proclamamos com toda a Força o amor de Deus, que nos preparou a salvação da ira.

Porém, apenas proclamaremos corretamente o “amor” de Deus se não ocultarmos nesse ato toda a seriedade da ira de Deus.

Cumpre dizer que sobre cada pessoa que despreza o amor de Deus revelado na entrega do Filho “permanece” a ira de Deus. Essa palavra proíbe que brinquemos com a ideia de um Deus bonachão.

Aqueles que acreditam e obedecem a Jesus têm a vida eterna; aqueles que vivem no pecado tem a permanente ira de Deus sobre eles.

Ira (orργή orge´) – denota a permanente oposição de Deus ao pecado. A ira foi removida na cruz … para aqueles que acreditam.

A ira de Deus permanece naqueles que não acreditam – “você não é como uma cidade pronto para ser atacado, você é uma cidade já sitiada ”.

Você não fica na barra da justiça aguardando sua sentença; Sua sentença já foi dada, você está neste dia está condenado!

MAS … se você confiar completamente, Nele NÃO será condenado!

III. LIDANDO COM A COMPETIÇÃO E A INVEJA (27-36)

Na exposição deste texto aprendemos quatro maneiras de guardar nosso coração da inveja e do ciúme:

  1. Veja a grandeza de Deus. Tenha em alta estima essa grande imagem na sua mente:

Deus está no controle de tudo, e nunca o homem! O homem não pode receber nada a menos que tenha sido dado a ele do céu (v.27)

Se alguém está prosperando ou exibindo dons ou bênçãos superiores aos seus é porque Deus deu a ele.

É uma grande tragédia quando Deus no dá algo que desejamos demais; e isso não será o melhor para nós.

Em Números 11 o povo no deserto cobiçou excessivamente (por carne), e tentou a Deus com suas reclamações.

E Deus concedeu o seu pedido enviando as codornizes, mas enviou também magreza em sua alma. O que deveria ser grande satisfação, tornou se amargura.

Um provérbio alemão antigo diz: “O ciúme nada come além do seu coração!

Tenha isso em sua mente é Deus quem dá a cada homem seus dons e se tiver alguma dificuldade deve coloca-la diante de Deus.

Deus está no controle do departamento de bênçãos! Reconheça e aceite o que Deus lhe deu. Reconheça e aceite o que Deus NÃO lhe deu.

Joao Batista, sabia reconhecer um momento de aprendizado quando via um.

Mas, o que você faz para esmagar o ciúme?  Quando o ciúme bate na sua porta, você abre? Como você lida com isso?

E se você, como João, se tornou o melhor no que faz, alguém que superou todas as expectativas? O que vai manter o seu coração longe da amargura?

João nos ensina que só podemos receber o que é dado anos do céu!  Ele sabia que ele era da terra, mas Jesus era do céu. Ele é terreno, mas Jesus é do céu.

Se todo ministério é do céu, então não temos o direito de ter inveja de outro ministério, nem de pessoas com dons, habilidades, e realizações maiores que as nossas.

Sua resposta jogou água fria em seus discípulos que estavam inflamados pela inveja, assim ele vai apagando a inveja amargurada e o seu espírito competitivo.

 

  1. ESTEJA SEGURO DE QUEM VOCÊ É (28,29a). Todo o trabalho é significativo, mas apenas um é proeminente!

Jesus = Palavra; João = voz. Agora, Jesus = Noivo; João = melhor homem. Todo o trabalho que fazemos é importante, mas somente Jesus é proeminente.

Joao era amigo do noivo, ele era o padrinho do casamento.

Quem de nós escolheria João para ser padrinho de casamento?

Ele não estava vestido para o sucesso. Ele vestia pele de camelo e um cinto de couro, e mesmo naquela época era fora de moda, como seria hoje.

Ele não era o gerente da empresa onde você trabalha que age politicamente correto tentando agradar a todos.

Ele não ia fazer o próximo programa de culinária com sua dieta estranha, se alimentando de insetos, gafanhotos e mel silvestre, como Master chef na televisão.

Ele era alguém não convencional que vivia no deserto. No entanto, pregava uma contundente mensagem de arrependimento para preparar os corações das pessoas para o Messias.

Ele não foi escolhido por causa da sua moda exterior, mas por causa do seu caráter interior.

Ele era João, o herói desconhecido, um enigma de um homem, enviado para:

  1. a) Limpar o caminho – para remover os obstáculos das mentes e corações para que eles estejam prontos para receber o Messias.
  2. b) Preparar o caminho – promover o arrependimento da parte da nação para que Ele Ser aceito.

Essa é a parte mais difícil de sua descrição de trabalho e Jesus o chamou de o maior dos homens.

(Mt.11:11) Seguramente, eu digo a você, entre aqueles nascidos de mulheres não há ninguém maior que João Batista.

Você pode pensar, oh, que bom ser o maior homem! … Não! Melhor é ser a noiva de Cristo! João não podia ser noiva, ele morreu antes de Cristo morrer.

Nós somos a Noiva de Cristo, não apenas o amigo!

Jesus disse em Mt.11 não surgiu um maior que João Batista; mas o menor no reino de Deus é do que ele.

João Batista sabia quem ele era. Ele não tinha uma visão elevada demais de si mesmo.

Ele estava seguro que ele era alguém que servia para limpar o caminho, para o rei passar.

  1. SEJA CHEIO DE ALEGRIA.

“Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que lhe assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois, já este meu gozo está cumprido” (v.29).

Você precisa ser feliz com o que você é. A alegria vem de ser obediente, e não de obter glória.

O amigo do noivo era o melhor homem, ele tem uma ligação entre a noiva e o noivo.

Ele iria organizar os detalhes do casamento. Enviar os convites. Fazer os anúncios. Presidir a festa de casamento. Seu dever especial mais especial era guardar a câmara nupcial.

Ele não deixaria ninguém na câmara de noiva, exceto a noiva, que iria secretamente escapar da celebração (festa de 7 dias) para se juntar ao noivo.

Algum tempo depois, quando a união foi consumada, o noivo saia da câmara e anunciava o fato com um grito de alegria (voz do noivo).

Ao ouvir a voz do noivo, o amigo do noivo ficava feliz e aliviado. Seu trabalho foi feito. Sua alegria estava completa.

Esta alegria é cumprida – ou seja; ele se alegra grandemente; sua alegria é preenchida ao máximo.

A falta de satisfação em Cristo, tem sido a causa das nossas calamidades emocionais. Em muitas coisas, não seremos completos aqui. Mas Cristo dever ser a motivação real do viver.

  1. SEJA VERDADEIRAMENTE HUMILDE (V.30)

A verdadeira grandeza de uma pessoa, está na sua humildade. Ela não chama a atenção para si mesma, mas ela mira em Cristo

Moisés lidou com a mesma questão em (Num.11: 25-29) quando alguns do povo recebeu do mesmo Espirito que estava sobre ele; e alguém veio dizer que outros também recebia essa benção, que deveriam ser proibidos.

Moisés disse: você tem ciúmes de mim? Oxalá que todo o povo fosse profeta.

Asafe escreveu (Salmos 75: 6,7) “a exaltação não vem do oriente nem do ocidente nem do sul. Mas Deus é o Juiz: Ele derruba um e exalta outro.

Ciúme e inveja são frequentemente usados ​​de forma intercambiável, mas há uma diferença.

A INVEJA começa com as mãos vazias, ela luta pelo que não tem.

O CIÚME começa com as mãos cheias, mas é ameaçado pela perda de sua abundância. (é a dor de perder o que eu tenho … para outra pessoa)

INVEJA nasce quando: um colega de trabalho é promovido; um recém-chegado na empresa assume um cargo de chefia. Quando um negócio abre e o ofusca o seu da noite para o dia.

CIÚME nasce quando: as lealdades mudam; quando amigos próximos nos abandonam pelos outros; quando alguém parece ter mais prestigio que a gente, ou quando nossa reputação e autoridade é minada.

CIÚME E INVEJA são como assaltantes em um beco escuro esperando para roubar nossa alegria; ou dizendo trabalhem conosco; e vamos deixar sua vida espiritual morrer.

Você vai deixar isso acontecer com você? – A única maneira de evitar o assalto é descer pela outra rua, bem iluminada da humildade, uma rua iluminada não por sua própria luz, mas pela luz de outro, cuja sandália não somos dignos de desatar!

Jesus deve tornar-se maior e maior, enquanto devemos nos tornar menor e menor.

É o que o Rev. Richard Baxter (1615–1691) disse em seu leito de morte, quando alguém estava se lembrando do bem que muitos haviam recebido por sua pregação e escritos.

O Sr. Baxter respondeu: “Eu era apenas uma caneta na mão de Deus, e que elogio é devido a uma caneta? Somos apenas um ponteiro, apontando para Cristo.

(William Barclay; Evangelho de João; pg.143 2 Charles Swindoll; Matando os Gigantes; pg.23)

João termina seu discurso sem dizer uma palavra se o batismo é mesmo necessário para a salvação, e é este o lugar para a Bíblia dizê-lo; mas nada é dito.

Em vez disso, a ênfase está em “aceitar” e confirmar (v.33) e crer(36) no evangelho, isto é na maneira santa de viver e não na forma de pensar.

O que Jesus e João estão pregando, não está sendo levado em questão aqui. Se eles são ortodoxos ou não, se o se o batismo é por emersão ou por aspersão, se o arrependimento vem antes do depois da fé.

Então, isso foi apenas uma discussão sobre qual batismo estava certo? Não!

João está ensinando que a nossa relação com o Filho de Deus tem consequências eternas.

Aqueles que acreditam e obedecem a Jesus têm a vida eterna; aqueles que vivem na pratica do pecado estão debaixo da ira de Deus, não importando o que estamos professando.

A humildade é a prova final de que cremos no evangelho. Duas coisas move o universo dos nossos relacionamentos; ou nossa vida será motivada pelas obras da carne, ou pelos frutos do Espirito.

O tipo de fruto que estamos dando é a prova irrefutável do tipo de arvore que somos.

Nosso ensino, nossa vida, nossa teologia, nossa família, nossos dons, nossos relacionamentos, tem servem a um único propósito, glorificar a Deus, e diminuir a nós mesmos.

CONCLUSÃO: Todo jovem estudante sabe do famoso encontro de Isaac Newton com uma maçã em queda. Newton descobriu e introduziu as leis da gravidade em 1600, que revolucionou estudos astronômicos.

Mas poucos sabem que se não fosse por Edmund Halley, o mundo talvez nunca tenha aprendido com Newton. Foi Halley quem desafiou Newton a pensar através de suas noções originais.

Halley corrigiu os erros matemáticos de Newton e preparou figuras geométricas para apoiar suas descobertas. Halley persuadiu o hesitante Newton a escrever seu grande trabalho, Mathematical Principles of Natural Philosophy.

Halley editou e supervisionou a publicação, e realmente financiou sua impressão, pois Newton era pobre e não teria conseguido dinheiro para pagar os custos da impressão.

Historiadores chamam isso que Halley fez, como um dos exemplos mais altruístas nos anais da ciência.

Newton começou quase imediatamente para colher os frutos do sucesso da descoberta; e Halley recebeu pouco crédito, ou nenhum credito.

Ele usou os princípios para prever a órbita e o retorno do cometa que mais tarde teria seu nome, mas apenas depois de sua morte ele recebeu qualquer aclamação.

E porque o cometa só retorna a cada 76 anos, ouvir falar de Halley é bastante raro. Halley permaneceu devotado cientista que não se importava com quem recebia o crédito enquanto a causa estivesse sendo avançada.

Você pode dizer realmente como João Batista, convém que ele cresça e eu diminua. Sua vida tem sido uma prova disto. Sua teologia e piedade expressa isto.

Se não, então estamos condenados e sobre nós permanece a ira de Deus, não importando o quanto eu acho que creio e conheço a Bíblia.

Nossa vida é como um cometa, que passa rápido demais, e talvez nunca mais será lembrada.